Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Descubra as diferenças entre 10/7/1986 e 2011

Afinal sobrevivemos!
Não acho que haja diferenças, porque quem usa chancas ou socos desde sempre lhe prega taxas.
O melhor é: em vez de recorrer a outros para nos dizerem o que temos saibamos nós primeiro!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Domingo, 18 de Dezembro de 2011Assoai-vos a este guardanapo


Quando, a medo, algum moderador, chama a atenção aos economistas entrevistados para os chorudos ordenados e mais subsídios e benesses atribuídos aos políticos deste paupérrimo país, logo ouvimos a lengalenga do costume: Isso é uma gota de água no oceano da nossa dívida pública e não contribuiria absolutamente nada para equilibrar as finanças do país. Disseram-no há muito pouco tempo o catastrófico Medina Carreira e o bem-humorado Miguel Belezas. Estas sábias opiniões conduzem pacificamente o rebanho para o redil da conformação onde, no remanso da noite, resolvem poupar mais no pão, no leite e nas batatas, para salvar o país do afundanço final.

Quando oiço estas opiniões costumo pensar: Não resolveria mas moralizaria com toda a certeza. Penso… apenas, mas não falo; pode estar alguém a ouvir que logo responderá: - O que tu tens é inveja! O que, não me irritando, porque sou um tipo cheio de santa paciência, me obriga a perder o meu rico tempo com explicações que eu estou a ver sair pelo ouvido do outro lado.

Ná, o melhor mesmo é o exemplo figurado do que se passa a este nível noutros países.

Estamos habituados a ver os políticos fazer comparações com o que se passa noutros países, que escolhem cuidadosamente, para implementar medidas gravosas sobre a populaça (como eu gosto deste termo!?). Ele foi sobre a despenalização do aborto, sobre o alargamento da idade da reforma, sobre o preço da saúde, o aumento do tempo de trabalho diário, a carga fiscal, etc., etc.

Penso que também tenho o direito d ir buscar um exemplo que os nossos políticos não conhecem ou, conhecendo, escamoteiam, ignoram ou desvalorizam.

Não sentem uma pontinha de vergonha? Um piquinho dela que seja?

Desalmadas amebas!





Publicada por Líricos do Campus em 23:39 0 comentários

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Casa Branca em regime de (in)comodato?

Regime de (in)comodato


Eu fui à inauguração da Casa Branca, em Gramido, onde ocorreu a assinatura da Convenção de Gramido, imposta não pela Troika, mas pela Quadrápula, pondo termo à instabilidade militar no país!

Como de costume, surgiram discursos dos políticos locais quanto ao uso do imóvel histórico recuperado. Seria para isto, para aquilo e para mais alguma coisa, (recomendo a leitura dum artigo, de autoria de Vergílio Pereira, publicado no blogue do Bloco de Esquerda, em 14/02/2011, com o título “Casa Branca de Gramido: Utilização Pública ou Privada?” Ficarão melhor elucidados da esperteza saloia, reinante no nabal, que não serve aos Gondoamrenses.

No passado domingo, num passeio à beira-rio, passei por lá e tive o desconforto de verificar que a Casa Branca, está ficando coisa feia!

Se foi cedida em regime de comodato à Universidade Lusófona, agora está em regime de incomodato para todos os que lá passam, mas não sei se para a Câmara de Gondoma.! Será que o Presidente Valentim Loureiro também por lá passa, para se sentir gloriosamente glorificado com tal situação; sinais de degradação do edifício, em que o comodatário não está cumprindo a manutenção contratual acordada.

Por aqui vê-se o desrespeito ético universitário, porque em vez de substituírem um vidro partido, na porta principal, por outro (não há seguro?) puseram a vergonha, que se vê na foto; mais próprio dum bairro social degradado! Além disso, teias-de-aranha fazem a sua exposição nas janelas enquanto a porta principal já mostra sinais de “alunos”, que querem forçar a entrada para as aulas! Se o contrato da cedência da Casa Branca, por parte do seu proprietário; a Câmara, em regime de comodato, pelo período de cinco anos , renováveis salvo denúncia de alguma das partes, e não se vislumbra o uso dos fins para os quais foi cedida, então, será que a Câmara terá de viver com este (in)comodato da situação, ou seja, não há curso de ciências aeronáuticas, mas sim aulas de degradação, parece que em regime intensivo! Até quando? Se calhar, só com um novo presidente o caso será diferente! Eu já teria mandado a lusófona dar uma volta ao bilhar grande. Estão à espera de quê?

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Autor: Silvino Figueiredo

Gondomar

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Europa; linha férrea com dois comboios

Europa; linha férrea com dois comboios.


Quando se aceita entrar para uma Associação é para cumprir seus estatutos e, dentro dela, democraticamente , participar na sua evolução, engrandecendo-a. Caso contrário, não cumprindo os Estatutos aprovados, só resta desistir de sócio ou ser expulso!

No caso da Europa, conceito geográfico que define uma área territorial com diversos povos nelas instalados, a evolução, impulsionada pela Revolução Industrial, levou ao reconhecimento mais assertivo do princípio de que a união faz a força. Daí estarmos num mundo actual em que tudo é global; seja o sistema financeiro, o industrial, o económico e, a quase livre circulação de pessoas entre os Estados.

As raízes da lenta aproximação dos povos europeus, teve origem nos interesses económicos dos seus seis primeiros fundadores, neste caso sobre a política comum do carvão e aço.

Constatando o benefício de tal união, a comunidade europeia foi-se alargando numa perspectiva de mútuos benefícios de desenvolvimento nas áreas económicas, embora não tanto na, cada vez mais desejada, parte política!

A defesa do interesse colectivo da Europa sobre o individualismo de cada país, nela integrado, precisa de se fortalecer para fazer face a outros gigantes territoriais e económicos, como a China, EUA, Índia, Rússia, Brasil, etc. Se as vantagens progressivas, até aqui verificadas, levaram à constituição da criação duma moeda única e as vantagens daí resultantes, torna-se necessário fortalecê-la corrigindo factores que evitem a sua fraqueza!

A evidência do mundo actual, em que tudo é global, mostra que as respostas devem ser globais, havendo cada vez menos lugares para interesses individuais, mas sim a tomada de medidas que a todos interessem minimamente sem beneficiar algum país, em particular, maximamente.

No caminho lento de maior unidade social económica e política, convergindo para um maior federalismo europeu, a actual crise do euro demonstrou que há muito a corrigir nos comportamentos político-económicos de alguns dos seus membros! O último acordo, de vinte e seis países, à excepção da Inglaterra, sobre a necessidade de maior disciplina sobre os orçamentos de cada Estado e a sua execução, mostrou que a Europa não quer perder a sua moeda única e a sua influência mundial.

Nem todos os países pertencem à EU, mas quem quiser entrar apanha um comboio, com características uniformes nas suas carruagens, enquanto que noutro comboio, que quer utilizar a mesma linha, composto por carruagens diferentes, ainda se discute sobre os horários e paragens nas estações, apeadeiros e quais as moedas a utilizar no bar!

Eu acho que, depois dumas noites bem dormidas, a Inglaterra acabará por entrar na moeda única e suas regras, porque sua economia imperial e sua libra tendem a reduzir sua influência perante o poder duma Europa cada vez mais unida! A união faz a força. Além do mais Inglaterra já conquistou uma grande vitória: os comboios andam pela esquerda, não só na Europa como em todo o mundo!

Não se pode ter tudo, e uma coisa é fazer comboios, outra é comportar-se dentro deles.

Não esquecer que os comboios têm chefes!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sol nascente

Tu ainda não sabes,

mas um pouco de sol mora no teu olhar

para outros encantar

e ficarem extasiados,

porque nunca pensaram que

para olhar o Sol, bastava

ver os teus olhos,

que, como um sol a arder

aquece alguém perto de ti;

alguém que precisa do teu calor;

para se aquecer por fora e por dentro.



Tu não sabes,

Mas tens um sol no teu olhar

Para muitos encantar!



Quem te olha de frente

Vê um sol nascente, e

Como ainda és uma criança,

Quando atingires a altura do meio-dia

Serás um poema, cheio de poesia,

Um sol, no seu máximo esplendor,

Um amor!

…xxxxxxxxxx… 28/11/2011

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint Pierre de lá-buraque)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Os cavalos vão ter de zurrar!

Os cavalos vão ter de zurrar!


« em: Hoje às 22:52:45 » Citar



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O poder não reside em quem manda,

mas sim em quem obedece,

que quando a mando já não anda,

quem manda mandar não merece.

Entre quem manda e mandado

há que ter bem em atenção;

que um burro muito carregado

atira com a carga ao chão,

e quem um burro não sabe pensar

e fraca e pouca palha lhe dá

está sujeito a coices levar

e muito espantado ficarará

se for cavalo ter de zurrar

porque burros quase não há!



O poder não reside em quem manda,

mas sim em quem obedece,

que quando a mando não anda,

quem manda mandar não merece,

além do mais,

devido à evolução,

os burros burros

estão em vias de extinção!



O que há, ainda, são muitos cavalos,

demais,

mas também se abatem!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Horas virtuais!

Hoje, como muitas vezes que lá passo, eram13h47 no meu relógio, pela hora oficial portuguesa, mas o relógio colocado no monumento à actividade mineira em S. Pedro da Cova deve ser doutra longitude! Vezes sem conta, este assunto do relógio ter sido posto pela Câmara, mas por esta não conservado funcionalmente útil para a população local e para quem por lá passa, só origina descrédito de quem manda. Não é por diversas chamadas de atenção, mas persistem em mostrar o seu estado terminal de incompetência!

A melhor solução, e atendendo à crise que também atinge a Câmara, o melhor seria retirar o relógio e eliminavav-se o mal pela raíz.

Seria mais digno a ausência do relógio no monumento, constantemente a dar problemas, do que uma permamente mostra de incompetência de quem o mandou lá pôr, mas, se quiser, ainda tem poder de o mandar retirar. Nem mesmo com a mudança de preside de junta em S. Pedro da Cova, este não teve a influência para melhorar a situação, assim como a vergonha do estado das placas toponímicas ferrugentas e ilegíveis com o nome de D. Miguel e outros!
Se calhar, estão à espera da agregação da Freguesia de S. Pedro da Cova à de Fânzeres ou com a de Foz do Sousa ou Jovim para acertar um simples relógio! Veremos.
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

domingo, 20 de novembro de 2011

Ora, como os "Rascas" foram encolhendo e tomaram o nome de Não Te Rales, não admira o abate da frota pesqueira portuguesa.  Este escapou, para prova de museu!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SITUAÇÃO ATMOSFÉRICA


Vejo só cinzento

Carregado

Chuvoso

E chove mesmo!

Intenso!

Dia após dia

Sonhos vão nas enxurradas

Sem trovoadas!

Com desejos tento afastar o cinzento

E ver o azul do firmamento

Mas quê?

Inventaram centenas de deuses

Milhares de santos

Eu bem peço

Mas chove a cântaros

Ouço prantos

A chuva é precisa nalguns dias

Mas não em tantos

Todos os dias mudo de camisa

Porque todas ficam encharcadas

E, se a chuva continuar

Fico de roupas sem mudas

Sem nada

Só com a pele nua e lisa

Na chuva a boiar de papo pró ar

Olhando o céu cinzento,

Mas, tentando olhar além dele

O azul no firmamento

Nem que seja d’olhos fechados!



Em sonhos

Vejo deuses e santos a chorar

Então, compreendo a razão de tanta chuva cair!

-“Porque chorais, seres divinais?

Vós,

Que sendo deuses e santos

Nunca cometeis nenhum deslize!”



“Pobre diabo!
(dizem)

Então não vês que é devido à crise que está

E à que há-de vir,

Que não podemos rir!



Daqui do alto,

Quanto nossa vista alcança,

Quanto veja,

Vemos que cai menos dinheiro na nossa bandeja,

Por isso, estamos todos a chorar,

Por isso é que está tanta chuva a cair

E não tarda darmos ordens para trovejar”



“Mas, qual é o meu papel?”

(Perguntei)

“Sofrer. E ficas, desde já, avisado,

Por toda a parte anunciado,

Que os milagres vão encarecer”

-“Quanto?”

“O que o Governo ou a Troika entender.

Eles, para se manterem fazem seus arranjos!

Nós aqui, para as despesas do Céu;

Alimentação e lentes (para ver o que se passa)

Também temos que fazer arranjos

Para manter o nível dos papos-de-anjo!

E, se calhar, temos de chamar o Diabo

Para desenhar o plano das novas e taxas e impostos

Celestiais sobre rendimentos de trabalho e heranças.

Vocês, aí chamam aos diabos ministros das finanças.

Preparai-vos para sofrer,

Porque os milagres vão encarecer!

Deixai de ir aos restaurantes comer

E ide mais a missas.

Alimentai-vos de hóstias,

É preciso alimentar mais o espírito do que o corpo”



Acordei.

Deixei de estar de papo para o ar e pus-me rastejar.

Tinha começado a trovejar!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

sábado, 29 de outubro de 2011

Poema feliz!

Poema feliz


Não falo de ninguém,

Não falo de doenças,

Não falo de miséria e fome,

Não falo da crise do Homem,

Não falo na austeridade

Nem na Troika

Nem na corrupção,

Não falo da injustiça

Nem de religiões e outros sabões,

Não falo de milionários

Nem de pobres

Duns que tem milhões

E outros apenas uns cobres,

Não falo da crise das prostitutas,

Que sentem um grande car(v)alho

Pelos clientes não terem trabalho!

Nem tão pouco dos chulos de óculos escuros.

Não falo de abelhas obreiras

E das gastadeiras,

Não falo da hipocrisia dos “inocentes”,

Que culpam outras gentes!

Nem falo da poesia,

Porque a minha felicidade

Dá para entender

Que o Mundo está como Deus quer!

Não adianta protestar,
Porque há um Senhor no Céu
E homens senhores na Terra,
Mas um dia isto há-de acabar!
Por isso,

Não falando mal do que por aí se diz

É que este poema é feliz,

Como Deus quis

E eu o fiz!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Hossanas aos gregos

Hossanas ao povo grego;

Raíz da Democracia,

Á Europa meteu medo

De lhe causar anarquia



Fez o poder do dinheiro

Reconhecer a verdade:

Entre valores: primeiro

É a solidariedade



O dinheiro perde valor

Quando só em si pensa

E a outros só causa dor



E a quem contrário pensa

O gregos foram factor

Que destruiu essa crença!



Hossanas ao povo grego

Que destruiu quem tem

O dinheiro como ego

E de perdê-lo tem medo,

Então, como solução,

Deu o remédio do perdão!

E contra vontade

Praticou solidariedade,

Que no dia a dia

Deve ser uma filosofia!



Hossanas aos gregos!

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Autor: Silvino Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

domingo, 23 de outubro de 2011

Poesia botánica do Figas:"Master Chefe do Nabo"

Concurso “Master Chefe do Nabo”

No concurso “Master Chefe do Nabo”,

Quem ficou em lugar cimeiro

Foi quem soube temperar o nabo

Com aroma de loureiro!

Já em segundo lugar,

Que não vez primeira,

Ficou quem soube aplicar

O aroma de oliveira!

Mas foi loureiro que ganhou,

Agora é “Master Chefe do Nabo”

Pois melhor nabo apresentou

E aos  da terra ganhou!



Agora, feliz e contente,

Sempre com os nabos na mão,

Contenta toda a gente,

Até os nabos da oposição!.



Já eu; um nabo de gema,

Com nabos não posso,

E de nabos tenho pena

Por comidos até ao osso!



Agora, no próximo concurso,

Talvez haja nova receitas;

Nabos com loureiro e mel

Pelos nabos tidas como recurso

Para a cura de maleitas!

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Autor: Silvino Figueiredo

Gondomar

(O Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Governo;"Instituição santificado"

Um Governo tem um carácter santificado, que é de governar o bem para o bem do povo, com ajuda das esmolas deste, ou seja, impostos e taxas!

Mas, por este andar não tarda andarmos todos de socos taxados!

O Governo, constituído por pessoas de bem, iluminadas pelo Bem, para não cairem em buracos, mandam construir ministérios, quais catedrais, com muitos "santos ministros", com muitas bandejas para recolha de capitais para "ajudar os fracos"!



Cada ministério é como uma catedral, com seu bispo e assessores, cabidos e descabidos.

Vivem bem paramentados, à grande e à francesa, para que o povo veja que quem governa e lhe quer bem tem realeza! Eles acumulam reformas e mais reformas, benesses e mais benesses e sãoinocentados pela justiça, enquanto o povo espera um milagre para a crise!

Eu acho que é uma questão de falta de fé, como diz o Prof. Diogo Feitas do Amaral, que pede que o Espírito Santo ilumine a Srª Merkel, para a resolução da crise europeia. Ora, como dizem que a Europa é de matriz cristã, e como a Igreja tem mais de dez mil santos, ( Portugal tem perto de trinta santos enquanto Itália tem perto de duzentos!) então seria fácil pôr os santos a trabalhar, qual grande escritório de santos advogados a meterem recurso, junto do Supremo, para que a malta não fique grega e sem pernas para subir ao Olimpo!



Mas, atendendo à situação, penso que não há santos que nos valha, porque quem nos governa não parecem homens de bem, mas assemelhando-se mais a vil canalha, embora vivam em "catedrais governamentais", com bandeja, para sacarem do pobres seus pobres capitais!

Mas, tenham sempre em atenção que, o Governo é uma "instituição santificada" e seus ministérios, quais catedrais governamentais, que governam sempre a Bem da Nação!

Mas, ficarão admirados e não compreenderão se houver pública revolução por falta de pão!

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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

À deriva

À deriva


Nunca fui navio,

Apenas me deram este casco

Com que ando à deriva

Com rombos na proa,

Na popa,

No porão, que é meu coração,

Rombos a bombordo,

A estibordo

E sou levado por ventos em toda a direcção,

Pelas ondas,

Aporto onde calhar,

Porque não tenho casa de máquinas,

Nem mastros com altas velas

Para bom navegar!

Não,

Não me podem chamar navio,

Sou só casca de noz

A navegar num mar de terra

Onde no seu pó se enterra.



Se me quereis chamar navio,

Então pegai num casco e num mastro,

Içai uma vela

E acendam oum pavio.

Então,

Talves possais pôr-me a navegar

Na mar da vossa imaginação,

À deriva!
Sem definido porto para aportar!

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Autor: Silvino Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Castanhas com amor

Castanhas com amor!!



Amor,

Neste tempo de castanhas,

De ouriços expelidas das entranhas,

Assadas em fogo de caruma,

Para ti corto-as, uma a uma,

Vão para a fogueira

Para serem assadas,

Com sal ficam coradas,

Pego em algumas

E ofereço-as, como beijos, à tua boca

E aguardo que por mim fiques louca,

E em cada castanha que te dou,

Neste Outono de melancolia,

Meu coração leva um desejo de poesia,
E espera
Que cada castanha minha,
Que tua boca beijou,

Faça que sejas minha nesse dia,
Tornando a  melancolia do Outono
Em amor de Primavera!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

sábado, 1 de outubro de 2011

Noite igualitária

Noite igualitária




Eram três da madrugada,

Eu no meu quarto,

Naquela noite cerrada

Em pijama, deitado na cama,

Mas dormir? Dormir nada!

Então pensei que a noite tudo iguala:

Iguala o magala ao general,

O padre ao cardeal,

Na noite, réu e juíz têm igual nariz!

A noite não distingue ricos e pobres,

Quem têm medalhas dos canalhas,

Quem sobe e quem desce,

A noite tudo iguala quando sua sombra

Sobre tudo cresce,

E tudo o que no dia passa

À noite passa a passado

E passa ao escuro do nada,

Nem se vê cortinas floridas

Nas persianas corridas,

Nem o pijama que vestimos!

Nem outros vêem o que sentimos!

A culpa é do Sol,

Que tudo ilumina,

Mas, ao bater num homem,

De frente

Faz sombra a quem está atrás,

Que também é gente!


O sol não é igual para todos,

Com ele faz-se contrastes,

Entre todos os trastes

Distingue-se um magala dum general

Um padre dum cardeal

Um governante do governado

O bem do mal 

Os bons dos canalhas,

No peito vê-se o brilho das jóias

E das medalhas,

Mas, quando a noite cai tudo fica igual;

Tudo nivelado pelo escuro,

Não se vêem  boas e más acções

E nem a vista vê condecorações!

Na noite é um facto que reina o tacto!

Mas é bom sentirmo-nos bem na noite;

Bom treino,

Porque, ao fim e ao cabo,

O Homem na eterna sombra tomba!

O problema, ao sol,

À luz do dia, é:

O Homem saber andar de pé!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Outono; Avenida da Serenidade!

Outono; Avenida da Serenidade!


No prédio do tempo,

O ano tem um apartamento;

Um tê quatro

E nele o Outono um quarto,

Cuja janela dá para a Avenida da Serenidade

E nela vê folhas,

Feitas lágrimas, caindo no chão

Em melancólico e operático bailado

Com marcas do Verão passado!


O Outono,

À janela do seu quarto,

No apartamento do tempo,

Contempla a sua própria aguarela;

Crianças, jovens, e de meia-idade,

Passeiam, suavemente,

Na Avenida da Serenidade,

Até à chegada do Inverno

Que é quando o Outono recolhe sua aguarela

E fecha a janela,

Vendo,

Entre frestas das persianas,

O Inverno a varrer a Avenida da Serenidade.


Quando possível, o Outono dá alegria à Avenida

Com um pouco de Verão,  antes por si guardado,

Enquanto espera pela sua amiga Primavera!

Que lhe traga um ramo de rosas,

Para seu quarto ficar perfumado!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Desesperado

DESESPERADO


A loucura,

Espelhada em teu retrato,

Mosta a verdade nua e crua

Duma alma em desacato,

Irresponsável no que faz

E no que diz,

Fazendo-me lembrar o Poder do meu país,

Que, com seus loucos atos,

Com sua insanidade mental,

Abriu colossais buracos

Na alma de Portugal!



Entrementes

Com a saúde que nos dão

Vamos ficar como tu;
Loucos, e sem dentes

Para arreganhar

A quem está a governar.



Olho para ti,

Para o quadro do teu retrato;

Um velho louco

E pergunto-me se não terás um neto,

Uma criança,

Para nele vermos a esperança

De sairmos deste real desacato,

Que é real em Portugal,

Não em abstrato!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

domingo, 25 de setembro de 2011

Não ao Marco


No fórum do “Portal de Gondomar, não falta quem, aproveitando o caminho descendente do Valentim queira subir ao poleiro,! Embora, ainda ninguém assuma, de forma evidente, os pau mandados de potenciais candidatos vão tentando preparar terreno, para que o seu candidato apareça como a melhor escolha para servir os interesses de Gondomar. Fernando Paulo, Castro Neves, Graciano Martinho, Marco Martins, José Oliveira, entre outros, são lançados à praça para testar a receptividade das massas.

Infelizmente, vindo de joguinhos de bastidores é dentro dos partidos que é decidido por meia-dúzia de militantes o candidato pronto a servir, tipo prato único num restaurante!

Nesta fase, os partidos parecem donas de casa, que vão ao mercado escolher os melhores pepinos os tomates para fazerem a salada do poder. Pessoalmente, como socialista de ideais, não de partido, estou com curiosidade em sabem quem o P.S. vai propor para candidato à Câmara de Gondomar. O Marco Martins, actual presidente da Freguesia de Rio-Tinto, é um dos iscos lançados, por alguns desconhecidos, no fórum do “Portal de Gondomar” para ver se o peixe morde!



Por mim, digo não ao Marco. Sim, só não ao Marco. Por agora não digo não ao P.S, porque oficialmente não conheço a posição da Partido quando o Marco manifestou empenho e apoio de Rio-Tinto a Concelho, criando, assim, a imagem dum divisionista! Elegê-lo seria meter um cavalo de Tróia dentro da Câmara a favor de Rio-Tinto.

Não duvido da sua capacidade para presidente duma Junta, mas nunca como Presidente de todos os gondomarenses. Além do mais, quem o empurra para candidadto é para o queimar e prejudicar o P.S. Senão, vejamos:



1º- Se eleito Presidente, não poderia cumprir a promessa de Rio-Tinto a Concelho, porque a situação actual e futura é para diminuir Concelhos e Freguesias, não o contrário! Como tal, arrastaria contra si os apoaintes de tal utópico projeto, prejudicando os interesses do P.S.



2º-Se eleito Presidente, tenderia a beneficiar Rio-Tinto, tendo contra si a maioria dos gondomarenses, prejudicando o P.S. Não o vejo muito preocupado em defender os interesses das populações das Freguesias do Alto-Concelho e por um desenvolvimento mais homogêneo de Gondomar!



Para mim, falar de Marco Martins como candidato do P.S à Câmara não passa dum número folclórico, a não ser que o P.S, rendido aos interesses valentinistas, cometesse essa escolha masoquista. Todavia, em política, devemos estar preparados para tudo e ter sempre, de reserva, umas galochas ou chancas para caminhar entre a lama e buracos corruptivos-político-financeiros. Cada um é uma nódoa, um marco no descrédito duma República, onde não falta quem dela se queira servir, mas escasseiam os que a queiram servir, sem trair!

Será assim tão difícil, dentro do P.S, encontrar quem queira unir em vez de dividir?!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os buracos do jardim

Os buracos do jardim!

Eu, como Gondomarense, habituado ao paradoxo do povo, democraticamente, apoiar quem prevarica, não me admira, como no caso Valentim Loureiro (que foi reeleito já depois de processado) que João Jardim seja reeleito, porque, nestes casos, o povo sempre agradece a quem lhe dá um “chóriço”, não se importando que outros fiquem com os presuntos, roubados que sejam! Assim, no caso do Jardim ser reeleito, o caso configurará uma “associação democrática de malfeitores”, constituída democraticamente, para apoiar o seu presidente!

Fazendo o papel de advogado do Diabo, eu, embora não concordando com as ilegalidades cometidas, que devem ser condenadas, não posso deixar de refletir no caso do BPN, a quem o Governo acorreu com milhões superiores aos buracos da Madeira, mas que não fez obras em benefício do Continente nem da Madeira.

Claro que nisto dos buracos não há inocentes, porque isto faz-me lembrar os casos das obras municipais, que fiscais ao passarem vêem que estão ilegais, mas nada podem fazer porque outros poderes maiores de qualquer presidente se levantam à sua frente.
No caso da Madeira e do BPN a não operacionalidade das inpecções, tanto dos Governos, das Finanças ou do Banco de Portugal, não funcionaram, porém, também cúmplices por omisão de fiscalização. Claro que já se adivinha que ninguém vai ser culpado, e à boa maneira portuguesa, talvez tudo fique em águas de bacahau, restando a todos os portugueses do Continente e Ilhas pagarem as despesas feitas com os pasteis do dito, que os cozinheiros chefes governamentais comeram, à farta até a TROIKA dizer basta.

Mas, pelo menos, na Madeira, há mais um motivo turístico: os “buracos do Jardim”!

Será que também se pode visitar o “bunker” que o Oliveira e Costa estava a construir? Estranho (ou não, porque é o início do Calvário judicial)) é que a juíza da 11ª Vara de Lisboa dizer que o Tribunal não é competente para julgar o pedido de indemnização de 42 milhões. Mas já seria se alguém tivesse roubado um pão?

Neste andar, não tarda que a Madeira fique como o queijo suiço gruyère, que pode figurar no próximo desfile carnavalesco na ilha.

Também podem fazer uma forca, e nela mostrar os governos “contenetais” enforcados por terem sido os culpados! Engraçado que há quem perante problemas os ponha para trás das costas, mas o João Jardim empurra-os para a frente. Deve ter o apoio do PCP, pois não despede ninguém e diz continuar com as obras! Se fosse cá no “Contenente”, o TGV, a quatro ou a mais vias, ia para a frente, não para trás. Pode ser que ele venha a ser Primeiro-Ministro de Portugal, para meter na ordem os da Troika.

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A parte nociva dum franciscano!

A parte nociva dum franciscano!



A parte nociva

Que cada um tem

Só ele a conhece

Mais ninguém!

Sua parte nociva se esconde

Atrás da parte activa

Ficando a nociva passiva

Atrás da activa escondida,

Que escondida fica

E nunca dele sai

Nem pela sanita vai,

Porque a parte nociva

De cada um

Vive enquanto tem vida

Assim como o bem e o mal

Em partes repartidos,

Mas há muitos

Com vida de bem convencida

Que pensam ter vida activa

Sem parte nociva!

Conheço um

Que pertence à “melícia

Da pobreza dos franciscana”

A quem sua parte nociva permite

Ganhar mais de 100 mil por ano!


Se procurarem bem

Cada um encontra a parte nociva

Que em si tem

Que nunca dele sai

Nem pela sanita vai!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar











































segunda-feira, 19 de Setembro de 2011
Director: Luís Pedro Nunes

·

·

Padre Vítor Melícias tem reforma de 7450 euros porque sempre deu a outra face aos mais variados tachos

Por Vítor Elias

O padre Vítor Melícias declarou ao Tribunal Constitucional o valor da sua reforma, algo a que está obrigado por integrar Conselho Económico e Social (CES), tendo-se descoberto que aufere 7450 euros por mês.

Esta avultada reforma explica-se pelo facto de Vítor Melícias fazer parte dos Franciscanos, ordem religiosa mendicante que postula o horror ao dinheiro. Porém, como antes de mais Vítor Melícias é um zeloso cristão, sabe que está obrigado, seguindo as indicações de Jesus Cristo, a dar a outra face a quem o ofende, nomeadamente a quem ao longo dos anos lhe foi oferecendo tachos atrás de tachos. Assim, foi apenas por amor à religião que Vítor Melícias aceitou ser ofendido pelo salário que lhe ofereceram na presidência do Montepio Geral, tendo, resignado, dado a outra face ao salário que lhe ofereceram no Alto Comissariado para Timor-Leste e na Misericórdia de Lisboa. "Cada vez que vejo o meu saldo bancário, sinto-me, enquanto Franciscano, ofendido e agravado pelo vil metal. Mas não posso deixar de dar a outra face à rentabilidade de 5,4% que me ofereceram no banco para investir as minhas poupanças em mercados de alto risco", explicou, ao IP, o mendicante religioso. VE”

Informação tirado do “O Inimigo público

Amar em amoroso mar

Eu não sei

Mas quem sabe diz

Que somos setenta e cinco por cento d’água

Desde a ponta dos pés até à ponta do nariz

Então corri ao meu amor

Só para o informar

Que quando estou em cima dele

Às braçadas e às pernadas

Só estou a aprendar a nadar

Em aulas de hdroginástica

Para na arte de amar ter mais prática.

Agora

Quando vejo meu amor vejo um mar

E nele mergulho

Porque nele sei nadar!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

A poesia não engravida

A poesia não engravida

Não tem tem hora de criação

Surge espontânea na vida

De mansinho ou em vulcão

Anda por aí

E há quem diga que mora na Lua

Que mora no mar

No vento

Ou em amoroso olhar

Que em tudo vê encantamento

E até há quem

No sofrimento veja poesia na dor

Mas certamente

A poesia mais bela

Desde o tempo de Eva e Adão

É a que rima com amor

Que mais nos enleva

E sem data de criação!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

( Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

domingo, 18 de setembro de 2011

Gerês, da poesia Catedral!

GERÊS; DA POESIA CATEDRAL



Quem é Português,

Do norte ou do sul,

Mais Português fica

Com o verde e o azul

Quando o Gerês visita,

E basta usar o olhar

Para o espanto

Em cada límpido fio de água,

Que canta,

E os castanhos de Outuno,

Que ancantam,

E imaginar que

Quem criou este diamante;

Esta pérola da Natureza,

Se não foi Deus foi,

Pelo menos foi um santo,

Concerteza,

E se antigamente romanos

Por aqui vinham e iam a Roma,

Agora são os poetas de Portugal,

Que do Gerês

Vão fazendo da Poesia a sua Catedral

E em cada ano melhoram a forma.

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

Setembro, outra vez!

SETEMBRO, OUTRA VEZ!


Este mês é Setembro, outra vez!

D’outros Setembros já não me lembro,

Mas, a este chegado

Estou eu, nele embarcado,

Neste navio do tempo, sem dono,

Mas com rumo ao seu destino;

para o Outono, navegando,

Pirateando a beleza dos verdes,

Dos castanhos, dos dourados

E, ao porto do destino chegado,

Recolhido todo o viço do Verão,

Descarrega a melancolia da Natureza,

Despida,

E tudo fica no chão!



A Natureza prepara-se para a letargia do sono

E cobre-se com o manto branco do Inverno

Até nova Primavera renascida;

Nova vida em pleno!



Ao cais do tempo chega sempre o barco de Setembro,

Neste estou embarcado, d'outros não me lembro,

Mas, todos os meses me trouxeram até aqui,

Porém, não sei qual deles me leva,

Estou no cais, à espera!

..............................xxxxxxxxxxx........ ..................................

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Estrada de quarenta anos

ESTRADA DE QUARENTA ANOS
Quarenta anos é uma estrada,

Por onde temos andado,

Estrada com curvas,

Com lombas,

Com mau piso,

Seco ou molhado,

Mas também com boas retas,

Onde andamos a passo largo,

Com um sorriso,

Levando-nos ao nosso destino.

Um ao outro nos encostamos,

E, de vez em quando,

Pelo caminho nos amamos!

E assim, vamos andando

Na estrada de entendimentos,

Ladeada de árvores

E nós dos nossos rebentos!

Quando na caminhada

Passamos por um marco de aniversário,

É só mais um marco

No nosso amoroso itinerário!

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Autor: Encosto da caminhada:

Figas 13/09/2001 (Silvino Figueiredo)

domingo, 11 de setembro de 2011

Piódão

PIÓDÃO


Em tempos, que já lá vão,

Bem lá no fundo da Serra do Açor,

A Aldeia do Piódão

Tinha a terra como labor,

Porém,

Aconteceu ser descoberta por alguém,

Que a deu a conhecer ao mundo,

Tornando-se Aldeia Museu,

Por muitos visitada como a visitei eu;

Para ver seus cantos,

Recantos com encantos,

Suas casas e ruelas

Em íngremes ladeiras, tudo em xisto,

Fazendo-nos lembrar

Dos habitantes penosas canseiras;

Talvez como calvários de Cristo,

Mas, se a terra não é mais seu labor,

Porque coisa já desaparecida,

Agora, em nova era,

É o Turismo que lhe dá nova vida,

E quem quizer visitar a aldeia

Tem de ter a ideia de se imaginar um açor,

Para sobre suas belezas pairar e admirar,

Num ponto, bem lá no fundo,

Uma das mais belas aldeias de Portugal

E do Mundo!

E quando quizer descansar

Tem o pouso da INATEL,

Natural poiso da região,

Para os que ao Piódão vão!

No regresso,

Mais que qualquer bela fotografia,

Tragam, gravada no coração

Sua nostálgica poesia!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Acordei!

Acordei



Olha, acordei! Que vou fazer?;

O que quero ou o que me mandam?

E se os que me mandam fossem mandados,

De vez quando?



E o que me acontece se não faço como querem,

Mas sim como me apetece?



Quem para outros trabalha não enriquece

Nem recebe o que merece,

Mas o patrão é sempre bom,

Porque dá trabalho!

Se lhe pedem aumentos,

É gente canalha. E se fazem greve,

Ai que pecado, ficar parado

E fazer o que não deve.

Se alguém tem razão é sempre o patrão,

Que fica dever sem nada querer saber!



Acordei!

E se ficasse na cama,

Lugar onde se ama?!

Para quê dela sair?

Mais vale nela ficar

Continuar a amar,

Ou então pensar em Darwin

E na sua teoria da evolução!



Se ele agora cá viesse,

Veria que no Mundo

Há muitos mais aldrabões!



Mais vale da cama não sair

E continuar a amar,

Porque pensar em trabalhar

Até dá vontade de rir!

Mas ao patrão dá tristeza,

Porque ficar parado

Não se lhe dá riqueza!



Meu patrão está doente!

Acha que lhe faço falta!

Mas, quando o vir atrabalhar

Logo lhe darei alta!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

domingo, 4 de setembro de 2011

Capitalismo descapitalizado!


Capitalismo descapitalizado!



A maioria rejeita o comunismo, porque tira a liberdade da iniciativa privada, mas por este andar, e a procissão ainda vai no adro, o Capitalismo, que diz dar toda “a liberdade” usa-a para descapitalizar os pobres dos seus cobres!

As entidades do sistema, como as famosas auditoras americanas, e outras, criadas e reconhecidas com idôneas, que deviam controlar e fiscalizar, nada fiscalizaram e entraram em convenientes omissões ou em convenientes conveniências, adulterando resultados, para proveitos próprios dos seus executivos! Em Portugal, viu-se a triste figura do Banco de Portugal no caso do BPN e outros!

Resultado final: quem acreditou nos lindos relatórios dos resultados e logo investiu em mais acções agora olha para papéis sem valor, enquanto criminosos, porque poderosos, pouco ou nada sofrem!

Conclusão: Pobres que se metem em negócios de ricos perdem até os penicos!

Quem pode acreditar em quê e em quem?



Quando se compra um medicamento, podemos consultar na sua bula a sua composição, que diz a percentagem dos vários elementos que o compôe e que pode ser comprovado ou não por análise laboratorial! A literatura de qualquer medicamento é coisa séria, porque está em jogo a saúde e a vida duma pessoa! Também a informação sobre os resultados das empresas, cotadas na Bolsa, deveria ser séria, mas não é. Vai daí, as pessoas acreditam nos lucros, devidamente asseguradas por auditores, mas afinal, exemplos mostram que é tudo treta, e no final os investidores ficam quase sem cheta! Assim, como a má informação sobre um medicamento pode arruinar a vida duma pessoa, a má informação económica descapitaliza quem tem meia dúzia de tostôes, engrossando quem já tem milhões!

A continuar assim, a breve trecho será o descalabro do sistema capitalista, porque perderá todo o capital de confiança! O mundo do capital está a ficar uma selva, com poucos macacos a quererem todas as bananas!



Coitados dos funcionários bancários, transformados em marionetas; “especialistas no aconselhamento de investimentos!” Agora, enchem os consultórios de psiquiatras, porque não passaram de simples isco para guiarem inocentes peixinhos outros a entrarem nas bocas dos tubarões!



Se o Comunismo não serve e o Capitalismo descapitaliza, então, em que ficamos!?



Se o dinheiro não serve, voltamos às trocas diretas? Uma dúzia de ovos por um litro de vinho? Qual será o caminho? Só sei que o Homem é um ser gregário, mas sempre aspira ao individualismo, porém está condenado a precisar sempre de terceiros! Para quando os políticos aprendem a investir na Humanidade do Homem e não no seu egoísmo?

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar


O céu no centro!

O CÉU NO CENTRO



Eu ando sempre por cima das

Coisas de mim por baixo,

E cada passo me anima

Enquanto por cima me acho,

Mas, andando sempre por cima

Muitas coisas são pisadas,

E ficam na minha retina,

As boas e más calcadas!

Nascemos, sem saber porquê,

Gatinhamos, pomo-nos de pé

E pisamos o que de nós por baixo,

Depois, pelo que se ouve e lê,

Muitos chegam a ter fé de que

O céu está lá em cima,

Não cá em baixo,

Mas tal não é o que penso,

Pois deixando de andar por cima

Encontrarei o céu no centro.

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint piere de lá-buraque)

Gondomar

sábado, 3 de setembro de 2011

Um funcionário camarário em cada associação, mas nem mais um tostão!

Excerto da reportagem, feita pelo Comércio de Gondomar, publicada em 11/Setembro/de 2003. Tudo isto foi dito na presença do então Governador Civil do Porto, Manuel Moreira. Que ouviu e aplaudiu! Com estas e outras mais é que Portugal está como está! Táva-se bem! O problema, agora, é a Troika, que a isto quer dar a voilta!

Curioso que, ainda o Vai-Avante não era IPSS (só foi a partir de 2002) e já Valentim
tinha resolvido dispensar um funcionário camarário, (presidente do Vai-Avante) mas continuando a ser pago pela Câmara!

Que tal a Câmara, não dando subsídios, colocar um funcionário em cada associação gondomarense?
Nem que fosse para ser presidente, estar no bar ou limpar as instalações! Ficaria mais barato do que a Câmara dar o tradicional milhão de euros às associações!

As associações devem viver do contributo dos seus associados ou da riqueza acumalada por serviços prestados! Uma associação nunca deve ser uma filial do Estado ou duma Câmara!

Capricho valentiano

Onda

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Sou onda vertical,

em mim surfam sentimentos,

ando por oceanos,

afogo mares d'enganos,

espraio-me por praias tropicais,

não sou o que pareço,

bato, furiosamente,

em rochas resistentes,,

entro em grutas de luzes

e sombras, de vários matizes,

onde vivem neptunos felizes!



Muitas vezes,

desfaço-me em horizontes macios,

deixo de ser onda, por mares ondulando

e sou ancoradouro de navios,

versátil, mas nem sempre navegável!



A terra é minoria,

mas maioria de toda a mágoa,

felizmente, sou onda

com 70% d'água,

onde boiam,

surfam destroços d'um navio,

com 30% d'ossos,

que, embora só destroços,

são lastro do meu corpo,

que vogam na crista da onda!



Por vezes,

levanto nas asas duma gaivota,

nas asas duma pomba,

faço a vontade ao vento,

vou pelos pontos cardeais

e colaterais,

desço na maré vaza,

na maré cheia junto-me às demais,

mas, quando fico macia,

de barriga para baixo,

vem muito pescador até mim,

fazem-se cócegas com seus anzóis,

apanham peixes,

do céu, dos sóis apanho raios e feixes,

à noite apanho luares!



Por sois e luas apanhado,

fico sem saber se montar

em gaivotas ou em pombas!



Compreendam,

sou onda...

e faço ondas!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pessoal da Câmara a trabalhar fora dela!

Artigo, publicado no JN, no ano de 2003.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Setembro, outra vez!

SETEMBRO, OUTRA VEZ!


Este mês é Setembro, outra vez!

D’outros Setembros já não me lembro,

Mas, a este Setembro chegado

Estou eu, nele embarcado,

Neste navio de tempo, sem dono,

Mas com rumo ao seu destino;

Caminho do Outono, navegando

E pirateando a beleza dos verdes,

Os castanhos, os dourados

E, ao porto do destino chegado,

Depois de recolhido o viço do Verão,

Descarrega a melancolia da Natureza despida,

E tudo fica no chão!



A Natureza prepara-se para a letargia do sono,

E cobre-se com o manto branco do Inverno,

Até nova Primavera renascida;

Nova vida em pleno!



Ao cais do tempo chega sempre o barco de Setembro,

Neste estou embarcado, de outros não me lembro,

Mas, todos os meses me trouxeram até aqui,

Porém, não sei qual deles me leva,

Estou no cais, à espera!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

domingo, 28 de agosto de 2011

Passeios em cor-de-rosa!

Passeios em cor-de-rosa!




O Concelho de Gondomar, com a Câmara presidida por Valentim Loureiro, está no top ten das mais endividadas de Portugal!

Se, para muitos, é difiícil perceber porquê, agora fica mais fácil entender a razão de tal desvario! Claro que muitos gostam de ripostar, “deve, mas fez obra”. É verdade! Mas fazer obra com dinheiro dos outros não custa nada, até porque quem manda fazer nada paga!



Uma das obras recentes, dignas de figurar no cardápio das maneiras espatafúrdias de se gastar dinheiro público, em tempo de crise, é mandar pintar os passeios da via pública, neste caso os da Via da Conduta! A seguir, talvez, venha o envernizamento do pavimento. Ainda hoje, ao passar por lá, comentei que não tarda, após o próximo inverno, devido às passadas, aos milhões dos peões, sobre o pavimento, a tinta comece a desaparecer e o cinzento do asfalto venha ao de cima, ficando todo pintalgado de cinzento, cor de tijolo e amarelo!

Pergunto a mim mesmo se a tinta usada foi a da Valentine e qual o lobby de interesses envolvidos em tão “grandiosa obra de urgente interesse público para o bem estar da população gondomarense”! Pessoalmente, acho que com o dinheiro gasto em pinturas, seria muito melhor e de interesse geral, visto que por ali passam milhares de “atletas” por dia, praticando exercício físico, colocar, não mais um cartódromo, mas sim um check-point, médico, uma vez por semana, provido dum elemento de enfermagem ou médico, para verificar a tensão arterial dos “atletas” interessados, assim como dar informação suplementar.

Se a moda pega em pintar os passeios do Concelho, então qualquer dos eventuais candidatos à Câmara, pode, no seu programa de acção prometer pintar os passeios de cor-de-rosa! Ficariam uma maravilha e dariam a sensação dum bem estar celestial, e o pessoal ficaria contente de viver num nabal com um governador armado em pintor, além d’outros ofícios!

Mandar pintar os passeios da Via da Conduta é meter água. É má conduta nos gastos públicos! Gondomar, assim, até parece um principado do Dubai, não dos mais endividados de Portugal!

Para quando mandar encerar ou envernizar?! Tudo é possível com tal governar!
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Nota final: Já depois de ter escrito este desabafo, hoje, ao ler o JN soube que Gondomar está a ser vigiado pela Troika! Será que vão dar dinheiro para envernizar os passeios? Certo é que, depois de muitos concertos, Gondomar está a ficar sem conserto!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Conversa celestial.

-Ó avô, um dia tu vais morrer, não vais?


-Vou.

-Então vais-te juntar com o avô Manel, que está no céu, não vais?

-É possivel. Pode ser que o encontre nas obras!

-Ó avô, mas no céu não se trabalha, só se descansa!

-Ó minha querida neta, mas a ociosidade é um pecado.

-Ó Avô, o que é a ociosidade?

-É não fazer nada. É estar na sorna.

-Mas, o avô Manel gostava de trabalhar!

-Então, o descanso eterno, para ele, deve ser um castigo!

-Pois, deve ser!

-Devia ir para o Inferno. Pelo menos, lá, uma pessoa pula!

-Jogam à corda?

-Sim, com o rabo do Diabo!

-Mas, se encontrares o avô Manel no Céu, vê lá se lhe arranjas algum trabalhinho. para estar entretido.

-Tá bem. Quando o encontrar, convido-o para almoçar, depois peço ao dono do restaurante, para lhe dar emprego a lavar a loiça.

-Mas no Céu não há restaurantes, avô.

-Ó minha neta. Então, no Céu, só se descansa? Não há restaurantes!

Sim senhor. Tu não ouves os trovões?

-Sim

-Então, fica a saber que é quando servem feijoada à transmontana, e depois, os que fazem alguma coisa, (por exemplo; os que tratam das almas mais velhinhas, empurrando as cadeiras de rodas) vão ao quarto de banho. Por isso é que as nuvens ficam negras e há os meteoritos.

-Ah!

-Quando as nuvens são brancas, é sinal que funcionam como esplanadas, para o chá das cinco.

-Ó avô, tu estás a brincar?

-Estou, porque eu só vou para o Céu se lá tiver alguma coisa para fazer.

-Podes fazer os teus poemas, para os anjinhos, por exemplo!



-Mas,os meus poemas não são para anjinhos.

Então, tu achas que se o teu avô morrer, com oitenta ou noventa anos, tem direito ao descanso eterno, com tão pouco tempo de vida!?!

Isso é um negócio da China, que a Igreja promete! Viver alguns anos e merecer o descanso eterno, como prenda!

Cheira-me a conto do vigário!

-Então não é bom?

-Sim, é como aqui na terra, em que os políticos, com meia dúzia d’anos de serviço, ganham logo direito à reforma, e por inteiro! É céu no terra!

-Então, tu podias ser político, para treinar!

-Ai minha, neta. Não há como ser criança, para dar bons conselhos! Um dia, vais perceber que ser político é ter o Diabo como conselheiro e prometer delícias celestiais! Depois vem o FMI?

-O que é o FMI?

-Acabou esta conversa. Agora, vou-te contar a história da Gata Borralheira, queres?

-Sim.Conta, avô, enquanto não vais para o céu, mas ainda demora muito!

-És uma convencida!

-O avô Manel, que está no Céu, já me tinha dito.

-Tá bem. Quando eu morrer, para onde eu for eu digo-te. Telefono-te ou mando-te um e-mail!

-Ó avô, estás a brincar?

-Vamos lá à história. Aproveitemos, enquanto o céu está azul e as nuvens são brancas!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Conversa celestial



-Ó avô, um dia tu vais morrer, não vais?

-Vou.

-Então vais-te juntar com o avô Manel, que está no céu, não vais?

-É possivel. Pode ser que o encontre nas obras!

-Ó avô, mas no céu não se trabalha, só se descansa!

-Ó minha neta, mas a ociosidade é um pecado.

-Ó Avô, mas o que é a ociosidade?

-É não fazer nada?

-Mas o avô Manel gostava de trabalhar!

-Então, o descanso eterno, para ele, deve seu um castigo!

-Pois é!

-Então devia ir para o Inferno. Pelo menos, lá uma pessoa pula.

-Jogam à corda?

-Sim, com o rabo do Diabo!

-Mas, se encontrares o avô Manel vê lá se lhe arranjas algum trabalhinho.

-Tá bem. Quando o encontrar, convido-o para almoçar e depois peço ao dono do restaurante, para lhe dar emprego a lavar a loiça.

-Mas no Céu não há restaurantes, avô.

-Ó minha neta. Então, no Céu, só se descansa? Não há restaurantes! Sim senhor. Tu não ouves os trovões?

-Sim

-Pois ficas a saber que é quando servem feijoada à transmontana, e depois, os que fazem alguma coisa, vão ao quarto de banho. Por isso é que as nuvens ficam negras!

-Ah!

-E quando as nuvens são brancas, é sinal que funcionam como esplanadas, para tomarem o chá das cinco.

-Ó avô, tu estás a brincar?

-Estou, porque eu só vou para o céu se tiver alguma coisa para fazer.

-Podes fazer os teus poemas, para os anjinhos!

-Os meus poemas não são para anjinhos.

Achas que, se o teu avô morrer, com oitenta ou noventa anos, tem direito ao descanso eterno?! Isso é um negócio da china, que a Igreja promete! Viver cem anos e ter o descanso eterno, como prenda! Cheira-me a conto do vigário!

-Então não é bom?

-Sim, é como aqui na terra, em que os políticos, com meia dúzia d’anos de serviço, logo ganham direito à reforma, e por inteiro! É céu no terra!

-Então, tu podias ser político, para treinar!

-Ai minha, neta. Não há como ser criança, para dar bons conselhos! Um dia, vais perceber que ser político é ter o Diabo como conselheiro e prometer delícias celestiais! Depois vem o FMI?

-O que é o FMI?

-Acabou esta conversa. Agora, vou-te contar a história da Gata Borralheira.

-Conta, avô, enquanto não vais para o céu, mas ainda demora muito!

-És uma convencida!

-O avô Manel, que está no Céu, já me tinha dito.

-Tá bem. Quando eu morrer, para onde eu for eu digo-te. Telefono-te ou mando-te um e-mail!

-Ó avô, estás a brincar?

-Vamos lá à história. Aproveitemos, enquanto o céu está azul e as nuvens são brancas!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

domingo, 21 de agosto de 2011

Dispoas palavras.


Dispo as palavras



Oiço palavras, dispo-as,

Em cada uma vejo sedução,

Amor, ódio ou revolta!

É preciso cuidado com cada palavra solta!

Eu apanho algumas palavras,

Levo-as para a cama,

Com elas jogo dominó,

Com elas sonho que ficam todas casadas

E nenhuma só,

Mas, no final do jogo,

Já de dia, descubro que,

No meu sonho profundo,

Palavras ditas ou escritas

É que governam o Mundo;

Servem para mandar, insultar,

Matar ou explorar,

Além de fazerem poesia!



Palavras ditas, ficam no ar

Ou caem no chão!

Eu apanho algumas,

Outras não!



Nas palavras também há discriminação!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

Dispoas palavras.


Dispo as palavras



Oiço palavras, dispo-as,

Em cada uma vejo sedução,

Amor, ódio ou revolta!

É preciso cuidado com cada palavra solta!

Eu apanho algumas palavras,

Levo-as para a cama,

Com elas jogo dominó,

Com elas sonho que ficam todas casadas

E nenhuma só,

Mas, no final do jogo,

Já de dia, descubro que,

No meu sonho profundo,

Palavras ditas ou escritas

É que governam o Mundo;

Servem para mandar, insultar,

Matar ou explorar,

Além de fazerem poesia!



Palavras ditas, ficam no ar

Ou caem no chão!

Eu apanho algumas,

Outras não!



Nas palavras também há discriminação!

....................xxxxx.........................

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ao Cássio de Melo

Dos seus sonhos,
Nos seus intervalos,
Desenhava-os,
Retratava-vos,
Pintava cavalos
E leopardos
E dava-lhes,
Na sua mente,
Imensa pradaria,
Onde a liberdade passeava,
E em cada quadro
Dava-lhes movimento!

Era pintor,
Animais gostava de pintar,
Neles resplandecendo a cor!
E nele, por eles,
Brilhava seu amor!

Aos homens dava sua comprensão,
Porque, nem sempre,
Nobres e livres,
Como cavalos e leopardos são!
Apenas pardos!

Agora, que da vida partiste,
Cavalos e leopardos,
Por momentos, ficarão parados,
Em reflexão, depois,
Na imensa pradaria da vida
Livres correrão,
Até que, alguém, tão bem como tu,
Retrate sua liberdade em quadros.

Tu podes descansar, em paz,
Nos arcos-íris das côres,
Onde tua alma jaz.

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Corpo; altar da dor e da saudade!

Quando alguém parte;
foi fogo
que de seu corpo sua alma levou!
ficando só alicerces, como altar,
no corpo de quem ficou,
onde arde a dor da saudade,
mas, com a argamassa da dor
e com pincéis procure a beleza da côr
para pintar novo interior,
nova paisagem,
onde, com claridade
sobressaia o amor
por quem partiu de viagem.

Nos corpos que ficam,
ficam como altar,
onde a dor, como fogo lavra
tentando que, dos alicerces,
a vida lavre como lavrava;
a melhor homenagem,
a quem partiu de eterna viagem,
que onde quer que esteja
na vida de quem ficou se reveja!
..........................xxxxxx...................
Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Amuado!

Amuado!

Não,
Não quero escrever por escrever,
Para quê?

Tenho que ter algo para dizer,
Mas acontece que ando amuado
E da poesia afastado!

Ela não chama
Nem eu a procuro,
Ando mais entretido com a política
E com o Governo, que aturo,
E suas lérias!
Ando ocupado com a minha crítica,
Ao Primeiro-Ministro,
Que nem três meses de serviço tem,
Mas já vai de férias,
-Vejam bem-
Para recuperar!
Para fazer reflexão!
Meditação!
Porém, quem entra para uma empresa
Só passado um ano é que tem férias,
Mas o “grande patrão” não!

Com três meses de trabalho
E com o país em crise,
Lá vai ele, o Primero, de férias,
Para reflexão!
O que me deixa amuado com a poesia,
Sem inspiração!

Um primeiro-ministro,
Rapaz novo,
Que ainda agora começou a trabalhar
E já extenuado,
Dá razão ao Povo
Para ficar amuado,
Pois no regresso de férias,
Após a sua meditação,
Deve inventar um imposto
Para o seu gelado!

Do meu já nem eu sei do pau!
Estou amuado!
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Autor deste original:Silvino Taveira M. Figueiredo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um par de jarras

Duas jarras

Desde que conheço a casa
Elas lá estão,
Uma no centro do mesa,
Outra num móvel do corredor,
Cada uma sempre enfeitada,
Cada uma com seu odor,
Que lindas são!

Quem as vê
Não sabe escolher,
Fica pelas duas enlevado
Pelo arranjo de flores
Nelas realizado,

Ora numa cravos,
Ora noutra são rosas,
Às vezes são coroas,
Por vezes gladíolos,
Zínias, Cécias,
Lírios, Orquídeas
Misturadas entre avenca
Ou outro género de verde,
Mas daquele par de jarras
Nenhuma nunca vazia esteve!

A dona,
Muito perfecionista,
Dava uma boa florista.

Em cada semana,
É como na cama,
Faz as mudas
Com flores do seu jardim,
Felizmente que a florista;
Minha conquista,
Só enfeita as jarras,
Mas ainda não a mim!
Mas, a prevenir,
Tem crisântemos no jardim.

Se eu for cremado,
Quero que seja com flores,
Para que o ar fique perfumado
Com o perfume de cardo.
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Autor: Silvino Taviera Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar

domingo, 31 de julho de 2011

Sair à rua

Sair à rua,
É encontrar o inesperado:
O amigo desencontrado,
De luto, e um beijo, súbito,
É encontrar enviados de Jeová,
Que garantem o Além, cá!

Ver nas montras artigos em promoção
E ter a sensação de antes ter sido levado.

Esperar tnansporte atrasado,
Ver repartições em greve,
De alguém que algo mais pede.

Ver animais abandonados
E carros mal estacionados.
Polícias a assobiar
E alguém a pagar multa, sem contar!

Ver pares abraçados,
Colados,
Mas não casados!

Na praia o mar a vazar,
Lançar o anzol e nada pescar!


Vir embora
Com o espanto a bailar no olhar!

Sair à rua tudo pode acontecer;
Ver o que não se quer,
Ouvir o que está para vir!

Não sei para que se monta um circo!
Pois sair à rua,
Encontrar uma ETAR a não funcionar,
E o ambiente a cheirar mal,
É suficiente para rir
Neste florido Portugal;
Jardim à beira-mar plantado
Mas muito mal tratado!

Sair à rua
É encontrar o inesperado!
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Autor: Silvino Figueiredo
Figas de Saint Pierre de Lá-BuraqueGondomar

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Olhos quadrados

Olhos quadrados

Os olhos futuros serão quadrados
Como janelas,
Com sentimentos debruçados nelas,
Vendo para todos os lados!

Deixarão de existir olhos redondos,
Amendoados
Ou olhos em bico.

Ter olhos quadrados será mais bonito
E liga bem com o quadrado do Homem,
Que, tendo, até agora, olhos redondos
Tem a mente quadrada!

Além disso,
Olhos quadrados dispensam sobrancelhas
E pestanas,
E no canto do olho não ganham remelas,
Porém,
Olhos quadrados podem usar cortinas
Ou persianas, vendo tudo entre elas
Sem abrir as janelas!

Mais do que nunca,
Neste mundo desconfiado,
É preciso ver ao quadrado!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar

Barco de papel feito por Sofia.

Barcos de papel feitos por Sofia

Alguém, que do mar bebia
Versos de fantasia, era a Sofia,
Como barcos de papel,
A vogar no mar,
E no regresso,
Ao porto da sua mente,
Descarregavam azúis-turquezas,
Brisas e maresias
E com com eles fazia versos,
Poesias de encantar a gente,
Que são, de poesia,
Um mar, para nele,
como uma bóia poéica,
Nadar,....... vogar!

Quem do mar versos bebia
E poesia fazia era a Sofia,
Que, agora, sentada em seu jardim,
Olha o mar da eternidade, sem fim!
Mas, de vez em quando,
Uma onda; um poema do seu olhar,
Chega até nós para nos encantar!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar

domingo, 10 de julho de 2011

Que calor!

Que calor!
Que calor!
Meu transpirar enche o lagar,
Que outrora era para a cozedura do vinho,
Mas agora depósito da minha gordura
Onde cai gota a gota, devagarinho!

Que calor!
Que calor!

Que fazer?

Ir para junto do meu amor?
Oh, mas ele também está a arder!

Que fazer?

O melhor
É ir com ele para a cama
Sob lençóis fresquinhos
Para a gordura arrefecer,
Manejando o amor com doçura
Para a ternura em nós crescer!

Que calor, amor,
Temos que trabalhar para emagracer!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar

sábado, 9 de julho de 2011

Acho grande a distância

Sempre que corro para ti
Acho que é grande a distância,
E mesmo que o carro tenha muitos cavalos
Seu galope me parece a trote
E em cada curva lamento não ser reta,
Mas coisa certa,
E só penso nisso,:
Quando a ti chegar
E parar o motor
Abastecer-me de amor
Na tua estação de serviço,

Só quero da super,
Para no teu corpo,
Com forma bem delineada;
Cheio de curvas:
Corpo perfeito,
Poder correr rápido, e a direito,
Até à tua linha de chegada!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Olhos e bocas buscantes.

Passo por eles

Passo por eles,
Eles são muitos,
Mesmo muitos,
Com rostos variados,
Com bocas e olhos buscantes!

Todos têm identidade,
Mas eu não os conheço,
Preservam sua privacidade,
Têm esse direito,
Está na Constituição,.
Mas a Constituição não tem restaurantes!

São muitas as bocas
E olhos por pão buscantes,
Estendendo a mão à caridade,
Mas escondendo a identidade,
Apenas gente,
Que talvez conheça o Presidente
Que zela pela Constituição,
Mas a Constituição não tem restaurantes
Nem a Assembleia dá ceia
A olhos.............e bocas
Buscando por pão!
E são muitos, mesmo muitos,
Mas os deputados
Não são nossos criados,
Não servem à mesa,
Estão apenas ocupados
A comer de bons ordenados
As boas sobremesas,
Depois arrotam leis,
Que vós bem sabeis,
E que vos levam à rua,
Com bocas e olhos por pão buscantes,
Direito que está na Constituição,
Mas a Constituição não tem restaurantes,
E a Assembleia só tem deputados enfartados,
Que, de vez em quando, arrotam esperança
De que, um dia,
Todos encherão a pança!

Esperem, como eles, sentados!
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Autor deste original:
Silvino Taveira Machado Figueiredo(o figas de saint pierre de lá-buraque)

domingo, 3 de julho de 2011

Poema de anos, a um sobrinho.

Poema de anos, a um sobrinho,

Não sei quantos fazes,
Mas é uma bonita idade!
Muitos sóis por ti já passaram,
Mas ainda andas na “lua”,
Porém, vais descobrindo a Verdade
Em cada dia que passa pela tua mocidade!

Muitos já te chateraram,
Mas muitos mais chatearem teu tio,
Mas, acerca da idade,
Quem me dera ter a tua,
Não a minha,
De cuja vela
Já ardeu mais de metade do pavio!
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Autor deste original:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Figas de Saint Pierre de Lá-BuraqueGondomar
Que puta de vida!

Vida feliz
vida boa
vida assim assim;
a que calhou a mim,
vida de rico
vida de pobre
vida de remediado
com vida que me passa ao lado
vida de ódio
vida de amor
vida azul
vida preta
vida de treta
quantas vidas há na vida?

A de estar bem
a de estar mal
a de estar em casa ou num hospital
a de bem viver
e a de viver mal
afinal, quantas vidas queremos ter
de nascer até à Morte?

Só há uma vida pelo meio,
cada um teve a sorte
de viver com que ao mundo veio.

Que puta de vida!

Há os altos e os baixos
e dias de azares e de sortes!
toda a vida é sortida,
mas, quando a Morte vem
toda a vida vivida
pela saudade é sentida,
mas há sempre quem diga:
-“Esta vida é fodida!”
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Autor deste original: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pra que serve a Poesia?

Para que serve a Poesia?
Para que serve a poesia?
para dourar a pilula,para iludir o material,
para o feio ser belo,
para transformar couves em alfaces,
para cantar coisas estóicas,
heróicas,
mas, por favor,
digam-me para que serve a poesia,
é que ainda não vi poema louvando a Troika!
louvando o FMI,por favor,
que a poesia seja uma nova nau,
que domine o Adamastor
de tanta dor,
que vem aí!
para Portugal,
para o Mundo.

Precisa-se dum novo D. João II!

Para que serve a Poesia?
Só para o fingimento?
Não. Que cante o vero sofrimento.
Que se reduza o número de Cresos e de Tesos

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Não faço poesia às crianças.

Não faço poesia às crianças,
Mas nelas pego e dou-lhes beijos,
Falo, sorrindo, das esperanças
De realizarem seus desejos.

Levo-as a passear junto ao rio,
Junto ao mar,
E lançamos papagaios ao ar,
E rimo-nos quando a linha fica presa!

Entro com elas pelas florestas adentro,
Vemos os ventos, com as sombras
Das árvores a a brincar
E tento ensinar a gostar da Natureza.

Cada criança já nasce como um poema
E seus passos são versos de alegria,
Que dispensam dos poetas suas penas,
Apenas querem que leiam poesia,
Escrita nos seus desejos:
Receberem muitos mimos e beijos!

Eu não sei fazer poesia para crianças,
Elas, da poesia é que são esperanças!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar 14/06/2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Suicídio da Democracia1

O suicídio da democracia!

Apesar de resolvidos os problemas com o cartão de eleitor, apesar da situação do país ser grave; a viver do emprestado, a ter de apertar o cinto para poupar para as dívidas, apesar dos apelos do Presidente da República, o que se verificou foi a maior abstençãode sempre nas legislativas!. Os portugueses,devido à quase geral falta de ética dos políticos no exercício das suas funções, que quase normalmente não cumprem o prometido e permitem que se veja a descarada promiscuidade existente entre políticos e empreteiros, empresários,lobbies, etc, e a falta de aplicação de justiça aos poderosos, tem levado, paulatinamente, a que cada vez maia, grande parte dos portugueses não votem! Votar para quê ? Só para mudar as moscas.Depois, há a questão de os políticos serem remunerados, pomposamente, e nas eleições até os membros das mesas eleitorais são remunerados, mas o pobre do eleitor fica a chupar no dedo! Não lhe dão nada! Sugiro que retirem dinheiro que dão aos partidos, para as campanhas, e dêem 5 euros a cada eleitor, por exemplo, a quem vote.Reparem que no mundo capitalista tudo tem o seu preço!Não há almoços grátis!Até no futebol profissional, em que os jogadores ganham milhões, os árbitros também ganham o seu!Por este andar, quanto mais Portugal estiver pior mais a abstenção será maior.Votar para quê? Para nos irem ao bolso ou pedirem dinheiro emprestado ao estrangeiro para gastarem à tripa fôrra. Democracia assim, pôrra!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Trovões e relâmpagos

Hoje,
de manhã,
ainda não trovejou,
mas espera-se trovões,
talvez pela tarde
ou até mesmo à noite.
Trovejar é bom para abanar,
relampejar é bom para alumiar,
tudo é explicado pela ciência,
mas,
o que está por inventar
é o trovejar para abanar,
relampejar para alumiar
a humana conciência,
que continua muita negra
e precisa de ser abanada e alumiada!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

terça-feira, 31 de maio de 2011

Poema que precisa de escada

Tão grande a distância que nos separa!
tantas milhas d'água!
embora eu sinta a fragrância,
que chega à ilha que sou!
e tu, sendo um Continente,
não sei quem nos separou,
mas, as minhas palmeiras,
cada vez mais altas,
passam noites inteiras a verem montanhas de prata!
e navegamos no sonho,
até que a realidade nos acorde,
e encontremos um continente e um porto,
onde aportar e alguém nos aborde!
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Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Trigais e papoilas

Papoilas,
Que bordejam loiros trigais,
Com suas espigas loiras,
São de pão sinais
E a cor das papoilas
Cor dos cardeais!
Se papoilas bordejam loiros trigais
É para dar ao pão poesia,
Que consta na oração do:“...pão nosso de cada dia....”
Enquanto adejam ao vento,
Na brisa de calmaria!.
Trigais e papoilas
São sinais de pão,
Que uns comem com o corpo,
Outros com a alma,
Mas todos com o coração!...........xxxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Taveira M. FigueiredoGondomar

sábado, 28 de maio de 2011

Quem entortou que endireite.

A oposição acusa que foi este Governo, nomeadamente, Sócrates, que entortou Portugal e que o levou quase à bancarrora, seja por efeitos colaterais externos ou incapacidade interna de criar defesas contra os estragos financeiros e económicos!
A situação foi-se degradando até ao ponto do Governo gritar:
-“Aqui d’El-Rei, ajudem-nos”.
E lá veio a “troika”, que redigiu o programa da regeneração financeira e económica do País. A oposição ficou toda contente por ter derrubado o Governo e provocado eleições, como se um governo do P.S.D. fosse a solução para o estrangulamento financeiro que durará décadas em Portugal! Caso o P.S.D. seja Governo lá virá o choradinho de que a culpa é do P.S. que deixou Portugal neste estado e que nada pode fazer senão cumprir as as dolorosas medidas impostas pela “troika”. O melhor é castigar Sócrates, elegendo-o, para ele endireitar o que entortou. Ele sabe bem onde errou! Além disso, não é conveniente que o Governo seja do Coelho, porque, como sabem, há época de defeso de atirar ao coelho e Portugal não pode parar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figuiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Não me chateies.

Não me chateies

Não me fales,
Para quê falar?
Então meu olhar não te diz nada?

Não me chateies,
Basta que para mim olhes,
Porque cada momento
Do teu doce olhar
Vale o dobro do teu falar.

O meu olhar
Expressa meus desejos,
Não precisa de falar,
Só quer que me cubras de beijos,
Com eles não me consegues chatear!
Para quê falar?
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar
É chato

Morrer com um tiro, é chato.
Com uma facada, dói muito!
Morrer, com um K.O.
É aborrecido e pouco desportivo.
Bater com a cabeça num paralelipídedo
E morrer por causa dum calhau, é mau.

Ainda não se descobriu
Melhor maneira ou modo de morrer
Como o clássico; o dese morrer deitado!

Morrer de pé,
Em batalhas,
Iisso não conta para as estatísticas,
Porque são brincadeiras de canalhas;
Ganha quem mais matar, aos milhões!
Depois, vem as condecorações;
Os vencedores ganham medalhas!

Mas, para morrer,
O melhor continua a ser esperar deitado
Ou deitado!

Não com tiros,
Não com facadas,
Não com K.O,s
Não à pedrada,
......É chato!
......................xxxxxxxxxxxxxx........................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de Saint Pierre de Lá Buraque)Gondomar

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Imagem

Imagem

Bato no vidro
-Sou eu. Deixa-ne entrar.
Não me deixes só estampado na tua face.
Quero-te ver por dentro,
Ver teus armazéns,
Onde guardas as imagens
Dos que em ti se refletiram,
Choraram e riram!

-“Não, diz-me o espelho,
Só permito que em mim me vejam,
Nem novo ou velho entram no meu espelho.
Gosto de ver as mudanças
Dos que em mim viram esperanças!
Sou apenas um espelho
Que a jovem ou a velho
Mostra as mudanças por fora,
Não as por dentro!
Sou como um livro;
Ninguém entra dentro dele,
Só o lê,
Em mim a gente só se vê,
Mas,
Ambos podemos causar embaraços:
Podem rasgar-nos
Ou partir em pedaços!”
...........................xxxxxxxxxxxx................................
Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

sexta-feira, 13 de maio de 2011


Porto: poema perfeito

Fiz um poema em Espanha,
No final achei-o imperfeito,
Juntei-lhe duas pernas
E logo ele galgou o Guadiana
E foi para Lisboa, a direito,
Parou junto ao Tejo,
Dele apanhou mais uns versos,
Mas,
De acordo com seu desejo
De vir para norte,
Veio por aí acima, a galope,
Parou no Porto,
Na barra do Douro,
Não resistiu,
E fui um pouco por ele acima,
Até à Praça da Ribeira,
E lá ergueu o olhar,
O que viu deixou-o pasmado
E o poema espanhol ficou quase rasgado!
Afinal,
Toda a poesia estava ali, ao alto,
O Porto era, já, um poema perfeito!
...........xxxxxxxx.........................

Oporto, perfect poem!

In Spain I made a poem,
Then, when I finished it
Imperfect I thought,
Then to it I joined two legs
And quickly
The poem jumped the river Guadiana
And to Lisbon went straight,
Stopped by the river Tejo,
Where from it picked up nice versus,
And according its desire,
Came to the north
In a fast raid, and stopped
In Oporto, in River Douro mouth
And sailed up a little, until Ribeira Place
And with the eyes opened width
Realized that all poetry was over there
And the poem made in Spain almost torn
A perfect poem; Oporto, was born!
With wonderful grace!
…………xxxxxxxxxxxxxx………


Autor destes originais e inéditos:


Silvino Taveira Machado Figueiredo


(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)


Gondomar