Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Reflexões figarianas sobre o casamento

Casamento:
União por um papel para uma vida aos papéis!
Sociedade onde os filhos são aumento de quota!
União de duas vidas para cada um levar a sua!
Jogo onde a mulher apita!
Empresa onde o patrão trabalha para a patroa!
Violação contitucional da intimidade!
Restaurante onde as mulheres engordam sem comer!
No casamento a cama é um parque de diversões com intervalos para descanso!
Acaba como começa: Enfim, sós!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tapete outonal


TAPETE OUTONAL
Na languidês do cair das folhas, uma, que ainda estes dias estava raiada de castanho dourado, bailava, lentamente, amparada por paraquedas invisível, afagada por ligeira brisa como despedida da sua aérea vida, até caír ao chão, juntando-se a outras, que há mais tempo nele jazentes e tornavam o tapete de folhagem mais fofa, mais amortecedora dos meus passos a caminho do rio estreito, com colarinhos pétreos aflorando à superfície líquida; restos de pequenas levadas que levavam água aos moinhos, agora ali abandonados, quais soldados com a farda toda rota ou esburacada. Levadas e caneiros que, antigamente, levavam força motriz às mós geradoras de pão. Agora, apenas moinhos em ruínas e nem mós e nem penados, o que nos faz imginar vidas muito penadas! Os únicos caseiros, agora são o silêncio e o mururar das águas, correndo ao apelo distante da sua foz. Folhas outonais, secas no seu castanho dourado, boiavam, quais barquinhos de brincadeiras infantis!
Quantas toneladas de farinha para pão, durante séculos, foram moídas naquelas mós daqueles moínhos?
Quantos biliões de folhas caíram, bailando na doce aragem outonal, navegando nas águas a caminho da foz? Tirei fotos. Regressando a casa, sentindo-me inverno, num casulo de casca de nós, vogando, vogando no sonho e imaginando chegar à minha foz, e depois, (quem sabe?) chegar ao mar da serenidade.

Tapete outonal!

Na languides do caír das folha! Uma, que ainda estes dias tinha seu verde raido de castanho dourado, aogora, em lento baile, sem paraquesa, apenas afagada por leve aragem, como despedida, até pousar no chão, e acrescentar mais um ponto no tapete de folhage, cada vez mais espesso, o manto amortecedor dos meus passos que levavam ao estreito rio

sábado, 25 de outubro de 2008

Paraísos!

PARAÍSOS!
As acções eram boas!
Mas,
Afinal,
Eram só boas da boca para fora,
Pois as que tinham milhões de valor nominal
Valem apenas uns tostões agora!

O nosso mundo
É um mundo de mentira,
Mente com deuses,
Mente com dinheiro,
Pois é só com a mentira
Que mais lucro se tira!

O Homem inventou o Paraíso no céu,
Mas,
Por este estar muito longe,
Inventou na Terra uns quantos mais,
Onde guarda a avareza que tem
Chamando-lhes paraísos fiscais!

Dizem que a crise financeira
Para o mundo é uma grande desgraça
Mas,
Talvez seja uma maneira
De o Homem regressar à terra;
Sempre a sua maior riqueza
Em todo o tempo que por ela passa

Tudo o resto são só ilusões,
Loas que os homens deitam pela boca fora,
Pois o que diziam antes valer milhões
Vale apenas tostões agora!

A terra continua na mesma,
À nossa espera,
Só ela riqueza gera!

Eternamente enganado
Quem espera enriquecer,
Da noite para o dia,
De cú sentado!
Acreditando em loas!
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Autor: Silvino taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL
BOLSOS DO DESESPERO
Nascemos e logo nos vestem roupas,
Mais tarde com bolsos,
De carapins passamos a usar sapatos,
E até botas!
E de bolsos para lenços
Passamos a usá-los para notas
E a viver tensos!
Deixamos de ser meninos
E passamos a cretinos,
A querer contas no banco
E que acções rendam outro tanto!

Mesmo os poetas,
Que cantam o amor,
A lua, o céu e as estrelinhas,
Não desdenham que seus versos
Lhes tragam umas notinhas!

Os bolsos,
Que na roupa estão,
Com eles temos de viver
E dão-nos a preocupação
De os querermos encher!

Com boas acções ou más?
Depende das notícias do vento
E das novas que ele traz!

O ponto fulcral
Dos nossos anseios,
É que nossos bolsos,
Às roupas cosidos ao colados,
Andem sempre cheios,
Senão andamos nós,
Vazios d’esperança,
Desesperados!

Resta-nos o conforto
De termos nascidos nus, sem nada,
Sem bolsos para notas,
E embora morramos vestidos,
Com bolsos à roupa cosidos,
Sabemos que os levamos vazios,
Porque, mesmo cheios
Não mais abrem portas!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (o figas de saint pierre de lá-buraque)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tradição

TRADIÇÃO

O Homem não se veste como se vestia!
Não dança como dançava!
Não come como comia!
Não canta como cantava!
Não feira como feirava!

O Homem não mantem tradições!
Muda-as como cada sol poente!
E nas várias evoluções
De selvagem julga-se gente!

Mas,
Se tudo muda!
Se tradição só é enquanto dura,
Coisa que o Homem não descuida:
É amor no que procura!

O amor é a maior “tradição”,
Que na vida,
No coração impera e tudo gera!

O amor é um rio
Que corre dentro de nós
O coração é um navio
Que noutro quer sua foz


Só a tradição do amor é permanente,
Imutável,
Nasce no coração da gente,
O resto é variável;
Até na tradição de se fazer gente!

Mas nada substitui a tradição do beijo,
A felicidade do enlace,
E a satisfação do desejo
Que dentro de nós nasce!

O Homem altera tradições do corpo,
Do coração................ não!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
SPA 15727
18/10/2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O fim da iniciativa privada

A morte pôe fim à iniciativa privada do corpo
e integra-o na lembrança colectiva da alma!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ÀS ACTAS COM O MAGALHÃES!

ÀS ACTAS COM MAGALHÃES
Numa pesquisa, sobre o Concelho de Ourém, tive a satisfação de ver que a Câmara tem à disposição de todos o acesso às Actas das suas Reuniões Ordinárias, Públicas e Extraordinárias. Extraordinário é este exemplo de transparência informativa!

É um exemplo a seguir. Sugiro, que o Governo, na senda do Simplex, crie um site oficial, onde, obrigatóriamente, constariam as actas das reuniões das Câmaras portuguesas, assim como as das Assembleias Municipais .
Deste modo, além dos munícipes, todos os demais, a qualquer momento, poderiam ficar a saber o que foi dito e decidido em cada reunião. Saber, por exemlpo, as casas de arrendamento social atribuídas, indevidamente, a funcionários camarários, e outros, tanto de Lisboa como de Gondomar!

Curioso que a Assembleia Municipal de Lisboa tem as suas actas publicadas, mas o mesmo não acontece com as actas do Executivo!
Por que será?

Atendendo à tentação de muitos autarcas, com rabos de palha, terem mito a esconder, tal medida não interessa, mas há que avançar nesta área.

Este Governo, tem tido mérito nos avanços tecnológicos da sociedade portuguesa e na sua administração pública.

Navegar na informática é preciso, tanto mais que agora até temos o navegador/computador “Magalhães”! Toca a zarpar.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Rua das Bocas, 880
4510-204 S.Pedro da Cova
Gondomar

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mais Poder aos Estados

Mais poder dos Estados!

Aí está, como não podia deixar de ser, o reforço da intervenção dos Estados numa economida pseudo-liberal. Digo pseudo, porque se fosse verdadeiramente liberal sofria as consequências dos seus actos! Por que é que não deixam a iniciativa privada sofrer as consequências? Se é por causa das consequências sociais, então os Estados foram os responsáveis de a situação financeira ter chegado a este ponto. Agora é o aqui del-Rei!

Quer queiramos ou não, aos problemas globais deve-se responder com soluções globais, que nunca virão dos interesses privados, mas sim da concertação entre Estados, a quem compete ter um visão global das situações. A Liberdadeé um bem sempre reivindicado por cada indivíduo, porém o seu mais que provado egoísmo leva à intervenção do colectivo, que zela pelo interesse comun, limitando o interesse de cada unidade!

A experiência diz-nos que se deixarmos ao critério individual o uso dum bem ou o gasto dum produto, logo se instala a indisciplina e o egoísmo duma minoria, em prejuízo dos interesses da maioria.

Desde que o Homem é Homem, este logo viu que a sua vida estava limitada e subordinada às condições ambientais, e a sua sobrevivência dentro das condições naturais impostas. Mesmo nesses recuados tempos, a disputa da pesca, da caça, dos pastos e das águas, levava a muitas guerras e desentendimentos, na busca da maior harmonia possível.

Se pegarmos no exemplo relgioso, verifica-se que há expressões comuns dos crentes em vários Deuses; Deus, Alá, Jeová, Buda, que vivem em Igrejas, Mesquitas, Sinagogas e Pagodes. Elas são: “ Deus assim quer”, ” Deus assim o quis” “Deus é Grande” “Foi a vontade de Deus”, “São os desígnios divinos”etc. etc.
Ora, sendo assim, os crentes vivem apenas uma autonomia dentro duma vontade suprema! É assim para as almas. Para os corpos, a sua socialização e comportamentos sociais, são determinados pelos Estados, (separados das igrejas) que impõem leis e regras para ser cumpridas.

A actual caminhada para globalização, com o derrubar de fronteiras, com o comércio livre, circulação de pessoas e bens, em cada vez maiores espaços, leva à necessidade de regras comuns a eles aplicáveis. Aos acordos já conseguidos no âmbito da OMC e Ambiente, a actual crise financeira, iniciada na América, e rapidamente propagada a outros continentes, já está a levar ao reconhecimento da necessidade duma resposta global aos globais problemas, já se verificando as reuniões entre os Estados principalmente afectados, para uma acção comum, com regras que visam evitar a plena derrocada da economia liberal, que levou à falência do sistema financeiro, embora os seus famosos gestores tenham sido principescamente recompensados e sem que, agora, lhes aconteça nada!
Deviam ser presos durante uns anos, ficarem sem nada e viverem apenas do rendimento mínimo. Proponho eu.

Num futuro próximo, o grupo do G8 e do BRIC, têm de caminhar rapidamente para políticas comuns nos diversos domínios críticos para a Humanidade: Ambiente, Energia, Recursos Hídricos, Pescas, Política Agrícola, Saúde e Sistema Financeiro.
Estas são áreas que, que infalívelmente, têm de estar sob alçada dos Estados e nunca sob a cupidez dos interesses privados, que, como é sabido, só têm o interese no lucro imediato, não no bem estar social!

Torna-se evidente a necessidade de refrear a tendecial predominância da economia sobre as políticas que afectem o bem geral. A política deve predominar sobre todas as áreas principais da economia e a ela impor-se, claramente.
A história mostra que se passou de absolutismos para a participação democrática do povo em alguns Estados, embora estes, numa primeira fase, fechados sobre si mesmos, mas lentamente foram-se abrindo e a outros agregados para políticas comuns, de mútuo interesse.

Os cidadãos de cada nação estão a ganhar uma consciência mais universal e tendem a perceber que não podem decidir sózinhos sobre matérias que afectem terceiros.
A Democracia, que alguém disse ser o sistema mais perfeito dos imperfeitos conhecidos, será uma prática universal, e o voto do cidadão contará para um governo mundial, não só para a sua nação (reduzida a uma pequena unidade do sistema).

Deixará de haver emigrantes e imigrantes, porque o sentido territorial desaparecerá.
Apenas haverá fluxos migratórios! Aliás, como desde sempre, as populações deslocar-se-ão para onde ocorram factores que proporcionem a sua sobrevivência.
Ninguém se desloca para o deserto, em busca de fartura d’água.

No plano religioso, também muito há a fazer para o entendimento entre todos os Deuses, para que deixem de dar o mau exemplo de andarem à “batatada”!
Afinal, Deus não é só um? Embora cada um tenha o seu!
Para quê tantos dueses se o Céu é só um?

No meio disto tudo, na alhada em que estamos metidos, resta-nos a expressão “Deus assim quer”. Mas qual Deus?
Bem precisamos dum Deus único que una, e um Governo Global que governe!
Ah, a a Liberdade? Mas qual Liberdade?

Vá lá, toca a pagar a Deus o que é de Deus; o Dízimo, e ao Estado o que é do Estado; Impostos. O Estado tira mas dá alguma coisa; as regalias sociais, por exemplo.
Já Deus, há séculos que, através dos seus representantes, recebe as “oferendas”, mas há séculos que não deixa cair Maná do céu! Estará esquecido? Nestes tempos de crise era bem preciso.

Deus, dizem que está em todo o lado, já o Estado, cada vez mais nos vigia por vídeo-vigilância, por GPS, por radares, por escutas, etc.

Não tarda que cada bebé, após nascimento, logo no corpo receba um chip do Governo, para controlo social futuro! Na alma, ele já vem com um chip de Deus. Dizem!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Rua das Bocas, 880
4510-204 S.Pedro da Cova
Gondomar

domingo, 12 de outubro de 2008

Somos folhas, somos gente!

Somos folhas verdes de Primavera,
despontamos de árvores invernosas,
agarramo-nos aos ramos da quimera
e fazemos sombras esplenderosas!

Somos gentes,
como folhas de diferentes côres,
fazemos paisagens diferentes
como fazem diferentes flores!

Somos gente,
como folhas dos ramos da vida!

Brotamos de troncos e hastes,
e de cada raíz renascida!

Quando em nós há desbastes
noutras folhas fica a vida,
novamente!

Afinal,
somos folhas,
somos gente!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

PRÉMIO DO AMOR

Nascer é a primeira jogada
do jogo da vida,
depois somos prémios,
somos jogo,
jogado no casino do tempo todo,
com muitas portas d'entrada
e poucas de saída!

Jogamos parados,
jogamos a correr,
jogamos de nós emigrados,
jogamos no viver
a este jogo amarrados!

Vivemos na ilusão de ganhar!
Ninguém joga para perder!

A Terra é um grande casino,
com prémios principais:
saúde,
dinheiro,
amor e glória,
é à volta destes prémios
que as jogadas das nossas vidas
fazem história!

Nascer é a primeira jogada
do jogo da vida,
depois somos prémios
ou apenas prejuízo a vida toda
quando dela já saída!

Porém,
nesta vida de apostar,
só há um vencedor,
é quem dos prémios maiores
ganha o prémio do AMOR!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

sábado, 11 de outubro de 2008

Não quero ser maior.

Não,
não quero ser maior.

Do tamanho que sou,
por vezes sou um engano.

Eu só quero ser eu,
ser da minha altura;
do meu tamanho.

Da minha altura não quero ter tonturas.
Da minha pequenês não quero rastejar.

Eu só quero ser eu
aonde puder chegar,
porque,
vendo bem,
qualquer um pode chegar bem alto
com a altura que tem!

Eu só quero ser eu,
com a altura
ou a pequenês que tenho.
Com uma chegar ao Céu
ou com outra ao Inferno.
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Autor deste inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A fé e seus actos comerciais

A FÉ E SEUS ACTOS COMERCIAIS

Sei que este assunto é melindroso, e que muitos, após algumas linhas lidas, vão-me apelidar de hereje, de comuna, de ateu e quejandos, mas eu ralado. Cuidado. Não pequem.

Então é assim: o Homem é um ser sem Fé e o que ele chama de Fé é um mero acto comercial. O que faz, à semelhança do que tenta fazer com o ambiente, é moldar os deuses aos seus desejos e inventar rituais pata mitigar sua má consciência!

As relações entre homens e deuses é uma normal relação comercial, não de Fé. Todo o folclore à volta dos rituais, que além dos dogmas vão mudando por vontade dos homens, mais não são que demonstração de obediência colectiva perante teólogos e teocratas, que de religiosos nada têm, mas sim apenas pastores que tentam perpétuar a obediência das ovelhinhas e determinar os tempos da tosquia da sua lã financeira!

O acto de fazer oferendas aos deuses não é mais que uma tentativa de suborno, para que faça chuva, para que faça sol, para livrar um filho da tropa, da doença, para que o seu clube fique campeão, para que saia o euromilhões, a lotaria, não perder nas acções, etc.

Depois de muito oferecer, de muito rezar, de pedir a todos os deuses e santos, então se acontece algo considerado milagre, os deuses ou seus representantes recebem o prometido, caso contrário nickles, provocando descrença e o rogar de pragas aos deuses, que não atenderam os pedidos dos suplicantes. Há ainda a parte comercial de comprar bulas e indulgências para ter o acesso facilitado ao Paraíso! Há ainda quem, fazendo promessas, paga a terceiros para as cumprir em seu lugar. Há os que, tendo dinheiro, morrendo um familiar encomendam muitas missas (mau sinal) para que o defunto tanha as boas graças divinas, não vá Deus (já um puco velhote) o esquecer!

Eu ainda sou do tempo em que, em Gondomar, quando morria alguém, com posses financeiras, com “pilim”, para impressionar sua dor pela partida do defunto (que até podia ser um bom estupor) contratavam um grupo de mulheres carpideiras, que se ponham em altos gritos de pesar aquando do levantamento do caixão! Tudo isto, acompanhado dum numeroso grupo de meninos órfãos, vindo do Porto, de capa negra e cabeça rapada, para dar um ar de grandioidade da alma que partia!
Conclusão: Se houver dinheiro compra-se o céu!
Por isso digo que a Fé e seus actos folclóricos são meros actos comerciais.

O pessoal confessa-se e recebe a extrema unção, pensando que vai bem lavadinho de alma e bem perodoado dos pecados. É como uma firma que pede uma auditoria às suas contas, que no final diz estar tudo certo, mas depois vê-se que houve muita trafulhice e os seus gestores vão presos!
Quantos não irão daqui, com certificados de garantia de vida santa, direitinhos para o Inferno, se é que o há! As suas pseudo boas acções não têm qualquer valor na bolsa celestial!




Só para efeitos exteriores, e como acto de subimssão, os homens gostam de dizer, em relação ao divino, “Seja feita a vossa vontade”, porém o que gostariam é que fosse feita a vontade humana, porque pensam que os deuses devem servir os homens, não o contrário.

O Homem, ao longo da história, tem criado milhares de deuses e de religiões do tipo usa e deita fora.. Para correcção de comportamentos imorais e não éticos e na impossiblidade das ameaças dos castigos humanos, mesmo se a pena de morte não bastar, então recorre às imaginárias penas eternas, decretadas por imaginários deuses!

O caso ainda ficou mais agravado com a vinda de Cristo, dizem que um deus feito homem, que ensinou o venha a nós e o perdoai-nos senhor. Ou seja, o pessoal pode fazer todo o tipo de asneiras, porque há sempre um deus que perdoa!
Além do mais, se realmente os teolólogos e teocratas acreditassem no que pregam, e passasem da teoria à prática, seriam os mais humildes de todos nós, sem o capitalismo e ostentação evidenciados e sempre encostados ao poder!

Como este assunto é muito delicado, esta é apenas a minha opinião. Só concorda ou acredita quem quizer. Não me importo que acreditem em deuses, mas não me obriguem a acreditar. Eu só os cumprimento.
Cumprimentos do Figas (boa pessoa, mas que não vai muito em tretas. Também, tenho a minha)
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

quinta-feira, 2 de outubro de 2008



No meu dicionário diz que Economia tem, entre outros, os seguintes significados:

"moderação nas despesas; a arte de poupar; que se vai juntando; por ter sobejado dos gastos de cada um;

_política: a ciência que se ocupa das regras que dizem respeito à produção, distribuição e boa administração dos bens dum país (da América? pergunto eu)
_
doméstica: conjunto das regras e preceitos que taratam da administração dos bens de cada um, em ordem ao seu bem-estar particular"

Ora se Economia é a arte de poupar, acho que devemos mudar o nome para outra coisa qualquer, talvez para "Despesia", que, perante tanta agressividade do compre compre e pague depois, transformou os adultos, pois que agora a arte é gastar gastar e portam-se como crianças no supermercado a pedirem aos pais montes de chocolates e brinquedos, sem querer saber se os pais podem ou não pagar. Hoje vive do crédito, não das poupanças. Economia é que não é, de certeza.

A foto está, como a Economia, de pernas para o ar e quase que não se percebe!

Talvez esta crise tenha sido didáctica. Vamos lá ver quem aprende.
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Silvino Figueiredo
Gondomar

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Andando por aí

Quando saio por aí
encontramo-nos
eu podia ser um de vós
podia ser tudo o que não sou
a caminho do que serei.

Quando saio por aí
não levo espelho
vejo mundo que do mundo ri
sem em seu olho ver chavelho!

Quando saio por aí
vejo quem sofre
quem chora
quem ama
vejo corpos que são ricos
mas com alma de pouca fama!

Quando ando por aí
ver o mundo bem tento
quase que de tudo já vi
só me falta ver por dentro!

Do mundo muito sei
do mundo muito exploro
saber de tudo minha humana lei
enquanto de mim ignoro!

Quando ando por aí
e encontro um de vós
um do outro sempre se ri
enquanto outro se ri de nós
e dou comigo a perguntar
se quem ri se ri de si!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL