Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Felino poema

Sou um invejoso! Invejo os gatos!

O meu, “Marracas”,

Roça-me as pernas,

Ronrona em sua sorna!

Passo-lhe a mão pelo pêlo,

Dou-lhe comida,

Apanha sol no quintal,

Dorme boas sonecas,

Sonha com paraísos de ratos,

Enfim, leva boa vida

E parece que gosta de mim,

Mas não, pura ilusão,

A sua liberdade

Não admite corrupção!

Parece dizer

Que dispensa meu subsídio alimentar

Quando me aparece com rato na boca

E com ele a brincar. Muitas vezes,

Quando me apetece passar-lhe a mão pelo pêlo

Vou até ao quintal, mas, cadê meu gato?

Cadê meu animal? Nem vê-lo!

Fica dias e dias, andando por aí,

Como vagabundo pelo mundo!

Mas quando me reaparece,

Roça-me nas pernas, a dobrar!

Como que a pedir: Esquece.

Prendê-lo em casa? Não,

Porque um gato,

Neste caso o meu “Marracas”,

É a liberdade,

Com asas às quatro patas

E anda por aí, a voar,

Em longa viagem!

Eu aguardo pelo seu regresso

Pelo seu ronronar a dobrar,

E que faça da sua ausência reportangem



Se da minha Liberdade não estou certo

Quando vejo o meu “Marracas”

Vejo liberdade total por perto!

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Autor:

Silvino Taveira Machado Figueiredo

( o figas de saint Pierre de lá-buraque)

Gondomar

domingo, 22 de janeiro de 2012

A a serra e a neve

Na serra,


depois do fogo vem a neve

vem o lobo que presas persegue,

todavia, no nascer de cada dia,

nosso olhar embosca raios de sol,

que feitos versos fazem ski

no manto branco do nosso encanto;

na neve gelada,

cuja beleza se derrete

no calor do nosso espantado olhar

que não pára na beleza da serra escorregar!


A serra, o fogo e o lobo

são diferentes versos,

que num poema fazem um todo,

seja a serra verde,

seja careca,

seja com fogo,

seja com neve,

seja com lobo que presas persegue,

nosso olhar embosca a beleza

e poesia sempre consegue.

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

Não há tantos olhares como tantas coisas!

Não há tantos olhares

Como tantas coisas;

Grãos de areia nos desertos,

Ondas nos oceanos,

Árvores nas florestas

Aves nos ares,

Arcos-íris nos céus,

Fulgores de auroras boreais

E da fauna seus animais!



Não há tantos olhares

Como tantas coisas;

Serras e montes,

Rios e fontes,

Constelações, estrelas,

Planetas e cometas!

Como, pois,

Ousamos nós saber de tudo

Se em tudo nosso olhar não pousamos?!


A verdade, por chegar,

Está sempre além do nosso olhar!

……………xxxxxxx………………

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

Chinês? Depende

Nas ruas,

quando cheias,

vê-se gente que se passeia,

quem compra,

quem vende,

e quem se vende!



Por quanto?

Depende!



As ruas são para baixo,

são para cima,

mas se ruas não houvesse

como seria uma aldeia,

uma cidade,

uma povoação de população cheia

até que fiquem sem ninguém,

a solidão vem

e ninguém nas ruas se passeia,

ninguém vende,

ninguém se vende,

a azáfama dá lugar ao silêncio e seu ócio,

até que apareça um chinês

para reanimar o negócio!



Tudo compra,

tudo vende,

....e se vende?



Depende!

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Autor: Silvino Figueiredo

Gondomar

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ao invés

Ao invés

O mundo está ao invés;

Diz-me o que tens

E eu digo-te quem és.

Se quem é nada tem

É apenas um “Zé”;

Um Zé-ninguém!



O mundo está ao invés

Não conta o que se é

Mas sim no que se tem!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Voo de fantasia

Nota prévia: Poema,

que levantou voo enquanto esperava pelas minhas netas

duma aula de dança.



Uma sala

para aulas de dança

para crianças

é um pista de voo

e a professora uma torre de control

as crianças

na pista dão passos

ganham asas

e saltam como que sobre brasas

abrem os braços

e ganham espaços

a música no ar

vinda da torre de control

dá ordens para levantar

aí vão elas

na rota da fantasia

voando bem alto

levando a bordo a alegria

de serem crianças

e aprenderem a voar

numa sala de dança.



Que bom sonhar

estar a voar

até a torre de control mandar aterrar.



Que bom dançar

voar a sonhar!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint pierre de lá-buraque)

Godomar

sábado, 14 de janeiro de 2012

Curto de vista

Curto de vista


Sou curto de vista,

Só vejo até ao meu horizonte,

Mais além não,

Mas, como pista, não falta quem

Muito me conte das delícias do Além!

Eu ouço, com muita piada,

Quem do Além muito sabe

Mas de si pouco ou nada!



Sou curto de vista.

Quem me fez não quis

Que visse além da neblina,

Acho bem,

Porque, qualquer esforço

Pode provocar o descolamento da retina!

Melhor é ver só até ao nosso horizonte,

Não mais além,

E não ter de ouvir, poucos,

Quem julga que muito sabe do Além

E muitos, que nada sabem,

Dizerem amen.

Eu não.

Eu do além fico sempre aquém!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint Pierre de lá-buraque)

Gondomar

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ano novo; uma prenda

Ano novo; uma prenda.



Como é bom ter a ilusão

De que no tempo da nossa vida,

Cada ano novo é prenda querida,

Que nos dão.

A mim,

Cada ano novo que me dão,

-Como prenda -

Agrego aos velhos passados,

Que vivos em mim estão

E não pagam renda!



Cada ano novo, que me dão,

Tem 365 laços,

Que cada um em cada dia desfaço!

Quando chego ao último,

Rasgo o laço, papel e tudo,

Para ver da prenda seu conteúdo,

Só então é que vejo se o ano foi bom ou não

Enquanto à porta ouço doze pancadas;

É outro ano novo desejando -me boas entradas

E uma prenda me vem entregar,

Com 365 laços para deslaçar!

Todos os anos é assim

Junto o ano novo, como prenda,

Aos outros que vivem em mim!

Mantendo a ilusão;

Que boas são as prendas que me dão.

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Autor deste original e inédito:

Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sonhar é fácil



Nos jogos políticos, raramente se joga com o pragmatismo das situações, que exigem soluções concretas, baseadas na exequidade prática das mesmas e não apoiadas por emoções irracionais. Este intróito apenas serve para recordar um exemplo no auge de criar "novos" concelhos em Portugal, que era o que estava a dar! A continuar, talvez se chegasse, outra vez, aos mais de setecentos concelhos existentes antes da reforma, no século, XIX, por mouzinho da Silveira, que reduziu o seu número para os quase actuais 308. Baseados nos factos, de algumas terras terem sido, fugazmente, concelhos, caso de Rio-Tinto, que nem um ano gozou desse estatuto, alguns promotores de tachos, acharam ocasião azada para tentarem a sua sorte. No processo reivindicativo de Rio-Tinto voltar a ser concelho, baseado na tal efémera experiência, o que ressalta, em democarcia, é que tal reivindicação foi aprovada por unanimidade em 1 de Marcço de 1996 na Assembleia de Freguesia. Espantoso é não ter havido nem uma única voz dissonante, que fizesse ver a futilidade de tal reivindicação, já que na altura, todos os sinais eram para uma diminuição da máquina administrativa do território e não a multiplicação dos municípios e o correspondente aumento de despesa.
Como costumo guardar alguns jornais, estes dias, ao precisar de papel para a ignição duma fogueira, deparei-me com este exemplar de "o jornal de RIO-TINTO", editado pela Junta, no tempo em Carlos Pires era presidente. Quinze anos quase passados, criado o Movimento por Rio-Tinto a Concelho, que foi enchendo e subindo, mas que agora está a perder altura e  o masi provável é arder , devido à corrente fria para a formação de concelhos. Pessoalmente, eu acabava com todos os concelhos da área metropolitano do Porto, ficando as actuais Câmaras a fazerem o papel de Juntas e estas transformadas em clones das lojas do cidadão. Curioso, é que, agora, na perspectiva da redução do número de freguesias, a Assembleia Municipal de Gondoamr, também por unanimidade, achou que tudo está bem como está e que não há necessidade da redução do seu número de freguesias no concelho de Gondomar. Estes políticos são uns cómicos! Só obrigados ou empurrados é que dão saltos para a frente! Claro que pensam que todos ficam bem na fotografia, pois que, sempre podem dizer:

-"A gente não queria mas o Governo quer e a Troika manda"

Pois é. Lá terá que ser.
Deixem-se de bairrismo saloios!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Meus pés

Meus pés me levam,

Meus pés me trazem,

Meus olhos vêem paisagens

Das viagens que fazem,

Mas, meus pés,

Esses desgraçados,

É que ficam, com calos, pisados!

Mas esperam o dia

De terem a alegria

De que acabe esta chulice,

Esta chatice,

Esta brincadeira,

E verem, na cama,

A cabeça sofrer o revés

De ter de ficar aos pés

Enquanto os pés na cabeceira,

Obrigando a cabeça a pensar

Que tem de tratar bem os pés

Se do alto do corpo quer passear

De lés a lés,

Para poder dizer:

-“Meus pés me levam

Meus pés me trazem

Meus olhos vêem paisagens

Da viagens que fazem

Aonde me apetecer,

Mas bons pés

E boas pernas tenho que ter"

…………xxxxxxxx…………….

Autor: Silvino Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Do amor nunca poente

A vida; labareda,

Fogo por amor ateado,

Aquece quem ao amor achegado,

Esperando que não se apague,

Mas sim que se avive

E que maior seja a fogueira

E que aqueça quem do amor se abeira.



É esta a esperança,

Desde o cedo ao tarde,

Que do amor nunca haja poente

Enquanto em nós

O sol da vida

…………………………arde!

…….xxxxxxxxxxx……

Autor: Silvino Figueiredo

(o figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar