Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

sábado, 31 de março de 2012

Vida de gozo

Vida de gozo!

Eu gosto de gozar a vida

E em cada gozo vivido

A alegria nele sentida

A vida goza comigo!



Gosto de ver! Com meu olhar

As boas coisas eu vejo

E dá-me gozo gozar

O gozo que há num beijo!



Gozo maior que me dá

É na vida sempre achar

Do amor o melhor que há!



Eu hei de sempre gozar

Do bom que a vida tem

Até que de mim se fartar!

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Autor deste original inédito:

Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

sexta-feira, 30 de março de 2012

D. Duarte ajuda Gondomar

Esta foi uma, das muitas placas substituídas, para que Sua Alteza não se envergonhasse do seu ascendente ser tão mal tratado! A nova é em prata fina!

D. Duarte ajuda Gondomar!

Todos sabem que D. Duarte Nuno de Bragança, descendente de D. Miguel, é uma figura afável e dedicado a boas causas.

Sabendo que o Concelho de Gondomar, com os seus vinte arruamentos em honra de D. Miguel, é quem mais honra o seu ascendente, permitindo assim que Gondomar seja a Capital do Miguelismo, D. Duarte, sensibilizado com tanto amor monárquico, estará hoje de visita a Gondomar, passeando pelas zonas no cerco ao Porto, utilizadas pelos miguelistas, nomeadamente a Estrada de D. Miguel; uma das maiores vias de Gondomar, assim como subirá ao Monte Crasto.

Os preparativos, feitos pela Câmara de Gondomar para a receção de tão ilustre visitante já foram executados, nomeadamente a substituição das placas ferrugentas com o nome de D. Miguel até aqui existentes nos arruamentos a visitar. É intenção da Câmara solicitar ao representante monárquico a melhor colaboração na instalação dum museu em Gondomar, que lembre a história do Cerco ao Porto e estudar a hipótese de, para o próximo ano, fazer a reconstituição de algumas posições das baterias miguelistas, disparando sobre o Porto, assim como a reconstituição do ataque dos liberais, em 24 de Janeiro de 1833, aos miguelistas, instalados no Monte Crasto, tendo sido repelidos, para desgosto do General liberal francês Sollignac!

Rui Rio já foi sondado e não vê inconveniente nuns disparos de pólvora seca sobre o Porto, não se importando que Gondomar fique com a glória de ser o máximo baluarte do miguelismo em Portugal!

O Presidente da Câmara de Gondomar, um Major, na reserva, da República, está muito contente, pois que apesar de governar num regime democrata também tem uma costela absolutista e, sem dúvida, receberá, de abraços abertos, D. Duarte Nuno. Além do mais, há a possibilidade de Gondomar ser um polo de atração para os monárquicos. Quantos são? Quantos são? Nos tempos de crise há que recorrer a todas as armas para o desenvolvimento económico, social e cultural de Gondomar.

Por último, além da chegada de D. Duarte, às 11h30 aos Paços do Concelho, com entrada pela porta da frente, (não a de lado, usada por Valentim) toda a informação exaustiva da visita monárquica a Gondomar está disponível no site da Câmara! Consta que D. Duarte será distinguido com a medalha “Nabo de Ouro”, como gratidão pelos serviços prestado pelo miguelismo a Gondomar; não deixando cair o Monte Crasto nas mãos dos liberais. Daí o miguelismo ainda reinar em Gondomar, com os seus vinte arruamentos, o que justifica a visita do descendente miguelista, para gáudio dos seus apoiantes, que, sem dúvida, estarão em grande número à sua espera!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

segunda-feira, 26 de março de 2012

Coração no recreio da mente!

As pernas param, mas ele não,

Continua a andar!



Mãos descansam, mas ele não,

Continua a trabalhar!



A boca come, mas para na digestão.

Ele não!

Continua, até com mais aceleração!



O corpo acaba por adormecer, mas ele não,

Continua a bater!



Outros membros têm descanso,

Férias, feriados

Ou tratamentos de beleza,

Mas eles não,

Nunca estão parados!



Desde que na empresa nados

Têm trabalho continuados,

Sendo os de maior competência

E os mais explorados em toda a urgência!







Mas os sócios da empresa sabem

Que se não forem bem acarinhados,

Se não tiverem atenção devida,

Lá vai à falência a empresa da vida!



Membros do corpo podem descansar,

Mas ele; o coração, não!

No amor até trabalha mais acelerado

E nem sempre com beijos é remunerado.



Coitados dos corações de vidas oprimidas,

De quem se exige sempre batidas!



Libertem os corações.

Deixem-nos recrear no recreio da mente,

Escorregar até à boca,

Brilharem às janelas dos olhos.



Levem os corações a passear

Pela avenida da alegria da vida,

Mostrem corações à gente!

Deixem os corações falar francamente.

Verão que trabalham melhor,

De forma continuada,

Quase ininterruptamente

Para alegria da mente.



Andem com os corações

Nas palminhas das mãos.

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

quarta-feira, 21 de março de 2012

Primavera

PRIMAVERA


Hoje, eis a Primavera;

A Natureza em jardim!

Num canteiro de quimera

Espero uma flor em mim.



Belas flores nos jardins

Exalam perfumes nos ares,

E amores, como querubins,

Passeiam sonhos, aos pares.



Em nós sempre uma Primavera,

Nem sempre a que queremos

Desde que ao mundo viemos.



Mas, na Primavera florida,

Com ela nos alegremos

E sejamos flores na vida!

……………..xxxxxxxxxxx………..

Autor: Silvino Figueiredo

Gondomar

segunda-feira, 19 de março de 2012

Vem este calor


que tudo abafa

vem o desejo da frescura

e o querer segurar a brisa que passa

para refrescar o suor

que em nós perdura



Há o calor da paixão,

vibrante,

ofegante,

dum amor ou amante.


Todo o calor passa.

O que aquece também arrefece.

A felicidade é irmã da desgraça.



Desgraça é todo este calor

e ninguém segurar

a brisa do mar

que por nós passa!



Só não se deseja

que não arrefeça o amor

e que seja d'amor o suor

de quem nos deseja!

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Ui! Que calor!

Autor: Silvino Figueiredo

Gondomar

e que d'amor seja o suor!

Abram o rio, abram o mar

sexta-feira, 16 de março de 2012

Tetas do mundo

Enquanto eu tiver visão

O que me cerca eu analiso

Mas é tão grande a corrupção

Que de ver já nem preciso!


O Homem vive só para ter

E não vive só para ser,

Viver sem ser para ter

Tira a razão ao viver


O mal do ser humano

É nascer e logo mamar

Nos seios de sua mãe,


Depois é só continuar,

Se possível até ao tutano,

Nas tetas que o Mundo tem!


…………xxxxxxxxxx……………..

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint Pierre de lá-buraque)

Gondomar

quinta-feira, 15 de março de 2012

"Dizer bem de Valentim"

Realmente, sou um nabo perante esta maravilha universitária.
Não como um doutor para "dizer bem" dum major!

Guardo está pérola, para mais tarde recordar e me lembrar de ver os carneirinhos na Quinta do Ambrósio a pastar!
PEDRAS


Pedras, que pedras são,

saídas do ventre da terra,

pedras; pedras de pão

para a fome que o mundo desespera!



Pedras, pedras,

ó rudes que vós sois,

convosco se fazem guerras,

e ídolos imortais!



Pedras, duras e frias!

pedras; robustez da natureza;

pedras em mesas dão alegrias,

tornam-se doces na rudeza!



Hoje, sentei-me em mesa de pedra,

numa mesa de pedra comi,

há uma pedra que me espera

para encerrar a vida que vivi!

................xxxxxxxxxxxxx.................

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

figariano@sapo.pt

FIGAS DE SAINT PIERRE DE LÁ-BURAQUE

DR/SPA 15727

Gondomar-PORTUGAL

PEDRAS


Pedras, que pedras são,

saídas do ventre da terra,

pedras; pedras de pão

para a fome que o mundo desespera!



Pedras, pedras,

ó rudes que vós sois,

convosco se fazem guerras,

e ídolos imortais!



Pedras, duras e frias!

pedras; robustez da natureza;

pedras em mesas dão alegrias,

tornam-se doces na rudeza!



Hoje, sentei-me em mesa de pedra,

numa mesa de pedra comi,

há uma pedra que me espera

para encerrar a vida que vivi!

................xxxxxxxxxxxxx.................

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

figariano@sapo.pt

FIGAS DE SAINT PIERRE DE LÁ-BURAQUE

DR/SPA 15727

Gondomar-PORTUGAL





Poesia enviada no dia 2007-09-30

Por Silvino Taveira Machado Figueiredo

Já foi lida 700 vezes.





Poesia enviada no dia 2007-09-30

Por Silvino Taveira Machado Figueiredo

Já foi lida 700 vezes.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Muro de lametações em Belém!

Cavaco Silva parece o Valentim; nunca tem culpa de nada!


Já não bastava termos um Primeiro-Ministro que nos chama de piegas. Agora temos um Presidente da República queixinhas! Aliás, tique que já vem de longe quando acusava Mário Soares e Sousa Franco; Presidente do Tribunal de Contas e demais oposição como "forças de bloqueio".



Como Presidente da República, no primeiro mandato, logo se queixou de que lhe estavam a retirar poderes na questão da autonomia dos Açores. Depois, queixou-se de que a reforma não chegava para as suas despesas! Agora, vem com a treta de que Sócrates andou a esconder o jogo! Não será altura de mandar fazer um muro de lamentações em Belém para este Presidente queixinhas?



Em tempo de resolver problemas do presente e preparar Portugal para o futuro anda a perder e a fazer perder tempo com histórias do passado. Teria alguma justificação se fosse possível ter um terceiro mandato e com estas queixinhas capitalizar simpatias dos eleitores, mas assim não. Mais parece uma criança a fazer queixinhas à mamã!



Podia escrever essas queixinhas nas suas memórias, não enquanto no exercício da função presidencial. Não é digno dum chefe de Estado! Portugal, embora pequeno, merece um Presidente com outra estatura mental e intelectual!



Pessoalmente, acho que o nosso Presidente da República devia ter melhor aconselhamento psicológico. Bem sabemos que se queixa de dificuldades, mas se falar com o Ministro da Saúde; o Dr. Paulo Macedo, este sempre arranjaria uma justificação de emergência nacional, para não termos de ouvir tantas queixinhas, que nada resolvem! Só complicam!



Ainda faltam quatro anos para Cavaco terminar o mandato. Ó valha-nos Deus.

O melhor é mandar construir o muro de lamentações em Belém. No final do mandato manda-se lavar as nódoas das queixinhas.



Se o regime fosse monárquico e Cavaco o Rei, este ficaria na história como Cavaco 1º, "O Queixinhas"

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint Pierre de lá-buraque)

domingo, 11 de março de 2012

Estava no chão, mas não segura!

Estava no chão, mas não segura!..

Na altura, como era um pouco distraído, não ligou muito ao caso! Ela devia estar em qualquer lado. Já estava habituado, quando não sabia duma coisa encontrá-la onde menos esperava e exclamar: - Ah. Estás aqui!

À sua volta, campos abandonados por netos de avôs lavradores, agora engenheiros ou doutores. Por vezes, cogitava que a terra, com tanta ciência adquirida, devia estar mais desenvolvida, mas não, a terra estava desaproveitada e havia muita falta de pão em muita mesa de gente, que apenas o sabia comer mas não como o fazer! De sua casa, situada num ponto elevado, avistava uma casa, cujo quintal, outrora bem cuidado e produtivo, estava ao deus dará, sem nele, há anos, cair maná! Que pena!

Naquele dia, como precisava de semear feijões, favas, abóboras, batatas, ervilhas, além de rabanetes, foi mais afoito nas buscas. Ela tinha que aparecer. Mas não, não apareceu mesmo. Chegou à conclusão que, devido ao preço dos metais, talvez tivesse sido vítima de roubo. Ainda pensou avisar o sucateiro vizinho, porque ela tinha uma marca especial adquirida ao longo dos anos na sua companhia, mas pensou que não valia a pena! Talvez fosse útil a alguém.Não teve outro remédio senão comprar outra.

De vez em quando tornava a procurar a antiga, porque lhe parecia que com a nova os regos não ficavam lá muito bem, além de suar mais do que o costume e gastar mais tempo e mais água nos banhos!

Que saudades tinha da antiga. Era mais leve, mais maneirinha! Para sua surpresa, duma janela viu que o tal quintal abandonado estava a ser trabalhado! Soube que era por um jovem formado, mas desempregado.Conhecia-o de vista. Um dia, porque não resistiu à curiosidade, fez um desvio no seu caminho de rotina e fez zoom à visão para tentar perceber o que estava a ser semeado no terreno recuperado.

Pousada no chão, algo lhe despertou a atenção. Com o zoom ao máximo conseguiu detetar que era ela! Ah ah! Com que então estava ali, sequestrada ao serviço doutro?! Depois, viu o jovem licenciado, mas desempregado e já sem subsídio, pegar no cabo, erguê-la e mergulhá-la fundo na terra. Ficou rendido ao esforço do jovem. Tinha pensado em ir fazer queixa à polícia pelo roubo da sua querida sachola! Ficou um pouco mais a observar. Por fim, tomou a decisão de não fazer queixa e deixar o jovem produzir, produzir e, quem sabe se um dia até exportar, para o défice da balança comercial de Portugal reduzir!? Ficou tão impressionado que resolveu deixar mais uma sachola, abandonada no seu terreno, esperando que desaparecesse e que alguém dela faça lavra poética camoniana:

“Descalça vai para a fonte

Leonor, pela verdura;

vai formosa e não segura”

                                                     Estava no chão, mas não segura,
                                                     alguém a pegou do chão
                                                     para a poesia da agricultura!
Autor:Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

sexta-feira, 9 de março de 2012

O dia corria na sua alvura


Até que na tarde, esmaecido

Ficasse o castanho da secura

E nele, deitado, o verde perdido!



Deuses, reunidos em assembleia,

Discutiam o problema da seca,

Buscando divinal panaceia

Sem a crentes aumentar a coleta!



-“Uma ministra, (disse deus presidente)

Que é a Cristas, está quase sem fé

E em nós deixar de ser crente!



-“Pois é, (disse outro)

São já tantas sequelas

Que já não rezam a nossos pés

E pedem milagres a Bruxelas!”





Os deuses começaram a chorar,

Suas lágrimas foram tão abundantes,

Que davam para a terra regar!

Emitiram um comunicado,

Para todo o mundo saber,

Que após o tempo seco acabado,

Um dia destes vai chover!

Só resta esperar.

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

terça-feira, 6 de março de 2012

GONDOMAR

Grande terra à beira-mar !

Ourives de prata e ouro!

Nabos tens para vender e dar!

Douro é o teu grande rio;

Ode à beleza, sem igual,

Mas em ti se "orientaram"

Arrais, que a ti chegaram,

Roubaram-te a honra, ó Gondomar,

E desonrado te puseram

No mapa de Portugal!
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Silvino Figueiredo

segunda-feira, 5 de março de 2012

Teus olhos

Teus olhos

Amor, teus olhos são correios

Que me trazem o mapa da rota,

No teu doce mar,

Para nele navegar minha frota de desejos;

Para especiarias encontrar no porto do teu coração,

Onde me fundeio, para de amor encher o porão!

Quando levanto ferro,

Para navegar na baía do meu contentamento,

Há sempre bom vento

E teus olhos são os meus faróis,

Que balizam a entrada pelo teu mar adentro

E dele mandar notícias aos da minha grei!

Queres saber o que disse?

-Que não queria ser Vice

Mas sim Rei do mar do teu doce olhar

E passar meu reinado nele a navegar.



Amor, obrigado,

Por teus olhos me terem enviado o mapa da rota

Para te encontrar!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint Pierre de lá-buraque) Gondomar