Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

sábado, 26 de maio de 2012

Procura-me entre palavras

Procura-me entre palavras,


Eu ajudo-te.



Eu sou quem

Nos seus lábios tem desejos de beijos.

Procura-me.



Sou o que dos braços faz abraços.

Procura-me.



Sou o que só quer paz e não a guerra que se faz.

Procura-me.



Sou o que quer risos de crianças,

Que me dão esperanças,

O que à velhice deseja meiguice,

O que espera irisadas e brilhantes auroras

Cálidas tardes, brisas suaves

E poentes encantatórios!



Procura-me,

Mas rejeita as palavras do ódio,

Da hipocrisia, da corrupção e da inveja,

Mas pega nas de amizade e solidariedade.



Procura-me entre todas as palavras

Escondidas entre a poluição da incivilização.



Procura-me,

Como pescador de pérolas.

Mergulha fundo no meu mundo,

As palavras são meu encanto!



Por favor,

Quando encontrares minhas palavras

Cobre-me com uma:

com a palavra amor.



Mesmo que doutras insuficiente,

Com ela terei calor.

Dar-te ei um beijo… quente

E direi……………… obrigado.

Muito obrigado.



Cobriste-me

Com o manto do encanto das palavras!

Estou encantado.

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Autor deste original: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

terça-feira, 15 de maio de 2012

Temor a las cárceles

Temor a las cárceles

Qualquer semelhança com algo parecido em Gondomar, em Felgueiras, Oeiras, Marco, e outros mais é pura coíncidência!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mochila de curiosidade!

Mochila de curiosidade!


Às costas do meu olhar carrego a mochila da minha curiosidade,sigo por entre paisagens de palavras.

Algumas palavras formam contundentes picos agrestes, florestas ou densas selvas, cujo ambiente selvagem não permitem calma paragem.

Vou por rios largos e navegáveis. Vejo, mas evito rios transformados em esgotos de execrável hipocrisia.

Preciso de largos horizontes.

À minha frente, um vasto deserto de areias e dunas movediças.

Meu olhar sente-se ondular, sem encontrar sítio firme e horizontal para acampar. Sim, um homem deve deitar-se sempre na horizontal, não em plano inclinado, mas as paisagens das palavras ora me obrigam a inclinar para a frente, ora para trás, frente ou esquerda.

Algumas palavras fazem caminhos de pedras lascadas ou pontiagudas, que cortam, ferem e provocam duras quedas. Quando me levanto vale-me o sol ou a minha bússola para me indicar o norte. Fujo de palavras doutras predadoras, transformadas em feras ou em serpentes viperinas ou em cobras cuspideiras.

Tudo vai ficando para trás. Quando a noite cai pouso a mochila. Faço a minha própria clareira, de chão macio. Junto lenha e acendo uma fogueira. Monto a tenda, que é revestida dom tecido isolador de palavras ruidosas. Corro o fecho do silêncio e deito-me.

Só eu e a noite! As estrelas ficam lá fora. Durmo sossegado.

Quando acordo, sob cânticos das aves, abro a tenda e dou com ele de caras; o sol que espreita, preparando-se para iluminar palavras, mas a outras fazer sombra!

Tenho que reiniciar minha caminhada, meu caminho, meu destino, ao sol ou à sombra, mas sempre rodeado de palavras, palavras, palavras!

No fim de cada jornada, faço a minha própria clareira. Faço chão, forrado com palavras macias, fofos. Monto a tenda. Acendo uma fogueira, e durmo, durmo, sem palavras. Que bom! O melhor de cada jornada! Sem palavras!

Autor deste original e inédito: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar