Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

BPP(Banca Portuguesa Perigosa)

Que País este!
Que peste!

Deposita-se dinheiro num banco,
dizem que rende e é seguro,
que até pode render outro tanto
se com algum risco, no escuro!

A Administração!
Ah! A Administração!
todos uns engenheiros e doutores
que encenam grande encenação
de que são bons administradores!

Depois, levam o banco à falência,
mas, coitados! Nunca são culpados!
Embora mantenham opulência,
só os clientes são depenados!

Que País este! Que peste!

No meio deste grande "estória",
toda ela muito mal contada,
os administradores não vão à glória,
mas só os clientes levam porrada!

Que País este!
Que peste!
Onde já não há palavra honrada;
nem escrita nem falada!
onde a Justiça é proscrita!

Nem Governo
nem administradores são culpados!

São todos uns engenheiros,
uns doutores,
uns estupores! *

*=Uns espantos!

Que País este!
Que peste!

Clientes entram num banco
e depositam seu dinheirinho,
depois, entram no banco e
só levam no focinho!

Na BPP (Banca Portuguesa Perigosa)
não usam armas para roubar!,
basta atrair os clientes
e depois... é só gamar!
que foi o que o Gama fez
e é ainda o que faz muito português,
vestido de engenheiro
ou de doutor!

Portugal é um espanto;
um estupor!
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Autor; Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Sociedade de lamentos!

SOCIEDADE DE LAMENTOS!

Nesta quadra natalícia, naturalmente ligada à natalidade, ouvi o cidadão Presidente da República lamentar o decréscimo da natalidade em Portugal. Dizia ele que abaixo de 100 mil nascimentos por ano, Portugal corre perigo da sua vitalidade.

Acho que não é grave, pois que quando éramos pouco mais que um milhão fomos uma das nações mais poderosas do Mundo! O que conta é a qualidade, não a quantidade. Aliás, a China está caminho de ser a potência mais desenvolvida do Planeta, reduzindo a natalidade para metade, e com 600 ou 700 milhões será uma timoneira da Terra!

Na economia globalizada, em que em tudo se trabalha para atingir sempre resultados superiores aos dos anos anteriores, verifica-se o paradoxo das políticas dos países industrializados não se preocuparem em apoiar políticas sociais, que permitam e estimulem maior produção familiar! Como é possível compatibilizar estímulo à natalidade se não há emprego ou é instável?

Como é que querem mais crianças se em vez de reduzirem o horário de trabalho ainda o querem aumentar para 60 horas? Como é que com tanto stress um casal relaxa para procriar? Como é que um casal (heterosexual) pode perspectivar ter três filhos? Onde garantir rendimentos para a educação? Para o transporte já não se pode ter um utilitário, mas sim um “carrão”por causa das cadeiras para crianças implicarem maior dispêndio!
O Povo diz que: “quem tem filhos tem cadilhos, quem não tem cadilhos tem.”.
Outro provérbio diz: “filhos criados trabalhos dobrados”.
Ter três filhos é ter três grandes problemas! Dar uns trocados no abono de família e mais um ou dois meses de licença de parto nada resolve. O trabalho na agricultura ocupou, durante milénios, a maioria da população mundial. Era bom ter muitos filhos para trabalhar porque a terra deles precisava!

Após a revolução industrial a riqueza passou para o tecido industrial, comércio, distribuição e assistência aos produtos vendidos. Actualmente, a maior indústria geradora de riqueza é o turismo para produzir descanso!
Passou-se da filosofia de enriquecer vendo os outros trabalhar para se enriquecer vendo outros a descansar!

Porque quase já ninguém quer ser lavrador e na ânsia de muito produzir, a mulher começou a ser vista como mais dois braços disponíveis; mais um simples número na máquina da produção, não como elemento matriz da sociedade e humanidade a preservar! Ora, se ao casal não são dadas possibilidades de criar três filhos, pelo menos, então não há sociedade, dita desenvolvida, que resista ao decréscimo da sua população! Como é possível produzir e querer vender a juzante, ou seja a consumidores, se não tratam de os produzir a montante?

Enquanto não apoiarem, verdadeiramente, políticas de estímulo à natalidade, não vale a pena lamentar que cada vez nascem menos crianças!
Não se esqueçam que ter filhos é ter sarilhos! Querem a solução chinesa?
Deixem-se de lamentações. Procurem matemáticos que resolvam a equação de pôr todo o mundo a trabalhar e a consumir! Quero ver.
Num sistema capitalista tudo se vende, tudo se compra, nada se dá.
Mas, uma criança não tem preço!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Rua das Bocas, 880
4510-204- S. Pedro da Cova

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

No natal há tanto stress!
tantas prendas querem ter!
que natal já nem parece
nem este chega aparecer|
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Natal; energia da alegria!

É energia acumulada,
à espera de rebentar
na época mais desejada
para alegria manifestar.

Vive-se tanto em competição,
querendo tudo e sempre mais,
mas a humana maior ambição é
que todos os dias fossem natais!

O Homem nunca pode esconder
todo o bem que dentro de si tem,
que todos podem ver,
que é no Natal que mais sorri
para dar e receber muito
do que tem dentro de si!
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Sócio da SPA, nº 15727

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um clic

Um clic!

Era uma casa muito rica!
Tinha muitos candeeiros,
mas muita falta de luz!
Era tudo muito chic!
Infelizmente,
Não tinha um Menino Jesus
nem um clic para acender a divina Luz!
......dos candeeiros!
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Autor: Silvino Taveira Macaho Figueiredo
Gondomar

domingo, 20 de dezembro de 2009

Poetando eròticamente

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Gosto de poetar,
até eròticamente!..

Sim,
um poema erótico tem
algo de positivo,
algo de hipnótico,
faz crescer algo;
uns centímetros abaixo do umbigo!..

É o que acontece,
amor, comigo,
quando contigo sonho
e em ti me ponho,
em três dimensões,
ao cubo em éne posições!..

Aí, eu fico baralhado,
porque és boa de frente,
por trás e
até de lado!..

És toda maçã,
que como toda,
amorosamente!..

De manhã,
ao raiar do sol,
o que resta sobre o lençol
é líquda semente!..
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Autor, erotizado, deste poema:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Lareira



Junto a uma lareira,
onde o fogo sobe,
mas em nós preso fica
e arde em fogueira,
por outros ateada,
que em cinza se torna,
como se torna toda a acha,
toda a fogueira,
por maior que se ache,
por maior que dentro de si tenha!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Lareira

Poema climático ao Pai-Natal

Poema climático ao Pai-Natal:

Pai-Natal,
espero que Pai-Natal me traga um poema,
não quero quinquilharias chinesas
nem cenas de cinema,
quero, apenas, renas,
carregadas de poemas de paz e de amor
e que, ainda,
por cima,
de Copenhaga prenda de bom clima me traga,
porque, senão,
futuros Pais-Natais,
devido à poluição,
nenhuma criança mais verão!

Não haverá renas,
com prendas para ninguém,
nem se verá no céu estrelas a brilhar,
só, apenas,
lantejoulas chineses, a bruxelear,
aluminando tristezas,
em natais,
com saudade do Natal,
a chorar do tempo
em que não morava nos Centros Comerciais!

Por favor, Pai-Natal,
de Copenhaga,
chinesices não me traga,
traga bom clima,
limpo, com mais luz,
já agora,
neste tempo de Natal,
traga luz do Menino Jesus,
para o Mundo,
para Portugal!

Pai-Natal,
desejo-lhe um Santo Natal,
e respire fundo,
para que melhor fique o mundo!
...........xxxx.....................
Autor:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bebo café, logo existo!

Bebo café, logo existo!

Depois do almoço
Ir a um Café,
Para tomar um e
Olhar à volta;
Para lugar nenhum!!

Ver e ser visto,
Pôr-me de pé,
Pagar o café e
Poder dizer:
-“Enfim, existo”

Fui ao Café, a pé,
Em passo ginasticado.
Prefiro a
Que me o tragam
Quando deitado!

Prefiro andar a pé
E ir ao Café!

Ver e ser visto,
Logo existo!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar 14/12/2009

Poema podre

Poema podre

Oiço palavras,
Que rasgam o silêncio do ar puro
E são seus algozes,
Que o violam,
Que lembram prendas
Em ruidosos embrulhos,
Comparo-os a entulhos,
a vazios odres
Ou a nozes,
Que quando abertas são podres!

Oiço palavras no ar,
Que devia ser papel,
Apenas para palavras de amor e paz embrulhar,
Mas não!

No ar anda toda a poluição,
Nele comparo palavras a vazios odres
Ou a nozes,
Que são podres quando as abro!

Perante isto,
Um poeta também se enerva
Também pode ser maroto
E dizer, num suspiro:
-”Não resisto.
Merda para o ar que respiro
E para a palavra quioto;
Palavra vazia
como vazio odre,
Como noz,
Que quando aberta.......
é podre!

Oiço palavras no ar,
como vazios odres,
como nozes....
podres!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Sócio da Sociedade Portuguesa de Autores
Gondomar

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Cuidado com os toques

Cuidado com os toques

Foi num dia, sem querer,
Que te toquei nas mamas,
Agora andas pra’í a dizer
Que desde então "m’amas"!

Quem haveria de saber?
Quem houvera de contar?
Só por uma vez te mexer
Tenho agora que te "chupar"!

Há muito que falam os sábios
Que o amor tem que se lhe diga
Que após o encosto de lábios
Vem o encosto de barriga!

É preciso muito cuidado
Num amor sequer tocar,
Pois que o amor tocado
Pode logo começar a inchar!
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Autor destes toques:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque e Conde das Bocas)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Trezentos cavalos mal ferrados!

Era um bom negociante de gado. Especialista em gado asinino. Lentamente, de feira em feira, foi vendendo burros de melhor condição, até porque beneficiou dum subsídio para criar a espécie, em vias d’extinção! Não. Não era burro nenhum! Tanto é que dos muitos subsídios, que recebeu, poucos burros se viu, a não ser um Mercedes, de trezentes cavalos, novinho em folha! Aliás, de burros já tinha passado para o negócio de cavalos, e já era frequentador da feira da Golegã! Quem via desfilar seus burros e cavolos ãhs de espanto exclamava!

Como a sua ascensão económica foi muito rápida, ele não teve muito tempo em se adaptar do galope dos cavalos aos trezentos cavalos do Mercedes. Não. Não era um Mercedes chinês, comprado numa loja dos trezentos! Era mesmo um Mercedes, a sério, com trezentos cavalos sob o capot. Como era muito religioso, muito crente, era raro enganar toda a gente! Sempre havia quem escapava! A prevenir tinha posto um terço e uma imgagem de Nº Srª de Fátima, a baloiçar no interior da bomba! Todavia, como também era muito supersticioso, não fosse o diabo tecê-las, mandou colocar uma ferradura prateada na grelha do radiador, contra o mau olhado. Má vista teve ele, quando, naquele dia, pouco tempo após ter comprado aquela máquina, (constava que para impressionar o futuro parceiro, dono duma coudelaria de Alter do Chão) despistou-se e espatifou o carro e a vida.

Verificado o óbito, a opinião médica foi que ele morreu do acidente, enquanto que, sabem como é?!, o perito da companhia de seguros, ao analisar os destroços, vendo só aquela ferradura no radiador, vertiu para o relatório que ”que divido ao Mercedes ter trezentos cavalos, mas só uma ferradura, o acidente deveu-se aos restantes cavalos não estarem devidamente ferrados. Eram muitos cavalos para uma só ferradura!”.

Até hoje, não se sabe como acabou a batalha jurídica, para os familares receberem a indemnização, visto que havia um seguro contra todos os riscos. Quanto a Nossa Senhora de Fátima não ter evitado o acidente, atribuiu-se ao facto de ela enjoar nas curvas. Ora, foi, precisamente numa curva que ele entrou a direito...! Pró céu?
De burro ou a cavalo!?
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Poema caído do céu!

Ondas
cansadas
de no mar navegar
subiram ao céu
e lá ficaram a descansar
em camas de algodão em rama
a engordar
a criar barriga
pesadas
até que
saudades da terra começaram a chegar!
logo lágrimas
tornadas água
tornadas chuva
cairam sobre serras
rolaram por vales
embarcaram em rios
e ao doce lar do mar regressaram
tornadas ondas meninas
em espumas de champanhe!

Quando
cansadas de brincar
sobem novamente
frequentemente ao céu
por um elevador colorido;
um arco-íris
que fica no céu a pairar!

Olhamos
queremos arco-íris imitar
ou ser!

Pode ser que
seja um de nós
quando
novamente chover.

Quem sabe?
Pode ser.
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Autor deste original inédito: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)