Felino poema
Sou um invejoso! Invejo os gatos!
O meu, “Marracas”,
Roça-me as pernas,
Ronrona em sua sorna!
Passo-lhe a mão pelo pêlo,
Dou-lhe comida,
Apanha sol no quintal,
Dorme boas sonecas,
Sonha com paraísos de ratos,
Enfim, leva boa vida
E parece que gosta de mim,
Mas não, pura ilusão,
A sua liberdade
Não admite corrupção!
Parece dizer
Que dispensa meu subsídio alimentar
Quando me aparece com rato na boca
E com ele a brincar. Muitas vezes,
Quando me apetece passar-lhe a mão pelo pêlo
Vou até ao quintal, mas, cadê meu gato?
Cadê meu animal? Nem vê-lo!
Fica dias e dias, andando por aí,
Como vagabundo pelo mundo!
Mas quando me reaparece,
Roça-me nas pernas, a dobrar!
Como que a pedir: Esquece.
Prendê-lo em casa? Não,
Porque um gato,
Neste caso o meu “Marracas”,
É a liberdade,
Com asas às quatro patas
E anda por aí, a voar,
Em longa viagem!
Eu aguardo pelo seu regresso
Pelo seu ronronar a dobrar,
E que faça da sua ausência reportangem
Se da minha Liberdade não estou certo
Quando vejo o meu “Marracas”
Vejo liberdade total por perto!
…………..xxxxxxxxxxx……………..
Autor:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
( o figas de saint Pierre de lá-buraque)
Gondomar
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
domingo, 22 de janeiro de 2012
A a serra e a neve
Na serra,
depois do fogo vem a neve
vem o lobo que presas persegue,
todavia, no nascer de cada dia,
nosso olhar embosca raios de sol,
que feitos versos fazem ski
no manto branco do nosso encanto;
na neve gelada,
cuja beleza se derrete
no calor do nosso espantado olhar
que não pára na beleza da serra escorregar!
A serra, o fogo e o lobo
são diferentes versos,
que num poema fazem um todo,
seja a serra verde,
seja careca,
seja com fogo,
seja com neve,
seja com lobo que presas persegue,
nosso olhar embosca a beleza
e poesia sempre consegue.
……………xxxxxxx………………………
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
depois do fogo vem a neve
vem o lobo que presas persegue,
todavia, no nascer de cada dia,
nosso olhar embosca raios de sol,
que feitos versos fazem ski
no manto branco do nosso encanto;
na neve gelada,
cuja beleza se derrete
no calor do nosso espantado olhar
que não pára na beleza da serra escorregar!
A serra, o fogo e o lobo
são diferentes versos,
que num poema fazem um todo,
seja a serra verde,
seja careca,
seja com fogo,
seja com neve,
seja com lobo que presas persegue,
nosso olhar embosca a beleza
e poesia sempre consegue.
……………xxxxxxx………………………
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Não há tantos olhares como tantas coisas!
Não há tantos olhares
Como tantas coisas;
Grãos de areia nos desertos,
Ondas nos oceanos,
Árvores nas florestas
Aves nos ares,
Arcos-íris nos céus,
Fulgores de auroras boreais
E da fauna seus animais!
Não há tantos olhares
Como tantas coisas;
Serras e montes,
Rios e fontes,
Constelações, estrelas,
Planetas e cometas!
Como, pois,
Ousamos nós saber de tudo
Se em tudo nosso olhar não pousamos?!
A verdade, por chegar,
Está sempre além do nosso olhar!
……………xxxxxxx………………
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Como tantas coisas;
Grãos de areia nos desertos,
Ondas nos oceanos,
Árvores nas florestas
Aves nos ares,
Arcos-íris nos céus,
Fulgores de auroras boreais
E da fauna seus animais!
Não há tantos olhares
Como tantas coisas;
Serras e montes,
Rios e fontes,
Constelações, estrelas,
Planetas e cometas!
Como, pois,
Ousamos nós saber de tudo
Se em tudo nosso olhar não pousamos?!
A verdade, por chegar,
Está sempre além do nosso olhar!
……………xxxxxxx………………
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Chinês? Depende
Nas ruas,
quando cheias,
vê-se gente que se passeia,
quem compra,
quem vende,
e quem se vende!
Por quanto?
Depende!
As ruas são para baixo,
são para cima,
mas se ruas não houvesse
como seria uma aldeia,
uma cidade,
uma povoação de população cheia
até que fiquem sem ninguém,
a solidão vem
e ninguém nas ruas se passeia,
ninguém vende,
ninguém se vende,
a azáfama dá lugar ao silêncio e seu ócio,
até que apareça um chinês
para reanimar o negócio!
Tudo compra,
tudo vende,
....e se vende?
Depende!
................xxxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar
quando cheias,
vê-se gente que se passeia,
quem compra,
quem vende,
e quem se vende!
Por quanto?
Depende!
As ruas são para baixo,
são para cima,
mas se ruas não houvesse
como seria uma aldeia,
uma cidade,
uma povoação de população cheia
até que fiquem sem ninguém,
a solidão vem
e ninguém nas ruas se passeia,
ninguém vende,
ninguém se vende,
a azáfama dá lugar ao silêncio e seu ócio,
até que apareça um chinês
para reanimar o negócio!
Tudo compra,
tudo vende,
....e se vende?
Depende!
................xxxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Ao invés
Ao invés
O mundo está ao invés;
Diz-me o que tens
E eu digo-te quem és.
Se quem é nada tem
É apenas um “Zé”;
Um Zé-ninguém!
O mundo está ao invés
Não conta o que se é
Mas sim no que se tem!
O mundo está ao invés;
Diz-me o que tens
E eu digo-te quem és.
Se quem é nada tem
É apenas um “Zé”;
Um Zé-ninguém!
O mundo está ao invés
Não conta o que se é
Mas sim no que se tem!
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Voo de fantasia
Nota prévia: Poema,
que levantou voo enquanto esperava pelas minhas netas
duma aula de dança.
Uma sala
para aulas de dança
para crianças
é um pista de voo
e a professora uma torre de control
as crianças
na pista dão passos
ganham asas
e saltam como que sobre brasas
abrem os braços
e ganham espaços
a música no ar
vinda da torre de control
dá ordens para levantar
aí vão elas
na rota da fantasia
voando bem alto
levando a bordo a alegria
de serem crianças
e aprenderem a voar
numa sala de dança.
Que bom sonhar
estar a voar
até a torre de control mandar aterrar.
Que bom dançar
voar a sonhar!
............ssssssss..............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Godomar
que levantou voo enquanto esperava pelas minhas netas
duma aula de dança.
Uma sala
para aulas de dança
para crianças
é um pista de voo
e a professora uma torre de control
as crianças
na pista dão passos
ganham asas
e saltam como que sobre brasas
abrem os braços
e ganham espaços
a música no ar
vinda da torre de control
dá ordens para levantar
aí vão elas
na rota da fantasia
voando bem alto
levando a bordo a alegria
de serem crianças
e aprenderem a voar
numa sala de dança.
Que bom sonhar
estar a voar
até a torre de control mandar aterrar.
Que bom dançar
voar a sonhar!
............ssssssss..............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Godomar
sábado, 14 de janeiro de 2012
Curto de vista
Curto de vista
Sou curto de vista,
Só vejo até ao meu horizonte,
Mais além não,
Mas, como pista, não falta quem
Muito me conte das delícias do Além!
Eu ouço, com muita piada,
Quem do Além muito sabe
Mas de si pouco ou nada!
Sou curto de vista.
Quem me fez não quis
Que visse além da neblina,
Acho bem,
Porque, qualquer esforço
Pode provocar o descolamento da retina!
Melhor é ver só até ao nosso horizonte,
Não mais além,
E não ter de ouvir, poucos,
Quem julga que muito sabe do Além
E muitos, que nada sabem,
Dizerem amen.
Eu não.
Eu do além fico sempre aquém!
……………..xxxxxxxx…………………..
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint Pierre de lá-buraque)
Gondomar
Sou curto de vista,
Só vejo até ao meu horizonte,
Mais além não,
Mas, como pista, não falta quem
Muito me conte das delícias do Além!
Eu ouço, com muita piada,
Quem do Além muito sabe
Mas de si pouco ou nada!
Sou curto de vista.
Quem me fez não quis
Que visse além da neblina,
Acho bem,
Porque, qualquer esforço
Pode provocar o descolamento da retina!
Melhor é ver só até ao nosso horizonte,
Não mais além,
E não ter de ouvir, poucos,
Quem julga que muito sabe do Além
E muitos, que nada sabem,
Dizerem amen.
Eu não.
Eu do além fico sempre aquém!
……………..xxxxxxxx…………………..
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint Pierre de lá-buraque)
Gondomar
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Ano novo; uma prenda
Ano novo; uma prenda.
Como é bom ter a ilusão
De que no tempo da nossa vida,
Cada ano novo é prenda querida,
Que nos dão.
A mim,
Cada ano novo que me dão,
-Como prenda -
Agrego aos velhos passados,
Que vivos em mim estão
E não pagam renda!
Cada ano novo, que me dão,
Tem 365 laços,
Que cada um em cada dia desfaço!
Quando chego ao último,
Rasgo o laço, papel e tudo,
Para ver da prenda seu conteúdo,
Só então é que vejo se o ano foi bom ou não
Enquanto à porta ouço doze pancadas;
É outro ano novo desejando -me boas entradas
E uma prenda me vem entregar,
Com 365 laços para deslaçar!
Todos os anos é assim
Junto o ano novo, como prenda,
Aos outros que vivem em mim!
Mantendo a ilusão;
Que boas são as prendas que me dão.
………………….xxxxxxxxxx…………………….
Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Como é bom ter a ilusão
De que no tempo da nossa vida,
Cada ano novo é prenda querida,
Que nos dão.
A mim,
Cada ano novo que me dão,
-Como prenda -
Agrego aos velhos passados,
Que vivos em mim estão
E não pagam renda!
Cada ano novo, que me dão,
Tem 365 laços,
Que cada um em cada dia desfaço!
Quando chego ao último,
Rasgo o laço, papel e tudo,
Para ver da prenda seu conteúdo,
Só então é que vejo se o ano foi bom ou não
Enquanto à porta ouço doze pancadas;
É outro ano novo desejando -me boas entradas
E uma prenda me vem entregar,
Com 365 laços para deslaçar!
Todos os anos é assim
Junto o ano novo, como prenda,
Aos outros que vivem em mim!
Mantendo a ilusão;
Que boas são as prendas que me dão.
………………….xxxxxxxxxx…………………….
Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Sonhar é fácil
Nos jogos políticos, raramente se joga com o pragmatismo das situações, que exigem soluções concretas, baseadas na exequidade prática das mesmas e não apoiadas por emoções irracionais. Este intróito apenas serve para recordar um exemplo no auge de criar "novos" concelhos em Portugal, que era o que estava a dar! A continuar, talvez se chegasse, outra vez, aos mais de setecentos concelhos existentes antes da reforma, no século, XIX, por mouzinho da Silveira, que reduziu o seu número para os quase actuais 308. Baseados nos factos, de algumas terras terem sido, fugazmente, concelhos, caso de Rio-Tinto, que nem um ano gozou desse estatuto, alguns promotores de tachos, acharam ocasião azada para tentarem a sua sorte. No processo reivindicativo de Rio-Tinto voltar a ser concelho, baseado na tal efémera experiência, o que ressalta, em democarcia, é que tal reivindicação foi aprovada por unanimidade em 1 de Marcço de 1996 na Assembleia de Freguesia. Espantoso é não ter havido nem uma única voz dissonante, que fizesse ver a futilidade de tal reivindicação, já que na altura, todos os sinais eram para uma diminuição da máquina administrativa do território e não a multiplicação dos municípios e o correspondente aumento de despesa.
Como costumo guardar alguns jornais, estes dias, ao precisar de papel para a ignição duma fogueira, deparei-me com este exemplar de "o jornal de RIO-TINTO", editado pela Junta, no tempo em Carlos Pires era presidente. Quinze anos quase passados, criado o Movimento por Rio-Tinto a Concelho, que foi enchendo e subindo, mas que agora está a perder altura e o masi provável é arder , devido à corrente fria para a formação de concelhos. Pessoalmente, eu acabava com todos os concelhos da área metropolitano do Porto, ficando as actuais Câmaras a fazerem o papel de Juntas e estas transformadas em clones das lojas do cidadão. Curioso, é que, agora, na perspectiva da redução do número de freguesias, a Assembleia Municipal de Gondoamr, também por unanimidade, achou que tudo está bem como está e que não há necessidade da redução do seu número de freguesias no concelho de Gondomar. Estes políticos são uns cómicos! Só obrigados ou empurrados é que dão saltos para a frente! Claro que pensam que todos ficam bem na fotografia, pois que, sempre podem dizer:
-"A gente não queria mas o Governo quer e a Troika manda"
Pois é. Lá terá que ser.
Deixem-se de bairrismo saloios!
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Meus pés
Meus pés me levam,
Meus pés me trazem,
Meus olhos vêem paisagens
Das viagens que fazem,
Mas, meus pés,
Esses desgraçados,
É que ficam, com calos, pisados!
Mas esperam o dia
De terem a alegria
De que acabe esta chulice,
Esta chatice,
Esta brincadeira,
E verem, na cama,
A cabeça sofrer o revés
De ter de ficar aos pés
Enquanto os pés na cabeceira,
Obrigando a cabeça a pensar
Que tem de tratar bem os pés
Se do alto do corpo quer passear
De lés a lés,
Para poder dizer:
-“Meus pés me levam
Meus pés me trazem
Meus olhos vêem paisagens
Da viagens que fazem
Aonde me apetecer,
Mas bons pés
E boas pernas tenho que ter"
…………xxxxxxxx…………….
Autor: Silvino Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
Meus pés me trazem,
Meus olhos vêem paisagens
Das viagens que fazem,
Mas, meus pés,
Esses desgraçados,
É que ficam, com calos, pisados!
Mas esperam o dia
De terem a alegria
De que acabe esta chulice,
Esta chatice,
Esta brincadeira,
E verem, na cama,
A cabeça sofrer o revés
De ter de ficar aos pés
Enquanto os pés na cabeceira,
Obrigando a cabeça a pensar
Que tem de tratar bem os pés
Se do alto do corpo quer passear
De lés a lés,
Para poder dizer:
-“Meus pés me levam
Meus pés me trazem
Meus olhos vêem paisagens
Da viagens que fazem
Aonde me apetecer,
Mas bons pés
E boas pernas tenho que ter"
…………xxxxxxxx…………….
Autor: Silvino Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Do amor nunca poente
A vida; labareda,
Fogo por amor ateado,
Aquece quem ao amor achegado,
Esperando que não se apague,
Mas sim que se avive
E que maior seja a fogueira
E que aqueça quem do amor se abeira.
É esta a esperança,
Desde o cedo ao tarde,
Que do amor nunca haja poente
Enquanto em nós
O sol da vida
…………………………arde!
…….xxxxxxxxxxx……
Autor: Silvino Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Fogo por amor ateado,
Aquece quem ao amor achegado,
Esperando que não se apague,
Mas sim que se avive
E que maior seja a fogueira
E que aqueça quem do amor se abeira.
É esta a esperança,
Desde o cedo ao tarde,
Que do amor nunca haja poente
Enquanto em nós
O sol da vida
…………………………arde!
…….xxxxxxxxxxx……
Autor: Silvino Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
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