Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Memória

Memória é sótão ,
Onde guardamos lembranças
De desgraças,
De esperanças do passado1

Memória é harpa que tocamos, a solo,
Para nosso consolo!

Memória é sótão,
Aonde subimos
E paramos, absortos,
Lembrando o que no passado fizemos
Ou sentimos.

Somos o centro da tela da nossa memória,
Onde os factos vão acontecendo
E o espaço circundante preenchendo!
No final,
Na tela da nossa memória,
Em exposição,
Mostramos o que fomos:
Derrota ou glória no que somos.

Somos o centro da nossa memória,
E se noutra memória ficarmos
Será a nossa glória!
…………..xxxxxxxxxxxxxxx…………….

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint Pierre de lá-buraque)

Gondomar

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Versos gemidos

Palavras são palavras!

Que interessa escrever a palavra beijo

Se não tenho meu amor para beijar?



Que interessa dizer a palavra pão

Se não tenho para a refeição?



Que interessa água escrever

ou dizer se não a tenho para beber?



Que interessa o verbo amor

Se não tenho amor para o gastar?



Palavras são só palavras!



A palavra matar não mata,

Só se a pistola disparar

Ou o punhal apunhalar!



Um poema são só palavras,

Que apenas se escrevem,

Que se leem

E se lançam no ar,

Porém, poesia pode nem haver!



Poesia,

Sem palavras,

No olhar do meu amor pode acontecer

E, só com gestos, passarmos aos atos

De contatos dos nossos sentidos.,

Sem palavras,

Só com a poesia

Feita com versos dos nossos gemidos.



Que interessa a palavra beijo,

A palavra amar,

Se meu amor não vejo

Para amar!?

…………………..xxxxxxxxx………………….

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

( o figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Pela "competência" dos subordinados vê-se a incompetência do Chefe!




Já lá tenho passado várias vezes. Esperei que alguém tivesse reparado nesta obra de nabos, mas não! Tem de ser eu: um nabo, com certificado de origem, a chamar a atenção das nabices dos de fora!
Com que então mulheres e crianças seguem pela pista das bicicletas?!. Mas, claro que isto são ninharias! Os negócios ambrosinos ocupam muito tempo e nem o há para dar uma volta por aí e reparar como vai Gondomar! Mal. Só me resta aguarda o tempo de reação a esta chamada de atenção. Outra coisa, já retomaram a posse da Casa de Gramido ou estão à espera que ela seja entregue em ruínas e depois gastar mais uns milhões na recuperação, com empreiteiros amigos?!


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Oh! Que imaginação! Pode lá ser?!

"Ambrósio








Fio de Prumo (in "CM" de 8-2br-2012)



Ambrósio



Mesmo com provas evidentes, os tribunais não conseguem, mais uma vez, apanhar os poderosos.







Por:Paulo Morais, Professor Universitário







O sistema de Justiça absolveu Valentim Loureiro no caso da quinta do Ambrósio. Mesmo com provas evidentes, os tribunais não conseguem, mais uma vez, apanhar os poderosos.



Na Câmara de Gondomar, com a participação ou patrocínio de Valentim Loureiro, um terreno agrícola é adquirido por um milhão de euros. A classificação do solo é alterada e em seis dias o terreno é vendido pelos protegidos de Valentim por cerca de quatro milhões. Esta operação de tráfico de terrenos, caucionada pela câmara, gerou uma margem de lucro de 300 por cento.



Mas as vigarices não ficam por aqui. O terreno é adquirido a um preço exorbitante por uma empresa pública, a STCP, cujo presidente de então dependia organicamente de... Valentim Loureiro. Na posse do terreno, a STCP deixou-o ao abandono. Até hoje.



Chegado o caso a tribunal e ao fim de um longo processo com mais de dez anos (!), Valentim é absolvido.



Na leitura da sentença, o juiz veio declarar que a Câmara de Gondomar funciona como uma agência de intermediação imobiliária.



Mas não tira daí qualquer consequência. As razões da absolvição não se percebem. Mas serão uma de três: ou o crime julgado não foi bem identificado ou definido, o que será inadmissível; ou a acusação foi mal conduzida e estamos perante uma enorme incompetência do Ministério Público; ou o julgamento foi condicionado pela política.



Em suma: os amigos de Valentim compraram um terreno que Valentim, na câmara, valorizou; os amigos venderam a uma empresa pública gerida por outros amigos de Valentim e a um preço influenciado por este. Os amigalhaços ficaram milionários. "Foi sorte", diz ele. Sorte deles e azar nosso, dos contribuintes que pagamos esta fraude com o dinheiro dos nossos impostos.



Este caso tornou-se emblemático. Incorpora todos os ingredientes: autarcas, familiares destes, advogados ardilosos, fuga ao Fisco, empresas públicas mal geridas, urbanismo nada sério, tribunais incompetentes.



Perante esta política nauseabunda, Ambrósio, apetecia-me algo. Tomei a liberdade de pensar nisso. Talvez uma MATANÇA DE PORCOS."

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pensamentos "científicos" figarianos.

Ciência:

Actividade que demonstra a ignorâcia do Homem!



Descoberta:

Arte de descobrir o que já existia!



Árbitro de futebol:

Juíz condenado pela audiência!



Natureza:

Coisa que o Homem estraga...

naturalmente!



Desporto:

Arte de conseguir façanhas

e que só glorifica os primeiros "façanhudos"!



Desportista:

Todo aquele que não é sócio do Porto!



Virgem:

Mulher que tem ou espera

ter um menino ao colo!



Capitalista:

Turista que só visita Capitais!



Prostituição:

Fisioterapia à próstata!



Coitado:

Homem que não coita!..

Coitado!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

Nota:

pensamentos in meu caderno nº 6

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Evidentemente.

Finalmente que começa a aparecer quem pensa em grande.

O mesmo pode-se aplicar às metrópoles de média e grande dimensão. Não tarda caminharmos para uma Câmara por Distrito. Os modernos meios de telecomunicações e de trasnportes permitem maior dimensão territorial e em população sob uma mesma unidade administrativa. Já é tempo de acabar com o fingimento de que se trabalha sem produzir!
D e qualquer modo, tenho de agradecer que na febre de criar mais Concelhos em Portugal, a minha rua ter escapado de ser promovida a Freguesia!

Fonte: JN, dia 19 de Janeiro de 2012.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

NO DEVE E HAVER

NO DEVE E HAVER


Na escrita do deve e haver

Entre forte e fracos,

Os fortes têm casa de poder

Os fracos são criados de quartos!


Entre senhorios e inquilinos

Há sempre as questões:

Serem os senhores uns cretinos

A imporem as condições!


Quando os fracos vão à justiça,

Buscando da moral o norte,

Depois de muita liça

Quem vence é o mais forte!


Quem senhores anda a servir

E algum poder deles toma,

Acaba por casa de poder construir

E senhor também se torna!


Os fracos reivindicam direitos

Mas os fortes impõem tortos,

Após guerras e pleitos

Milhões de fracos são mortos!


E a poesia?

Que faz a poesia na vida?


A poesia nunca governou vida

Nem governos soube governar,

A poesia é só canção de fracos, ” latida”

À caravana do poder a passar!


Nunca se soube de governos de poetas!

Embora governos tenham alguns,

Mas, decretos publicados em poemas

Nunca se soube de nenhuns!


Como mera opinião,

De tudo o que na vida vi,

Tenho como conclusão:

Que quem anda a servir outros,

Deve aprender,

Rapidamente ou aos poucos,

A ser senhor de si!


Não adianta ao deus dos fracos rezar

Para ter sorte de se tornar mais forte,

Pois são os fortes que fazem o altar

Onde os fracos os vão adorar!


O fraco esquece

Que o poder não está em quem manda,

Mas sim em quem obedece,

E se não obedecer a quem manda

A roda ao contrário desanda!

Depois, novamente,

Os fracos reivindicarão direitos,

Os fortes imporão tortos!

Assim sempre será

Enquanto houver gente;

Fracos a obedecer,

Fortes a mandar

A mandarem fazer grande altar

Para os fracos os adorar!


Eu era para falar de esperança,

Mas a esperança está em coma

E poesia não é coisa que se coma!


Por tudo que já vi,

Quem não quer ser doutros

Tem que ser senhor de si!


Quem anda sempre mandado

De mandado não é cansado!


Os fracos reivindicam direitos!

Os fortes impõem tortos!

Nunca se soube de governos de poetas!

Embora governos tenham alguns,

Mas, decretos publicados em poemas

Nunca se soube de nenhuns!


Por tudo que já vi,

Quem não quer ser doutros

Tem que ser senhor de si!

………………..xxxxxxxxxxxxx………………..

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Não Há Natal sem natalidade


Durante séculos e séculos a Humanidade precisava de braços para trabalhar a terra que a sustentava. Hoje, o que precisa é só de algumas cabeças e muitas máquinas e robôs, não de braços! Os modernos meios tecnológicos permitem que apenas milhares façam o que milhões “precisam”.

A ânsia de se ter acesso aos bens matérias à disposição, leva ao aumento da actividade laboral para os conseguir , o que implica maior exigência de conhecimentos tecnológicos e disponibilidade de mobilidade. Aqui, a antiga estabilidade na fixação dos povos às terras foi alterada, passando da transumância pastoril para a transumância técnica! Já não faz sentido ter residência fixa, mas sim uma tenda social e percorrer os parques de campismo sociais perto do trabalho. Hoje, a garantia de trabalho não existe, e se antigamente os contratos eram feitos para um longo horizonte temporal.

Agora trabalha-se quase ao mês e não tarda que só à hora. Com a preocupação de competir, competir, produzir, produzir, perdeu-se o sentido de Estado no desenvolvimento do país como um todo e não só para alguns! Vive-se um problema existencial: Ser ou Ter? Ser Homem pelo que se tem ou pelo que se é!

Se antes a terra exigia braços para a trabalhar, hoje há o paradoxo de quererem que haja barrigas para consumir mas não para produzir futuros consumidores! Com a aquisição de mais conhecimentos e maior consciência social é natural que os casais pensem bem antes de deitarem um filho ao mundo para ser triturado pela máquina da competitividade. O Estado está a perder o seu papel de pai protector para com suas filhas, não as protegendo no seu papel de maternidade. Hoje, considerando o custo social da educação e transportes, como é possível um casal encarar a hipótese de ter três filhos. Só para ter um carro, ter três cadeiras (com 23% de IVA), mensalidade do colégio, qual a garantia da estabilidade dum emprego e residência fixa para uma progressão estável? Além do mais, o medo da SIDA, e outras, leva a que a concepção dum filho seja inserido na filosofia actual: programado e não o que Deus quiser. Infelizmente, Deus não paga estudos nem dá formação profissional contínua. Por isso, esta questão da redução da natalidade compara-se à expressão poética:

“Natal é quando Homem quiser”

É pura utopia esperar que os casais tenham a responsabilidade de ter filhos quando o Estado cada vez mais tem menos políticas sociais de apoio às famílias e ao incentivo da procriação, a Bem da Nação, a não ser que o futuro da Humanidade seja só de robôs e que não sejam necessários filhos, pais e avôs! Então, tudo bem. Não se precisará de ninguém! Teremos robôs agricultores, professores engenheiros robôs, doutores robôs, juízes robôs, restaurantes robotizados, comida robotizada, deuses e santos robôs, milagres robotizados. Finalmente o Ter reinará! Será chinês?

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint Pierre de lá-buraque)

Gondomar

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Soldados gay

Não é conveniente pôr soldados gay a defender a retaguarda, pois há o perigo do inimigo penetrar ...profundamente!
Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Escorrência poética

O poeta, sem emprego,

Come parca refeição

E come, quase a medo,

Restos d’inspiração!


Olhando secas batatas

Antes bem regadas de azeite

Agora de gorduras parcas

Que não fazem rimas fartas

Outrora d’outros deleite.


Olhando a garrafa

Sente impulso d’urgência

Abana-a, sem estafa,

Procurando escorrência.

Lá conseguiu uma gota

No final tentou fazer poesia

Mas eis que saiu torta

Ao poeta desempregado

Por não ter subsídio

Para as rimas do mercado!

E num ato de coerência

Chamou ao inspirado

Poesia d’ escorrência!

E como poeta português

Não sabe se uma por dia

Se uma por mês.


Não sabe se

Com barriga vazia

Fará farta poesia.



Era o que pensava

Enquanto comia seca batata
Não descascada!

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Autor deste original:

Silvino Figueiredo

(figas de saint Pierre de lá-buraque)

Gondomar