Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Lança de zulu


Lança de zulu

Eu queria ser bom, mas não consigo,
Por que será?

Olho o mar, sinto a brisa
E ponho meus sonhos a navegar!

Eu queria ser bom, mas não consigo!

Entro nos verdes, nos amarelos,
Nos castanhos da floresta
E sinto calma e ausência de trauma!

Eu queria ser bom, mas não consigo!

Olho o céu azul e sinto vontade de ser
Um Ser etéreo.

Eu queria ser bom, mas não consigo!

Ligo a rádio e a televisão
E só ouço e vejo notícias
Sobre a corrupção!


Tiram-me do sério
E desejo que a minha indignação
Fosse lança de poderoso guerreiro zulu
A espetar no olho do cu dos corruptos.

Eu queria ser bom,
Mas não consigo ser feliz neste país,
Onde nem juízes nem santa inquisição
E Portugal feito em cavacos,
Um na presidência,
Que fala com “decência”
E sempre com divinal inocência!
E ministros do Governo,
Que sempre ficam com o Céu
E nos dão só o Inferno.

Tomara que minha indignação fosse lança
De poderoso guerreiro zul
A espetar no olho do cu da corrupção,
Mas não, não sei não,
Até podiam podiam gostar!

Há que desconfiar.
Há por aí muito gay!
O melhor
É esperar que seja o FMI a espetar.

Eles também têm bom olho prá coisa
E até operam sem anestesia!

O resultado esperado
É que o buraco do olho da corrupção
Fique mais apertado!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
( o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fraldas de Natal

Fraldas de Natal

No dia de Natal
Ninguém se devia finar
E poder adiar sua morte,
Para ir, a correr,
A um Centro Comercial
Uma prenda comprar
Para a S. José oferecer,
Que talvez não sendo corrupto
Não se importa de receber
Fraldinhas, como prendas de Natal,
Para ter seu menino enxuto!
E até pode acontecer
Que como cunha a S. Pedro funcione
Para quando chegar ao céu,
Baby sitter se torne!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Quem é esse gajo

O 1º Natal foi há muito tempo,
Cresceu,
Agora tem muitas luzes por fora,.
Mas muito apagado por dentro!

Está tudo trocado!
Antes adorava-se o Menino
Agora é o Pai-Natal!

Quem é esse gajo?
É dono d’algum Centro Comercial?
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vem aí o Natal, sempre o mesmo desejar!

Sempre o mesmo desejar!:

Vem aí o Natal;
Tempo do mesmo desejar:
Que vá embora o Mal
E que venha o Bem para ficar.

Natal é um tempo,
Que no tempo se renova,
Tempo de se ter novo intento
Para um tempo de vida nova.

Não interessa o tempo que no Natal faça,
Interessa, sim,
Que a Humanidade viva em paz
E em estado de Graça
Em todo o tempo que passa.

E em qualquer crise
Em qualquer tempo
Culpas ao Tempo não se torne,
Porque a crise, em todo tempo,
Está em todo o tempo no Homem.

Só quando o Homem
Deixar de ser tão animal,
Terá mais tempo
Para ser Pai-Natal.
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Meu Porto, não percas a corrente.


Belo casario,
desde as raízes atá ao fruto,
que bebe seiva do seu rio,
de nobre porte e falar enxuto.

MEU PORTO, NÃO PERCAS A CORRENTE.

Tomara eu, tomaras tu, meu Porto,
No ar das tuas ruas,
Das tuas vielas e avenidas
Meu encanto passear,
Mas, de ti mais ausente,
Em ti já não passeio tão frequentemente,
Porém, meu olhar, quando te vai visitar,
Nunca de ti, meu Porto, se envergonha,
E mesmo d’olhos fechados contigo sonha,
E da tua altaneira Catedral
Vê teu rio; barra de partidas
Para engrandecer Portugal e a Humanidade
Tu, Porto, linda cidade, és toda arte
E tens a sorte de em teu nome
Seres mais de metade de Portugal,
Mas teu vinho
Leva teu nome, inteiro a toda a parte,
A teus filhos, por partes repartidos,
Que te deixaram mais triste,
Mais vazio, mas em ti seus sentidos,
Todavia, se para o mar corre teu rio,
Mantem tu, meu Porto,
Nas tuas ruas, vielas e avenidas,
Navios na corrente de nos encantar;
Com teus casarios em cascata,
Com tuas falas de verdade,
Com teu bonito granito;
Túmulos vivos da nossa saudade
Quando de ti estamos longe
Nosso Porto, linda cidade!
E é Natural seres património mundial
E Alma de Portugal!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
S. Pedro da Cova- Gondomar

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Texto do meu jardim!


Texto do meu jardim
Ia eu, em meu prazenteiroso passeio, pela beira-rio,
recentemente qualificada desde Gramido até ao Freixo(Gondomar), quando, como de costume, parei junto do Jardim dos Aromas, mais ou menos a meio do percurso, para sentir suas fragrâncias!
A intenção de quem idealizou o jardim foi ótima, para que passeantes, junto ao rio, pudessem fruir do jardim, que para além do seu aspecto didáctico, alegra narizes, inspiradores de ares aromáticos!
Porém, o jardim, ainda recentemente craido, já mostra provas do tradicional chico-expertismo português, visto que exemplares de algumas espécies já foram roubadas, certamente que para ornamentar jardins de mentes mal cheirosas!

Aliás, infelizmente, o povo português tem a tendência de valorizar quem é experto, seja para não pagar impostos, seja quem idealiza esquemas para a obtenção de ilegais benefícios e de quem é experto, para corromper, ou seja, como o povo diz:
“Chegar-à-frente”, senão o projecto não sai, a licença fica a marinar, a multa não é perdoada, o réu é condenado, etc, etc!

Pois foi um “estória”, do tipo "chegar-se à frente" que um amigo meu, septuegenário, entretanto ao pé de mim chegado, que me contou:

-“Um dia, na semana passada, vê lá tu, fui ao Posto Médico. Na fila eu tinha uma senhora grávida à minha frente quando, de repente, entrou um brutamontes, armado em xico-experto, que sem dizer nada, meteu-se à frente de todos. Chamei-o à atenção e sabes o que ele respodeu, olhando para mim, com ar provocador?:

-“Quem é burro puxa carroça”.

A funcionária fingiu que não via nada!
O xico-experto foi atendido, à frente de todos e lá se foi embora, com a certeza de que o crime compensa! Por isso, não te admires de virem aqui (apontou para as covas donde tinham sido arrancados) e levarem alecrins, tomilhos alcanforados, etc.”

-“Pois. É dessa massa que devem ser feitos os nossos políticos, que estão no poder, mas acho que aplicam outro aforismo popular:

“Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é burro ou não tem arte” disse eu.

Depois, seguimos, convictos de que o povo só tem o que merece!
Sim, porque não se importa de receber cabritos de quem cabras não tem!

Agora, realmente, com os políticos a chegarem-se sempre à frente na fila das benesses, só deixam burros (nós) para trás para puxarem carroças!
Vá lá, que temos a “sorte” de não nos obrigarem a puxar as bombas dos seus Mercedes e BMW,s, pois que há outros burros, fardados, que os puxam, e que tocam muito bem nas gaitas, para arrumar o pessoal!
Se, aos poucos, desaparecer o Jardim dos Aromas, em Gondomar, resta-nos, para “consolo”, a planta da ETAR de Gramido, que nenhum xico-experto se atreve a arrancar e que lá está para a gente cheirar.
Ui, que cheirinho para quem anda a passear! Sem tomilhos alcanforados por perto!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poema inspeccionado

Poema inspeccionado!

Há muito que o não via!
Era um poema que manco parecia,
Porque curvado, vergado
Com a poesia que com ele trazia!
Entrou-me na oficina
Para que eu lhe verificar a rima.

Dei-lhe o meu olhar,
Pus-me a verficar,
Estava tudo bem.
Qualquer poema está bem
Quando o poeta o escreve
Com o sentimento que tem!

Porém,
O poema não estava contente,
Achava que ninguém o aliviava
Da poesia que carregava!

-“Seria que quem ninguém a via?” indagava.

Insistia
Queria um certificado de qualidade
Para a poesia que transportava!
Fiz-lhe a vontade.

Na margem do poema exarei,
Com a minha pena:

“Certifico que neste poema,
Mesmo que pareça deficiente,
Não interessa as palavras que nele se lê,
Mas sim o que com ele se sente
Para além do que se vê”

Foi-se embora, satisteito,
Com andar mais escorreito,

Foi então que nas suas costas li:
Paz e Amor

Era por isso que ia carregado,
Com seu peso poético curvado!

Chamei-o e disse:
Que para que mais aliviado se sentisse
Fosse melhor que Paz e Amor distribuísse
E que na época mais natural
Seria pelo Natal!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

sábado, 11 de dezembro de 2010

Banco da Massa para os Desmassados

“Banca: Cinco maiores bancos mantêm lucros de 1,7 mil milhões de euros em 2009”

O Espírito Santo pode encarnar em qualquer ser, até num banqueiro! E vindo de quem até foi capaz de originar filhos sem ter relações sexuais tudo fazer; até santificar homens dos capitais.
Foi o que aconteceu; um verdadeiro conto de Natal!
Uma noite, devagarinho, de mansinho, o Espírito Santo, ( era mesmo só espírito) entrou noutro espirito, mas este com carne e osso e dono dum banco! O que se passou foi um autêntico milagre.
De manhã, o banqueiro, ao ler a notícia de que os cinco maiores bancos em Portugal tinham ganho tanto dinheiro ficou revoltado! Sentiu-se farto de ganhar tanta massa sem fazer boas acções! Ouvindo as notícias do dia, soube da criação um movimento nacional para que as sobras dos restaurantes fossem distribuídas pelos mais carenciados nesta época de crise. Sem saber porquê sentiu-se com remorsos de resistir ao Governo em pagar 25% de IRC, os da praxe sobre as empresas, e as artimanhas usadas para só pagar metade ou menos!
Convocou todos os colegas banqueiros para uma reunião de emergência e explicou que se já havia o Banco Alimentar e o Banco das Sobras, era tempo dos homens da massa criarem o Banco das Massas Sobrates, para as massas desmassadas!
Continuou, sem dar tempo a que os colegas falassem, dizendo que era tempo de mostrarem o lado bondoso da actividade e que todos vissem que se os outros dão sobras de comida, eles podiam dar alguma massa da que lhes sobra. Terminada a sua exposição, os outros banqueiros acharam que sim, que seria boa acção! Todos estavam receptivos e contaram de estranhos sonhos que tiveram em reduzir taxas de juros e baixar as taxas de todos os serviços bancários!! Além de mais, acharam, vejam lá! que não era justo estar a pedir ajuda aos pobres falidos, através de chamadas com valor acrescentado, para isto e para aquilo, quando eles, só duma penada, apenas com 10% dos lucros resolveriam imensas situações de carência.
“E depois (disse um dos presentes) ajudamos a economia a ganhar vitalidade e velocidade de cruzeiro e , naturalmente, mais tarde os “desmassados”, outra vez “emmassados” voltam a depositar o dinheiro nos nossos bancos e entretanto ficamos bem vistos, como homnes de caridade, em vida, não sendo preciso morrer, como o Champalimaud fez para ser famoso, com a sua Fundação, que apoia a investigação sobre a visão. Com a fundação do nosso banco podemos apoiar os “desmassados”.
Mesmo assim, dando 10% dos que nos sobra, ficamos aquém dos 25% do IRC que os outros pagam, e nós em vez de os darmos ao Governo (“aqueles ladrões”) damos directamente aos necessitados e ficamos bem vistos.”
Ai estes banqueiros! Finórios!

Tomando a palavra, outro disse:
-“Se calhar estamos a sofrer a influência do Champalimaud e da sua visão. Se calhar foi ele que influenciou os americanos Warren Buffet e Bill Gates a doarem quase toda a sua fortuna a obras de caridade”
“ Podemos, perfeitamente, começar com 10%”, disse outro”

“O milionário americano Warren Buffet, que prometeu verter mais de 99% de sua fortuna em obras de caridade, doou US$ 1,93 bilhão em ações a cinco organizações de caridade, segundo documentos financeiros. De acordo com documentos do regulador dos mercados financeiros americanos (SEC, da sigla em inglês), Buffet doou US$ 1,6 bilhão à Fundação Bill e Melinda Gates.
O milionário que é o chefe do grupo financeiro Berkshire Hathaway prometeu em 2006 doar a cada mês de julho uma fatia de 10 bilhões em ações de sua empresa à fundação Bill Gates. O empresário já doou US$ 24,4 bilhões em ações este ano a esta fundação.
Warren Buffet informou também à SEC que doaria 713 mil ações às fundações Sherwood, Howard G. Buffet e NoVo, e mais de 2 milhões de ações à fundação Thompson Buffet.
Os dois americanos mais ricos, Bill Gates e Warren Buffet, anunciaram em meados de junho que tentarão persuadir seus colegas milionários a doar a metade de sua fortuna a obras de caridade.
Buffet, 79 anos, possui uma fortuna estimada em US$ 47 bilhões e prometeu desfazer-se de 99% de seu capital para doá-lo a obras filantrópicas em vida ou depois de morto.”
Agora é só esperar pela abertura do Banco das Massas para os Desmassados.
Os leitores, enquanto esperam podem sentar-se.
Vocês sabem como é a burocracia portuguesa! Mas, pode ser que ainda abra antes do Natal
O Simplex não funciona! Nele o Espírito Santo tem dificuldade em entrar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Análise PIBesca

No análise do PIB nacional
anda muito economista,
cada qual o mais racional
que nos manda comer alpista!

O PIB aflige muita gente,
todos o querem ver crescer
como crescia antigamente;
ninguém a dar, só a receber!

Mas, eis uma nova definição,
dada por um perito arguto;
que chegou a brilhante conclusão,

Que PIB é País Inteiro Bruto,
Que deixou os da governação
Premiar Inocentes Bons corruptos!

Pois cada um é um "inocente legal",
que estudando e formado ao Domingo,
safa-se nos tribunais
e jogando no cartão de Portugal
faz muitas vezes Bingo!

Bingo, bingo,
para Doutores e Engenheiros
formados ao Domingo.

Claro que "é sempre para bem do Povo"
dizem-no na sua ladaínha,
raramente dão-nos um ovo
mas ficam sempre com a galinha!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mistério das flores!

Por que é que gostamos de flores?
Por que é que as plantamos?
Por que é que delas tratamos,
as cheiramos
e até com elas mortos alindamos
e damos flores aos amores que amamos?

Se é assim,
por que é que os homens não são como flores!?:
uma rosa,
um ramo de jasmim
ou uma coisa assim,
mas todos nós flores
e a Terra um jardim?
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de siant pierre de lá-buraque)
Gondomar

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ricos em maioria!

Ricos em maioria!

Crise?
Qual crise?

Afinal, hoje como ontem,
O Sol desponta no horizonte,
As ondas do mar continuam às praias a chegar,
Os homens continuam a sacar ouro da terra,
Continua a haver guerras, brigas e lutas
E paz e descanso entre prostitutas!

As mulheres continuam a erguer as saias,
Os homens a arrear as calças
E há altos preços e rebajas!
Qual crise?

Quem diz que há crise é muito imaginativo,
Mas não, não há,
Pois até o Papa já autoriza o preservativo!
(não sei se o usa)

A crise que há
É de fartura de solidarieade entre os pobres,
Pois até o Banco Alimentar
Tem mais gente a dar, com alegria!

Os pobres,
Dando seus cobres,
Esperam que os ricos fiquem mais ricos
E em maioria,
E que os pobres sejam excepção.

Se não conseguirem,
O Governo ajuda, pois então!
Com decretos a Bem da Nação.
Só com ricos é que há salvação.
Abaixo os pobres.
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Macahdo Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

Poema como uma vela a arder!

Poema como uma vela a arder!

Num velório,
No nosso meio um corpo,
Que em vivo era nosso amigo,
Mas que,
Agora, já morto
Nos deixa saudades enquanto vivos estamos
E nos deixa absortos,
A pensar ,
Que nos passos que em vida damos
Para junto dele vamos!

Afinal,
Ele era nosso amigo
E todos somos amigos depois de mortos!
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Poema dedicado a um amigo, que partiu!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Obra em três minutos!

A pedido de amantes de obrar em liberdade, sem limite de tempo, e olhando à actaul situação do Portugal, aqui vai uma poema (poesia aromática) feito há cerca de 30 anos!

Nota do autor: Este poema foi escrito há cerca de30 anos.

OBRA EM TRÊS MINUTOS
Estes dias fui a Espanha,
palavra de honra que fui,
almocei em Valença,
continuei para Vigo,
de regresso vim por Tui
naquele dia histórico em que a Vigo fui,
mas escutai o que vos digo:

A Tui chegado,
entrei num café, para descansar,
tomei meia de leite,
perguntei pela toillete,
para me “aliviar”.

Já na sanita sentado,
de repente fiquei às escuras,
a luz tinha-se apagado!

Então, é que reparei
que era um sistema automático,
económico e prático:
o cliente só tinha três minutos para se “aliviar”!
em caso de prolongamento,
tinha que se levantar do assento
para ao interruptor chegar
e dar à luz, novamente!

Era indecente!

-“Merda para estes espanhóis”, pensei.

Ainda hoje,
penso naquele dia
em que a Espanha fui
e quando no regresso passei por Tui;
linda cidade,
onde no Café Central entrei,
mas não “obrei” à vontade,
só o fiz em Portugal,
feliz de contentamento,
onde se faz merda,
livremente,
sem limite de tempo!...
........xxxxxxx..........
Eis um acrescento à posteriori
ao poema, não sei se fica pior ou melhor,
mas a merda é a mesma!:

Apêndice à "OBRA EM TRÊS MINUTOS":

Mas, agora com a crise,
que eu sinto e sentes tu,
quase que nem há papel!
e como não queremos
dos dedos fazer um pincel
e como de nós ninguém se ri,
vem aí o FMI
para nos rapar o cú!
.........xxxxx...............
Figas( poeta, em estilo de poeta merdeiro)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Onze pensamentos livrescos (do Figas)

Nota prévia do autor:
Pensamentos que constam no verso do meu poema “MARCADOR DUM LIVRO”, e que foram oferecidos aos participantes no 5º Encontro dos tertulianos JN,
realizado hoje, no Restaurante Telheiro, em Aveiro!


Onze pensamentos livrescos

1º-
Um livro chega-nos como um desconhecido.
Depois da leitura pode ser nosso amigo!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

2º-
Não estranhes se não entenderes um livro
Pois, por vezes,
Também ninguém te entende!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar









3º-
Um livro é uma viagem que se começa de mãos vazias,
Mas na volta o viajante traz muita bagagem isenta de impostos!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar


4º-
Quem lê um livro faz alpinismo na montanha do conhecimento!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar



5º-
Um livro pode ter muitas páginas,
Mas lembra-te que do livro da vida tu és a mais importante!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

6º-
Um livro é uma paisagem
Onde o leitor é um monumento!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

7º-
Um livro é um caminho
Por onde passeia a tua curiosidade!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

8º-
Um livro, para viajar,
Só precisa da boleia do teu olhar!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar


9º-
Cada linha dum livro,
Escrito em língua do teu conhecimento,
Precisa, sempre, da tradução do teu sentimento!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar



10º-
Sou um marcador,
Que salto dum livro para outro,
Pois que lêr só um é pouco!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

11º
No filme de cada livro
O principal actor é o seu leitor!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Óculos mágicos

Óculos mágicos!

Era um par de namorados, muito amorosos, verdadeiramente apaixonados. Pelo menos aparentemente. Vistos muitas vezes em banco de jardins, sentados, bem encostadinhos e aos beijinhos. Não vezes poucas aos beijinhos com as línguas nas bocas! De mãos dada era o normal, mas, por vezes, deitados na relva, até pareciam em acto sexual! O casamento estava para breve. O problema, visto que eram simples operários de salário mínimo, seria arranjar dinheiro para a boda, para a casa e para a renda, para a mobília, roupas, etc.
Para tudo isso, eles jogavam, em sociedade, no euromilhões, e em cada semana neles rodava a esperança de que saísse prémio que todas as despesas cobrissse, já que nenhuma herança estava previsse!
Marés era ela que preenchia o boletim, outras vezes era ela e um ou outro ia registar o boletim das apostas.

Dizem que o dinheiro dá felicidade, mas o que depois se passou demonstra que nem sempre é verdade.

Ao par dos amorosos apaixonados, finalmente, saíu um prémio do euromilhôes, e não era pequeno, exactamente 20 milhões de euros!
A notícia, como onda cor de rosa, correu a banhar os apaixonados e as respectivas famílias. Sobre as suas casas pairou um imenso céu azul, sem qualquer nuvem negra!

Já não era só dinheiro que havia para a boda, para a casa, mas sim, também para férias no estrangeiro, para uma casa no Algarve e talvez um Mercedes ou um BMW, ah, e sem dúvida, como eram adeptos ferrenhos do futebol, queriam acompanhar o FCP para todo o lado.

As famílias viram nos seus rebentos, um fortes troncos donde pudessem tirar bons proventos, pois que também eles, precisavam de melhorar as casas e mais algum, para não envergonhar os filhos nos gastos do dia a dia. Um carrito, para cada família, vinha mesmo a calhar!

O problema, sim, o problema, é que na semana em que saiu o prémio, ela antes achou que ele não lhe tinha atingido a média de beijos, normalmente dados, e até sentiu que a língua dele tinha menos saliva! Discutiram por causa disso.

Certo, é que ele, nessa semana, tinha registado o boletim sem a companhia dela, embora fosse ela que o tivesse preenchido, como quase sempre o fazia. Aquela semana, em que tinha havido a discussão por causa dos beijos, saíu-lhes vinte milhões de euros! Vinte milhões! Muito dinheiro, que era o espelho onde ele se revia em fazer o que lhe apetecesse sem dar a cavaco a ninguém. A tentação era uma tesoura que cortava as amarras a qualquer compromisso, inclusive o de lealdade, até porque ele não gostava muito da família dela, que achava que a sua linda filha não era chinela para o pé dele. Já a família dele, embora não gostasse da atitude dos pais dela o que lhes importava era que seu filho gostasse da rapariga, que tinha preenchido a chave do prémio e dava saltos de alegria, ansiando o momento de saltar ao pescoço do namorado e cobrir-lho de beijos e abraços.

Na memória surgiu-lhe aquele vestido de noiva, que tinha visto numa montra, no Porto, carísssimo, por ser peça única de estilista de renome.
Ela e seus pais, meteram-se a caminho para, em conjunto, festejarem com os futuros parceiros. Mas quê! Nem ele nem sua família estavam em casa! Estranharam. Alguém da vizinhança disse que tinham ido para Lisboa.
-“Ai os estupores”, logo disse o pai da miúda.
“Cheira-me a esturro”, disse a mãe.

Por sua vez, sucessivas chamadas feitas pela namorada não obtinham resposta. Fácil era de adivinhar a traição.
Foi então que resolveram apanhar o combóio para estarem à porta da Santa Casa, à hora da abertura para apanhar o traidor. Nesse momento até desejavam que já houvesse o TGV.
Tinham a intenção de estarem à porta da Santa Casa, uma horas antes da sua abertura ao público, para pagamento de prémios. Assim foi, mas quando lá chegaram logo viram o rapaz e seu séquito. Logo ali gerou-se a confusão, sendo necesssária a intervenção da polícia, que ouvia as versões: uma que um é que tinha preenchido e registado o boletim, enquanto que a outra dizia que o tinha preenchido e que o rapaz é que o tinha registado, e à vezes até era ela que o fazia.

Certo, e testemunhado, é que no agente da Santa Casa, onde costumavam registar as apostas, toda a gente sabia daquele par de apaixonados, que jogavam em sociedade, há seis anos. Logo ali, junto da Polícia presente, foi interposta uma acção cautelar para que o prémio não fosse pago até a situação ficar clarificada judicialmente. O caso seguiu para tribunal. Seus trâmites duraram anos, com os advogados a esgrimirem argumentos legais e morais e ao mesmo tempo sabendo que também iriam ser herdeiros dos bens patrimoniais, aplicando os normais 10%, ou mais, sobre o quantia que algum deles recebesse. No final, a sentença, depois de todo o escândalo que percorreu a terra natal dos litigantes, foi salomónica: metade para cada um; ou seja dez milhões de euros, o que na prática foi menos de nove milhões a cada, depois de pagarem aos advogados e as despesas judiciais do todo o processo!

Arrumada a questão, e com o leite doce do antigo amor azedado, ele, armado com os seus milhões, partiu em busca da felicidade. O primeiro passo, foi comprar um apartamento nas Antas e um camarote no estádio do Dragão.
Como acompnhava o FCP para todo o lado, um dia foi ao estádio da Luz, onde brilhou a luz dum novo amor! Tendo ficado perto da claque benfiquista, viu uma rapariga que lhe chamou a atenção. Era bonita e sensível, porque chorava a cada golo que o Porto marcava ao SLB.
O resultado final foi quatro secos! Ela chorava como Madalena!
Ela ansiava por consolá-la.
Acenava-lhe, fazendo-lhe olhinhos, como que a dizer-lhe:
-“Deixa pra lá. É natural. Não chores”.

Todas a vezes que o Porto marcava, ele via os olhos dela, que choravam!
Com seu telémóvel na mão, ele fazia-lhe gestos para que ela lhe desse o número do telefone.. Ela, reparando que ele estava muito bem vestido, com roupas de marca cara, bom relógio e boa corrente de ouro ao pescoço, após alguma hesitação, com os dedos da mão, mostrou, espaçadamente, os algarismos pretendidos.
Passados momentos, o telefone dela tocou! Era ele, porém, teve ela teve que desligar, porque o FCP tinha acabado de marcar e ela não podia falar a soluçar! Passados uns minutos foi ela que lhe ligou, pedindo desculpa do seu amor pelo Benfica, que a tornava tão chorosa.
.”Não faz mal. Compreendo, mas se não houver inconveniente para a menina eu gostaria de falar consigo, depois do jogo. Podíamos marcar um encontro, aqui num café dentro do Estádio da Luz.”
Acertados os pormenores, lá se encontraram e falaram de tudo um pouco, como que usando materiais para cimentar um bom pavimento, por onde pudessem caminhar juntos, em segurança!
Chegou o tempo dela ter de regressar a casa. O encontro, futebóis à parte, tinha sido muito agradável e logo outro encontro ficou marcado para o Domingo seguinte. Ele, como prova de boas intenções, não iria ao Dragão ver o Porto, mas sim até Lisboa, onde ela o esperaria e também abdicando de seguir o seu Benfica até ao Algarve!

Entretanto, no decorrer da semana, foi grande o fluxo de mensagens entre eles. O amor é o que mais rende para as operadoras dos telémóveis!

Ela revelou-se uma guia com grandes conhecimentos, levando-o a passear ao Jardim Zoológico, ao Oceanário,
ao Planetário, à Estufa Fria, ao Museu da Ciência, etc, etc.

Em determinada altura, ele ficou a saber que ela, vinda duma família, que vivia em dificuldades, mas que tudo fazia para que sua filha, que desde sempre tivera as melhores notas, terminasse o curso de medicina na área da investigação! Ele, por sua vez, disse que vivia dos rendimentos, porém, quando ela perguntou qual sua fonte ele “confessou” que lhe tinha saído um chorudo prémio na lotaria, que era agente imobiliário, e que estava a pensar em dar o nó para estabilizar a sua vida.

Com o tempo, tal ideia foi lavrando seu caminho, porém, uma dúvida o assaltava; não fosse ela, inteligente como era, casar por causa da sua fortuna, dos seus milhões.

Um dia, tomou coragem e disse à namorada os milhões que tinha e que, para ficar descansado, precisava, antes do casamento, que ela lhe desse uma prova de amor. Não. Não era para ela, prèviamente, oferecer-lhe a virgindade, antes do casamento. Não, até porque ele também não tinha dado a dele a ninguém!
Era uma coisa bem mais bem simples, embora um pouco dolorosa. Queria que ela rasgasse o cartão de 10 anos de sócia do Benfica e que se tornasse sócia do Porto, para se sentar no seu camarote reservado, à vista de todos os benfiquistas presentes.
Ela, hesitou, hesitou, pensou, chorou, porque era assim mesmo mesmo; o seu Benfica fazia-a sofrer muito, e isto do seu amor querer que por amor ela deixasse de ser do Benfica custava muito! Mas, é sabido, o verdadeiro amor vence sempre! Ali, à frente dele, aos soluços, rasgou o cartão do Benfica. Ele abraçou-a, consolando-a, dando-lhe esperanças que o seu Porto lhe daria mais glórias e que o seu amor por ela seria como o fogo do seu Dragão, que a aqueceria na vida. Aliás, sua casa, já construída, para tudo estava preparada, para ser aquecida ou arrefecida.

O tempo das viagens a Lisboa acabou, logo que ela seu curso terminou. O casamento foi marcado e realizado no Porto, na Igreja das Antas, pois então, mesmo ali, à beirinha do Dragão.

Na quinta, onde se realizou a boda, estava tudo engalanado de azul. Era azul por tudo lado! Só a noiva ia de branco puro, com o vestido, que a ex dele tinha desejado, mas ela nem o sabia!

Comeu-se e bailou-se até altas horas. Tinha sido uma festa de arromba! Os pais da noiva, vindos da Sertã, viram-se fritos no meio de tanta comida, tanta etiqueta e tanta dança, fornecida por uma das melhores firmas promotores da organização de casamentos e outros eventos.

Entretanto, a casa, de luxo, que ele tinha mandado construir, serviu de abrigo para a primeira noite de núpcias!
De manhã, ele viu, mas não ligou a algumas manchas de sangue espalhadas no lençol. Fez que não viu e atribuiu tal facto aos resíduos da paixão que ela teve pelo seu Benfica!

No outro dia, por vontade dela, apanharam o aviâo para Paris, onde ela satisfez o seu desejo de visitar o Louvre, o Museu do Homem e passear pelo Trocadero e treinar o seu francês. Ele achou que Paris era um sítio lindo, onde seria possível utilizar a ferramenta dos seus milhões no deleite dos espantos. Espantado estava com o hotel onde estava; o Concorde (onde este escriba já lá dormiu, grátis).
Sim senhor, aquilo é que era um hotel, um mundo! Todavia, o mais importante era o quarto, onde se realizavam jogos entre ele e ela na cama, como se fosse um Benfica-Porto, em que ele procurava ficar sempre por cima!

No decorrer da quinzena da visita parisiense, já após muitas visitas aos jardins do Luxemburgo, subidas à Torre Eiffel, visitas à Notre-Dame, ao Sacré Coeur, e passeios pelos Champs-Élysées, numa manhã ele viu grandes manchas de sangue na cama! Não, não podia ser, pensou ele. Aquilo não era como o combinado. Ela tinha dito que tinha deixado o Benfica, e afinal ali estava vermelho, por toda a parte!

“-Que é isto”, perguntou ele, apontando para as manchas vermelhas.
-“É do período, meu amor”
-“Mas, estão o período de seres do Benfica não passou?
As manchas têm de passar a ser azuis. Tu és uma cientista. Desenrrasca-te ou então há divórcio”, exclamou ele, indignado e sentindo-se traído.

Ela, já formada em investigação, logo viu que ali tinha bom material para investigar. Logo compreendeu que os portistas tinham uma cabeça dura, como pedras! Por isso não era de estranhar que os autocarros do Benfica ficassem danificados com estas cabeças duras.
Meigamente, lá tentou explicar-lhe a natureza das coisas, e que mesmo ele mesmo não podia obrigar o seu Dragão a cuspir fogo azul. Cupia, sim, era vermelho ou amarelo com que muitas das vezes queimava as vermelhas penas da águia, ficando esta muito chamuscada!

Ela, acalmando-o, convidou-ou, meigamente, a ler alguns livros sobre a natureza da condição feminina, mas mesmo assim vendo que ele tinha algumas dúvidas de que o sangue não pudesse ser azul, propôs-lhe que ele se inscrevesse num curso das Novas Oportunidades, para que duma maneira simplex compreendesse a razão do sangue ser vermelho!
No decorrer do curso e expostas as suas dúvidas ao Professor de Altas Tecnologias, este em colaboração com a Universidade do Porto, desenvolveu uns óculos que transformavam o vermelho em azul! Fantástico!

Quando recebeu o o Diploma, também recebeu esses maravilhosos óculos, reagentes ao vermelho, transformado-o em azul!
Chegou a casa todo contente. Depois, pediu à mulher que o avisasse quando houvesse manchas de sangue na cama.. Ele punha os óculos e o assunto ficaria resolvido. O vermelho fica azul.

Ela ficou toda contente com a solução encontrada, e como prova de solidariedade, pediu que ele lhe oferecesse uns óculos iguais. Depois, quando juntos iam ver um Porto-Benfica ou vice-versa, tudo era azul, como se fosse a equipa A contra a B, mas ambas do Porto!
O resultado era sempre a favor do azul.

E assim, com estes óculos mágicos, não havia problema com os vermelhos.

O inventor dos óculos mágicos foi galardoado com o prémio Nobel da Ilusão. O resultado foi que, depois de patentear o invento, teve um enorme sucesso na venda de milhões de pares aos americanos, e não só, para que cada soldado visse sangue azul quando matasse Talibãs e outros.

Perante tão estrondoso êxito, o inventor já pensa nuns criar uns óculos que transformem a negra crise europeia em cor-de-rosa, podendo issso beneficiar cada desempregado e cada beneficiário do Rendimento Minimo de Reinserção Social. Para já, ui! são muitos os fregueses em bicha:
Islândia, Grécia, Irlanda, Portugal, Itália, e outros que se seguirão. Porque, afinal, todo o mundo quer um céu azul!

Quando interrogado se pensava em arranjar uns óculos, que tornassem a corrupção invisível, ele respondeu que não valia a pena, porque no mercado já há os sacos azuis!
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Autor deste original e nédito, escrito no dia 01 de Dez, entre as as 20 e 21horas: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar