Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

sábado, 30 de novembro de 2013

Lugar dos beijos

LUGAR DOS BEIJOS. Eu, No caminho que vinha para ti Despia paisagens com o olhar, Só procurava o horizonte do encontro, Onde se erguia a Montanha dos Desejos! O caminho, para ti, era longo, Mas eu sabia cada estrada, Cada curva, cada lomba! De muitas luas foi a minha ausência, Mas, finalmente, cheguei! Encontrámo-nos nos beijos, Gastámos respirações a colar corações, O jantar arrefeceu! Comemos saudades, no lugar dos beijos, Boa sala de jantar ………… E de estar! Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque Gondomar

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Coisas que me interessam

Coisas que me interessam! Das coisas que me interessam, A que me interessa mais É saber se de tudo o que tens Eu estou a mais. Penso que não, Pois apesar de tudo o que tens Queres sempre meu coração! Não há diferença Entre o que tens e o que tenho, Pois que com as diferenças que temos, Quando nos vemos, Quando nos encontramos, Nossos suspiros e ais São sinais que não estamos a mais E que nos partilhamos! ………..xxxxxxxxxx………….. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar

sábado, 5 de outubro de 2013

Poema em extinção!

Poema em extinção! Em cada sol que passa Há sempre um intruso que nasce Para rasgar versos da Natureza Por onde passe! Esse intruso é o Homem, Com duas pernas, Que por inteligente quer que o tomem, Mas à Natureza causa duras penas! Levando-me à conclusão: Que se burros estão em vias de extinção, Cemitérios há mais Para reis dos animais, Que continuam a nascer, Para com sua ação, Com sua poluição, Poemas da Natureza fazerem desaparecer! O Homem; Um ser inteligente! Convém não esquecer. Os burros, sim, Podem desaparecer! …………xxxxxxxxxxxx…………….. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque) Gondomar

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Lâmpada fundida!

Lâmpada fundida! Diante dum país, Da moda, Desfilam corpos, no mar, A boiar, Com pouca roupa para mostrar! Sobre passadeiras, Tecidas com fios de frios líquidos, Boiam corpos tísicos! Cada corpo segura velha lâmpada, Fundida, sem vida! Fora de moda! Que já não se usa! A lâmpada da esperança Chama-se Lampedusa, Que brilha, lá longe, Onde brilham desfiles da moda! A esperança dos corpos, Essa, está fora de dela, A boiar, no mar! O desfile vai começar, Corpos elegantes, São da moda promoção! É um desfile para a moda do Verão! Mas, há um papa que chora, Porque corpos vieram, Mas foram embora da vida! Lampedusa estava fundida! ……….xxxxxxxxxx………….. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque) Gondomar

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Fonte de poesia

Fonte de poesia! Faço este poema, Com verso em rima com a de cima, Sim, Porque acho que não devo fazer com a de baixo! Com a do meio Tal ideia ainda não me veio! Todavia, Na poesia toda a rima serve! Como a água Que de qualquer vasilha, Com qualquer medida se bebe! Quem sede de poesia tem Dela bebe De qualquer fonte donde vem! …………..xxxxxxxxxx………………. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (o figas de saint pierre de lá-buraque) Gondomar

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Só agora descobri!

Só agora descobri Só agora descobri A lei da gravidade, Olho sempre para ti; Centro da claridade! Se cego por ti sou Disso não me lamento, A todo lado que vou Levo tua luz, dentro! Amor; grande lanterna; Eterna a sua chama Seja grande ou pequena, Mas, quem com amor ama; Virtude maior terrena, Ao amor dá maior fama! ……….xxxxxxxxx……………. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Jardim ambulante

JARDIM AMBULANTE A poesia é mulher Que embala tua alma em seu seio, Que te ensina a pintar arcos-íris nos céus, Que te adormece, Que te acalma Contando-te contos de fadas, pelo meio, Que te abre caminhos de futuros E te leva a navegar em águas passadas! Tu sentas-te à mesa e comes, Mas é com a poesia que dormes, Que sonhas com auroras, Que te põe a sorrir, sem saberes, Sem quereres! É assim como que um perfume, Que anda no ar, Que cheira muito bem, Mas que não se sabe donde vem, Todavia, o jardim, da poesia, Está sempre por perto! Põe uma flor poética em teu peito, E verás que teu corpo, Com tua alma florida, Será um jardim ambulante! A poesia é assim; Perfume intenso e….. fragrante! ………………xxxxxxxxxxx…………… Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

MRTC

"Segunda-feira, 12 de Outubro de 2009 Eleições Autárquicas na Freguesia de Rio Tinto Resultados provisórios na Freguesia de Rio Tinto - Presidência da Junta de Freguesia: Marco Martins (PS) - Composição da Assembleia de Freguesia - PS: 13 deputados - PSD / CDS: 4 deputados - RTC: 2 deputados - CDU: 1 deputado - BE: 1 deputado Vitória estrondosa de Marco Martins do PS que abraçando também a causa de elevação de Rio Tinto a Concelho, (como aliás todas as restantes forças partidárias para além do RTC) vê agora as suas responsabilidades acrescidas neste domínio. O Povo não esquece... O RTC, lista de independentes Rio Tinto a Concelho, apesar de ver reduzida a sua representação parlamentar de 3 para 2 deputados, continua a ser a 3ª força política. PSD / CDS, CDU e BE reduzem substancialmente a sua representação parlamentar, praticamente para metade dos deputados. Publicada por RTC à(s) 23:45 Sem comentários:" IN BLOGUE "RIO tINTO A CONCELHO"

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Névoa

NÉVOA Duma névoa, Do céu do tempo infinito, Surgiu um vulto Perante os presentes, Também já de névoas saídos E a si parecidos! O vulto tinha um letreiro na testa: “Poeta”! Vinha montado numa égua de palavras Que foram aladas, recitadas, Escouceadas, Dizendo que da névoa, donde vinha, Era para lembrar aos animais racionais, Que as névoas são disformes, Como os todos os homens! E que a eles não se aplica a verdade matemática; De que "a soma dos quadrados dos analfabetos é igual à ciência do quadrado da hipotenusa." Não. o poeta; um noesis Disse que o conhecimento aumenta quando à névoa se eleva! Depois, o poeta, na égua das palavras montado, Foi-se embora! E agora névoas? ………………….xxxxxxxxxxxxx………… Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar

terça-feira, 27 de agosto de 2013

LOUREIRO A GOVERNAR, LOUREIRO A FISCALIZAR!

Este texto é sobre um assunto sério, embora impregnado de essências nabalísticas figarianas! LOUREIRO A GOVERNAR, LOUREIRO A “FISCALIZAR” Nada é perfeito e as leis também, as leis também não, Por isso, e graças aos seus buracos, é que vivem os advogados, de recurso em recurso, ate à prescrição final! Depois, surge a grande admiração de terem conseguido transformar o culpado em inocente! Regra geral, salvo honrosas exceções, o povo aplaude o chico espertismo, que consegue armar esquemas para fintar a lei e fugir à justiça! Esse sim, o chico perto, é que é admirado, como exemplo de grande inteligência, como que ouvindo a voz; “se fosse eu fazia o mesmo! Fez ele muito bem!” Ora, no caso presente da limitação de mandatos, toda a gente percebe que o espírito da lei é não permitir mais que três mandatos como presidente de Câmara, todavia, lá vem o chico espertismo, de levantar dúvidas, se é para a mesma Câmara ou se pode concorrer a outra! Agora, o que eu quero aqui ressaltar, é que em Gondomar, Valentim Loureiro não podendo recandidatar-se à presidência do executivo candidata-se ao órgão fiscalizador do mesmo; a Assembleia Municipal. Mais uma vez, só numa república de bananas é que a lei permite que numa vereação tenha assento um Pai, como Presidente, e uma filha, como Vereadora com pelouro distribuído. Claro que tal não devia ser permitido, mas enquanto não é legal, embora imoral! Ate propósito, lembro que os Estatutos do Clube Gondomarense, (o mais antigo, com 108 anos, do Concelho de Gondomar) de que tive a honra de ser seu presidente de Direção e da Assembleia Geral, a exemplo de muitas outras coletividades não permitem que no Conselho Fiscal do Clube estejam familiares diretos do Presidente da Direção ou de outros Diretores! Ora, se isto é justo para uma simples coletividade, o mesmo devia ser aplicável aos órgãos políticos. Já imaginaram a Presidente da Assembleia da República ser filha do Cavaco? Como é possível que, o Movimento Independente, (fundado pelo Valentim) concorrente à presidência da Câmara de Gondomar, herdeiro assumido do valentinismo a prosseguir o seu projeto, (isto dito pelo candidato Dr. Fernando Paulo) ter o seu prolongamento na Assembleia Municipal, na pessoa do seu Presidente?! Veremos os próximos capítulos desta novela! Não se admirem em, porque Gondomar mais parece o Entroncamento, com anormais espécies de nabos a reinar! É verdade! Mais parecem plantas aromáticas! O cheiro a loureiro vai pairar por todo Gondomar, na Câmara a governar e na Assembleia a “fiscalizar”! É Portugal, no seu melhor do chico espertismo! Viva Portugal e os bons nabos do seu nabal! ………….XXXXXXXXX………. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (de Vilhena)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A tentação do 760206020

A tentação do 760206020! Estava ele, um pseudo-poeta A escrever um pseudo poema Sobre a paz de espírito, O despreendimento material, Sobre a beleza da Natureza, Das estrelas dos desertos, Das selvas dos rios, dos mares, Dos bem-aventurados que contemplam toda a beleza! Mas, a televisão estava ligada:- “Ligue, ligue já pró 760206020. Pode ganhar até 50.000 euros, mas 1.000 são certos!”. Ele, nada! Não ligava e no poema continuava, acrescentando mais uma estrofe sobre os pobrezinhos que vão para o reino do Céu. -“Ligue, ligue para o 760206020”. Olhe que pode ganhar 50.000 euros” E ele….nada.! Continuava a versejar sobre o amor e …..uma cabana! Ligue. Li (….). Desligou a televisão. Lembrou-se do : "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no Reino dos Céus" Isso deu-lhe paz de espírtio e sossego de alma! Há muito que tinha o Céu garantido! Há anos que andava a treinar, só com o rendimento mínimo! Estava quase a termimar o poema, em que numa parte dizia que para ser rico não tinha jeito, Apenas queria ser rico de amor, e ser um amor perfeito, para, de amor, em seu amor brilhar no seu peito! Não pensava ter riqueza, porque dava trabalho em a gastar,antes queria do seu amor a beleza e todo o tempo só pra` amar. O poema ficou terminado! Tornou a ligar a televisão. Ainda continuava o: -”Ligue. Os 50 mil euros podem ser seus. Porque não? Pensou. Ligou. Ganhou! Ficou desgraçado! Nesse dia, ao seu meu amor chegoui atrasado e passou a sentir-se camelo! Andou, ….tanto tempo!.... a investir na pobreza! Acabou por comprar uma televisão nova, mas mais pequena, para caso saísse mais algum prémio fosse mais pequeno. Ele era humilde e queria manter a dieta, por causa do buraco da agulha! ………………….xxxxxxxxxxxxxxxxx…………………… Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar

Migrações

Migrações! Os povos, desde sempre migraram na Terra. Não é de admirar, pois que também a Terra não é fixa e migra para pontos diferentes no infinito. No início do século xv, historiadores calculam que a população portuguesa pouco ultrapassava o milhão e meio, e Cristóvão Colombo calculou que metade morreu durante os descobrimentos! Espantoso, que apenas uns milhares de portugueses, embarcados na busca de novas oportunidades buscaram por melhor vida! As especiarias, à época, chegavam à Europa via estreito do Bósforo, onde Constantinopla imperava, cobrando direitos de passagem, que cessaram com a queda da cidade de às mãos do sultão Maomé ll, em 29 de Maio de 1453, com a ajuda da então moderna artilharia húngara, que viu recusada seus serviços pelo Imperador Constantino XI, último do Império Bizantino. Com a queda de Constantinopla, e com a gulosice do Sultão, que aumentou em sete vezes as portagens sobre a passagem das mercadorias de e para a Ásia. Assim, tornou-se evidente que seria vantajoso descobrir alternativa para a importação das especiarias. Ora, aqui surgiu o nosso Infante D. Henrique, que olhando o mar à sua frente, e numa perspetiva de bom negócio, iniciou a busca, por mar, para chegar à Índia. Depois de consumada a descoberta e o negócio estar em velocidade de cruzeiro, com os Armazéns da India, em Lisboa, a servirem de abastecedores das cortes europeias a do norte da Europa tornou Portugal numa importante nação europeia, mesmo mundial! O negócio era de tal modo vantajoso, que aos armadores bastava salvar uma nau em cada dez, carregada de especiarias, para ser um bom negócio! Ora, Portugal, nessa altura quase que se despovoou, tanto para a necessária provisão de marinheiros nos navios, assim como para guarnecer diversas fortalezas e feitorias, situadas na rota de passagem dos portugueses para as trocas comerciais. Também, a nível interno, digamos pan-europeu, os povos deslocavam-se na sazonalidade dos trabalhos agrícolas; trabalhos nas sementeiras e nas colheitas. Hodiernamente, observa-se transumância industrial, migrando os povos à procura de trabalho, para onde ele existe. Por tudo isto, não é de admirar que o processo milenar migratório cesse, porque há sempre quem ofereça trabalho e que dele precise. Se, antigamente, levas de gente deslocava-se duma província para outra, com dias de marcha, e lá ficava uma temporada, agora, em duas ou três horas de avião arranja-se onde se ganhar pão! Não é muito curial exigir que os Governos, quais senhores de reinos, deem trabalho e pão toda a gente, porque o trabalho só é dado na medida em que é preciso! E se acham que é negativo o Governo incitar à emigração, não é nada de anormal, porque já antes se fazia o mesmo sem ninguém mandar. Eu próprio também já fui emigrante. Mais importante do quer ser feliz na terra onde se nasceu e se quer viver é sentir-se feliz na terra onde se está, que dá pão e paz para se viver! Ficar? Emigrar? Depende. É um calhar. Uma coisa é certa; os nossos antepassados deixaram muitas portas abertas para o Português brilhar! ………….xxxxxxxxxxxx…………….. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar

domingo, 11 de agosto de 2013

Azarado.....com sorte!

Sortudo…com azar! Vindo duma família modesta, educado nos valores religiosos, era crente na Virgem Nossa Senhora e dela não fugia! Quando foi destacado para a guerra no Ultramar, pediu à Virgem a sua proteção, e apesar de ter morto alguns negros, em defesa da Pátria, voltou a casa, só com menos um olho! Considerava-se um homem com sorte, quando olhava para outros camaradas de armas sem pernas e sem braços ou mesmo cegos! No dia 10 de Junho, dia de Camões e da Raça, lá estava ele na praça do heróis, só com um olho, para receber a medalha de gratidão da Pátria! Casou com uma rapariga de posses e, como tal, estava habituada a ter do bom e do melhor! Como só tinha um olho tratou de arranjar uma lente especial que visse a duplicar! Assim, graças à sua aplicação, na empresa de consultadoria financeira, graças ao seu esforço ganhou lugar de destaque. Porém, sua esposa gastava tudo o que ele ganhava! Era uma autêntica máquina de consumismo! Dizia ela que era para ajudar o desenvolvimento económico do país!! O pobre marido, na esperança de satisfazer as suas, dela, necessidades de beleza e de andar sempre na moda, na esperança dum golpe de sorte ia jogando na lotaria e no euro-milhões para, assim, apaziguar a sua angústia em satisfazer as necessidades da esposa! A Virgem Nossa Senhora, ia recebendo seus pedidos de ajuda na realização dos seus sonhos, tanto mais que sua esposa queria pôr silicone e uma dentadura topo de gama. Aí, desesperado, foi ao oculista e mandou colocar uma lente, no olho que lhes restava, para que visse em triplicado! Nessa semana, tempo de férias, a esposa só lhe mostrava folhetos de férias; Caraíbas Hawai, Haiti, Tibete, China, etc. -“Amor, não será melhor esperar que eu consiga um melhor emprego ou melhor remuneração? Eu, no banco, agora ando a tirar um curso de Swaps, produto que se vende bem ao Governo e a empresas públicas. Se eu for bem sucedido temos o problema resolvido.” -“Tá bem, amor”. Se se fores como teus pais, Jorge, farás bons negócios. Aliás, será sempre pelo interesse supremo da Pátria!” Foi então que, na perspetiva de maiores gastos, a prevenir, jogou forte no euro-milhões e pediu ajuda à Virgem Nossa Senhora, prometendo ir a Fátima, a pé, e dar 20 voltas, de joelhos, ao redor da capelinha! E não é que lhe saiu o jackpot?! Eram 50 milhões, mas como já tinha a lente com que via a triplicar julgou ser 150! Quando soube que tinha ganho, no regresso a casa ia magicando como dizer à esposa, imaginando comprar um Ferrari, oferecer, já que não tinham filhos, muitas joias à esposa e dar uma volta ao mundo. Depois via-se o resto. Chegou a casa, e ao ver que ela estava com outro homem na sala, sem soutien, teve um enfarte! Morreu! Coitado. Afinal, o homem, que estava lá em casa, era o técnico do silicone, que só estava a tirar as medidas para siliconizar os seios a esposa! Nos documentos do marido sua mulher encontrou o boletim do euro-milhões. Depois levantou o prémio. Felizmente, ela, que não era muito crente, não soube da promessa de seu marido ir a Fátima, a pé, para dar as vinte voltas, de joelhos, ao redor da capelinha! Passado meio ano, após o falecimento do cônjuge, foi, sim, dar uma volta ao mundo! Quando no avião, a milhares de metros de altura, quase rente ao céu, olhando o azul cumprimentava o marido, dizendo:- "Obrigado amor. Seu marido tinha sido um azarado, mas com sorte. Teve um funeral de cinco estrelas para chegar ao céu, enquanto ela ainda tinha muito que se cansar…. a viajar, com tantos milhões para gastar! Porém, o silicone que usava nas mamas era da melhor qualidade! Além disso, em viagens tinha a assistência do Senhor Doutor, com apalpações clínicas! ………………xxxxxxxxxxxx………….. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Catálogo

Catálogo Tenho imagens de mamar Tenho imagens de carinho Tenho fotos de brincar E fins de tempos de menino! Tenho imagens de adolescência E muitas brincadeiras no mato Que me formaram consciência Para no mundo ficar apto! Tenho imagens de namoros E tive um produto final Términus de indecoros Em vida de amor normal! Neste catálogo de imagens De sentimentos coletânea Tenho recordações de viagens Além da minha Lusitânia! Não apresento fotos de ilusões Porque ilusões nunca tive! Desde ditaduras a eleições Na mentira sempre se vive! Nada de mim posso oferecer Nada de mim é destacável As partes fazem meu ser E só no todo sou viável! ………xxxx……… Autor: Silvino Figueiredo Gondomar

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Puzzle poético.

PUZZLE POÉTICO A Natureza Tem muitos versos para se fazer um poema, para à vida dar alegria: pegue-se num bocado de deserto, nele coloque-se um oásis, uma montanha de verde, uma de neve, uma planície de verde, um jardim florido, um troço de rio, um braço de mar, aves a voar sobre uma seara, e, no final, uma criança com sorriso de esperança! Então, O poema ficará feito, Quando a seara a todos der pão! …………xxxxxxxx……………. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar

segunda-feira, 22 de julho de 2013

MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM DEVE.

MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM DEVE. Entre quem tem o Poder para mandar e o mandado pode haver diferenças processuais, mas o fim é sempre o mesmo; manda quem pode, obedece quem deve. O Poder, ao longo dos séculos, foi evoluindo, partindo duma base ditatorial individual para um coletivo restrito. Na evolução dos costumes, tornou-se quase impossível um individuo governar milhões de indivíduos, assim, grupos de homens foram-se agrupando à volta de ideais políticos ou religiosos, lutando entre si para a conquista de territórios, implementação de formas de governo ou de religiões e deuses. Nesta dinâmica, a Terra e territórios que a compõem foram sendo ocupados por clãs, tribos ou povos diferentes, sempre, na busca incessante de novas terras e novos pastos, tanto para alimentar homens como animais, nomeadamente cavalos, elementos essenciais para a defesa ou expansão de reinos ou impérios, sempre em contínua mutação, devido à transumância dos povos e respetivas pressões, não permitindo grande sedentarismo e correspondente organização administrativa territorial. Demorou séculos até que o nomadismo dos povos, em choques contínuos de avanços e recuos, estabilizasse e cada vez mais nítido ficasse o desenho do assentamento de povos em diversas regiões do planeta. Não é novidade para ninguém, que a Europa é composta por povos diferentes, cada um com sua identidade, embora cada vez menos evidente, porque a osmose global, cultural e social vai esbatendo antigas barreiras de repulsa a aberturas de miscigenação a todos os níveis. Hoje, ao falarmos de França, da Alemanha, de Itália, de Inglaterra, da Bélgica, de Espanha, e outros mais, falamos de nomes conceptuais duma unidade geográfica, resultante de guerras civis que levaram à união ou fusão de Cidades Estados, de Principados e de Reinos numa só unidade administrativa! Ou seja, pequenas identidades originaram uma unidade maior territorial, mais ou menos centralizada! O que se verifica, é que o Homem, desde sempre evoluiu para unidades de maior grandeza, resultando que lutasse por agregar territórios, com o fim de obter mais poder ou mais lucros, pelo alargamento de mercados! Atualmente, o desenvolvimento tecnológico, inserido nos diversos meios de produção ou de administração dos territórios ou dos povos, permite a redução da presença física de edifícios do Estado para os serviços públicos de ligação aos cidadãos, graças aos meios eletrónicos disponíveis, que dispensam as antigas deslocações aos diversos serviços. Nos últimos anos, devido a todo este processo evolutivo, tornou-se por demais evidente, a organização anacrónica do tecido administrativo territorial em Portugal, com as suas 308 Câmaras e 4.259 Freguesias, organização vinda dos meados do século XIX! Há muito que se tornava urgente adaptar a Administração Pública à modernidade tecnológica e não defender, como boa, uma organização do tempo dos carros de bois na era de aviões a jato e carros a 120km hora, por modernas e desafogadas estradas! Manda quem pode, obedece quem deve. Qualquer mudança, sabe-se, origina resistências, mas se a ordem vem de quem tem o poder legítimo, neste caso dum grupo restrito, que recebeu esse poder, há que obedecer. As leis não são produtos naturais. Não se compram nos ervanários. São feitas por homens, alteradas por homens ou eliminadas por homens, por isso duram enquanto duram e são alteradas ou eliminadas quando querem e por quem tem o poder para o fazer, sendo certo que, em qualquer altura podem sofrer alterações. Os atuais presidentes de Juntas, “reizinhos em seis quintais”, queixam-se de que a união ou fusão de freguesias foi feita a régua e a esquadro! Como é que queriam? Queriam que as juntas se entendessem? Nunca na vida! Olhem o exemplo do entendimento entre PSD/CDS/PS! Podiam esperar sentados! Além do mais, quando o Mouzinho da Silveira fez a última grande reforma acabou com muitos Concelhos e criou outros. Lembram-se da extinção do Concelho de Bouças, no Porto? Mandou quem pôde, e também foi a régua e esquadro! Coitados dos povos de África, que viram, na Conferência de Berlim,( Conferência de Berlim realizada entre 19 de Novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885 teve como objetivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as relações étnicas e mesmo familiares dos povos desse continente em causa1 . O congresso foi proposto por Portugal(…). dividir, a “régua e a esquadro”, pelas nações colonialistas, territórios que formaram países, que hoje conhecemos por Angola, Moçambique, Congos, Quénia, Senegal, etc. Na época mandou quem pôde! Engraçado que, genericamente, os governantes das nações herdadas do colonialismo não querem ouvir falar em divisões territoriais de acordo com etnias diferentes neles existentes. A conclusão é que uma só unidade administrativa, mais ou menos composta por representantes de algumas partes, pode governar um só território, com diversos povos, com variadas culturas. O que é descabido, é a nível do Concelho ou duma simples freguesia, invocarem especiais identidades de povos ou culturas, que por si só, justifiquem o orgulhosamente só! No caso de Gondomar, o que é que justifica defender a não união entre Fânzeres e S. Pedro da Cova?! Os de Fânzeres são brancos e os São Pedro são pretos? Uns são católicos e outros protestantes? A olho nu distingue-se um fanzerense dum sampedrense? Uns são gigantes e outros anões? Ora. Balelas! Tenham juízo. O que se pretende é simplificar a máquina administrativa, diminuir custos e ganhar mais eficiência com os novos métodos mais produtivos. O que acontece é que, agora, com a união das duas referidas freguesias, (que são simultaneamente duas Vilas) com o total de total de 32,743 eleitores, que terão de escolher não dois executivos, mas apenas um para o território comum. No terreno estão diversos candidatos, mas curioso é que para a nova freguesia estão candidatos que antes renegavam a união, e até para a Presidência da Câmara de Gondomar há um candidato, pelo PS, que antes defendia Rio-Tinto a Concelho, mas agora arvora-se em defensor da unidade! Felizmente, que a febre de “a minha freguesia a Concelho” já passou! A minha rua escapou de ser uma freguesia, quando alguém também se lembrou de exigir São Pedro da Cova a Concelho! É minha convicção, que uma vez unidas, os eleitores do mesmo território não vão ficar prejudicados, pois que até ganham mais sentido de grandeza territorial, cabendo aos políticos trabalharam para o desenvolvimento económico, social e cultural comum, tanto mais que são todos Gondomarenses! Ou não serão? Se estiver enganado digam-me. Para concluir, penso que as atuais Juntas, na forma existente, com poderes residuais, tendem à extinção! Curioso é que, além das duas freguesias/vilas, acima mencionadas, que ficarão com uma só Junta, Gondomar tem três pomposas “Cidades”, duas delas (Gondomar e Valbom) ficarão integradas agora na união de freguesias de São Cosme de Gondomar/ Valbom/Jovim; como única unidade territorial administrativa, mas mantendo só o nível de freguesia! O que eu quero ressaltar é que são duas cidades, imaginem, numa só freguesia! Fenomenal! Porém, esse facto não dá mais poderes ao seu Presidente, que nem chaves das cidades tem! Enfim. Manda quem pode, obedece quem deve, até que aconteça desobediência, dentro deste meu pensamento: “O Poder não reside em quem pensa que manda, mas sim em quem tem o poder de desobedecer!” Simples. …………xxxxxxxxxxxx…………… Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (de Vilhena)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sobre a liberdade de consciência

SOBRE INDEPENDÊNCIA DE CONSCIÊNCIA! Para quem quiser analisar o meu grau independência! Como introito, afirmo que pugno pelo ideal socialista na organização da política ao serviço da Humanidade. Defendo o primado do coletivo sobre o privado! Não privilegio nenhuma religião, porque dizem que Deus só há um, mas cada um tem o seu! Eu não tenho nenhum! Sou muito pobre para ter um deus meu! Nas minhas participações, em órgãos profissionais, (Comissão de Trabalhadores TAP/Porto) em partidos políticos (PS, como independente na Ass. Freguesia de S. Pedro da Cova,( 1997)) em Associações de Pais ( fui presidente fundador da APESG da Escola Secundária de Gondomar e depois diretor da FRAPN, sendo o elemento que promovia o aparecimento de Associações de Pais nas escolas do Norte) participei em coletividades; no Vai-Avante, (Relator do Conselho Fiscal) no Clube Gondomarense (Presidente da sua Assembleia Geral e depois da Direção). Eu nunca me ofereci para nada, mas sim fui sempre convidado. Sempre aceitei, porque quis e nunca obrigado. Quando, em consciência achava que me devia retirar fazia-o, embora, quase sempre solicitado para continuar. Foi sempre com este espírito de independência que votei no Major, mas depois comecei a rejeitá-lo! Após a minha saída da TAP, fui convidado, pelo PS, a integrar a lista candidata a S. Pedro da Cova, encabeçada pelo José Fernando, tendo eu ajudado a fazer o programa de ação +ara a Freguesia, Nada exigi. Se cheguei a integrar a Assembleia de Freguesia de S. Pedro foi porque uma militante socialista desistiu, tendo eu ocupado o seu lugar. Porém, verificado o fraco dinamismo de ação dentro do PS, em S. Pedro da Cova, e sendo eu, como independente, quase o líder que mais puxava a carroça, rejeitei tal facto, e passados dois anos renunciei. Todavia, quero aqui lembrar, que durante a minha ação dei o valor de algumas senhas de presença à Câmara, para diversos fins, como podem ver fotocópias no meu blogue “Conde das Bocas”. Aliás, só para verem que eu não sou moralmente dependente de ninguém, eu fui o único trabalhador da TAP/Porto, que não aceitou o relógio dos 20 anos de serviço. Bastava-me o vencimento que tinha, nada mais. Não pretendo ser exemplo para ninguém. Apena cada um é como é. Quem pensa que me tem na mão que se desengane! Sou como sabão na banheira; quando o queremos apanhar ele escorrega! Na segunda candidatura do José Fernando também o apoiei, porque era um militante do PS e merecia uma segunda oportunidade. Também fui convidado para reuniões, para dar umas dicas quanto à estratégia a seguir, e o que presenciei não relato aqui, mas, sem dúvida que fiquei, nessa altura, surpreendido com a presença da Rosa Linda, nas reuniões, embora como independente. Não é que renegue a sua inclusão nas listas, porque até um ateu pode virar santo, mas nunca aceitarei que um cabeça de lista do PS não seja socialista. Ao fim e ao cabo, o PS não tem um candidato socialista a FANPEDRO. Prefiro a Fernanda Vieira, que é socialista, concorrendo como independente. Quando na presença do Marco Martins, na Casa da Malta, em S. Pedro da Cova, e lhe disse que lamentava que o PS tivesse escolhido um separatista e que lhe desejava a derrota, ainda não me tinha apercebido que o Zé Nando estava na lista para vereador. Cada um é livre de escolher o seu rumo. Por mim, nada sendo de pessoal, lamento tal decisão política e, por arrasto, desejar a sua derrota. Quanto ao meu apoio a Fernanda Vieira, porque é uma socialista, só me resta nela votar, porque o PS não tem candidato socialista a FANPEDRO e à Rosa Linda não lhe reconheço a representatividade do Partido Socialista. É a minha opinião. Por diversas vezes, enquanto na TAP, fui convidado a entrar no PS, mas nunca quis, para manter a minha independência e não estar sujeito a ordens de comités de secretariados, quando mais de concelhias! Analiso cada facto político sob o prisma do maior interesse coletivo e não do individual. Por isso, sou contra a regionalização, a favor do aborto e neutro na questão homossexual (cada um vai e leva onde quer). Mas, voltando à Fernanda Vieira. Se tudo me pediram para eu participar, desta vez ninguém me pediu nada. Eu, é que, dentro da amplitude da minha independência, acho que devo estar ao lado de quem defende melhor ética comportamental na política e que procure coloca-la ao serviço do Povo, aquém dever servir e não servir-se. Atenciosamente Assina o Silvino Taveira Machado Figueiredo,

sábado, 13 de julho de 2013

FERNANDA VIEIRA PARA UMA VILA INTEIRA

FANPERDRO PARA UMA VILA INTEIRA VOTA FERNANDA VIEIRA Até que enfim que no século XXI mexeu-se numa anacrónica e desajustada organização territorial, vinda do século XIX, a nível da redução de juntas de freguesias no território nacional. É normal, em qualquer mudança, haver sempre quem resista, especialmente se lhes mexerem nos interesses instalados que defendem, em detrimento dum interesse mais geral. Foi o que aconteceu com a recente redução do número de freguesias, que provocou o aqui d’El-Rei, que era um crime de lesa pátria! Afinal, quem era irrevogavelmente contra agora até aparece como candidato ao território das freguesias fundidas! Enfim, malhas que o Império tece, como diria o Fernando Pessoa. Hodiernamente, com as novas e desafogadas vias de comunicação, com todas as tecnologias ao dispor dos cidadãos, cada vez mais há menos necessidade da presença física nos organismos oficiais de administração territorial. Se tivesse poder para tal, eu acabaria com todas as juntas de freguesia, criando só uma Câmara para a área metropolitana do Porto e Lisboa, ficando as antigas Câmaras a fazerem o papel de Juntas e os antigos edifícios de juntas (não todos, só os necessários,) transformados em lojas do cidadão. As competências atuais de cada executiva de Junta de Freguesia pouco mais são que gerir cemitérios e passar atestados de residência! Nem autonomia têm para substituir uma simples placa toponímica, tendo de pedir à Câmara. Ridículo! Com a redução de Juntas, em Gondomar, Fânzeres e S. Pedro da Cova formaram um novo território, que será gerido por uma só Junta, nela juntando-se os 17.815 eleitores de Fânzeres e os 14.928 de S. Pedro, perfazendo 32.743. Assim sim, já é uma dimensão que necessita duma visão administrativa mais global em todas as aérea económicas, sociais e culturais. Se as juntas não têm autonomia para fazerem obra, pelo menos têm que ganhar peso reivindicativo. Isso depende da força da razão, que a falta de progresso social e cultural no território proporciona. No caso de Fânzeres e de São Pedro, como explicar: que sendo duas Vilas nem uma nem outra tem um Parque Urbano ou um desafogado jardim público para usufruição dos vilões! Onde pais e avós passearam seus filhos e netos? Candidatos à administração do novo território de “Fanpedro” (Fânzeres e S. Pedro) não faltam! Os eleitores terão de fazer esforços para perceberem que já não estão a votar para a sua antiga freguesia, mas sim para uma união de duas. Talvez tendam a esquecer-se desse facto, mas há que analisar, racionalmente, quem são os candidatos, donde vêm e o que pretendem. Alguns já têm provas dadas: Fernanda Vieira (atual Presidente de Fânzeres), eleita pelo PS e que agora concorre como Independente, e Daniel Vieira (atual presidente de S. Pedro da Cova), eleito pela CDU. A candidata do PS; Rosa Linda, é oriunda da CDU, ressaltando aqui que o PS não foi capaz de apresentar um ou uma militante socialista! Assim, estas duas candidaturas a “FANPERDRO” representam a CDU, uma disfarçada e outra, a do Daniel, assumida. Já a Fernanda Vieira, que inicialmente aparecia como candidata pelo PS, em virtude de não ter concordado com procedimentos, que ela considerou incorretos, (acredito que sim) achou por bem apresentar-se ao eleitorado como Independente. Todavia, sabe-se bem da sua matriz ideológica: socialista e republicana Por mim, que também sou independente, voto em quem me parece mais limpa de pressões! Não tenho nada de pessoal contra os outros candidatos, mas como representam ideais totalitários ou a continuação do que rejeito, voto com nos ideais com que mais me identifico: republicano, socialismo e laicidade! Apoio Fernanda Vieira. Fernanda Vieira, socialista, que concorre como independente, tem boas hipóteses de ganhar, senão vejamos: O total de votantes nos candidatos socialistas em Fânzeres e em S. Pedro, totalizaram, em 2009, 7.466 votos, contra 5121 do PSD e os 4.275 da CDU ou do PCP, como quiserem. O PCP em Fânzeres só teve 870 votos! Ora, atendendo que o eleitorado do PSD vai ser disputado por dois candidatos, um do próprio PSD e o outro pelo MI, e que o candidato do PS é uma CDU disfarçada, os socialistas tenderão a votar no seu natural candidato natural; uma socialista, agora independente, que demonstrou ter coragem, tanto mais que não tem máquina partidária, por trás, a apoiá-la, ao contrário do Partido Socialista, que não tem candidato da sua matriz ideológica e apoia uma candidata “comunista”. PARA UMA VILA INTEIRA VOTA FERNANDA VIEIRA

quinta-feira, 11 de julho de 2013

As coisas são como são antes de deixarem de ser!



Filhos de abastados lavradores, que já não queriam só agradar ao senhor Abade mas sim à mais alta sociedade, (alguém lhes tinha fala num coisa de High Life) puseram seus filhos a estudar. Tanto mais que já tinham muitos tratores para lavrar as terras!



A construção civil estava a todo o vapor. Osa pais influenciaram seus filhos, não para doutores mas sim para engenharia e arquitetura.



Os dois irmãos, com diferença de um ano, ficaram formados, um em engenharia, outro em arquitetura. Trabalho não lhes faltou, graças aos proveitos de muitos São Migueis paternais. O primeiro trabalho, da parceria dos manos, foi a construção da residência paroquial da freguesia, quase que oferecida pelos pais ao senhor Abade, que ficou muito contente com o arrojo modernista do projeto e da perfeição da construção, embora tivesse havido uns acertos a fazer, fruto da primeira vez!



O Sr. Bispo foi informado, pelo senhor Abade, que caso precisasse de fazer obras na diocese ele recomendava os manos! Certo é que capelas, igrejas, residências paroquiais foram o ponto forte, enquanto as coisas foram como foram antes de serem diferentes. Realmente, a par da queda da diminuição da construção civil, também nas Igrejas, em vez de notas começaram a cair cêntimos nas bandejas, que não davam para reconstruir almas, quanto mais corpos!



Os irmãos, de repente, ficaram sem quase trabalho, o que afetou, sobremaneira o senhor Arquiteto, que tinha alto sentido estético, como tal tinha casado com uma psiquiatra, que além de eventualmente lhe tratar da cabeça, era muito bonita, gostava de vestir bem; só roupa de marca ou de autor, joias, peles, Ferraris, Porches, Iates e similares. Não havia problema, porque, da fonte de seu marido, como que milagre da Nossa Senhora, jorrava suporte financeiro, para que seu marido justificasse o chavão: “um homem só é verdadeiramente rico se ganhar mais do que a sua mulher consegue gastar”.



As consultas de psiquiatria não eram muitas, mas fazia um vistão quando chegava com seu Porsche, para justificar os cem euros por consulta. A pouco a pouco, após a morte dos sogros, do património herdado o total das rendas dava para manter o nível das despesas criado, mas as coisas são o que são até deixarem de ser! Foi o que começou a acontecer!



Caseiro após caseiro, devido à crise, por falta de trabalho, começaram a sair e as rendas para os senhorios a cair!

Uma ocasião, numa consulta, apareceu um caseiro, que não sabia que a psiquiatra era esposa do arquiteto seu senhorio, pedindo conselhos para tomar um caminho, que o livrasse da quase demência pela insolvência. Ao saber que, à sua frente estava um caseiro do marido, que não podia pagar rendas, não soube o que lhe aconselhar. O primeiro pensamento foi do género: “pague as rendas e fica aliviado. Fica melhor. Vai ver”. Contudo, refreou o pensamento e aconselhou a escrever uma carta ao senhorio, a explicar a sua situação financeira. Podia ser que o senhorio fosse um bom homem. Foi mesmo! Atrasou em dois meses a ordem de despejo!

Seu marido, andava deprimido.

Então não acontecera ter sido o autor do último e grandioso seminário da diocese, mas afinal, faltaram as vocações para as inscrições sacerdotais?! Assim, o futuro de mais capelas, igrejas e catedrais imaginava que nunca mais. As coisas são com são até que deixam de ser!



Cada vez mais menos rendas e cada vez mais vendas de joias, carros, iates, peles, casa de praia, para fazer face à falta de recebimento das rendas, que tinham caído em mais de cinquenta por cento! A vida estava a andar para trás! Cada vez mais caseiros a abandonar casas alugadas e a não serem alugadas de novo.



Uma tarde, ao regressar do consultório, mais cedo, por falta de clientes, agora no seu Renault Clio, encontrou seu marido e seu cunhado a jogaram aos legos!

Seu marido fazia o projeto, o cunhado construía!



Ela, tomou consciência de que as coisas são como são até que deixam de ser e, vai daí tomou a resolução de participar nos Cursos de Novas Oportunidades, matriculando-se num curso de rendas….de bilros, numa escola, em Vila do Conde.



Agora, enquanto marido e cunhado brincam aos legos ela vai bilrando.

Não sabe até quando. As coisas são até deixarem de ser!

………………………xxxxxxxxxxxxxx…………………..

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar
As coisas são como são antes de deixarem de ser!




Filhos de abastados lavradores, que já não queriam só agradar ao senhor Abade mas sim à mais alta sociedade, (alguém lhes tinha falado numa coisa: The High Life) puseram seus filhos a estudar. Tanto mais que já tinham muitos tratores para lavrar as terras!



A construção civil estava a todo o vapor. Osa pais influenciaram seus filhos, não para doutores mas sim para a engenharia e arquitetura.



Os dois irmãos, com diferença de um ano, ficaram formados, um em engenharia, outro em arquitetura. Trabalho não lhes faltou, graças aos proveitos de muitos São Migueis paternais. O primeiro trabalho, da parceria dos manos, foi a construção da residência paroquial da freguesia, quase que oferecida pelos pais ao senhor Abade, que ficou muito contente com o arrojo modernista do projeto e da perfeição da construção, embora tivesse havido uns acertos a fazer, fruto da primeira vez!



O Sr. Bispo foi informado, pelo senhor Abade, que caso precisasse de fazer obras na diocese ele recomendava os manos! Certo é que capelas, igrejas, residências paroquiais foram o ponto forte, enquanto as coisas foram como foram antes de serem diferentes. Realmente, a par da queda da diminuição da construção civil, também nas igrejas, em vez de notas começaram a cair cêntimos nas bandejas, que não davam para reconstruir almas, quanto mais corpos!



Os irmãos, de repente, ficaram sem quase trabalho, o que afetou, sobremaneira o senhor Arquiteto, que tinha alto sentido estético, como tal tinha casado com uma psiquiatra, que além de eventualmente lhe tratar da cabeça, era muito bonita, gostava de vestir bem; só roupa de marca ou de autor, joias, peles, Ferraris, Porches, Iates e similares. Não havia problema, porque, da fonte de seu marido, como que milagre da Nossa Senhora, jorrava suporte financeiro, para que seu marido justificasse o chavão: “um homem só é verdadeiramente rico se ganhar mais do que a sua mulher consegue gastar”.



As consultas de psiquiatria não eram muitas, mas fazia um vistão quando chegava com seu Porsche, para justificar os cem euros por consulta. A pouco a pouco, após a morte dos sogros, do património herdado o total das rendas dava para manter o nível das despesas criado, mas as coisas são o que são até deixarem de ser! Foi o que começou a acontecer!



Caseiro após caseiro, devido à crise, por falta de trabalho, começaram a sair e as rendas para os senhorios a cair!

Uma ocasião, numa consulta, apareceu um caseiro, que não sabia que a psiquiatra era esposa do arquiteto seu senhorio, pedindo conselhos para tomar um caminho, que o livrasse da quase demência pela insolvência. Ao saber que, à sua frente estava um caseiro do marido, que não podia pagar rendas, não soube o que lhe aconselhar. O primeiro pensamento foi do género: “pague as rendas e fica aliviado. Fica melhor. Vai ver”. Contudo, refreou o pensamento e aconselhou a escrever uma carta ao senhorio, a explicar a sua situação financeira. Podia ser que o senhorio fosse um bom homem. Foi mesmo! Atrasou em dois meses a ordem de despejo!

Seu marido, andava deprimido.



Então não é que acontecera ter sido o autor do último e grandioso seminário da diocese, mas afinal, faltaram as vocações para as inscrições sacerdotais?!

Assim, o futuro de mais capelas, igrejas e catedrais imaginava que nunca mais.



As coisas são com são até que deixam de ser!



Cada vez mais menos rendas e cada vez mais vendas de joias, carros, iates, peles, casa de praia, para fazer face à falta de recebimento das rendas, que tinham caído em mais de cinquenta por cento! A vida estava a andar para trás! Cada vez mais caseiros a abandonar casas alugadas e a não serem alugadas de novo.



Uma tarde, ao regressar do consultório, mais cedo, por falta de clientes, agora no seu Renault Clio, encontrou seu marido e seu cunhado a jogaram aos legos!

Seu marido fazia o projeto, o cunhado construía!



Ela, tomou consciência de que as coisas são como são até que deixam de ser e, vai daí tomou a resolução de participar nos Cursos de Novas Oportunidades, matriculando-se num curso de rendas….de bilros, numa escola, em Vila do Conde.



Agora, enquanto marido e cunhado brincam aos legos ela vai bilrando.

Não sabe até quando. As coisas são até deixarem de ser!



O que ela, agora o que mais deseja é, quando admosteia seu marido, este logo logo lhe manda com "lá estás tu a bilrrar comigo!"



Ela, embora psiquiatra, está a pensar em mandá-lo para as consultas de psicologia. Os legos andam a fazer muito mal!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

sábado, 6 de julho de 2013

A esta hora

A ESTA HORA


A esta hora milhões morrem de fome!

A esta hora milhões morrem de sede!

A esta hora a miséria milhões consome!

A esta hora está tudo...como não deve!



A esta hora ricos estão mais ricos!

A esta hora todos pedem felicidade!

A esta hora ouve-se milhões de gritos!

A esta hora milhões pedem caridade!



Mas,

A esta hora,

Onde estão os bons governos?



A esta hora,

Onde estão as boas pessoas?

A esta hora,

Onde está o que merecemos?



A esta hora,

Vindo de muitas lisboas:

Pedidos para parecermos felizes

E boas pessoas...

Mesmo que sendo pequenos!



A esta hora;

Hora nunca no tempo acertada

Sempre para a felicidade atrasada!



A esta hora,

-Há sempre uma maldita hora!-

Fora de todo o tempo,

Sem tempo para uma bela aurora!

Porto; alma, barra aberta ao mar!

PORTO; ALMA BARRA ABERTA AO MAR!


Ouvem falar de ti,

Provam teu vinho,

Leem teu nome;

Vinho do Porto;

Parte maior do nome duma nação;

Portugal;

De futebol campeão

E património mundial!

Trazem nos seus corpos

Olhos fotográficos

Nos presépios de pedra focados,

Por escarpas alcantilados,

E tu ficas contente, feliz,

Por veres tão feliz gente em ti

E por ti se encantar!



Porto,

Tu gostas sempre de te dar,

Teu coração,

Tua alma sempre barra aberta ao mar

Para quem, por bem,

Em ti queira entrar.

Queres que pelo teu rio acima naveguem

E descubram no Douro

Tesouros das suas vinhas;

O vinho que bebem!



Queres que sua paisagem inebrie

Coração e alma aos que a ti vem!



Depois,

Cada corpo, ao ir-se embora,

Torna-se num torna viagem,

Com saudade de tudo o que viu

No melhor destino europeu;

PORTO.



Com tua beleza,

Com teu Douro,

Com tuas boas e francas gentes

Sabes sempre bem receber

E tens sempre um Porto para dar,

Para beber!

Ninguém, que a ti vem,

Jamais te pode esquecer;

Porto, parte maior do nome de Portugal.



Tua alma sempre barra aberta ao mar,

Para quem, por bem, queira entrar

E em ti estar!

PORTO

Oração

ORAÇÃO


Senhor,.

aqui estou à Vossa mercê.



Sabeis que não me atrevo a pedir-Vos algo.



Sei apenas que me destes ironia

para descobrir minha própria hipocrisia!



Senhor,

mas que tal não descobrir,

também, a dos outros,

(que não são poucos)

que se armam em anjinhos

e na vida vão pecando,

pecando,

e hipocritamente rezando,

rezando para que o mal,



que a outros vão fazendo,

outros não o vendo

e Vós perdoando?!



Mas, Vós sabeis bem como é;

porque sois autores da criação!



Nesta vida, vamos andando

sendo sempre o que fomos,

pecando, rezando,

pedindo-Vos perdão e salvação!



Que nos achais? Uns cromos?



Senhor, aqui à Vossa mercê,

nada peço para mim,

porque, não me esqueço,

que desde que nasci

Vós só me dais o que mereço!



Senhor,

obrigado por vossa paciência;

é que ler-me ou ouvir-me

é grande penitência

Latidos poéticos.

LATIDOS POÉTICOS


Na escrita do deve e haver

Entre forte e fracos,

Os fortes têm a casa do Poder

Os fracos; criados de quartos!



Entre senhorios e inquilinos

Há sempre questões:

Os senhores: uns cretinos

A imporem as condições!



Quando os fracos vão à justiça

Buscando da moral o norte,

Depois de muita liça

Quem vence é o mais forte!



Quem senhores anda a servir

E algum poder deles toma,

Acaba por poder construir

E senhor também se torna!



Os fracos reivindicam direitos

Os fortes impõem-nos tortos,

Após guerras e pleitos

Milhões de fracos mortos!



E a poesia?

Que faz a poesia na vida?



A poesia nunca governou vida

Nem governos soube governar,

A poesia; canção de fracos, ” latida”

À caravana do Poder a passar!



Nunca se soube de governos de poetas!

Embora governos tenham alguns,

Mas, decretos publicados em poemas

Nunca se soube de nenhuns!



Como mera opinião,

De tudo o que na vida vi,

Tenho como conclusão:

Que quem anda a servir outros,

Deve aprender,

Rapidamente ou aos poucos,

A ser senhor de si!



Não adianta ao deus dos fracos rezar

Para ter sorte de se tornar forte,

Pois são os fortes que fazem o altar

Onde os fracos vão adorar!



O fraco esquece

Que o poder não está em quem manda,

Mas sim em quem obedece,

Se não obedecer a quem manda

A roda ao contrário desanda!



Depois, novamente,

Os fracos reivindicarão direitos,

Os fortes imporão tortos!

Assim sempre será

Enquanto houver gente;

Fracos a obedecer,

Fortes a mandar fazer altar

Para os fracos os adorar!



Eu era para falar de esperança,

Mas a esperança está em coma

E poesia não é coisa que se coma!



Por tudo que já vi,

Quem não quer ser doutros

Tem que ser senhor de si!



Quem anda sempre mandado

De mandado não é cansado!



Os fracos reivindicam direitos!

Os fortes impõem tortos!



Nunca se soube de governos de poetas!

Embora governos tenham alguns,

Mas, decretos publicados em poemas

Nunca se soube de nenhuns!



Por tudo que já vi,

Quem não quer ser doutros

Tem que ser senhor de si!

Ai este país!

Ai este país!




Há um povo,

Que quer ser feliz,

Mas não sabe como fazer,

Não se sabe governar,

Num país,

Onde cada um se quer governar,

E quem governa a todos,

A todos anda a roubar!



Ai este país,

P aís de poetas,

De escritores,

De engenheiros

De doutores,

Que ser feliz,

Que há muito empo tem universidade,

Mas, este pais,

Que quer ser feliz,

Quase sempre infeliz

A viver da caridade!



Pede aqui,

Pede acolá

E gasta sempre mais do que há?

Quem o Povo?

Não, engenheiros,

Doutores

E outros em relâmpagos doutorados,

Que governam quem quer ser feliz,

Quem se quer governar,

Que acabam por descobrir

Que quem manda

Num espetáculo circense,

Aa todos anda a roubar,

Com “palhaços” a comandar,

A fazer rir o povo,

Que quer ser feliz,

De novo.



Que ser quer governar

E que quem mande

Não ande a roubar!



Ai este país!

Para quando a felicidade,

De não viver da caridade

De não rezar em S. Bento

Nem comer pastéis de Belém?

Ai este país,

Este Povo de bem,

Quase sempre infeliz

Com os governos que tem,

Mas continua a rezar em S. Bento

E a comer pastéis de Belém!

Ámen

……….xxxxxxxxxxxx……………

*Sem ofensa aos palhaços,

Que sabemos quanto pagamos para nos fazerem rir!

Os outros “palhaços”, de que falo,

Fazem seus números

Depois apresentam-nos a conta

De camarote,

Como se tivéssemos visto o número do “calote”!

Governo em cavacos!

GOVERNO EM CAVACOS


O Governo do Povo,

Vestido de farrapos,

Feito em cavacos,

Quando mais roto

Põe-lhe mais um trapo,

E eis,

Novamente,

Um Governo novo,

Vestido de farrapos,

De trapos,

Cada vez mais em cavacos,

Do melhor que há,

Com fotos na OLÁ!

……….xxxxxxxxxxxx………

Autor:

Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

quarta-feira, 3 de julho de 2013

VERTENTES

VERTENTES


Das vertentes das montanhas

Descem correntes d’água,

Que formam marés tamanhas,

Que pelos rios chegam à foz

E fazem largo mar!



Das vertentes dos nossos olhos

Descem rios de lágrimas;

Rios de mágoa do mar da tristeza

Que há em nós!



Se rios fazem mares,

Rios de lágrimas

Das nossas tristezas,

Das nossas ilusões,

Dos nossos desenganos,

Lágrimas não fazem só mares,

Mas sim oceanos,

Com grandes monções,

Onde se afogam amores

E corações!



Por que é que choramos?



Será que chorar é fazer mar

Para o barco da tristeza navegar?

……………xxxxxxxxxx……………..

Autor deste original e inédito:

Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Nova Câmara de Gondomar na Foz da Sousa

Nova Câmara de Gondomar na Foz da Sousa.
“Brasília foi construída (as obras começaram em novembro de 1956, depois de Juscelino sancionar a lei nº 2.874) a fim de ser a nova capital do Brasil. A idéia era transferir a capital do Rio de Janeiro para o interior do país. Ao transladar a capital para o interior, o governo pretendia povoar aquela região.” (da net)
Há muito que defendo que o novo e há muito necessário edifício da Câmara Municipal de Gondomar devia ser na freguesia denominada Foz do Sousa, na área onde está a atual junta. Que ficaria mais equidistante a todos os Gondomarenses.
 Acontece que os nossos políticos tendem a governar para o imediato e não querem assumir o combate contra interesses instalados, com o chavão de governar é para as pessoas e como tal onde há muitas pessoas, não se preocupando num desenvolvimento mais homogêneo do território que administrado, prejudicando o desenvolvimento homogêneo do todo e só beneficiando uma parte. O governar para o imediato é satisfazer áreas da concentração eleitoral, central, gerando maior caos urbanístico e viário! Claro que candidato à Câmara, que diga que fará o novo edifício da Câmara na freguesia da Foz do Sousa arrisca-se a não ter o apoio dos 41.364 eleitores de Rio-Tinto, porque o egoísmo de cada um é querer Esquadra, Tribunal, Posto de Saúde, Finanças, a Câmara, tudo à porta, borrifando-se para outros Gondomarenses, os de Melres, por exemplo, que tenham de percorrer 30km para vir à sua Câmara, enquanto que,  um dos argumentos dos separatistas rio-tintenses, (antes da construção da Via da Conduta) para puxarem a sardinha à sua brasa de Rio-Tinto a Concelho, alegavam que percorrer 4km até à Câmara era muito longe! Imaginem.
Devem considerar-me um louco, por pugnar pela construção da nova Câmara de Gondomar na Sousa. Não admira, porque também a resistência foi grande quando, o Presidente Juscelino Kubitschek, decretou, de acordo com a Constituição Brasil, que a capital fosse no interior, visando interior do mesmo. Foi em Brasília, a duas horas do Rio. Quando visitei Brasília, nos anos 80, ainda apanhei muita polémica de descontentamento por tal ousadia! No Rio de Janeiro, de onde se transferiram, a partir da década de 60, serviços governamentais e embaixadas, é que era o bem bom!
Porém, passados poucos anos, deu logo para perceber a mais valia que foi a nova capital ser novo centro de desenvolvimento a partir do interior, visando o desejado maior desenvolvimento do todo e não só do litoral! Salvaguardando as devidas diferenças, acontece caso o mesmo em Gondomar, como o desenvolvimento concentrado nas freguesias urbanas encostadas, ou quase, ao Porto;  Valbom, S.Cosme, Rio-Tinto e Baguim, sendo o resto quase só paisagem! O total dos eleitores das quatro freguesias (das doze que compõem Gondomar), totalizam 88.019 eleitores, representado 62% do total dos 14.0599 eleitores Gondomarense, inscritos em 2009.
A Câmara, sedeada na Foz de Sousa, seria um novo polo dinamizador do Concelho, com rápido e desafogado acesso ao Porto, completando a o tráfego da D. Miguel! Assim, a marginal do Douro, com curvas e mais curvas, não serve o desenvolvimento Gondomarense. Ainda me lembro, no início da década de, 50 do século passado, da inauguração, pelo General Craveiro Lopes, da ponte sobre o Rio Sousa. Desde então, a marginal parou no tempo, com os barcos-hotel rio acima no Douro e Gondomar a vê-los passar!
Até hoje, nunca li nem ouvi nenhum executivo camarário exigir ou a reivindicar a transformação da marginal do Douro, ao longo dos 30kms de margem gondomarense, numa boa via rápida, de molde a proporcionar melhor e mais rápido acesso às freguesias do Alto- Concelho; Covelo, Medas e Melres. É mais que tempo de avançar com essa premente necessidade, pois que não é só por barco que se pode aproveitar a âncora do turismo que é o Rio Douro, pois urgente se torna criar pontos de suporte, via terrestre, ao longo das margens Gondomarenses, que para se possa de usufruir de várias valências ao dispor dos futuros e cada vez mais turistas do Douro, nacionais ou internacionais.
Câmara na Sousa, já.
Via Rápida, já!
Abaixo as curvas, já!
………………………..xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx……………….
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

sábado, 29 de junho de 2013

Com saudades me cubro.

COM SAUDADES ME CUBRO


Silêncio

Que quero que este poema seja veludo

Sobre o qual estendo palavras macias

como afagos, como carícias

amor

ternuras

meiguices e doces lembranças

de quem daqui já partiu

e nos deixou partidos

separados

como o pedaço desde poema

da peça e da poesia separado

para cofre de alegrias vividas.



Silêncio

Que estou a laçar o veludo

Fitas azúis e verdes

Como asas de mariposa

Sopradas pelo vento do pensamento

Céu acima a voar

Enquanto cá em baixo

Com o resto da peça de veludo

Com doces saudades me cubro.

……………….xxxxxxxxxx………………….

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de Saint Pierre de Lá-Buaraque)



sexta-feira, 28 de junho de 2013

Esperanças

ESPERANÇAS!


No dia em que nascemos

Não sabemos o tempo

Que em nós há,

Somente quando crescemos

É que sabemos

Que há amanhã!

Vivemos sempre no presente,

E depois de caminho andado

Constatamos, de repente,

Termos feito tempo passado!

Paramos sempre num horizonte,

Que para outro dá,

Que está sempre defronte!

Na nossa vida, de andanças,

Para trás o tempo de ontem

Para amanhã o de esperanças!

…………XXXXXXXXXXX…………….

Autor deste original inédito:

Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

EM GONDOMAR PS COM CANDIDATURA DESQUALIFICADA!

EM GONDOMAR PS COM CANDIDATURA DESQUALIFICADA!


Tão fácil desqualificar o candidate do PS à Presidência da Câmara. Vejamos:

Não é por ele ser assim tão jovem. Não, isso não é o mais importante.

O importante é a imaturidade dos seus comportamentos.

O mais importante é que embora jovem e armado em “cavaleiro político”, devemo-nos recordar das suas pelejas:

1º -Como Presidente da maior freguesia (em termos de eleitores) de Gondomar; Rio-Tinto, arvorou-se em defensor de Rio-Tinto a Concelho. Em termos políticos isto não se deve esquecer, porque quem andou a querer dividira não garante que saiba unir!

Nunca a divisão aumentou a unidade!

2º-Não se sabendo bem os meandros internos que levaram ao seu aparecimento como cabeça de lista do PS, facto é que provocou profunda divisão dentro do PS, E que mesmo já depois de indicados, caso de S. Cosme e de Fânzeres, os candidatos mencionados abandonaram a candidatura.

Conclusão: Falta de capacidade para unir ou gerar consensos!

3ºA divisão no PS é tão profunda, que até o anterior presidente da Concelhia de Gondomar disse que nunca tinha conhecido quem mentisse tanto!

4º-No discurso da sua apresentação disse que em Gondomar havia construção a mais?! Onde? Em Rio-Tinto?

Conclusão: que ser um Presidente para deitar abaixo? e nada fazer, porque até já se construiu a mais?

5º Num dos seus cartazes lê-se:” Dignificar a gestão autárquica”, mas todos sabem o exemplo que deu ou deixou que se desse duma ambulância dos bombeiros (foto publicada na imprensa) que exibia publicidade à sua candidatura!

Conclusão: Olha pró que digo, não pró que faço. É assim, com exemplos destes que quer dignificar a gestão autárquica. Imaginem, se fosse Presidente, como seria a sua gestão digna!

Conclusão final: Um candidato que quis dividir, que no decurso da sua candidatura seus iniciais candidatos a juntas o vão abandonado e que até um dos notáveis queixa-se que ele é mentiroso, e além disso quando diz ser um candidato que quer dignificar a gestão autárquica, mas dá o exemplo de pôr os bombeiros a trabalhar para ele merece o apoio dos gondomarenses? Não. Por mim não.

Para mim o candidato do PS é um desqualificado!


Esta é uma simples opinião, dum simples eleitor que não apoia  qualquer candidato, porque para pior basta assim!
Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Assunto de caca para gente sem lata!

Quando se viaja muito se aprende.


Já pisei terra em dezenas de cidades da Europa, Américas e Áfricas.

Na última viagem aprendi esta lição. Ler jornais é saber mais!

Os bons exemplos devem ser copiados e, se possível, melhorados!


Seria bom aplicar esta medida para gente de caca, sem lata!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Inteligência Emocional Eleitoral


INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ELEITORAL

Seguro está a brincar às emoções para ganhar eleições.

Há muito que Portugal precisa de ser mais racional!

Na política tende a perde-se a racionalidade e serem as emoções a comandar decisões!

Os políticos, num regime democrático, nela se predispõem à profissionalização, a qualquer custo conquistar o poder, desatando a prometer mundos e fundos e a desfazer o que, democraticamente, legislado. Ora, neste caso, a recente declaração de José Seguro, prometendo revogar a lei da fusão das Freguesias está ao nível do ridículo e da demagogia. Reconheço, que jogando com as emoções dos fregueses e representantes das freguesias agregadas, para manter tudo como estava, visa aproveitar o descontentamento do eleitorado, para que tudo que seja PSP/CDS nas Câmaras seja deitado borda fora, nas autárquicas, como cartão amarelo ao Governo. Acontece que a intenção da agregação das Freguesias já vinha do tempo do anterior Governo, e coisa menos coisa foi, pelo atual Governo, desenhada uma nova representatividade do poder local, devidamente aprovada e promulgada. Perante uma situação estática, de quase 200 anos, mexer no que estava tinha de causar, forçosamente, resistências. Pessoalmente, eu acabava com todas as Juntas de Freguesia, passando as Câmaras a fazerem o seu papel e os edifícios das antigas juntas, quando muito passariam a simples Lojas do Cidadão. Aliás, para mim, uma só Câmara chegava para administrar a Área Metropolitana do Porto, o que não era difícil, atendendo a todos os recursos tecnológicos hodiernos ao serviço da Administração local e nacional.

José Seguro prometeu, só não diz como garante a promessa e como vai ser possível, após dois anos de sedimentação das juntas agregadas, fazer marcha atrás! Só que, de momento, isso pouco lhe importará, valendo mais a promessa, pronta a servir e aguarda a obtenção de resultados imediatos nas próximas autárquicas. Os candidatos do PS ficaram contentes, mas Seguro, de certeza que está seguro não está do que disse. Apenas disse o que disse. Depois, logo se vê! Eu é que, pelo seguro, seguramente que não quero o regresso às 4.260 freguesias do século XIX!

Na política não se deve ser emocional, mas sim racional!

Seguro está a brincar às emoções para ganhar eleições!

Há muito que Portugal precisa de ser mais racional!

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo-Gondomar

LUAS


LUAS


Ora então,

cá temos a branca,

a amarela e a parda!


É só escolher,

há-as de três cores,

alguma que lhe agrda,

para diversos amores,

em qualquer ocasião,

sob diversos luares,

com diversos beijos e abraços,

mas, sempre,

com iguais encostares!






A Lua, com seus diverso luares,

faz sempre muito inchar

muitas marés de mar!



Seu tamanhos, diferentes

como diferentes gente,

que temos pela frente!

Figas De Saint Pierre

quinta-feira, 20 de junho de 2013

JOTAS QUEREM MANDAR NOS COTAS!

JOTAS QUEREM MANDAR NOS COTAS!


Segundo um estudo, de 2007, a população de Gondomar, dos zero aos catorze anos, era de 27.293 habitantes!

Dos 15 aos 24 anos totalizava 20.112 habitantes. Assim, dos zero anos aos vinte e quatro dá o total de 47.415.

Dos 25 anos aos 64 anos o total é de 101.947 habitantes! Ora, não havendo números rigorosos de sub-escalões nesta faixa etária, pode-se, perfeitamente, admitir que metade dos ditos 101.947 tem mais de 50 anos, que juntos com os mais de 65 anos; os tais 23.542, faz o total de 73.000, aproximadamente.

Exercitando a lógica: se ao total de 172.904 dos habitantes de Gondomar, tirarmos 47,415 dos zero aos vinte e quatro anos, ficam 125.489 habitantes! Destes, os 50% dos 101.947 mais os 23.542, dos “ velhotes”, com mais de 50 anos, formam os tais 73 mil; uma larga maioria!

Ora, pressupondo que não é correto perspetivar-se a eleição dum jovem, um “jota”, com menos de trinta anos, para Presidente da Câmara, como é possível o PS, apresentar um candidato à Presidência da Câmara do Concelho de Gondomar, apenas com 34 anos, seguido doutros juniores e uma única sénior, na ternura dos 50, mas independente (até quando?)) Ora, os jotas, que querem mandar nos cotas têm défice de experiência a diversos níveis, porque a sua juventude tal ainda não lhes permite e dificilmente podem captar a confiança dos velhos cotas, que são a larga maioria dos eleitores, com mais de 50 anos, que não estão devidamente representados na lista e não estarão dispostos a servir de muleta para a um jota inexperiente asneirar na Presidência. Ainda se fosse terceiro ou o quarto da lista, para ganhar experiência, ainda se tolerava! Agora, cabeça de lista?! Não dá mesmo para entender, a não ser o que eu considero ter sido golpe palaciano dentro do PS.

Além do mais, Marco Martins, tem o pecado de ter andado a pugnar pela divisão do Concelho! Não dá mesmo para perceber como é que o PS, que teve a oportunidade de ouro, para, desta vez, ganhar e limpar Câmara, mas apresenta um candidato tão frágil e vulnerável aos ataques dos adversários! Por falar em falta de experiência, talvez tenha sido o seu excesso de juventude, pensar que é tudo “prá frentex”, que não mediu bem as consequências no caso da ambulância dos bombeiros fazer publicidade à sua campanha! Se já fosse Presidente (livra) talvez este caso originasse a sua primeira ida ao Tribunal! É procedendo assim que quer mostrar a diferença do Valentim?

Aconselho-o a ler o seu próprio cartaz, onde promete maior dignificação da gestão autárquica em Gondomar. A primeira argolada já está registada! Como nota final, se levara a candidatura até ao fim, o mais certo é ser vereador, não sei se com ou sem pelouro, para tentar fazer carreira profissional na política. Normalmente, um jovem começa por ganhar a vida, mas demora a saber governá-lam mas eu é que não quero correr o risco de votar PS e contribuir para que o Marco Martins seja reformado aos 46 anos! Não quero arranjar problemas à Troika, para lhe pagar a reforma.

Silvino Figueiredo

Gondomar

sábado, 1 de junho de 2013

O ninho do Papi.

O ninho do Papi




Tesouras metidas à sebe:

Traque traque, a sebe alinhava,

Que linda ficava, mas,

Eu devia saber, mas não sabia,

Que no meio da sebe, desalinhada,

Um ninho de melros havia!



Com uma simples tesourada,

A sebe levou carecada

E o ninho ficou descoberto, à luz do dia!



Parei o das tesouras o traque traque,

Quase que me deu um baque!



Seria o ninho do Papi?;

Nome a que a um melro minha neta tinha dado

E que andava sempre por ali!

Eu estava desolado,

A medo, do alto da escada, espreitei,

Três filhotes, de bico aberto,

Esfomeados, decerto.

E, agora, com o ninho a descoberto,

Que aconteceria?

Tanto mais que iria chover,

E desgraça certa acontecer!



Até hoje não sei o que aconteceu.

Não quis ver.



Sinto alguns remorsos,

Um pouco de culpa!

O Papi, ainda anda por ali!



Minha neta, que de nada sabe,

Quando o vê, diz-me:

-“Avô, avô, olha o Papi, ali!”

-“Sim, estou a ver.”

-“Não devemos fazer mal aos melros”, aconselhei.”

O Papi levantou voo, assobiando!

-“Desculpa, disse eu.”

-“Ó avô, que é que disseste?!

-Estás a falar sozinho?!”

-“Nada Nada.”



Eu, estava a pensar naquela fatal tesourada!

A sebe ficou só meia cortada.

O resto fica para outro dia,

Fiquei a aguardar,

Para ver se o Papi tinha companhia!

………….xxxxxxxxxxx………………..

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

Nota: Depois de escrever,

com este dia de sol não resisti, fui ver se vida no ninho havia.

Sim. Vou ter companhia.

O Papi lá estava, a apanhar sol e a aquecer a prol!

Tirei uma fotografia.

Afinal, terei que ter mais milho no quintal

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A línguagrm limita o conhecimento

Fizeram-me uma pergunta:


-“A LÍNGUAGEM LIMITA O CONHECIMENTO?”

Resposta do Figas: Sim, limita.

Limita, porque as linguagens humana, apesar de evoluídas ficam sempre aquém de explicarem o visível e o invisível!

Toda a linguagem, por mais completa que o emissor pense que seja nunca cobre a totalidade do alvo a que se dirige; é como seta que acerta no alvo, mas não o preenche!

É o que quer dizer o Povo com a expressão: “Queres dizer tá tá, mas não te chega a língua”.

Ou então, quando queremos explicar o nosso pensamento e caímos na situação de:

Faltam-me palavras!

Resumindo a linguagem é ferramenta de comunicação, que transmite conhecimento, mas limitada!

Conclusão: Qualquer linguagem leva ao conhecimento de parte mantendo a ignorância do Todo!

……………………xxxxxxxxxxxxxxxxxxx……………………

Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Resumo histórico de 50 Anos do Clube Gondomarense

O abaixo escrito é um resumo das actas  das Direções do Clube Gondomarense, entre 1908-1958, feito por mim, durante o período em que fui Presidente da sua Assembleia Geral e depois, até 2004, da sua Direcção.
Este resumo serviu de base para uma edição, em livro, feita pelo Clube (ainda mais resumida) em 2008.
É uma pequena homenagem à Colectividade  mais antiga de Gondomar, que muito o honrou. Saiba Gondomar honrar quem o prestigiou e procura continuar a trilhar o seu caminho de "FIAT LUX".
O Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

CLUBE GONDOMARENSE


RESUMO DA HISTÓRIA

1908-1958

PRIMEIRA PARTE

DA SUA GÉNESE

O nome do Clube Gondomarense, baseado no que foi escrito pelo saudoso sócio Damião Marques, um dos responsáveis pelo Teatro do Clube, na edição única do jornal comemorativo do 75º aniversário, em 1983, derivou duma evolução na sua denominação social desde 1903: Grémio Aurora Juventude, depois Clube Camoneanos Gondomarenses, cuja documentação o Clube conserva e são as suas raízes ancestrais. Assim, pode dizer-se que o Clube Gondomarense, conservando o mesmo nome e com Sede própria e no mesmo local e no mesmo local, desde 1910, feita com subscrição de obrigações ,por parte dos sócios, além da oferta de muitos materiais e mão-de- obra para a sua construção. O sócio Joaquim Duarte Lopes, pela sua extraordinária colaboração e empenho, mereceu a proposta, logo aprovada, de ter um quadro, com a sua fotografia, descerrado no Hall do Clube no dia da inauguração da sua nova sede.



DA SUA PROJEÇÃO SOCIAL

Desde o início, o Clube integrava uma grande parte da fina flor cultural e económica de Gondomar, incluindo Administradores do Concelho, presidentes de Câmara da era monárquica e presidentes após a República, assim como Doutores, Professores, Engenheiros, Notários, etc. Todos preocupados com o progresso da sua terra; preocupação bem traduzida no refrão do seu hino desde 1910, “POR GONDOMAR”, e na divisa do seu estandarte “Fiat Lux”, que traduz a busca de mais luz e mais conhecimento. Por isso, não é de estranhar que desde o princípio se preocuparam com a cultura, de que são exemplo as aulas de instrução primária, cursos de dança e de música, tendo sido comprado um piano para o efeito. Mais tarde, estas atividades foram a base para a formação do seu Corpo Cénico e realização de Saraus, muitos deles de carácter solidário. Tudo isto aconteceu e até houve quem propusesse a construção duma Escola Primária no Clube. Aliás, no Clube chegaram a decorrer aulas oficiais enquanto decorriam obras na Escola primária do Estado. Também, no Clube, chegou a acontecer um jantar de confraternização do pessoal da Câmara. Era, pode dizer-se, sem menosprezo para ninguém, um clube da élite Gondomarense, que se correspondia com outros da sua igualha; Clube Fenianos, por exemplo, que estiveram presentes na inauguração da nova Sede do Clube e com o qual houve frutuosa colaboração.





DA CULTURA E SOLIDARIEDADE

Antes de ter o seu Salão-Teatro, diversos Saturais-Literários foram realizados para sócios e familiares assim como para fins beneficentes, um deles em 1909, nos próprios Paços do Concelho, no seu Salão-Nobre, um deles a favor das vítimas de um terramoto em Itália, abrilhantado, na altura, pela famosa orquestra do Padre Augusto Guilherme Maia.

Desportos para a solidariedade para com os estrangeiros, não é de admirar que durante a inauguração da sua Sede, no Domingo de Páscoa de 1910, no seu Salão-Teatro, com capacidade para 350 pessoas, foi representada pelo Grupo de Teatro do Clube a peça “Máscara Negra”, sendo também realizada uma Quête para os pobres, prática que se seguiu durante muitos anos, com a venda de rifas para sorteios de meias-libras a favor do Bodo aos Pobres da Freguesia de S. Cosme durante a época natalícia. O Salão-Teatro do Clube era, naquele tempo, para o desenvolvimento cultural do Concelho como é hoje o Auditório Municipal, pois a ele recorriam várias Associações do Concelho e grupos de teatro do Porto para fazerem seus espetáculos, por exemplo, o Clube da Pirraça Portuense e o Grupo de Teatro dos Tipógrafos do Jornal de Notícias, entre outros. Foi no Clube que ocorreram, em 1916, as primeiras sessões públicas de cinema em Gondomar, prolongadas até finais dos anos vinte, através de vários concessionários.



DA INFLUÊNCIA NO ASSOCIATIVISMO E REPRESENTATIVIDADE

Além dos Bailes de Carnaval, concursos de trajar e festas comemorativas dos Aniversários, nasceu em 1917, devido à intensa atividade artística, e através dum grupo de sócios, o Orfeão de Gondomar, que no Clube teve, durante anos, a sua sede e no Salão-Teatro do Clube fazia os seus ensaios, assim como a Tuna Musical de Gondomar, entretanto desaparecida.

Na sua fase embrionária, o próprio Clube de Caçadores de Gondomar chegou a propor a sua fusão com o Clube Gondomarense, que não chegou a efetivar-se, por tal fusão não ter merecido a aprovação da Assembleias Geral Extraordinária convocada para o efeito, porque, segundo o Presidente da Mesa da Assembleia; António Martins Fernandes, ”Gondomar precisava de mais Associações e não reduzir as existentes” !

A atividade era intensa. O Clube era uma entidade honorífica para estar representada em sessões solenes realizadas pela Câmara aquando da receção de entidades governamentais em Comissões representativas para o seu progresso; trazer a eletricidade e a Escola Comercial e Industrial para S. Cosme, por exemplo.




DO DESPORTO E ACTIVIDADES INTERNAS

No plano das atividades internas, além do convívio, e ouvir música da grafonola (só nos anos trinta é que se comprou rádio) praticavam-se jogos lícitos de cartas, dominó, damas, xadrez, bilhar, tendo sido o Clube Gondomarenses a realizar, em 1948, o primeiro campeonato concelhio de bilhar, saindo dele vencedor, ano em que num jantar de confraternização com os atletas do bilhar, foi também homenageado o ciclista gondomarense Dias dos Santos, vencedor da volta a Portugal em bicicleta. Aliás, no jogo do bilhar o Clube teve sempre grande notoriedade, tendo ganho grandes prémios nacionais. Mais tarde, noutras modalidades desportivas, tais como futebol, ténis de mesa, pesca, boxe, mereceram a representação do Clube. Todavia, além do Teatro e Cinema, a atividade do Clube acentua-se na vertente cultural através de Colóquios e Conferências, realizadas por ilustres conferencistas. Uma exposição de rosas, que foi um sucesso, também aconteceu no Clube. Passados os anos difíceis da Segunda Grande Guerra, período em que o Clube, para obtenção de receita, alugou parte das instalações ao Grupo Columbófilo de Gondomar. Pouco a pouco, devido ao aparecimento de outras Coletividades e uma sadia “concorrência”, foi perdendo o seu fulgor de outrora, sendo, porém, uma Coletividade de respeito devido ao seu passado e ao prestígio social e cultural de muitos dos seus associados.



DA RENOVAÇÃO E DA ESPERANÇA

Com o 25 de Abril, o Clube também sofreu uma lufada de ar fresco, e os seus Estatutos, de 1908, a exemplo de muitas Coletividades da época, não contemplavam a admissão de sócios do sexo feminino, sendo por isso alterados em 1986 para adaptação aos tempos modernos. É na busca dessa modernidade que o Clube tem vindo a renovar-se, não só através de muitas obras na sua Sede, alterando e conservando, procurando cumprir o refrão do seu Hino “Por Gondomar”.

Como exemplo disso, nos últimos quatro anos, seguindo as pisadas de antanho, o Clube realizou um encontro com as Associação mais antigas de Gondomar (uma de cada Freguesia) denominado “Raízes Associativas, realizando também dois Concursos de Fotografia sobre as Festas do Concelho e sobre Gondomar Antigo, um Desfile de Automóveis Antigos, uma Exposição de Homens-Estátua na via pública, assim como concursos de Poesia sobre o Concelho e sobre Camões. Realizou também três torneios de Bilhar Snooker integrados nas Festas do Concelho e três Conferências, eventos que contaram com o relevante apoio da Câmara, da Junta de Freguesia de S. Cosme, e da Federação das Coletividades de Gondomar. Também foi criada uma tertúlia literária denominada “Tertúlia Literária Gondomarense”, que promoveu recitais poéticos mensais, denominados “Quintas Poéticas”, cujo objetivo foi divulgar poetas e escritores locais, para que saibamos quem somos, quantos somos e o que fazemos.

O saldo tem sido altamente positivo, havendo a consciência de que tais eventos são alguma coisa, mas sempre pouco em relação ao muito que os nossos antepassados fizeram, restando desejar que o Clube saiba atrair sangue novo, com dinâmico entusiasmo, para continuar a honrar o “FIAT LUX” e “POR GONDOMAR”,  para que os atuais sócios e futuros, tenham orgulho em pertencer ao seu Clube: o mais antigo do Concelho, um marco na história de Gondomar e uma honra para os Gondomarenses.



SÍNTESE DOS FACTOS REGISTADOS NAS ACTAS DO CLUBE GONDOMARENSE (1908-1958)



1908

DIRECÇÃO:

António Dias Gonçalves Correia (Pres)

Ventura Martins de Castro (Vice)

António Gaudêncio Correia (Tes)

Serafim Rosas (1ºSec)

Alexandre Mendes Barbosa (2º Sec)

Arnaldo Martins de Sousa (Vogal)

Manuel Joaquim da Rocha (Vogal)



Nota introdutória:

Antes de, oficialmente, ser designado como Clube Gondomarense, o Clube teve a sua génese no Grémio Aurora e Juventude, que se transformou em Clube Camoneanos Gondomarenses, fundado em 21/Maio/1905, regido por um Regulamento, mas a partir de meados de Março de 1907, a Comissão Administrativa do Clube Camoneanos Gondomarenses alterou a designação, passando a denominar-se apenas Clube Gondomarense, tratando de elaborar e oficializar seus Estatutos, mais tarde publicados, pelo Governo Civil do Porto em 17/07/1908




PRIMEIRA REUNIÃO

Em 21/08/1908 realiza-se a primeira reunião da Direção já com os Estatutos aprovados pelo Governo Civil do Porto, em 17 de Julho de 1908.



21/Agosto

COBRADOR

Lugar de cobrador posto a concurso, com fiança de 20 mil reis e remunerado com 5% sobre a receita.



PÊSAMES

Mandada rezar missa pela alma do Sr. Damião Cândido França no 30º dia do seu falecimento




23/Agosto(Extraordinária)

DEMISSÃO DE SERAFIM ROSAS

Analisar proposta apresentada pelo Sr. Serafim Rosas; 1º Secretário da Direção, que propunha a admissão do Sr. Serafim Pinto dos Santos, (Senhorio do Clube, porquanto dono da casa nº 44, no Lugar de Quintela, onde o Clube tinha a sua Sede social) que foi aprovada com isenção de pagamento de jóia, mas com voto contra do Sr. Serafim Rosas, que não considerava o direito de readmissão, invocado pela maioria dos colegas, baseado no facto de o proposto ter sido sócio do então já extinto Clube Camoneanos Gondomarenses; predecessor do Clube.




30/Agosto

ADMISSÃO DO ADMINISTRADORR DO CONCELHO

Reunião extraordinária para decidir sobre a proposta feita pelo 1º Secretário; Sr. Serafim Rosas, para admissão para sócios do Clube os Exmºs Srs. Joaquim Manuel da Costa (Dr.) Administrador do Concelho de Gondomar e José Alves de Sousa Lopes.




15/Outubro

ASSOCIATIVISMO

Reunião (extraordinária) para decidir do Convite feito pelo Círculo Católico de Gondomar, para uma Sessão Solene, a realizar nos Paços da Câmara.





2/Dezembro

NOVOS SÓCIOS:

Amândio Novais de França 2-08

José Alves de Castro Ramos 2-08

José Vieira Ramos 2-08







NOTA SOBRE ANTIGUIDADE

Nota sobre a questão de antiguidade do Clube Gondomarense: É de notar que, no seu livro de registo de sócios, no termo da sua abertura, os primeiros sócios constam como tendo sido inscritos no Clube Gondomarense em 21 de Maio de 1905.

Por aqui se vê a osmose entre Clube Camoneanos Gondomarenses e o Clube Gondomarense; ou seja dois num só!





1909



Direção:

Germano José de Castro

António A. Garrido

Manuel Neves Correia

António Viera Ramos

Amândio Novais de França

João Vieira da Silva

Carmindo de Souza Lopes





26/Janeiro

SOLIDARIEDADE

Deliberar a atitude que Clube deve tomar no Sarau de caridade, a favor das vítimas sobreviventes de Itália.



Contratar empregado para Contínuo do Clube



PÊSAMES

Enviados pêsames às famílias dos sócios Francisco José Ferreira Marques Júnior pelo falecimento de sua mãe, e Vitorino Martins Pereira, pelo falecimento de sua filha.





DÍVIDA DO CLUBE

Deliberado pagar uma prestação de 25.000 reis, a desconto da dívida do Clube.

Fazer Regulamento dos Jogos.



RECREIO

Compra de um tabuleiro de damas.





6/Março

Presente o sócio Francisco José Ferreira Marques Júnior, agradece os pêsames enviados pelo Clube, aquando do falecimento de um seu familiar.





NOVO SÓCIO:

Alfredo José de Oliveira 3-09



Resolvido contratar cartorário para tratar da escrituração e expediente do Clube.





CULTURA E SOLIDARIEDADE

-“Êxito brilhante” dos dois Saraus de caridade promovidos por um grupo de sócios deste Clube, (…) que muito elevou e enalteceu esta coletividade, assim como esses generosos sócios promotores, tendo sido resolvido consignar-se um voto de louvor”



A Direção, apoiada por deliberação de Assembleia-Geral, quis concorrer com a quantia de 5 mil reis para a ajuda das despesas com as festas de caridade, porém, o grupo de sócios, promotor dos Saraus, agradeceu, mas rejeitou tal oferta para não prejudicar o cofre do Clube



LOUVOR

Voto de louvor ao Sr. António Dias Gonçalves Correia, principal organizador dos

Saraus



14/Março

NOVOS SÓCIOS:

Agostinho Emílio de Souza Pinto (Dr.) Readmitido) 3-09

António Martins de Moura 3-09

Gerard Frederich Guyddi 3-09

Guilherme Augusto Harbertz 3-09

João Pereira Aguiar 3-09

OBRAS

-“Resolveu-se convocar uma Assembleia-Geral, para o dia 28 de Março, para se discutir e resolver a melhor forma de levar a efeito a construção de um edifício para a instalação definitiva deste Club, com dependências anexas próprias para Theatro.Caso não reúna número legal de sócios, fica transferida esta Assembleia para o dia 4 de Abril próximo”





AUSÊNCIA DO 2º SECRETÁRIO

2º Secretário, Amândio Novais de França, foi notificado, fazendo-lhe ver que quando falte às reuniões deve justificar, de acordo com os Estatutos.





CARTORÁRIO CONTRATADO:

Sr. José Martins d’Almeida, por 500 mil reis mês.





3/Abril

AUSÊNCIA DO 2º SECRETÁRIO

2º Secretário; Sr. Amândio Novais de França continua a faltar às reuniões sem motivo justificado.



CULTURA

Resolvido efetuar dois Saraus literários e musicais nos dias de Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa, dias 10 e 111, para distração dos sócios e familiares.



OFERTA DE INSTALAÇÕES PARA ESPECTÁCULO

Alfredo José de Oliveira, digníssimo sócio deste Clube, cede, gentilmente, dependências do seu Palacete para a realização dos referido Saraus, por as instalações do Clube não oferecerem os requisitos indispensáveis para a realização de festas daquela natureza.





Comissão constituída para efeito da realização dos Saraus:

António Dias Gonçalves Correia

António Martins Fernandes

Joaquim Duarte Lopes

Manuel Neves Correia

Padre Augusto Guilherme da Silva Maia





ADMISSÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA DE GONDOMAR

NOVOS SÓCIOS:

Joaquim Augusto da Silva Ribeiro 4-09

Dom Luiz Pizarro da Cunha Portocarrero 4-09



Cobrador pede aumento de 5% para 10% de comissão sobre as cotas.





DÍVIDA DO CLUBE

25.000 reis abatidos à dívida do Clube, ficando esta em 50.000 reis.





DEMISSÃO DA DIRECÇÃO

A Direção resolveu pedir a sua demissão coletiva em virtude do Club estar em perspetiva de entrar em importantes transações, que esta Direção entende não poder resolver, por estar constituída contra as disposições do Estatuto, como agora se verificou. Ficou, pois, assente dar parte desta sua resolução à Assembleia-Geral de amanhã.





5/Abril

AUSÊNCIA DO 2º SECRETÁRIO

Segundo Secretário, Sr. Amândio Novais de França, continua a faltar sem motivo justificado.





COMISSÃO ADMINISTRATIVA

Assembleia-Geral, realizada a 4 de Abril, aceitou a demissão da Direção, ficando nomeada uma Comissão Administrativa, composta por

José Pereira de Sousa (Pres)

Manuel Ribeiro d’Almeida (Tes)

António Gaudêncio Correia (Sec)

Celestino Cândido Seixas e Silva (Vogal)

Joaquim Duarte Lopes (Vogal)



13/Abril

TERRENO PARA A NOVA SEDE

O Presidente da Comissão, também Presidente da Assembleia-Geral, ficou com plenos poderes para levar a efeito a edificação da casa para o Club e transacionar, como entender, a compra de um terreno, como deliberado em Assembleia-Geral, sito no Lugar da Boa Vista, em S. Cosme, pertencente ao Sr. António Alves Fontes das Neves.



23/Abril

CONTRATO DO TERRENO

Contrato feito com o dono do terreno, ( com trinta metros de fundo por nove de largo) sendo o foro apagar anualmente de 13.500 reis.





OFERTA DE 100.00 REIS/SÓCIO HONORÁRIO

A Comissão Administrativa do Club tomou conhecimento da oferta de 100.000 reis, feita pelo associado Sr. António Martins Moura, que por tal facto mereceu um voto de profundo reconhecimento, sendo nomeado sócio honorário pela sua importante dádiva.





3/Maio (Extraordinária)

PÊSAMES

Referidos tremores de terra que abalaram algumas povoações de Portugal, que suscitaram palavras de sentimento.



SOLIDARIEDADE

Proposta pelo Senhor Joaquim Duarte Lopes, foi aberta uma subscrição, entre os sócios do Club, para juntar à subscrição aberta pelo Club Fenianos Portuenses, para a construção do Bairro Operário da Cidade do Porto. Aprovada por unanimidade.





11/Maio (Extraordinária)



NOVOS SÓCIOS:

Albino Vieira Ramos (Readmitido) 5-09

António Moreira dos Santos (Readmitido) 5-09

António Vieira Ramos Júnior (Readmitido) 5-09

Cosme Ferreira de Castro 5-09

Joaquim Mendes Barbosa 5-09

José Ferreira das Neves 5-09

Manuel Correia Almeida (Readmitido) 5-09

Manuel Ribeiro de Almeida Júnior 5-09

Serafim Rosas (Readmitido)





LOUVOR

Aprovado louvor, pela forma desinteressada com que o Notário Sr. Joaquim Mendes Barbosa lavrou um documento notarial; escritura do foro do terreno para a Sede do Club.





17/Maio (Extraordinária)

CONSTRUÇÃO DA SEDE

Caderno de encargos para a construção da Sede.

Leitura de propostas dos empreiteiros que concorreram à empreitada, na arte de pedreiro, na construção da Sede do Clube

Pedro Ferreira de Brito Peixoto declarava fazer a obra por 395.000 reis

José Ferreira das Neves “ “ “ 498.320 reis

Serafim das Neves “ “ “ 555.000 reis

José Carvalho da Silva “ “ “ 570.000 reis

A proposta vencedora foi a mais favorável, a do Senhor Peixoto, porém, quando convidado, conforme as condições da empreitada, a depositar 50.000 reis como fiança, o referido empreiteiro desistiu, tendo o proponente da proposta imediatamente mais favorável, o Sr. José Ferreira das Neves, satisfeito tal condição, assim como se comprometia a cumprir o prazo limite até ao final de Agosto para execução da empreitada, o que não o fazendo seria deduzida a quantia de 40.000 reis.





Nota: O edifício construído, media 25 metros de comprido, nove de largo, e 8,5 de altura até à distância de nove metros, e os restantes 16 metros tinham 4 metros de altura. A cal foi fornecida pela Comissão Administrativa.







OFERTA DE 10.000 REIS

João Pereira Aguiar oferece 10 mil reis ao Clube para em nome deste serem distribuídos a vinte pobres. Voto de reconhecimento, proposto por Joaquim Duarte Lopes, exarado em acta por este facto.





02/Junho

ASSEMBLEIA-GERAL PARA AUTORIZAR EMPRÉSTIMO

Decidido convocar Assembleia-Geral para o dia 13, para obtenção de autorização sobre o empréstimo a contrair.





SOLIDARIEDADE

44.500 reis foi a quantia apurada na subscrição, levada a efeito entre os sócios do

Clube, para ajudar à construção do Bairro do Operário da Cidade do Porto, promovida pelo Club dos Fenianos Portuenses.




Novos sócios:

Alberto Pereira Aguiar (menor, filho de João pereira Aguiar) 6-09

António Ferraz de Moura 6-09

João Moreira dos Santos06-09

João Pereira Aguiar Júnior (menor, filho de João Pereira Aguiar) 6-09

João Ramos Lobão 6-09

Joaquim Martins Rosas 6-09

José Alves Fontes das Neves (dono do terreno da Sede) 6-09

Victorino Marques das Neves 6-09







14/Junho (Extraordinária)

NOVOS SÓCIOS:

Damião Pereira Coutinho 6-09

Fernando Pinto da Silva 6-09

João António de Magalhães 6-09

José Silvestre Cardoso (Dr.) 6-09





Caderno de encargos para a obra de carpinteiro

Apresentadas à Comissão as seguintes propostas por:

Manuel Ferreira Marques 342.000 reis

Serafim Martins Ribeiro 380.000 reis

João Martins de Sousa 330.00 reis





OBRAS

A obra de carpinteiro foi adjudicada ao Sr. João Martins de Sousa



Nota: A Comissão tinha a seu cargo o fornecimento de madeira para os (sôcos, guarnições das portas, escadaria em caracol com seu competente corrimão ou varandim)





SOLIDARIEDADE

Ofício de D. Luiz Pizarro da Cunha de Portocarrero, Presidente da Câmara deste Concelho, no qual agradecia a cooperação do Club, no bando precatório, organizado pela mesmo Câmara, em benefício do terramoto Ribatejano.





5/Julho

EMPRÉSTIMO

Autorização do empréstimo a contrair e suas condições afixadas para conhecimento dos sócios

Foi paga a dívida de 50.000 mil reis, mais 620 reis de juros, ao Sr. António Gaudêncio Correia.





NOVOS SÓCIOS:

Agostinho Silvestre Cardoso (readmitido) 7-09

António Joaquim de Sousa 7-09

Augusto Marques de Sousa 7-09

Jorge Eduardo Koch 7-09

José Alves de Almeida 7-09





EMBLEMA

António Martins Fernandes ficou incumbido do desenho para o emblema do Club




2/Agosto

NOVOS SÓCIOS:

António Nunes Moreira 8-09

Augusto Martins Pacheco 8-09

João Martins Cardoso 8-09

José Alves Garrido 8-09

José de Castro Neves 8-09

Manuel Ramos 8-09

José Barbosa Ramos (Dr.) 8-09

Raúl Ramos Lobão 8-09





REGULAMENTO INTERNO

Resolvido elaborar Regulamento Interno do Club, sendo para tal fim constituída por:

Agostinho Emílio de Sousa Pinto (Dr.)

Alexandre Mendes Barbosa

Germano José de Castro

Guilherme Augusto Harberts

Manuel Neves Correia





DIRETOR CÉNICO

António Dias Gonçalves Correia, nomeado Diretor cénico, com plenos poderes para a realização dos futuros espetáculos no Club





ASSEMBLEIA

Convocação de uma Assembleia -Geral, para o dia 29 de Agosto, para discussão e aprovação do Regulamento Interno. Aprovação de um sócio honorário. Escolha do emblema para os sócios do Club.






EMPRÉSTIMO

Resultado da primeira chamada de obrigacionistas

Alexandre Mendes Barbosa 10.000 reis

Alfredo José d,Oliveira 35.000 reis

António Dias Gonçalves Correia 18.000 reis

António Gaudêncio Neves 60.000 reis

António Martins de Moura 100.000 reis

Celestino Seixas Cândido e Silva 35.000 reis

Dr. Agostinho Emílio de Sousa Pinto 50.000 reis

Gerard Frederich Guydi 100.000 reis

Joaquim Duarte Lopes 35.000 reis

José Coelho das Neves Júnior 14.000 reis

José Pereira de Sousa 35.000 reis

José Pereira Soares 35.000 reis

Manuel Neves Correia 35.000 reis

Manuel Reis 35.000 reis

Manuel Ribeiro d’ Almeida 100.000 reis

Rev. Augusto Guilherme da Silva Maia 10.000 reis

Serafim Reis 35.000 reis

Ventura Martins de Castro 35.000 reis

Vicente Gaspar Vieira 35.000 reis



Total 812.000 reis





OBRAS

Caderno de encargos da obra de trolha:

Apresentadas as seguintes propostas:

António Fernando da Silva 280.000 reis

José Pereira Bastos 235.000

José Ferreira de Almeida 295.000

José da Silva Bastos 239.000

Agostinho de Almeida Ferreira 305.000 reis



A obra de trolha foi entregue ao Sr. José Pereira Bastos, que além de todas as outras condições tinha de a dar como pronta até ao dia um de Dezembro de 1909.





QUOTAS EM ATRASO

Resolvido oficiar aos sócios com mais de 3 quotas em atraso, conforme os Estatutos.



2/Setembro

EMPRÉSTIMO

Resolvido fazer segunda chamada dos obrigacionistas, para subscrição do empréstimo ao Clube, conforme autorização dada pela Assembleia-Geral





16/Novembro

NOVOS SÓCIOS:

António Albano Pinto de Aguiar (Readmitido) 9-09

António Martins de Oliveira 9-09

António Vieira Ramos de Almeida (Readmitido) 9-09

Arnaldo Pereira de Castro 9-09

Aureliano Correia de Almeida 9-09



EMPRÉSTIMO

Resultado da segunda chamada de obrigacionistas:

Manuel Ribeiro d’Almeida 100.000 reis

José Pereira de Sousa 35.000 reis

José Coelho Júnior 11.000 reis

António Gaudêncio Correia 60.000 reis

Manuel Neves Correia 35.000 reis

Ventura Martins de Castro 35.000 reis

Joaquim Duarte Lopes 35.000 reis

Alfredo José Oliveira 35.000 reis

Vicente Gaspar Vieira 35.000 reis

Alexandre Mendes Barbosa 10.000 reis

Celestino Cândido Seixas e Silva 35.000 reis

António Dias Gonçalves Corr eia 20.000 reis

Serafim Reis 35.000 reis

Manuel Reis 35.000 reis

Pe. Augusto Guilherme Silva Maia 10.000 reis



Total 532.000 reis



TÍTULOS DA DÍVIDA

Elaboração, a título definitivo, dos títulos de dívida.



Colocar os vidros necessários no edifício para o Clube.



Resolveu-se proceder à armação do palco.



Compra de um gasómetro e mais objetos para a iluminação.







ASSEMBLEIA-GERAL

Convocatória, para o dia 28, para revisão e discussão do Regulamento Interno do Clube e escolha do croquis do pano de boca de cena do Salão-Teatro.



PÊSAMES

Voto de profundo sentimento pela morte da mãe do associado Sr. João António Magalhães




22/Nov (Extraordinária)

ASSOCIATIVISMO

Recebido ofício da Escola Dramática Valboense, convidando o Club para um Sarau. Resolvido oficiar a Escola por o mesmo ofício-convite ter chegado atrasado.





ASSEMBLEIA-GERAL

Convocação de uma Assembleia-Geral, para o dia 19 de Dezembro para a eleição dos corpos administrativos do Club.



7/Dez (extraordinária)

OFERTA/SÓCIO HONORÁRIO

Serafim Rosas apresenta um ofício, no qual participa a oferta ao Club de 50.000 reis, por parte do Sr. Pompeu Martins de Moura, ausente no Brasil, o que originou profundo voto de reconhecimento do Club, tendo a Comissão Administrativa deliberado propor à Assembleia-Geral que o mencionado senhor fosse nomeado sócio honorário, dando-lhe conhecimento destas deliberações.





LOUVOR

Voto de louvor ao Sr. Serafim Rosas, pela propaganda que faz do Club e serviços relevantes que tem prestado.



23/Dez (Extraordinária)

Ofício do sócio João António de Magalhães, no qual agradece ao Club os pêsames recebidos pela morte de sua mãe.



NOVOS SÓCIOS:

Alberto Martins de Sousa 12-09

Damião das Neves 12-09

Joaquim dos Santos Martins 12-09

José Martins das Neves 12-09



Ofício aos sócios António Ramos Lobão e João Ramos Lobão agradecendo-lhes as suas ofertas de objectos de leitura para a Biblioteca.



PÊSAMES

Voto de pesar pela morte da esposa do sócio António Martins de Oliveira.



Deliberado mandar editar 300 exemplares dos Estatutos do Club para serem distribuídos pelos sócios.





1910

DIRECÇÃO:

José Pereira de Sousa

António Gaudêncio Correia

Manuel Ribeiro de Almeida

Dr. Agostinho Emílio de Sousa Pinto

Celestino Cândido Seixas e Silva

João António de Magalhães

Joaquim Duarte Lopes





2/Jan

Tomada de posse da nova Direção

Deliberado reunir na primeira sexta-feira de cada mês.





7/Jan

Pedido orçamento para a reforma da escada que dá acesso ao edifício do Club.



Requerimento do sócio António Alberto Pinto de Aguiar para ser admitido cobrador do Club.



Ofício de António Martins de Oliveira agradecendo as condolências, pela gerência transata, pelo falecimento de sua extremosa esposa.





EMBLEMA

Escolha do emblema para o Clube.



CARTÕES DO CLUB

Aquisição de trezentos cartões de identidade, com o respetivo emblema, submetido à apreciação da Assembleia-Geral, convocada para o dia 23 com a seguinte ordem de trabalhos:

1º-Nomeação de um sócio honorário.

2º-Escolher o desenho para o emblema e distintivo deste Club.



13/Jan

BAILES

Resolvido promover dois bailes carnavalescos para sócios e familiares

a realizar nos dias 6 e 8 de Fevereiro, sendo para esse fim nomeada uma Comissão

constituída por:

António Dias Gonçalves Correia

Manuel Neves Correia

António Martins Fernandes

Joaquim Duarte Lopes

Alfredo José de Oliveira

Germano José de Castro

Guilherme Augusto Harberts






PÊSAMES

Clube representado na missa por alma da mãe do sócio Francisco José Marques Júnior, realizada por iniciativa do Pe. Augusto Maia.





IMPRENSA

Assinatura do jornal local “Progresso de Gondomar”



NOVOS SÓCIOS:

Joaquim Pereira da Silva 1-10

Romualdo da Silva e Sousa 1-10

José Alves de Castro Ramos (Readmitido) 1-10



4/Fev

Oficio do Sr. Francisco José Ferreira Marques Júnior, agradecendo a representação do Club na missa em sufrágio de sua falecida mãe.



Alfredo José Oliveira pede, por ofício, para não ser considerado sócio honorário, como deliberado na última Assembleia-Geral, mas sim apenas como sócio contribuinte. Foi-lhe informado que a Direção não podia ir contra a deliberação da Assembleia-Geral.



OFERTA

Sócio Agostinho Silvestre Cardoso oferece tintas, de seu fabrico, para o salão da Sede em construção.





TEATRO

Autor da peça “Máscara Negra”, Sr, Manuel Santos Júnior , do Porto, dá sugestões para a maneira como deve decorrer o primeiro espectáculo e pede que a sua peça de teatro seja representada na inauguração do Clube. Foi-lhe respondido que em ocasião própria o Club poderia aproveitar as suas sugestões.



EMISSÃO DE OBRIGAÇÕES

Emissão de 300 títulos de dívida (10 mil reis cada) para serem subscritos pelos sócios, para a obtenção de fundos para a construção da nova sede.






NOVOS SÓCIOS:

António Ferraz de Moura 2-10

António Martins de Castro (Readmitido) 2-10

Jeremias Pinto das Neves 2-10

Manuel de França Oliveira 2-10

Manuel Marques (Readmitido) 2-10

Pompeu de França Oliveira 2-10

Porfírio Ferreira Cardoso (Dr.) –Readmitido-2-10

Silvestre Gomes Cardoso 2-10




Raúl Lobão apresentou três cróquis para o pano de boca de cena do Salão Teatro, sendo escolhido o que continha seis figuras femininas, denominado “A MULHER ATRAVÉS DO VÉU”, todavia, a Direcção encarregou os Srs. António Dias Gonçalves Correia e Joaquim Duarte Lopes, para saberem se havia um cenógrafo, que em igualdade de circunstâncias fizesse mais barato o referido pano, preferindo contudo até à quantia de cinco mil reis de diferença o do sócio Raúl Lobão, atendendo aos serviços já prestados ao Club.



Manuel Ribeiro de Almeida,, António Martins Fernandes, Alfredo José Oliveira, foram incumbidos de estudar sobre o mobiliário para a plateia do Salão-Teatro.



12/Fev (Extraordinária)



PEDIDO DE DEMISSÃO DO DIRECTOR CÉNICO

Ofício do Sr. António Dias Gonçalves Correia, (director dos espectáculos do Club) a declinar o mandato que tinha recebido da Direcção, para afastar suspeitas da sua ligação ao empreiteiro da arte de trolha, a quem foi adjudicada a obra. A Direcção rejeitou seu pedido de demissão, não prescindindo dos seus serviços.



23/Fev



Reunião pedida pelo Diretor cénico do Clube, Sr. António Dias Gonçalves Correia

para obter a confirmação do fim das obras a 20 do corrente, visto ser grande o afan de ensaios e trabalhos para a dita estreia. A Direção confirmou a data prevista.

Resolvido, visto não estar previsto no caderno de encargos, pagar aparte o estuque do tecto da parte superior do palco.

Revogada a escolha de figuras femininas para a boca de cena do Teatro. Foi escolhido o motivo de paisagem de um dos croquis anteriormente apresentados à Direção.



NOVOS SÓCIOS:

Amândio Novaes de França (Readmitido) 2-10

António Monteiro 2-10

Manuel Morais Soares (Readmitido) 2-10

Manuel Pinto de Sá (Readmitido) 2-10

Vitorino Martins Ferreira (Readmitido) 2-10




5/Mar

COMISSÃO DA INAUGURAÇÃO

Para a festa de inauguração da nova Sede, a Direção resolveu agregar a si uma Comissão composta pelos seguintes associados:



Ventura Martins de Castro

Alexandre Mendes Barbosa

Alfredo José d’Oliveira

António Martins de Moura

António Dias Gonçalves Correia

Padre Augusto Guilherme da Silva Maia

Agostinho Silvestre Cardoso

Guilherme Augusto Harbertz







NOVOS SÓCIOS:

Moisés Marques de Almeida 3-10

Manuel Pereira Saraiva 3-10

José Bernardo Carneiro 3-10

Joaquim Pinto Nogueira (Readmitido) 3-10





13/Mar

Joaquim Duarte Lopes e António Gaudêncio Correia incumbidos de mandar executar duas frisa no Salão-Teatro, assim como a execução do passeio fora do edifício do Club.



Deliberado oferecer um “copo-de-água” aos convidados para o ato da inauguração da nova Sede.



1500 reis de inscrição por sócio, que quisesse assistir, para ajuda das despesas da festa da inauguração.



Clube aberto ao público a partir das quatro da tarde, sendo a inauguração oficial às oito.



Comissão de Festas convocada para reunir com a Direção no novo Salão, no próximo dia 16.





Rejeitado o pedido de demissão do Sr. António Martins Fernandes, como membro da Comissão encarregada das bancadas do Teatro.



Voto de profundo sentimento pela morte da sogra do sócio Sr. Alfredo José de Oliveira e envio de condolências, assim como decidido estar o Clube representado na missa por alma da saudosa extinta.





21/Mar



Resolvido assinar os títulos de 10 mil reis cada um, ficando assinados duzentos (do nº 1 até 200).



Os primeiros dez títulos foram entregues, pelo Presidente da Direção, ao Sr, João Moreira dos Santos. Aos senhores Gerad Frederich Guydy e Ventura Martins de Castro foram entregues os títulos do nº 11 a 30 e de 31 a 40, respetivamente.



Alfredo José de Oliveira agradeceu, por ofício, as condolências recebidas.



OFERTA DE AULAS

Tomou-se conhecimento da oferta, que faz o Sr. António Martins Moura (sócio honorário) para dar aulas de instrução primária no Clube.





NOVOS SÓCIOS:

Albino Vieira Ramos(Readmitisdo) 3-10

António Coelho da Silva 3-10

António Ferreira da Costa 3-10

Arnaldo de França Costa e Moura 3-10

João Ferreira da Costa 3-10

José Pereira Cardoso 3-10

Manuel Moreira da Rocha 3-10





ENTIDADES CONVIDADAS PARA A INAUGURAÇÃO:

Clube Fenianos, do Porto.

Clube Valonguense.

Clube Recreativo Avintense.

Clube de Campanhã, do Porto.

Clube Instrutores Musical Valboense.

União Comercial de Gondomar

Associação de Classe dos Ourives.

Escola Dramática Juventude Valboense.

Câmara de Gondomar



25/Mar

Tomado conhecimento do falecimento do tio do “digno thezoureiro, senhor Manuel Ribeiro de Almeida” a quem foi resolvido enviar sentidos pêsames e exarar voto de profundo sentimento.



Padre Augusto Guilherme Maia, mais um grupo de sócios, pede para que no dia da inauguração da nova Sede fosse descerrado um retrato do incansável sócio, Sr. Joaquim Duarte Lopes. Apesar de a Direção reconhecer, por unanimidade, o valioso préstimo e inúmeros serviços prestados pelo dito sócio senhor Lopes, a Direção resolveu, por não ser só da sua competência, colocá-lo provisoriamente e esperar a resolução da Assembleia-Geral.





NOVOS SÓCIOS:

Joaquim Vieira Ramos 3-10

António Pereira dos Santos 3-10





1/Abril

Padre Augusto Guilherme da Silva Maia foi nomeado bibliotecário do Club.



António Barbosa nomeado, provisoriamente, para a limpeza e marcador do jogo de bilhar.



PREÇO SA FRISAS

De 100, 160 e 240 reis (havia duas frisas) eram os preços das entradas para os espetáculos.





João Pereira d’Aguiar, ausente nos Estados Unidos, enviou, como oferta, ao Clube, a quantia de 100 mil reis fortes; produto duma subscrição de sua iniciativa.

A Direcção teceu os maiores elogios e resolveu propô-lo à Assembleia para sócio honorário.



Por ofício, o autor Santos Júnior, autor dramático do Porto, faz alvitres sobre os espetáculos a realizar.



António Ramos Lobão escreve do Brasil, agradecendo ter sido proposto para sócio honorário.

.

Professor António Joaquim de Sousa, nomeado professor para as aulas de instrução primária a realizar no Clube, das sete às dez da noite, três vezes por semana, para sócios e seus filhos, sendo remunerado com 500 reis mensais e resolvido que para este fim fosse aberta subscrição entre os sócios, para subscrição de quotas mensais, tendo de imediato o Sr. António Martins moura subscrito a quota mensal de mil reis, prontificando-se, caso não fosse arranjada a quantia suficiente para o pagamento ao Professor, a cobrir qualquer diferença em falta.



Participação da partida para o Brasil do sócio Sr. Alfredo José de Oliveira, que agradecia as provas de consideração e amizade que o Club sempre lhe dispensou.

A Direcção resolveu que uma Comissão em nome do Clube fosse despedir-se do mesmo estimado consócio e que por ofício se lhe retribuísse as palavras enviadas, lamentando deveras a sua ausência, esperando que fosse breve e agradecendo todos os serviços prestados ao Club.



Ofício do 1º Secretário, Dr. Agostinho Emílio de Sousa Pinto, queixando-se que fora desobedecido, no dia da inauguração da Sede e dentro desta pelo presidente da mesa da sessão solene, Dr. José Barbosa Ramos, indicando testemunhas de tal facto.



Manuel Ribeiro de Almeida (Tesoureiro) agradece os pêsames recebidos pela morte de seu tio José de Sousa Neves.



PEDIDO DE EXONERAÇÃO

Presidente da Direcção, por ofício à Direção, por motivos que explicaria em Assembleia-Geral, caso lhe fosse perguntado, pede a exoneração do cargo.

Resolvido comunicar-lhe que não era competência da Direção dar-lhe a demissão pedida, pois que a Assembleia-Geral o podia fazer. Além disso, a Direção não podia prescindir da cooperação como Presidente.



Ofício do Dr. José Barbosa Ramos pedindo a sua demissão.




NOVOS SÓCIOS:

Domingos Pereira Coutinho 4-10

Manuel Joaquim da Rocha (Readmitido) 4-10

António de Sousa Marques 4-10





11/Abril

OFERTA

João Pereira d’Aguiar, ausente nos Estados Unidos, enviou, como oferta, ao Clube a quantia de 100 mil reis fortes; produto duma subscrição de sua iniciativa.

A Direcção teceu os maiores elogios e resolveu propô-lo à Assembleia para sócio honorário.



Alterados os preços das entradas para os espetáculos, passando para 300, 200 e 120 reis, respetivamente primeira, segunda e terceira classe, sendo o imposto do selo a cargo do Club.



Dr. Agostinho Emílio Sousa Pinto (1º Secretário ) pede licença do cargo por período ilimitado, devido a muitos afazeres que tem. Resolvido que o Sr. Manuel Ribeiro de Almeida instasse com ele com o fim de invalidar o seu pedido.

Concedida a demissão do Sr. Dr. Barbosa Ramos.



Alexandre Mendes Barbosa e Serafim Rosas pedem a demissão.



Ofício do Clube Fenianos Portuenses, do Porto, a agradecer a maneira como foram recebidos na festa da inauguração e pedem o Salão-Teatro para uma festa.





NOVOS SÓCIOS:

Delfírio Barbosa 4-10

João Martins dos Reis Lopes 4-10

António Mendes da Silva 4-10

Domingos de Sousa Neves 4-10




15/Abril

COMISSÃO DE PAZ

Nomeada uma “Comissão de Paz” de acordo com o artigo 45º dos Estatutos, constituída por Manuel Ribeiro de Almeida, João António de Magalhães e Joaquim Duarte Lopes.



ASSEMBLEIA-GERAL

Deliberado convocar a Assembleia-Geral com a seguinte ordem de trabalhos:

Contas da gerência da Comissão Administrativa

Proposta da Direcção para nomear um sócio honorário.

Discussão de um ofício do Dr. Agostinho Emílio de Sousa Pinto.

Resolver sobre a colocação do retrato de um sócio nas dependências do Club.



Resolvido fazer aquisição de bancadas, sendo encarregados para o tal efeito os Srs. António Gaudêncio Correia e Joaquim Duarte Lopes.



Autorização dada ao sócio Sr. António Nunes Moreira para a instalação de um Buffet no Club, com uma tabela de preços aprovada pela Direção e debaixo de um contrato a estabelecer oportunamente.





Salão-Teatro alugado para um espetáculo, por 5 mil reis, ao sócio Sr. Guilherme Augusto Harberts





25/Abril



Câmara pede esclarecimentos sobre a venda de bilhetes. Respondido afirmativamente.



Club pede uma vistoria às suas instalações para funcionamento legal.



Deliberado anuir ao pedido de demissão do Sr. Serafim Rosas, através do voto de qualidade do Sr. Presidente, visto a votação ter sido um empate.



ORQUESTRA DO PADRE MAIA

Resolvido que em virtude dos serviços prestados pela orquestra do Padre Maia, esta fosse a preferida, com ou sem remuneração, nos espetáculos a efetuar.



ESCOLA DO CLUB

António Martins Moura oferece-se para financiar a construção da Escola

para a instrução primária. Oferta aceite com condições a combinar.



Club Fenianos pede a adesão do Club Gondomarense para uma festa sua a realizar em Junho. Resolvido participar com tudo o que estiver ao seu alcance.





OFERTA

O vogal João António de Magalhães ofereceu um cinzeiro em prata, merecendo profundo reconhecimento.




A Direção tomou posse da quantia de 10.540 mil reis, enviada pelo grupo promotor do espetáculo realizado no Teatro do Club no dia um de Abril, quantia que sobrou após despesas com a referida récita e que a Direção resolveu aplicar da seguinte maneira:

-2.100 reis para o fundo da escola primária

-3.445 reis para aquisição de objetos para o palco

-5.000 reis par o cofre do Club.

Resolvido agradecer ao referido grupo.







NOVOS SÓCIOS:

António Pereira dos Santos 4-10

João Teixeira Neves 4-10

Manuel Vieira da Rocha 4-10





13/Maio

Decisão final sobre a construção da Escola Primária a ser tomada por Assembleia-Geral.





António Martins Fernandes, encarregado dos cartões e emblemas para os sócios.





NOVOS SÓCIOS:

José Martins Pereira 5-10

Joaquim António de Magalhães. 5-10



Câmara informa que a vistoria ao Club será no dia 14.





ABERTURA DAS AULAS

Abertura do Curso Noturno de Instrução Primária, no Clube, para sócios e seus filhos.





Aluguer do Salão é estipulado em 5.000 reis por espetáculo.




10/Junho

Escola Dramática pede autorização para trazer o Clube Pirraça Portuense e outras Colectividades do Porto para visitarem as instalações do Clube. O Clube acedeu ao pedido.



Demissão do encarregado da escrita do Club, que foi aceite e gratificado com 1.000 reis, devido aos pequenos recursos do Club.



Novos Sócios:

José Teixeira 6-10

João Marques de Moura 6-10

Alberto França Castro e Moura 6-10





28/Julho



RECEPÇÃO AO GRUPO PIRRAÇA E ESCOLA DRAMÁTICA

Constituída um Comissão, composta por:

António Gaudêncio Correia

Manuel Neves Correia

António Martins de Moura

António Martins Fernandes

Guilherme Augusto Harberts

Custódio Lopes de Castro

Ventura Martins de Castro

Germano José de Castro

António Vieira Ramos

António Joaquim de Sousa

Arnaldo França Castro e Moura

Manuel de França Oliveira

Agostinho Silvestre Cardoso

José Coelho das Neves

Carmindo Lopes, para receber a o Clube Recreativo Pirraça Portuense e Escola Dramática e Musical Valboense e demais Coletividades da Cidade do Porto.





Resolvido, sobre tal visita, avisar os sócios através de avisos publicados em dois jornais diários do Porto.





Novos sócios:

Firmo Alves Moreira 7-10







20/Novembro



Pagamento do foro, 13.500 reis, vencido no dia 29 de Setembro.



Previsto pagar obrigações no dia quatro de Dezembro, desde as oito da manhã ao meio-dia.



ESPECTÁCULO

Salão-Teatro alugado a um grupo de sócios, que quer realizar um espetáculo, em nome do Clube, a favor das vítimas da Revolução.



EMPREGADO-CONTÍNUO

Sebastião Pinto Moreira é contratado como Contínuo, principiando o serviço no dia primeiro de Dezembro,, com ordenado mensal de três mil reis e com os seguintes encargos:

“Prestar serviço desde o escurecer até à meia-noite, todos os dias, e aos Domingos desde as dez horas da manhã até à meia-noite; limpeza da casa, diariamente; lavagem da casa quando a Direção lhe ordenar; responsabilidade do dinheiro do rendimento do bilhar e dos objetos do Clube. Para o efeito desta última responsabilidade ser-lhe-á entregue uma cópia do inventário dos objetos do Clube”



Novos sócios:

António Pinto de Sousa 11-10

Américo Martins Ferreira Camello 11-10

Manuel Moreira Martins 11-10

António Augusto da Silva Pereira 11-10



REJEIÇÃO

António de Sousa Bastos foi rejeitado por maioria





11/Dezembro



Ofício de António de Sousa Bastos, pedindo explicações por ter ido rejeitado para sócio do Clube na sessão da Direção de 20 de Novembro. Foi-lhe respondido que por motivo de a votação ter sido por voto secreto, não lhe podia dar qualquer explicação.



8 de Janeiro, data marcada para eleições dos novos corpos sociais para 1911.



18 de Dezembro, data marcada para o sorteio de 8 obrigações.



Voto de sentimento pela morte da esposa do Sr. Manuel da Silva e Sousa e enviar condolências à família.



Novo Sócio:

António Vieira Ramos 12-10

18/Dezembro

Sorteio de 8 obrigações para serem amortizadas



ESPECTÁCULO

Resolvido marcar um espetáculo, para sócios do Club e familiares, para o dia 1 de Janeiro/1911



SOLIDARIEDADE

Resolvido dar um bodo aos pobres protegidos do Club e distribuído por alguns das Freguesias de S. Cosme, Valbom, São Pedro da Cova e Rio-Tinto, proporcionalmente ao número de sócios do Club destas Freguesias. Que para cobrir a importância gasta nestas esmolas fosse dado no dia 8 de Janeiro próximo um espetáculo





Novos sócios:

João Augusto da Silva Pereira 12-10

Lucindo Martins de Oliveira 12-10

José Moreira da Rocha. 12-10





1911

Direção

José Pereira de Sousa

António Gaudêncio Correia

Manuel Ribeiro d’Almeida

Joaquim Duarte Lopes

João António Magalhães

Dr. Agostinho Emílio Sousa Pinto





27/Março



Deferido um requerimento por parte de um grupo de sócios, que pretendia alugar o Salão-Teatro pelo período de três meses, “com o fim de proporcionarem espetáculos de cinematógrapho”. Foi deferido mediante as seguintes condições:

-“o aluguer será de trinta mil reis; não poderão durante o referido período de tempo sub-locar o theatro sem conhecimento da Direção; não lhe será fornecida luz e os sócios da empreza ficam responsáveis pelos estragos e prejuízos que se derem”





Comissão de Festas do Carnaval foi louvada pela Direcção pelo bom desempenho e brilhantismo das festas, sendo resolvido que uma quantia, indicada pela Comissão, fosse entregue ao director cénico para ser empregue no palco no palco.





Novos Sócios:

António Pereira de Castro 3-11

José Alves Carneiro (Readmitido) 3-11



PÊSAMES

“resolveu-se oficiar o cidadão Adelino Martins de Sousa apresentando-lhe os sentimentos pelo falecimento de seu pai”



19/Maio (Extraordinária)

Novos sócios:

António Pereira da Silva 5-11

Domingos Martins Camelo 5-11

António almeida Neves 5-11

António Pacheco França 5-11

João Pereira da Silva 5-11

Vitorino da Silva Moutinho 5-11

João Martins de Castro 5-11

Alexandre Morais Soares 5-11



16/Setembro

Novos sócios:

Domingos Martins Ferreira 9-11

Olindo de Sousa Ferreira 9-11

Nominando Marques de Almeida 9-11

António Martins de Oliveira 9-11



”Um offício assignado por vários sócios pedindo que este Club, dentro das medidas das suas forças, que se associasse ao regozijo nacional do cinco de Outubro, festejando o aniversário da República. Depois de apreciado o conteúdo do offício , foi resolvido, por unanimidade, aceder ao pedido, ficando o senhor Presidente encarregado de tratar o festejo e autorizado a dispender até à quantia de seis mil reis em iluminação e embandeiramento da fachada do Club e o mais que fosse preciso para o brilhantismo da festividade”



“Resolvido por unanimidade aceder ao pedido, ficando o Sr. Presidente encarregado de tratar do festejo e autorizado a dispender até à quantia de seis mil reis em iluminação e embandeiramento da fachada do edifício do Clube e mais que fosse necessário para o brilhantismo da festividade”



6/Dezembro

Novos sócios:

Manuel Alves Garrido (Readmitido)-12-11

Aristides Pereira (Readmitido) 12-11

Delfírio Barbosa (Readmitido) 12-11

Joaquim dos Santos Martins (Readmitido) 12-11

António Maria da Cruz Batista 12-11

João Batista Saldanha 12-11



ESCOLA

“ resolvido contratar, pela quantia de cinco mil reis mensais, o professor para a aula de instrução primária, ficando obrigado a dar aulas às segundas, quartas e sextas-feiras das sete às nove hora e meia, ficando encarregado de sindicar os seus atos o vogal Joaquim Duarte Lopes”



“Foi nomeado cobrador d’este Club o Sr. Cândido Pereira dos Santos, do Lugar da Bôca, que prestou fiador à quantia de trinta mil reis”





Fixado para o dia 31 de Dezembro o ato eleitoral para os novos órgãos sociais do Club.



DESVIO

“verificou-se, pelo borrador das contas do bilhar, que havia sido roubada a quantia de 1.120 reis, facto que se participou às autoridades.



Ofício dirigido ao cidadão Salomão Pereira Vieira, “agradecendo a oferta de livros que se dignou oferecer a este Club”



Curso noturno de aulas de instrução primária para sócios e seus filhos.



OFERTA DE FINANCIAMENTO

António Martins Moura oferece-se para custear as despesas com as aulas e construção da Escola.



EMPRÉSTIMO

Empréstimo interno, (trezentos títulos de dívida a dez mil cada) para custear as obras.

Contrato de Contínuo- 3.000 reis anuais.




SOLIDARIEDADE (BODO AOS POBRES)

Bodo aos pobres de S. Cosme, S. Pedro da Cova, Valbom e Rio Tinto, de acordo com a proporcionalidade dos sócios destas Freguesias.

Comemorações da implantação da República.



Saldo no final do ano: 67.516 reis.




1912

Direção:

Ventura Martins de Castro

Germano José de Castro

Agostinho da Silva Cardoso

Manuel Neves Correia

António Martins Fernandes

Manuel Joaquim da Rocha

Joaquim Martins Rosas



Nota: Só a partir de 30 de Janeiro é que esta Direção entrou em funções.





16/Janeiro

Novos sócios:

Manuel Vieira da Rocha 1-12

Albino Vieira Ramos 1-12

Cosme da Costa 1-12

Artur Pereira Cardoso 1-12

António Fernandes da Silva Júnior 1-12

Luís Teixeira Cardoso 1-12

Eduardo Martins Rocha 1-12











“Foi presente um ofício do reverendo padre Augusto Maia considerando-se demitido de sócio. A Direção resolveu por unanimidade de votos que fique exarada na acta o grande pesar que lhe causava essa resolução e se oficiasse ao referido sócio, confirmando os seus valiosos e apreciáveis serviços prestados ao Club e pedindo-lhe para desistir desse propósito”



Diretor cénico do Club alvitra que o próximo espetáculo para sócios e familiares deveria ser a 20 ou a vinte e sete do corrente.



Voto de congratulações pela melhoras do Sr. Manuel Ribeiro de Almeida., oficiando-lhe nesse sentido.



Aprovadas as contas dos espetáculos de 16 de Abril de 1911 e 6 de Janeiro do corrente.



Em virtude do atraso na cobrança, foi deliberado transferir as eleições para o dia 28 do corrente.



AMORTIZAÇÃO DE OBRIGAÇÕES

Foi marcado para o dia 28 de Janeiro o pagamento dos juros e amortizações de oito obrigações.





28/Janeiro



Pedido de José Martins Moura para ser regente exclusivo da orquestra



Sorteio de oito obrigações a serem amortizadas.



“Foi resolvido mais, que, na próxima terça-feira, trinta do corrente, se fizesse a entrega dos haveres do Club, escrituração e tudo mais em poder desta direcção à nova gerência, eleita por assembleia-geral realizada hoje”



30/Jan



Entregue, ao novo tesoureiro, o saldo da gerência transata, que foi de 67.516 reis.



“O Sr Presidente, fazendo uso da palavra, proferiu elogiosas palavras para os fundadores e edificadores do edifício onde está instalado este Club, dizendo que era uma grandiosa obra, que para o nosso meio representava um importante melhoramento. O Sr. Presidente, agradeceu também a sua nomeação, para presidente da Direção, dizendo que aceitava esse cargo a pedido de vários amigos e que esperava que todos os seus colegas da Direção se auxiliassem mutuamente, para se fazer uma administração sensata e honesta. Todos os membros presentes pediram a palavra e por sua vez, congratularam-se com o presidente que tinham e prometeram trabalhar o mais que pudessem para o engrandecimento do Club”











Ofício do vogal Joaquim Martins Rosas, pedindo escusa do cargo. Resolvido oficiar-lhe, pedindo-lhe para retirar o pedido.

Reuniões no dia cinco de cada mês.

Nomeação do Diretor-mês, de acordo com o artº 31 do Regulamento Interno,

Tendo a seu cargo tudo o que se relacionasse com os espetáculos no Salão-Teatro.



Decidido fazer-se economia de luz no Salão e dependências do Club, mudando-se os bicos de alguns candeeiros.



ESPECTÁCULO

Foi resolvido dar-se um espectáculo no próximo dia 3 de Fevereiro, em honra dos sócios e suas famílias, e que os espectáculos que fossem dados no próximo Carnaval fossem a preços reduzidos.



“Resolveu-se mais, e todos aprovaram, que a casa de espetáculos fosse alugada d’ora avante, tanto para nele serem dados espetáculos ao público como para conferências científicas ou políticas, comícios, etc., desde que o alugatário ou alugatários satisfaçam as condições do artº25, do capítulo V, do Regulamento Interno e mais aos outros artigos do mesmo regulamento e que se referem ao assunto”.



Novos sócios:

Joaquim de Castro Rosas 2-12

António Vieira Ramos 2-12

Albino de Castro Koch? 2-12



5/Fevereiro

Novos sócios:

José Pereira dos Santos 2-12

Alexandre Martins 2-12

Firmo Alves Moreira 2-12

Avelino Vaz Pinto Cardoso 2-12



“O Secretário propôs que se fizesse uma “representação” à Câmara, pedindo-lhe um subsídio para a escola de instrução da instrução primária do Club. Proposta aprovada por unanimidade, resolvendo fazer-se a referida representação e ir-se entregá-la ao Presidente da Câmara na próxima quarta-feira, sete do corrente”



OBRAS

O Sr. Germano José de Castro propôs a mudança do lugar onde decorriam as aulas por as condições não serem muito próprias, principalmente no Inverno, para o Salão-Teatro. Proposta aceite desde que tivesse o acordo do diretor cénico, de maneira a não transtornar os ensaios.



INDEMNIZAÇÃO

“O vogal tesoureiro, António Martins Fernandes, entregou a quantia de trezentos reis para pagamento de um pequeno buraco, que fez no pano do bilhar. A Direcção a título de exemplo para todos os sócios, aceitou essa quantia, que foi junta ao produto do rendimento do bilhar no mês corrente”





PROMOÇÃO DE INICIATIVAS

Proposto pelo Presidente e aceite por todos, foi afixado uma aviso aos sócios sobre o dia das reuniões da Direção, assim como um outro aviso, no qual a Direção informava que aplaudia a formação de qualquer grupo de sócios para estabelecer qualquer divertimento dentro do Club.



ESPECTÁCULOS

“Resolvido organizar dois espetáculos seguidos de bailes máscaras, um no Domingo-Gordo e outro na Terça-Feira d’Entrudo e que esses espetáculos fossem a preços reduzidos e deste modo:

Cadeiras, 210 reis

Superiores, 130 reis

Gerais, 90 reis

e que fossem distribuídos dois prémios, um à dama e outro ao cavalheiro que se apresentassem com melhores “costumes” originais nesses bailes e que o valor de cada prémio fosse de ml reis cada um.



O Júri foi composto pelo próprio Presidente da Direção, Ventura Martins de Castro e os sócios António Dias Gonçalves Correia e Guilherme Augusto Harbertz.



O vogal Agostinho Silvestre Cardoso propôs, e foi aceite, a instituição de prémio, no valor de mil reis, a sortear entre espectadores do espetáculo do Domingo-Gordo.

Resolvido permitir durante os dias dos espetáculos, para comodidade dos sócios, o funcionamento de um Buffet e venda de serpentinas e confetis, com exploração por terceiros ou a cargo do Club.



5/Março.



Lido um relatório pelo Secretário Agostinho Cardoso, no qual explicava toda a receita e despesa do mês de Fevereiro, sendo a receita de 120.940 reis, a despesa foi de 78,750 reis, o saldo de 42.160 reis, que com a importância que a Direção transata deixou perfaz a quantia de 109.700 reis, que é o que existe em caixa.

A Direcção gratificou com 500 reis o indivíduo que vendeu bilhetes nos espetáculos do Carnaval.



LEILÃO

A Direção resolveu avisar a venda por arrematação, no dia 17, pelas 3 horas da tarde, de uma quantidade de lenha e latas vazias que existem nos baixos do palco do teatro.



Germano José de Castro nomeado Diretor do mês

António Martins Fernandes propõe obras, no quarto do lado Sul, junto ao Salão do Club, para instalação de um Buffet, o qual seria alugado mediante condições, também por ele apresentadas.

A Direção decidiu não fazer as ditas obras sem, primeiro, saber se haveria arrendatário. Para esse fim, avisos foram expostos nesse sentido.



Novos sócios

(Votação por voto secreto)

Aprovados por unanimidade:

Ernesto Coutinho de Basto Beleza d’Andrade (Dr.) 3-12

Domingo Beleza Pais Moreira 3-12

António Fernandes Júnior 3-12

José Martins de Almeida Lopes 3-12

Damião Martins Monteiro 3-12

João das Neves 3-12

José Soares Martin 3-12s

António Pereira dos Santos 3-12

António Mendes da Silva 3-12



Aprovados por maioria:

João Teixeira Neves 3-12

Miguel José Rodrigues Morais 3-12

Reprovado por maioria: António de Sousa Bastos









AULAS DE MÚSICA

Foi recebido um abaixo- assinado der um grupo, constituído por doze sócios, pedindo a instalação de uma aula de música no Club, para instrução e recreio dos associados.

Por proposta do Sr. Presidente, a Direcção, por tal iniciativa acarretar mais encargos para o Club, decidiu, por enquanto, não satisfazer esse pedido, todavia podiam continuar, particularmente, com a aula de música no Club.



OFERTAS DE AULAS DE MÚSICA

O sócio Sr. Joaquim dos Santos Martins propôs dar, gratuitamente, aulas de música no Club. A Direção respondeu-lhe, agradecendo-lhe a oferta, mas não a aceitar, visto não instalar, por enquanto, a aula de música por conta do Club



PEDIDO DE EXCLUSIVIDADE DE REGÊNCIA MUSICAL

Lido um ofício do sócio Sr. José Martins Moura, dizendo que tendo sido o ensaiador da parte musical de algumas peças teatrais, que o corpo cénico do Club tem levado à cena, e que, por várias circunstâncias, o Sr. Diretor do mesmo corpo se tinha comprometido que ele seria o regente e organizador exclusivo da orquestra para todos os espetáculos que o mesmo corpo resolvesse levar à cena e pedia para a Direção declarar se perfilhava esse compromisso tomado. No mesmo ofício, o Sr. Moura pedia também o mesmo exclusivo para todos os espetáculos que se deem no Club, quer dados pelo mesmo corpo cénico ou não. Declarava mais, que tinha enviado igual ofício à anterior Direção e que não tivera resposta. Sobre a primeira parte do ofício em que pedia a perfilhação do compromisso tomado pelo Diretor cénico a Direção pronunciou-se por ele, isto é, que se conformaria.

Sobre a segunda parte, em que pedia a mesma exclusividade para todos os espetáculos que fossem dados no Club, levantou-se acalorada discussão



O 1º Secretário, Agostinho Cardoso, para ver se conseguia a harmonia de todos, fez a seguinte proposta:

-Que se desse esse exclusivo ao Sr. Moura como ele queria, desde que a orquestra fosse composta de sócios, excetuando-se e dando-se liberdade aos grupos teatrais que queiram dar representações no Club e precisassem de orquestra, de a arranjar, desde que fosse regida e composta de elementos filhos da terra.

Esta proposta também foi discutida acaloradamente. Posta à votação, foi aprovada por maioria. Depois desta votação o Sr. Presidente declarou que abandonava o lugar e convidou o Vice-Presidente a tomar conta dele.







2/Abril

Ofício do sócio Sr. José Martins Moura no qual informava que, particularmente, soubera das divergências entre os membros da Direção na sessão, em que foi discutido o seu pedido de exclusividade para todos os espetáculos e que, com o objetivo de não provocar desarmonia prescindia desse exclusividade.

A Direção resolveu que a orquestra do Sr. Moura tivesse a colaboração exclusiva nos espetáculos dados pelo corpo cénico do Club, mas isso que fosse sempre de acordo com o Diretor do corpo cénico.



Ofício da Escola Dramática Musical Valboense convidando o Club para se fazer representar nas festas da Páscoa que vai realizar. Decidido que o Sr. João António de Magalhães representasse o Club.



ANIVERSÁRIO

Deliberado que o Aniversário do Club fosse no dia de Páscoa, com música, fogo e ornamentação do edifício, ficando encarregado desses trabalhos o vogal António Martins Fernandes.



Ficou resolvido que se dissesse ao atual cobrador, que arranjasse fiador até à quantia de 50.000 reis.



Novos sócios:

Camilo de Oliveira Aguiar (Readmitido) 4-12

David dos Santos Martins 4-12

Domingos da Silva Monteiro 4-12

João Duarte Lopes 4-12

José da Silva Neves 4-12

José Gaudêncio Correia 4-12

José Oliveira Reis 4-12

José Pereira da Silva 4-12

José Rocha das Neves 4-12

Luís da Silva Pereira 4-12

Manuel Correia de Almeida (Readmitido) 4-12

Manuel Martins da Rocha (Readmitido) 4-12

Manuel Pereira Resende 4-12

Serafim Gaudêncio Correia 4-12

Serafim Pereira da Rocha 4-12

Serafim Pereira de Castro 4-12

Tomás Lopes Cardoso 4-12

Vicente das Neves 4-12

Vitorino das Neves 4-12









16/Abril



PEDIDO DE DEMISSÃO DO DIRECTOR CÉNICO

Ofício do Sr. António Dias Gonçalves Correia, pedindo a sua exoneração do cargo de Director do Corpo Cénico do Club. Foi-lhe pedido, por ofício, que desistisse de tal propósito.

Ofício do Sr. Joaquim Duarte Lopes, oferecendo os seus serviços.



GINÁSTICA

Vogal, António Martins Fernandes, encarregado de estabelecer um jogo de bola e uns trapézios para ginástica no Club e deitar um pano novo no Bilhar.



Diretor do mês:

Neves Correia.

Por proposta do Vogal António Martins Fernandes, resolvido oficiar a agradecendo ao Sr. Damião Monteiro ter vindo com a sua Banda, gratuitamente tocar em frente ao Club no dia do Aniversário.















22/Abril (Extraordinária)

OFERTA DE AULAS

Lido um ofício do Professor do Club, Sr. Artur Mendonça da Rocha, agradecendo algumas provas de deferência que a Direção lhe tem dado e oferecendo-se para gratuitamente ensinar aos sócios do Club, as línguas de Francesa e Inglesa.

A Direção resolveu oficiar-lhe, agradecendo o desejo que manifestou em cooperar no engrandecimento desta Coletividade, aceitando os seus serviços logo que haja sócios que queiram aproveitar esta propícia ocasião para se instruírem.



OFERTA DE 50.000 REIS

Num ofício, no qual manifestava afeto e dedicação por esta Coletividade, Joaquim Duarte Lopes oferece cinco obrigações ao Club, com os nºs 51-52-53-54 e 55, no valor nominal de 50.000 reis, que pede que sejam gasto em obras de maior necessidade no Club que entende ser o abastecimento de água.

Também se oferece para arborizar e jardinar o recinto do edifício do Club.

A Direção aceitou e agradeceu penhoradamente aquelas ofertas e resolveu que se lhe oficiasse nesse sentido e, por proposta do Sr. Presidente, foi aprovado que fosse proposto, na próxima Assembleia-Geral para sócio honorário.

Quanto às obras sugeridas, a Direção resolveu estudá-las oportunamente.



No jogo de bilhar, caso fosse só um jogador a jogar, este pague só metade da taxa estipulada.





Compra do tomo nº 47 dos “Três Mosqueteir os” para completar a obra que o Clube possui.







5/Junho



SUBSÍDIO DA CÃMARA PARA AS AULAS

Em virtude do pedido feito, a Câmara concede um subsídio de 5mil reis mensais para as aulas escolares, com retroatividade a partir do mês de Março.

Ofício enviado do à Câmara, a agradecer tal apoio.



OFERTA DE ESPECTÁCULO PELO GRUPO PIRRAÇA PORTUENSE

Recebido ofício do Clube Recreativo Pirraça Portuense, pedindo a cedência da casa de espetáculos para o dia 7 de Julho, para virem aqui dar uma récita e dedicá-la a este Club. Resolvido aceder e agradecer a dedicação do espetáculo ao Club.



Sr. Alfredo José de Oliveira, pede para que a Direção averbe em seu nome a compra que fez de três obrigações com os nºs 103-104-105.



Resolvido comprar livro próprio para o averbamento das obrigações e seus possuidores.





O Sr. Manuel Neves Correia, sabendo, particularmente, que o Sr. Manuel Ribeiro de Almeida, tinha deixado de ser sócio deste Club e que ele foi quem mais trabalhou por esta Coletividade, que mais trabalhou e contribuiu para a construção deste edifício propôs que lhe oficiasse pedindo-lhe que desista dessa resolução.





DESPORTO (CORRIDA DE BICICLETAS)

Aprovada corrida de bicicletas entre o Clube até à Barraca, Jovim, na categoria de fortes e fracos, com prémios pagos pelo Clube e um copo d’água oferecido pelos membros da Direção.



Novos sócios:

Domingos José de Morais 6-12

Honório Gaspar Vieira 6-12

José Pinto Gonçalves 6-12

José Gomes Cardoso 6-12

Artur Mendonça da Rocha 6-12



António Martins Fernandes nomeado Director mês.



COBRADOR

O vogal Manuel Neves Correia apresentou o termo de fiança que o cobrador Sr. Cândido Pereira dos Santos, arranjou conforme a deliberação tomada pela Direcção em 2 de Abril último.



25/Junho (Extraordinária)



Distribuição de tarefas entre os diretores para a realização da corrida de bicicletas, a realizar no dia 30 deste mês.





DESPORTO

O 3º Prémio, para a corrida das bicicletas, foi uma escova de dentes em prata, que tinha sido o 1º Prémio para o vencedor do Baile, na categoria de cavalheiros, Sr. António Martins Fernandes, que não a quis e ofereceu-a ao Club.



Novos sócios:

José Pereira dos Santos 6-12



5/Julho



Respondendo ao ofício da Direção, dirigido ao Sr. Manuel ribeiro de Almeida, pedindo-lhe para não desistir de sócio, este, invocando motivos que se abstinha de mencionar, respondeu que não podia aceder a tal pedido.







PÊSAMES

Voto de profundo sentimento, pelo falecimento do pai do sócio Sr Arnaldo França Castro e Moura.



ASSEMBLEIA

Resolvido convocar a Assembleia-Geral para resolver os seguintes assuntos:

1º-Inscrever o Clube como sócio da Cruz Vermelha

2º-Nomeação do Sr. Joaquim Duarte Lopes, sócio honorário do Club.

3º-Regulamentação do jogo das cartas para que os sócios que joguem, paguem 10 reis cada parceiro, por cada período d tempo, que jogarem durante o dia, para ajuda de cartas novas, etc..



VENDA DE GASÓMETRO

Anúncio da venda, por arrematação, em hasta-pública, no próximo dia 14, pelas 5 da tarde, de um gasómetro antigo que está nos baixos do palco.



AGRADECIMENTO À CÂMARA

Agradecimento à Câmara pelo bom policiamento feito durante a corrida de bicicletas, realizada em 30 de Junho, e que esse agradecimento fosse extensivo a todos os empregados da Administração.



Manuel Joaquim Rocha, nomeado Diretor do mês.



5/Agosto



SÓCIO HONORÁRIO

Ofício ao Sr. Joaquim Duarte Lopes, informando-o que a Assembleia-Geral, realizada em 23 de Julho, tinha aprovado a sua nomeação para sócio honorário.



Assembleia-Geral autorizou a inscrição do Club na Cruz Vermelha.

Joaquim Viera da Rocha foi contratado para Contínuo do Club, por 1.600 rei mês, ficando encarregado de olhar pelo gasómetro, fazer a limpeza ao Club, duas vezes por semana, estar no Club, aos Domingos, desde a uma 1 da tarde às 9 da noite, ajudar o carpinteiro na mudança dos cenário, nos dias dos espetáculos e mandar lavar as toalhas e panos que o Club possui quando for preciso, etc.

Pêsames enviados ao Sr. Manuel Marques Ferreira, pela morte de sua esposa.



Venda de um gasómetro velho, pela quantia de 2.500 reis



Agostinho Silvestre Cardoso, nomeado Diretor mês.





5/Setembro



SOLIDARIEDADE

Ofício da Cruz Vermelha, agradecendo as amabilidades e atenções que foram dispensadas a seus sócios, que vieram ao Club assistir à corrida de bicicletas, durante a qual se faz uma “Qûete” a favor da Cruz Vermelha e que rendeu a quantia de 7.500 reis. No mesmo ofício, a Cruz Vermelha agradece também o facto de o Club se ter inscrito como sócio e pede que o Club informe qual o montante com que o Club quer contribuir, visto existirem diversas anuidades. O Club resolveu que fosse a anuidade de 2.400 reis, anuais.



Ofício do Sr. António Dias Gonçalves Correia (Diretor Cénico) pedindo à Direção a compra de uma peça teatral , no valor de 13.000 reis. Em virtude do Club ter bastantes despesas não atendeu tal petição, ficando o Sr. Presidente de conferenciar sobre o assunto com o Diretor cénico.



O Sr. Manuel Alves Correia propôs para se iluminar e embandeirar o Club no dia 5 de Outubro, dia do Aniversário da República. Aprovado.



Novo sócio:

Abílio Ferreira da Costa 7-12







Sr. Damião Monteiro, por ofício, queixou-se que seus filhos foram maltratados junto do Club, após a realização de um espetáculo, que se realizou no dia 15 de Setembro, pede a sua demissão.

Resolvido que o Sr. Presidente, mais o Sr. António Martins Fernandes e Germano José de Castro tentassem falar com ele, de maneira a que o Sr. Damião reconsiderasse.



5/Novembro

Êxito da missão de conciliação junto do sócio Sr. Damião Monteiro.



Resolvido fazer obras nos baixos do palco do teatro. Colocar soalho numa parte da loja do fundo, ficando os Srs. Germano José de Castro e António Martins Fernandes, encarregados de tais obras e autorizados a gastarem até à quantia de 15.000 reis.



OFERTA

Resolvido agradecer ao sócio Sr. António Martins de Moura, a oferta de umas bolas para o bilhar e uma caixa de giz.



Manuel Alves Correia foi nomeado para Diretor mês





5/Dezembro

OFERTA

Lido um ofício de Adolpho Gesta, que oferece uma opereta, em um acto, da sua autoria, com o nome de “Cenas da Vida”, a qual já se acha submetida a ensaios. Resolvido agradecer-lhe.



SOLIDARIEDADE

Junta da Paróquia da Freguesia de S. Cosme pede ajuda ao Clube Gondomarense para elaboração de um cadastro e angariação de donativos para a constituição de um fundo de socorros pecuniários, permanentes, aos nossos pobrezinhos. A Direção do Clube resolveu aceder ao pedido, cooperando na medida das suas forças para tão simpático fim, dando alguns espetáculos para esse fim e tudo o mais que possa fazer e responde à Junta da Paróquia, por meio de ofício, dando-lhe esta resposta.



REPRESENTAÇÃO SOCIAL

Câmara pediu representação do Clube na receção, dia 17 do corrente à G.N.R, na sua vinda para Gondomar, pedindo ao Clube que alguns sócios a fossem esperar!

Tal pedido mereceu aprovação, tendo o Sr. Presidente informado que tinha convidado alguns sócios para esse efeito.



O Diretor cénico participa um pequeno incidente, tido com o regente da orquestra, Sr. José Martins Moura, ficando inibido de assumir a Direção de quaisquer peças a representar e que nelas tenha de tomar parte aquele senhor.

A Direção convidou os dois intervenientes no referido incidente para estarem presentes, no dia 6 do corrente, no Club.



ENSINO

Algumas queixas apresentadas contra o Professor Artur Mendonça da Rocha. Perante tais queixas, a Direção resolveu oficiar-lhe no sentido de apelar à máxima disponibilidade e atenção para com as aulas de que estava encarregado.



Lançadas a crédito do Club, no livro para esse efeito comprado, as obrigações oferecidas pelo Sr. Joaquim Duarte Lopes.



Resolvido que o Club entrasse no próximo sorteio de obrigações como qualquer acionista.







Novos sócios:

José Pereira da Silva 7-12

António Pinto de Sousa 7-12



Saldo do ano: 150.711mil reis.





9/Dez(Extraordinária)



CULTURA

Continuação das divergências entre o regente da orquestra e o director cénico, tendo este oficiado à Direção pedindo a sua exoneração.



Sorteio, no dia 17 de Dezembro, o sorteio para a amortização de oito obrigações e respetivos juros



22/Dezembro

EMPRÉSTIMO

Realização do sorteio das obrigações.







28/Dezembro



SOLIDARIEDADE.

Adolpho Gesta propõe ao Club a realização a representação da sua opereta “Cenas da Vida”, cuja receita líquida reverteria a favor dos pobres. Pedia, também a utilização do palco para alguns ensaios. A Direcção concordou, porém deliberou que este senhor teria de pagar, por dois bicos acesos, pelo período de 4horas, quinhentos reis e 700 reis no caso de 4 bicos acesos.



Resolvido não aceder ao pedido de demisso do diretor cénico e oficiar-lhe para continuar.





1913





Direção:

João António de Magalhães

António Gaudêncio Correia

Joaquim Duarte Lopes

Moisés Marques de Almeida

José Coelho das Neves

António Martins de Moura

Vitorino Marques das Neves



22/Janeiro

Entrega, por parte da Direção anterior, do saldo de:

105.711 reis



CULTURA

Salão-Teatro alugado, pela quantia de 6.000 reis dia, nos dias de Domingo-Gordo e Terça-Feira ao Sr. Adolpho Gesta, para dois espetáculos, por ele realizados; um para fins de caridade, outro para a Festa da Árvore.



O sócio António da Silva Ribeiro Júnior, por ofício pede a exoneração de sócio.

A Direção entendeu não lha dar e nomeou uma Comissão, composta pelos senhores João António de Magalhães, António Martins de Moura e Joaquim Duarte Lopes, para falar com ele e tentar demovê-lo de tal intenção.



Novo sócio:

António Ferreira da Silva (Readmitido)



DIRECTOR-MÊS:

Joaquim Duarte Lopes



REUNIÕES

Decidido reunir no segundo Domingo de cada mês



Deliberado que todos os diretores de mês fossem responsáveis por danos causados nos móveis do Club e tivessem entrada em todos os espetáculos como fiscais, podendo exigir ao alugatário ou alugatários do Salão-Teatro, metade do aluguer ou fiador.



CULTURA

Aulas de instrução primária abertas também a não sócios



Em relação ao saldo entregue pela Direção anterior, o seu Tesoureiro entregou cinco obrigações no valor de cinquenta mil reis. Perfaz tudo isto a quantia de 1505.711 reis.

















13/Fevereiro



Lido um ofício do sócio Sr. Joaquim dos Santos Martins, sugerindo que o Club assentar o rendimento das cartas. Mais desejava saber qual montante a pagar elo aluguer do Salão-Teatro, para ensaios.



PÊSAMES

Devido ao falecimento da filha do Sr. Alfredo José de Oliveira, foram-lhe enviadas condolências



Ofício do sócio Sr. António Mendes da Silva, pedindo a demissão.

Resolvido não a dar sem que um representante do Club falasse com ele.





CULTURA

Receção, com uma matinée, no Salão-Teatro ao Sr. Professor Viriato d'Almeida, que visitava o Monte Crasto, em excursão, tendo o Clube oferecido um “Copo de Água”.















7/Março

PÊSAMES

Sessão suspensa por um período de 10 minutos, em sinal de sentimento pela morte do Sr. António Martins de Oliveira.



Novos sócios:

Luís Morais de Azevedo Moura

José Moreira dos Santos



Comissão da Festa da Árvore, pede um donativo para ajudar à festa e pede também que o Club se incorpore no cortejo. Foi resolvido concorrer com uma Banda de Música e também ceder o Salão-Teatro para a sessão solene da Festa da Árvore.





Aberta sindicância ao Cobrador do Club.



Nota:

Há duas actas com a data de 7 de Março de 1913, a primeira acima mencionada, presidida por João António de Magalhães e a que se segue, presidida pelo vogal Sr. António Martins de Moura.















7/Março

CULTURA

Resolvido dar um espetáculo em honra dos sócios no dia 23 de Março (Domingo de Páscoa) podendo cada sócio levar três familiares



ASSOCIATIVISMO

Convite da Escola Dramática Musical Valboense, convidando o Club para a sua festa anual, a realizar-se no dia 23 de Março. Foi nomeado para fazer essa representação o Sr. José Aguiar, sócio daquela Escola, convidando este mesmo Club aquela Escola a fazer-se representar, também, no seu espetáculo que realizará nesse mesmo dia 23.



12/Abril



Novos sócios:

Adolpho Gesta

Manuel Ferreira de Castro

Compra de um piano para o Salão-Teatro.



RECREIO E CULTURA

Foi resolvido que o Club se fizesse representar numa excursão que o Professor Viriato de Almeida, de Avintes, realiza ao Monte Crasto, no dia 13 do mesmo mês.

Foi mais resolvido que o Club lhe fizesse uma receção. Dando uma matinée às 3 horas da tarde, no seu Salão-Teatro e oferecendo-lhe um “copo d’água”.

Cedência do Salão-Teatro, para a “Festa da Árvore”, sujeita a autorização da Assembleia-Geral.



11/Maio





Resolvido agradecer o ofício recebido do Club de Caçadores.



OFERTAS

Augusto Castro faz oferta de um livro: “A Bandeira Portuguesa”

Agostinho Cardoso oferece duas fotografias. O Club agradece.

Alexandre Duarte Correia oferece o álbum “Zé Povinho do Porto”





CULTURA

Compra, por uma parceria, de um piano para ser colocado no Salão-Teatro, sendo que para o pagamento do piano, em cada espUtáculo 1.500 reis seriam revertidos para o seu pagamento, independentemente da receita apurada.

O alugar do Salão-Teatro passou de 6.000 reis para 7.500.



PIANO

Cada sócio, mediante o pagamento de 200 reis por hora, poderia tocar no piano, por hora. Os não sócios pagariam 500 reis.









DESPORTO

Compra de duas carabinas para uso dos sócios em torneios, de acordo com o regulamento. Um torneio de tiro, a favor do piano.



Novos sócios

Luís dias de Sousa

Ventura Duarte Lopes

António Nunes Moreira Júnior

Manuel Lopes de Araújo



Organização de um torneio de tiro e definição dos respetivos prémios, sendo o 2º e o 3º oferecidos por António Martins Moura e Joaquim Duarte Lopes



10/Junho



Lido um ofício do Sr. Manuel Ribeiro de Almeida, entregando uns documentos que ainda tinha em seu poder do tempo em que foi vogal de Direção em 1910.



Novos sócios:

João de Sousa Moura

Manuel Marques Moura

João Gaudêncio Correia

Damião Pinto Magalhães



Resolvido que, todo e qualquer sócio, poderá fazer-se acompanhar a este Club de pessoas estranhas, o máximo três vezes.



ESPINGARDAS

Por proposta do Tesoureiro, foi aprovado que logo que as espingardas estivessem pagas, com o rendimento dos Torneios de Tiro, o posterior rendimento revertesse a favor do pagamento do Piano.



13/Julho



Ofício do 1º Secretário, Sr. Moisés Marques de Almeida, pedindo a demissão.

Os cidadãos, Moura, Correia e Marques, foram encarregados de falar com ele para que reconsiderasse.



O sócio Joaquim dos Santos Martins, queixa-se que há sócios do Club, com quotas em atraso e gozam as regalias que concedem os Estatutos.

A Direção pediu-lhe que indicasse nomes.



Novo sócio:

Joaquim Pinto Carneiro



ALUGUER DO TEATRO

Germano José de Castro pede para alugar o Salão-Teatro durante um ano. Proposta que será melhor estudada na próxima reunião







26/Julho

ASSOCIATIVISMO

Escola Dramática Musical Valboense, convida o Club para se fazer representar na festa do seu Aniversário, com bandeira, que vai realizar-se no dia 3 de Agosto.

Resolvido oficiar ao cidadão presidente, João António Magalhães, para representar esta agremiação.



Ofício do consócio Moisés Marques de Almeida, participando a sua partida para estrangeiro, mas indicando que continuará a ser sócio do Club, Deixando as suas quotas pagas até ao fim do ano.



Carta do ator Costa Freitas, informando a sua intenção de fazer uma tournée pelas províncias, lembrava à Direção a realização dum espetáculo no Club, garantindo a passagem da Casa. A Direção respondeu-lhe que lhe aluga o Salão-Teatro, mas sem o encargo de proceder à venda dos bilhetes.



Resolvido alugar ao Sr. António Martins Fernandes, por um período de 5 meses, o Salão-Teatro sob a renda mensal de 20 escudos,, mais 1$50 para o uso do Piano.

Decidiu-se que os dias das aulas de dança, sejam às 3ªs e 5ªs feiras.



4/Setembro



ENSINO

Lido um ofício da Comissão Administrativa deste Concelho, pedindo ao Club que informasse sobre o número de alunos que transitavam de classe, qual o número de alunos propostos para os exames do 1º e 2º grau e quantos foram aprovados e reprovados.

Foi pedido ao Professor deste Club, Sr. Artur Mendonça da Rocha para responder às perguntas, visto a Comissão Municipal Administrativa estar a subsidiar o curso do Club com a quantia mensal de 5 escudos.



19/Setembro

ENSINO

Ofício do Professor do curso noturno, deste Clube, Sr. Artur da Rocha Mendonça, expondo no mesmo os motivos de não ter proposto alunos a exame, fazendo acompanhar de uma nota de aproveitamento dos mesmos nos anos de 1912 a 1913



ALUGUER DO TEATRO

Uma carta do Sr. Carlos Furtado, datada de Mesão Frio, perguntando as condições de aluguer do Salão-Teatro. Respondido a informar.



O vogal Sr. Lopes, lembrou que havendo de passar, neste Concelho, o Regimento 18, do Porto, que há dias vinha em exercícios de repetição, seria conveniente nomear-se uma Comissão para o ir esperar ao lugar de Cima da Serra, os briosos militares, que vinham dando uma prova de coragem e civismo; e lembrava também para que durante a sua estada, neste Concelho, do dia 20 para 21 do corrente mês, se iluminasse o frontispício do edifício do Club, e que para isso, se abrisse uma quota entre os membros da Direção para fazer face às despesas. O vogal, tomando a palavra, diz que da parte dele, subscrevia com a quantia de 5$00 para as despesas a fazer com a iluminação e fogo à passagem das tropas.

Nomeada uma Comissão para esperar o Regimento de Nº 18, do Porto, no Lugar do Cimo da Serra e que se iluminasse o Clube.

Resolveu a Direção, em vista da quantia oferecida pelo Sr. Moura, ser suficiente para fazer face às despesas, lançar na acta um voto de agradecimento e profundo louvor a tão insigne cidadão pelo seu acendrado amor pátrio, ficando encarregados de esperar os briosos militares, em nome do Club, os cidadãos, Lopes, Moura, Marques e Coelho.



ANIVERSÁRIO

Resolvido mandar iluminar, no dia 5 de Outubro, o frontispício do Club, por motivo do 3º Aniversário da proclamação da República.



Deliberado pintar as grades da escadaria e portas laterais do edifício do Club.



22/Novembro

Joaquim Duarte Lopes, encarregado de contratar a abertura de um poço no terreno do Club, declarou que a pessoa contatado não o podia fazer devido à estação. Mais informou que decidira não mandar pintar as grades e portas, porque achava ser melhor no período da Páscoa, altura do Aniversário do Club.



10/Dez



EMPRÉSTIMO

Sorteio de 8 Obrigações

Convocatória para Assembleia-Geral, para análise de contas e eleição de novos corpos gerentes.

Novo sócio:

David dos Santos Martins.



1914

Direção

João António de Magalhães.

António Gaudêncio Correia

António Martins de Moura

José Coelho das Neves

Cosme da Costa Cruz

Joaquim Duarte Lopes

Victorino Marques das Neves





10/Janeiro

Ato de posse da nova Direção



12/Fevereiro (Extraordinária)



“O Sr. Presidente diz que, que tinha convocado os membros da Direção para esta sessão extraordinária, em virtude de tre conhecimento hoje, do falecimento da esposa do do sócio deste Club, Sr. João Moreira dos Santos, do Porto, por isso propondo para que se lançasses na acta um voto de sentimento daquela Senhora, e se levantasse a sessão em sinal de luto. Mais propôs para que se desse conhecimento da resolução da Direção àquele cidadão”



19/Fevereiro

ENSINO

Ofício da câmara pedindo uma lista mensal de todos os alunos que frequentam o curso nocturno do Club.



Saldo do ano transato: 200$00, colocado na Caixa Postal, em Gondomar.









Contratada a Cª. Dramática Portuense , dirigida César Campos, para fazer dois espetáculos de Carnaval; um no Domingo-Gordo e outro na Terça-Feira de Entrudo e que a receita líquida fosse para benefício do piano





4/Março



ENSINO

“Lido um ofício do Professor Artur Mendonça da Rocha, no qual diz, que não lhe convindo prestar os seus serviços a este Club, pede a demissão do seu cargo.

Explicou o Tesoureiro deste Club, que em vista dos péssimo serviço que esse Professor prestava aos alunos que frequentavam a escola do Club, era mesmo conveniente esse cidadão não continuar como Professor da escola, por isso entendia que devia aceitar-se-lhe a demissão e ver se conseguia arranjar-se quem com mais zelo ensinasse Aprovado”.



Ofício do Professor oficial desta Freguesia, convidando o Club a fazer-se representar na Festa da Árvore e também pedindo todo o auxílio material.

Respondido que o Club não podia aceder ao convite, por não se tratar de uma festa de todas as Escolas de S. Cosme

.

Reparadas as tabelas do Bilhar que estavam em mau estado, sendo disso encarregado o Sr. Joaquim Duarte Lopes.



10/Abril



“Queixa verbal do Diretor do mês, Sr. Joaquim Duarte Lopes, que com poderes precisos exercia a fiscalização da Coletividade, dizendo que alguns sócios o tinham faltado ao respeito, em vista de, como de costume, entendia que em Quinta-Feira Santa não devia jogar-se o bilhar, mas alguns sócios entenderam que deviam divertir-se reclamaram querendo luz, ao que o Sr. Lopes não acedeu, e dizendo eles que o Sr Lopes não mandava” O Sr. Lopes, em virtude do sucedido, pediu a demissão de Diretor-mês, mas continuando na Direção. Foi substituído pelo Sr. Cosme da Costa Cruz





PIANO

Por o uso do Piano já ter rendido quantia suficiente para o seu pagamento,

foi deliberado fazê-lo.



14/Dezembro

OBRAS

“Verificado que a trave que segura o primeiro andar tinha puxado alguma coisa, entendendo a Direcção ser conveniente fazer obras, para as quais chamariam técnicos conhecedores da matéria, para que esta ou outra Direcção não tivesse maior despesa”



Novos sócios:

Albino Coch

António Martins Gonçalves





31/Dezembro



“Em virtude de o lugar de cobrador estar vago, o Sr. Presidente propunha que que fosse nomeado o Sr .José Paiva Lima, com a mesma percentagem que era dada ao cobrador anterior, ficando fiador o 1ºSecretário, Sr. José Colho das Neves Júnior”.



EMPRÉSTIMO

Sorteio de oito obrigações.









1915

Direção

António Martins Fernandes

José Teixeira

José Oliveira Aguiar

Manuel Neves Correia

José António Pacheco de França

António Timóteo Gonçalves

José Martins Moura







10/Janeiro



OBRAS

Relatório do Sr. Custódio Vieira Pinto, de Rio-Tinto, apresentando o esquema das obras necessárias, com solidez. Resolvido deixar este assunto para a Direção de 1915.



Sorteio de obrigações.



“Comissão constituída por:

António Martins Fernandes

José Martins de Moura

Manuel Neves Correia

José Oliveira Aguiar

José Teixeira

José António Pacheco de França

Custódio Martins Gonçalves

Ficou com plenos poderes para resolver sobre as festas de Carnaval e dar constas à nova Direcção do que vier a resolver, em bem para esta Coletividade”



4/Fevereiro

Acto de posse da nova Direção



Saldo do ano transato: 133$30



7/Fevereiro



Discutida a forma mais conveniente de se alugar o Salão-Teatro



Novos sócios:

Ventura Duarte Lopes (Readmitido 2-15

António Teixeira Neves 2-15

Manuel Martins de Sousa 2-15

António Vieira Ramos (Readmitido) 2-15

José de Castro Neves (Readmitido) 2-15



Afixado aviso, após proposta de António Timóteo Gonçalves, sobre a frequência, indevida, no Club de indivíduos que não são sócios.



Pagamentos passam a ser através de ordens de pagamento, devidamente assinadas pelo Presidente e Secretário.





9/Fevereiro

FOTOGRAFIAS

Agostinho Silvestre Cardoso, pedindo autorização para colocar um quadro de fotografias no átrio do Club em ocasião de espetáculos. Deferido.



ALUGUER DO TEATRO

Abertas propostas, candidatas ao aluguer do Salão-Teatro para a sua utilização durante dois dias de Carnaval, sendo a concessão atribuída ao Sr. César Campos, pela quantia de 16$00.



Reparação do gasómetro

Compra de laca para o piano.

Conserto do marcador do Bilhar



Reuniões passam a ser às Segundas-Feiras de cada mês.



7/Março



Discutidas as condições da cedência do Salão-Teatro, para a realização do um espetáculo em benefício do expedicionários portugueses, bem como a colocação de um retrato de um expedicionário sócio do Club. Por fim foi resolvido convocar uma Assembleia-Geral para tal efeito.



12/Abril

Por falta de quórum não se realizou a Assembleia-Geral para decidir sobre o aluguer do Salão-Teatro para realização do espetáculo em benefício dos expedicionários portugueses. Em virtude disso, e atendendo não haver precedente de ceder o Salão gratuitamente, resolveu-se que fosse a Comissão promotora do espetáculo a pagar o aluguer.



7/Junho



ASSEMBLEIA

Resolvido convocar uma Assembleia-Geral para resolver a questão da cedência do Salão para o espetáculo a favor dos expedicionários.

Câmara pede uma nota de frequências dos alunos da Escola do Club.

ENSINO

“O cidadão presidente, diz ter já pedido essa nota ao professor da mesma escola, e este lhe enviara o livro da frequência, assim como um ofício, que é lido, pedindo a demissão. A Direção resolveu dar-lha , ficando o cidadão presidente encarregado de ter um entendimento com a Câmara, e que, depois disso, o lugar de Professor fosse posto a concurso.















1/Novembro



ASSOCIATIVISMO

Convite do Centro Democrático de Valbom, ao Club Gondomarense, para o acto da sua inauguração. Resolvido o Club fazer-se representar pelo cidadão José António Pacheco de França.



Deitado um pano novo no Bilhar.



29/Novembro



“Aberta a sessão, o cidadão presidente apresenta à Direção os assuntos a resolver, para os quais foi convocada a mesma sessão.

Primeiro: Resolver relativamente à forma mais razoável da separação que a Casa necessita.



ASSEMBLEIA

“Segundo: Em virtude da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Gondomar desejar efetuar um espetáculo no Salão-Teatro, qual a forma e condições em que o Club, deveria ceder o mesmo Salão, visto o fim e a natureza espetáculo ser de carácter benemérito e de engrandecimento para o publico em geral. Em virtude de divergências na forma de pensar sobre o caso, a Direção resolveu convocar uma Assembleia-Geral, para a mesma resolver os dois casos.











FILIAÇÃO

Resposta à Escola Musical Gondomarense, expondo condições para a sua filiação no Clube.



16/Dezembro



EMPRÉSTIMO

23 de Dezembro, dia marcado para o sorteio de 4 obrigações a serem amortizadas.



VENDA DE AUTOCLISMO

Resolvido vender um autoclismo defeituoso à Câmara do Concelho, pela quantia de 11$00



FILIAÇÃO

Apreciada a resposta dada pela Escola Musical Gondomarense, desistiu-se da sua fusão no Club.



ASSEMBLEIA

Assembleia-Geral para apreciação de contas e eleição de novos corpos gerentes.



Sócios, com quotas em atraso, convidados a pagá-las



Novo sócio:

José Martins de Moura (Readmitido) 12-15







1916

Direção

António Martins Fernandes.

José António Pacheco de França

José Martins de Moura

Manuel Neves Correia

José de Oliveira Aguiar

Rufino Martins Carneiro

Jeremias Gaudêncio Neves





14/Fevereiro



Tomada de posse da nova Direção.

Saldo do ano anterior: 58.647 reis



ALUGUER DO TEATRO

20$00 de aluguer do Salão-Teatro por dois dias, ao Sr. César Campos, para realização de dois espetáculos.



Buffet alugado, durante os dias dos espetáculos, por 1$20





BAILES

Marcada reunião com a Comissão de Festas, para o dia 18, a fim de se estudar a possibilidade da realização de Bailes, logo após os espetáculos.



PIANO

Franquear o Salão-Teatro e o Piano a qualquer grupo de sócios que organize Bailes ou “soirées” desde que sejam para gozo dos sócios e suas famílias.



Decidido fazer as obras durante o período da Quaresma e as reuniões ordinárias da

Direção passam a ser às 2ªs feiras de cada mês.





19/Março



SUBSÍDIO

Câmara dá 10$00 de subsídio para as aulas de instrução primária.











Novos sócios:

Silvestre G. Ferreira Marques 3-16

Manuel Arisberto Lopes 3-16

Alexandre Martins (Readmitido) 3-16



“O senhor António Martins Fernandes aludindo ao falecimento da Srª D. Margarida Dias, recordou os seus serviços prestados, desinteressada e dedicadamente ao Club com o seu concurso valioso no antigo “Corpo Cénico” em festas promovidas pelo Club, achando justo consignar-se na acta um voto de pesar pelo seu falecimento. O mesmo senhor Fernandes referiu as homenagens prestadas à senhora pelo Club no seu funeral, dizendo com o aplauso de todos os vogais que elas foram bem merecidas pelos factos já apontados. Foram também lidas cartas de agradecimento do esposo de D. Margarida Dias e da família da mesma senhora”





3/Abril



Sobre a próxima festa de Páscoa, oferecida aos sócios e familiares, foi deliberado que os sócios podiam ser acompanhados por quatro familiares.

Comissão, fiscalizadora de entradas, constituída por:

Gabriel Marques

José Pacheco

Rufino Carneiro

Albino Koch

“ Lida uma deferenciosa carta, do dedicado sócio, Sr. Joaquim Ferreira Coutinho, ausente no Brasil, na qual diz ter autorizado o pagamento de quotas das anuidades de 1916 1 1917”



Novos sócios:

Damião Marques Rosas 4-16

António Viera Ramos 4-16







18/Abril



Novos sócios.

António de Sousa Bastos 4-16

José Vieira de Moura 4-16

António Teixeira Neves (Readmitido) 4-16

Manuel Martins Sousa (Readmitido) 4-16



Entidades, convidadas para um Sarau de Gala:

Associação Comercial de Gondomar.

Classe de Ourivesaria.

Câmara Municipal de Gondomar

Escola Dramática e Musical Valboense.

Gabinete de Instrução e Recreio de Campanhã.

Clube de Caçadores de Gondomar.

Bombeiros Voluntários de Gondomar

Centro Democrático de Valbom.



“Oferta de um “Copo de Água” aos convidados.

O vogal, Sr. Neves Correia discordou do oferecimento do “Copo d’Água” pelo motivo de não ser uma sessão solene e porque, salientou, o Club ter inúmeras despesas crescentes e por motivo de tudo estar elevado de preço, sendo portanto necessário aumentar quanto possível as receitas da corporação, propondo que o aluguer de teatro se elevasse para 8$50, sendo de dia e 9$50 sendo de noite

Os senhores Fernandes, Pacheco e Gaudêncio não concordam com a proposta.

Depois de alguma discussão do Sr. Rufino Carneiro ter declarado que votava para elevar a 8$50 o referido aluguer, assim ficou aprovado por maioria.

O Sr. Fernandes propôs para se oferecer uma prenda à Srª. D. Albertina Pereira como reconhecimento pelo seu prestando concurso e, prol da Coletividade”

Após algumas objeções do vogal Neves Correia, foi decidido dar uma prenda à referida senhora até ao montante de 9$00.



Deliberado dar 2 entradas para o espetáculo a cada acionista e cobrar 5 centavos por cada cartão de identidade.



Declara-se que o “Copo d’Água” oferecido às corporações convidadas não é paga pelo Club, mas sim pela Comissão de Festas e parte da Direção”







7/Maio



Ofício dos Bombeiros agradecendo o Convite para a Gala, organizada pelo Club, informando que se fariam representar.



ASSOCIATIVISMO

Escola Dramática Musical Valboense convida o Club para se fazer representar na sua distribuição do Bodos aos pobres. Clube fez-se representar pelo dedicado sócio Sr. Cosme da Costa.



Cruz Vermelha do Porto pede para angariar um sócio.





PIANO

Grupo Musical F. de Azevedo autorizado a afinar o piano por sua conta e a colocá-lo no palco para o especáculo do próximo dia 14, tomando o Grupo todas as responsabilidades por algum dano que houver.



Resolvido convidar, pela última vez, o Sr. Serafim Lima a pagar 1$20 do aluguer do Buffet, no Carnaval



5/Junho



JOGO DE DAMAS

Compra de um jogo de damas, de custo não superior a 2$00



Resolvido chamar à responsabilidade o arrendatário do Buffet, no período do Carnaval, pelo débito, cuja importância ainda não satisfez.

Deliberado fazer uma ligeira reparação na retrete do primeiro andar do Club.

Resolvido que a prenda oferecida à D, Albertina Pereira lhe fosse entregue pelos dedicados sócios Srs. Ramos Lobão e Gabriel Marques, junto com um ofício da Direção.



21/Agosto

Débito de 1$20, por parte do Sr. Serafim Lima, referente ao aluguer do Buffet durante o período do Carnaval, foi participado às autoridades, aguardando-se decisão.



Neves Correia informa ter feito a pequena reparação na retrete, desaparecendo, por completo, o mau cheiro que exalava.







RECUSA DE SUBSÍDIO

Oficio, da Junta Patriótica do Norte, pedindo subsídio. Recusado, visto que o Club tencionar auxiliar um grupo local, ultimamente organizado, com fins idênticos.



MANIFESTAÇÃO

Convite da Comissão promotora da manifestação liberal de Valbom para o Club se fazer representar naquele ato. O Sr. Neves Correia, informa que não tendo havido tempo para consultar a Direção sobre se o Club devia aceitar o convite, resolvera de seu motu próprio participar à Comissão que o Club se abstinha de tomar parte em manifestações de semelhante natureza. Esta resolução foi aprovado pela Direção.



SÓCIO NO BRASIL

Carta do Sr, António Pinto de Aguiar, residente no Brasil, na qual há expressões lisonjeiras para o Club e o signatário declara desejar ser sócio contribuinte e oferece 5$00 para pagamento das respetivas quotizações, sendo o restante para o Cofre do Club.



GASÓMETRO

Reparação do gasómetro e encanamento do gás, sendo encarregado dessas obras, o Sr. António Martins Fernandes.



Novos sócios:

João Lopes Cardoso 8-16

António Pinto de Aguiar (Residente no Brasil) 8-16

José Martins Cardoso 8-16











4/Outubro



PEDIDO DE SUBSÍDIO

Circular do Instituto de cegos Branco Rodrigues pede subsídio. Por proposta do Sr. Presidente, que disse reconhecer os fins humanitários daquela Instituição, foi resolvido responder que o Club não tem bastantes sócios para socorrer todas as Sociedades que lhe pedem auxílio, mas que na futura Assembleia-Geral se trataria do assunto.



ALUGUER DO TEATRO

Havendo uma empresa que deseja arrendar o Teatro para um cinematógrafo, ficou assente alugar por espaço de três meses, isto é, até 31 de Dezembro do ano corrente, pela quantia mínima de 50$00 paga em três prestações iguais e adiantamento, sem qualquer encargo par o Club e com a obrigação para a empresa de pagar todos os danos e prejuízos que possa causar no Teatro com a instalação e funcionamento do cinematógrafo. Estas condições são as principais e serão completadas posteriormente.



PÊSAMES

Votos de sentimento pelo falecimento do filho do sócio e obrigacionista, Sr. António Vieira Ramos.



Por ter de se ausentar, temporariamente, o Sr. Neves Correia participa não poder continuar a exercer o cargo de Diretor-mês, sendo substituído pelos Srs. Jeremias Gaudêncio Correia e José António Pacheco de França







16/Novembro(Extraordinária)



Ofício do Instituto de Cegos Branco Rodrigues, agradecendo ao Club a perspetiva de, na primeira oportunidade, contribuir para esta Instituição.



CINEMA

Tomado conhecimento da instalação do Cinematógrafo no Teatro do Club e de ser feito o respetivo contrato de arrendamento com a empresa do Cinema pela quantia de 60$00 até ao fim do corrente ano Todavia, devido a reclamações da Empresa do Cinema, foi o aluguer ficava em 50$00.



DIMINUIÇÃO DE SÓCIOS

Em virtude de o número de sócios ter vindo a baixar, em vez de aumentar, o Sr. Neves Correia, informando ter sido paga a quota à Cruz Vermelha, facto que ocorre desde há cinco anos, propõe que se devia eliminar tal quota. O Sr. Presidente não concorda que a quota seja suspensa e da mesma opinião se manifesta o Sr..Rufino Marques Carneiro. O Sr. Jeremias Gaudêncio das Neves vota pela eliminação da quota e diz até que estes subsídios raras vezes atingem o seu verdadeiro fim nobilitante.

Com houve empate nas opiniões, o assunto transitou para a sessão seguinte.



Sócios convidados a pagarem as quotas em atraso.















4/Dezembro

SUSPENSÃO DA QUOTA À CRUZ VERMELHA

Continuação da análise da eventual suspensão do pagamento da quota à Cruz Vermelha.

O Sr. Rufino Carneiro é de opinião que se deve suspender a referida quota, em vez de a transferir para a Delegação da Cruz Vermelha em Gondomar, como sugerido pelo Sr. Presidente. Sendo esta questão sujeita a votação, por pedido do Sr. Neves Correia, que fez avultar a necessidade do Club em fazer a maior economia possível, foi deliberado, por maioria, suspender o pagamento da quota.



JANTAR DA CÂMARA NO CLUB

Lido um ofício do Sr. António Dias Gonçalves Correia em que solicita a cedência do Salão-Nobre do Club para o dia 28 de Dezembro, de tarde, efetuar um jantar de confraternização da Câmara de Gondomar. O Sr. Presidente diz não ver inconveniente algum na cedência do Salão para o fim imediato, desde que a pessoa que o pede se comprometa a colocar nos seus lugares os objetos do Club que tiverem de sofrer mudanças, mesmo porque o Club deve algumas gentilezas às pessoas que ali se vão reunir.





Novo sócio:

Leonardo Rosas 12-16



PIANO

O Sr. Rufino Martins Carneiro pede à Direção a cedência do Piano e Palco do Teatro para um curso de dança, que um grupo de sócios projeta criar. Concedido.







29/Dezembro

REGULAMENTO DE JOGOS E PREÇO DOS “BARATOS”

O Sr. Presidente, referindo-se ao chamado jogo do relógio, diz ser necessário regulamentá-lo de modo a evitar certos casos que podem deprimir o bom nome do Club, sendo de opinião que limite a parada do jogo para dois centavos em cada conta.

Os Srs. Pacheco de França e Jeremias Gaudêncio das Neves manifestaram a opinião de fixar a parada em um centavo. Sujeita a votação, ficou aprovada em dois centavos a parada em cada conta.



Novo sócio:

José Pereira dos Santos 12-16



INTERRUPÇÃO DO CINEMA

A Empresa do Cinematógrafo pede dispensa do pagamento de renda pelo Salão de Teatro, porque não funcionou nos meses de Novembro e Dezembro. Analisada a questão, e visto que, previamente o Sr. Presidente tinha achado justa tal pretensão, apenas foi exigida uma indemnização de dez escudos pelo facto de a Empresa ter conservado a cabine do aparelho no átrio do Teatro. Aprovado





EMPRÉSTIMO

Marcada uma reunião, para 7 de Janeiro, com os obrigacionistas, que estão dispostos a vender as obrigações a um preço muito vantajoso para o Club

Decidido convocar Assembleia-Geral para apresentação de contas e eleição de novos Corpos Gerentes

Foi pago o foro referente a 1916



Marcado o dia 21 de Janeiro para a realização do sorteio para amortização de dez obrigações.



OFERTA DE OBRIGAÇÕES

D. Guilhermina Machado Guiddi oferece duas obrigações. A Direcção congratula-se com esta gentileza da ilustre senhora, que assim patenteou a simpatia que nutre pelo Club Gondomarense

O Sr. Neves Correia mostra-se satisfeito com o ato da Exmª D. Guilhermina Guiddi, dizendo “que esta senhora correspondeu assim, deferenciosamente, a um ofício que se lembrara de lhe enviar em nome da Direção, no qual fazia avultar o quanto o Club Gondomarense representa de Progresso para a terra e rogando o auxílio que aquela respeitável dama pudesse prestar-lhe.”

O Sr. Presidente participa que já agradecera pessoalmente àquela senhora a sua gentil oferta, mais deliberou-se ainda oficiar-lhe agradecendo.







1917

Direção:

Silvestre Gomes Ferreira Marques

David Ribeiro de Almeida

António Maria Baptista

Cosme da Costa Cruz

Albino de Castro Koch

José Pereira dos Santos

Leonardo Martins Rosas









1/Março

Tomada de posse da nova Direção



Saldo do ano anterior: 40$41



Reuniões passam a ser no dia primeiro de cada mês, pelas 20h



BANDEIRAS

O Sr. David Ribeiro de Almeida, lembra a grande necessidade de se fazer de gaz e atendendo ao grande desperdício que o atual gasómetro causa, propõe para se adquirir outro gasómetro, em ponto pequeno, para fornecer luz para as salas do Club. O proponente ficou encarregado de viabilizar tal proposta.

O Sr. David Ribeiro de Almeida, propõe mais, para serem substituídas as ctuais bandeiras do Club, por outras de diversas cores e para que essa modificação não acarrete despesas para o Club, pede autorização para, junto com mais alguns membros, oferecer essas bandeiras ao Club, a expensas suas, sendo isso autorizado, resolvem os Srs. Presidente, Silvestre Gomes Ferreira Marques, David Ribeiro de Almeida, Leonardo Martins Rosas, António MARIA Batista, comprar as bandeiras que acharem necessárias, e de diversas cores, a expensas suas, para oferecerem ao Club.



O Sr. António Moreira Batista lembra a conveniência de se falar com o Sr. José das Neves, para que este Sr. mande consertar um passeio contíguo ao edifício do Club, que está em mau estado. Resolvido, por todos os meios possíveis e legais levar o dito Sr. a consertar o dito passeio, ficando o Sr. Presidente, encarregado de se avistar com esse Sr. José das Neves.



Novo sócio:

António Alberto de Azevedo.





DIRETOR-MÊS

Cosme da Costa Cruz





25/Março



Lido um oficio do Orfeão Gondomarense, datado de 14 de Março do corrente ano, pedindo a cedência do palco do Salão-Teatro para nele dar os ensaios do Orfeão, oferecendo a quantia de 10$00 anuais, como prova de reconhecimento pela cedência do Salão.

É resolvido ceder o Salão com a condição de a luz ser à custa do Orfeão, mais é resolvido ceder o gasómetro, caso o queiram utilizar.

Festa dos Bombeiros, no dia 15 de Abril, para comemoração do seu aniversário.



Lido um ofício dos Bombeiros, datado de 4 de Março, informando que de agora em diante, tem-se de avisar com 24 horas de antecedência a hora exata do início dos espetáculos, não podendo principiar mais tarde que hora previamente indicada e não podendo o espetáculo durar mais que quatro horas, findas as quais o Club será obrigado a entrar com quantia igual à primeira, aos bombeiros que estejam de serviço.

Como se veja dificuldade no comprimento do que ordena este ofício, é resolvido que o Sr. Presidente se informe da Lei em que essa Corporação se baseia, par depois se responder o que for conveniente.















1/Abril



ANIVERSÁRIO

Aniversário do Club festejado no próximo dia 8 de Abril, resolvendo iluminar-se e embandeirar a fachada do Club, assim como dará um Sarau para os sócios e familiares. Todavia, em virtude de os Bombeiros realizarem uma festa, para não prejudicar, resolveu-se que o espetáculo seria no dia 15, caso se arranjasse Companhia para dar o Espetáculo.



Sr. Presidente foi nomeado Diretor-mês



4/Maio

ASSOCIATIVISMO

Escola Dramática Musical Valboense convida o Clube para uma sua festa, na qual o Club esteve representado pelo Sr. Rufino Martins Carneiro.





SÓCIOS MOBLIZADOS

Sócios mobilizados para a guerra, são dispensados do pagamento de quota, enquanto mobilizados. Voto de profundo sentimento pela ausência forçada.



Cancelado espetáculo, previsto para o dia 15, devido à tristeza reinante pela partida de sócios para a guerra.



EDUCAÇÃO

Um grupo de rapazes, que querem fundar uma escola, solicita o aluguer de três carteiras, um cavalete, a lousa e um banco. Aluguer fixado em 3000 reis anuais com prestações mensais de 250 reis.









1/Junho



Novos sócios:

Serafim Rosas 4-17

Gabriel Pinto da Mota 4-17

José Monteiro de Sousa Mota 4-17



OFERTA

Sócio, Sr. António Pinto de Aguiar, residente no Brasil envia 5$00 para pagamento de quotas referentes a 1916 e 1917, sendo o excedente para o Cofre do Club.



António Maria Batista, nomeado Diretor-mês



3/Julho



ASSOCIATIVISMO

Recebidos dois cartões de ingresso no Clube Internacional de Lisboa.





PROIBIÇÃO DE JOGOS ILÍCITOS

Tendo-se tomado conhecimento de que alguns sócios se divertiam com jogos ilícitos, foi resolvido proibir todo e qualquer jogo que seja ilícito e portanto proibido por lei, resolvendo-se colocar na sala um aviso dando aos Exmºs Sócios conhecimento dessa resolução, tomando os membros da Direção o compromisso de fiscalizar para que esta disposição seja cumprida, resolve-se mais que todos os sócios que sejam encontrados a jogar jogos ilícitos sejam repreendidos, isto é até à terceira vez findas as quais a Direção tomará a resolução que entender.



David Ribeiro de Almeida foi nomeado Diretor-mês



4/Setembro

Sessão presidida pelo Vice-Presidente, tendo-se tomado conhecimento de um pedido de licença do Sr. Silvestre Gomes Ferreira Marques, por um período de dois meses.



Aprovado, por unanimidade, voto de congratulação pela melhoras do Sr. António Dias Gonçalves.



Aumentado o preço o jogo de bilhar, 80 reis, se for de dia, 120 reis se for de noite.

E aumentar, também, o jogo de vasa a 20reis por cada dia, cada parceiro que jogue.





ANGARIAÇÃO DE SÓCIOS

Resolvido mandar circulares a indivíduos que já foram sócios para de novo continuarem a ser sócios



DIRETOR-MÊS

Cosme de Costa Cruz



11/Outubro



ALUGUER DO TEATRO

Sr. Frias, do Porto, pedindo para se alugar o Salão-Teatro, para um ou mais espectáculos, mas pedindo redução de preço.

O Club informar que aluga, sem encargos de luz, por 5$00 cada espetáculo.



Mandado reparar o gasómetro



Novos sócios:

Abílio Ferreira Costa (Readmitido) 10-17

José Alves Garrido Júnior (Readmitido) 10-17

Manuel Ribeiro de Almeida Júnior (Readmitido) 10-17



DIRETOR-MÊS

Espetáculo a favor do Clube.





16/Outubro (Extraordinária)



SOLIDARIEADE NEGADA

Reunião só analisar um pedido, por parte da “Cruzada das Mulheres Portuguesas” para a cedência gratuita do Salão-Teatro, a fim de nele ser realizado um espetáculo a favor dos soldados que estão combatendo em França.

Atendendo a que em Assembleia-Geral, tinha sido deliberado alugar o Salão- Teatro, gratuitamente, fosse a que título fosse e mesmo entendendo a Direção que o Cofre do Club não estava habilitado a fazer uma concessão gratuita, é resolvido dar-lhe resposta nesse sentido, isto é, negando a cedência gratuita do Salão.



23/Outubro (Extraordinária)



Sr. Frias propõe sociedade ao Club na exploração do Salão-Teatro, durante o Inverno. Todavia, as condições propostas foram consideradas inaceitáveis, reiterando as condições já previamente comunicadas.







CULTURA

Resolveu dar um espetáculo, no dia 18 de Novembro, em benefício do Cofre do Club



8/Novembro

Autorizadas algumas ordens de pagamentos





DIRECTOR-MÊS

Leonardo Martins Rosas





16/Dezembro



O Sr. David Ribeiro de Almeida, Secretário do Orfeão, diz que vai falar com o resto da Direção do Orfeão, a fim de oferecer ao Club uma quantia qualquer em retribuição dos benefícios prestados pelo Club ao mesmo Orfeão.



Apreciado o produto do espetáculo dado em benefício do Club, e que rendeu para o mesmo a quantia de 9.000 reis.



OBRIGAÇÕES

Decidido amortizar 6 obrigações.





SÓCIA HONORÁRIA

D. Guilhermina Machado Guiddi, proposta para sócia honorária

Resolvido agradecer aos Bombeiros Voluntários, o piquete que gratuitamente ofereceu para o espetáculo dado em benefício do Club.



Agradecimento ao consócio Joaquim P. dos Santos, ausente em França, a saudação que ele enviou aos sócios e famílias do Club





1918

Direção:

António Gabriel Marques

José António Pacheco de França

António Baptista

Manuel Neves Correia

Leonardo Martins Rosas

José Germano de Castro

José Moreira dos Santos













23/Janeiro

Tomada de posse da nova Direção

Saldo 52$91



OBRAS

Decidido reparar o telhado



REPARAÇÕES

Reparar o gasómetro grande

Reparar bancadas do Salão-Teatro e outros consertos, precisos.

Compor a campainha elétrica do Teatro

Consertar o Bilhar



Arnaldo França, prisioneiro dos alemães.



CULTURA

Grupo Artístico da Paz, que maior agrado tem obtido, é contratado para dois espetáculos de Carnaval, a realizar a 10 e 12 de Fevereiro, sendo cobrada a quantia de 60 ou 65$00, pelos dois espetáculos.

Decidido que a venda de confétis, serpentinas e outros artigos carnavalescos sejam vendidos no Teatro por conta do Club, ficando disso encarregados os Srs. José Pacheco de França e Neves Correia.

Neves Correia ficou incumbido de elaborar os programas anunciadores e os respetivos bilhetes de entrada.



Aberto concurso, até 6 de Fevereiro, para alugar o Buffet, nos dias 10 e 12 de Fevereiro, estipulando-se o preço de 2$00.



Novo sócio:

Joaquim Pinto Nogueira (Readmitido) 1-18





LUZ NO 1º ANDAR

O Sr. Presidente, referindo-se à deficiência de luz no primeiro andar do edifício e entendendo ser conveniente adotar o sistema “Wizando”, mais vantajoso pela economia e pela limpeza, alvitra que se abra uma subscrição entre a Direção para a instalação da referida luz. Diz que está no seu ânimo contribuir de boa vontade para a realização de tal melhoramento, que julga ser também da vontade dos seus colegas e por isso espera que todos o auxiliem, como poderem, nesse seu desejo. Todos os colegas presentes concordaram com a exposição do Sr. Presidente e prometeram contribuir para tão útil melhoramento.



As reuniões da Direção passam a ser à Quartas-feiras da segunda semana de cada mês.







19/Fevereiro





BUFFETE

O Sr. Germano José de Castro informou que tendo sido incumbido de tratar o empregado ou encarregado do Buffete para as noites do Carnaval, conseguira que disso se incumbisse o Sr. Joaquim de oliveira o qual retribuiu com a importância de 1$10 com o que concordou em virtude de razões aceitáveis que aduziu e com que a Direção concordou.



Receita do espetáculo; 30$52



PROIBIÇÃO DO JOGO DA ROLETA

“Aludindo-se ao jogo da roleta que de há tempo se vem exercendo por diversos sócios no edifício social do Club e ponderados os resultados que poderiam advir de tal jogo, foi deliberado suspendê-lo desde o dia 20 de Fevereiro corrente em diante, podendo-se voltar a jogar somente com autorização da Assembleia-Geral do sócios”







MOBÍLIA

O Sr. Presidente aludindo à falta de uma sala decente no edifício do Club para as sessões da Direção e para receção, pede licença para preparar e mobilar convenientemente a atual sala das sessões, o que está disposto a fazer sem encargos para o cofre do Club.

Os Srs. Neves Correia e Germano José de Castro, com o aplauso dos demais colegas, louvam a atitude do Sr. Presidente, fazendo votos para que o seu exemplo frutifique.



Novos sócios:

Joaquim de Oliveira (Readmitido) 2-18

João Vieira da Silva (Readmitido) 2-18





BUFFETE/LIMPEZA

Concessão do Buffet, ao Sr. Joaquim de Oliveira, gratuita e a troco da limpeza semanal do Club e das dependências do Teatro, quando necessário, mais 10$00 anuais. Contrato experimental até ao S. João do corrente ano.



24/Março

Os vogais Srs. José António Pacheco de França, Germano José de Castro e Leonardo Rosas, abordando o jogo da roleta tratado na anterior sessão, mostram-se contrários à continuação de tal jogo dentro do edifício do Club e Teatro, dizendo ser necessário proibi-lo por completo. O Sr. Presidente é também da mesma opinião bem como o Sr. José Moreira dos Santos. O Sr. Neves Correia declara que o jogo da pequena roleta usada há algum tempo no Club, atualmente já não causava a má impressão do princípio, porque todos se habituaram a ver o seu funcionamento. Entende e assegura ser um jogo que desperta interesse concorrendo para mais larga frequência e permanência dos sócios no Club, além de trazer vantajoso rendimento para o cofre do Club como se pode ver pelos livros. Posto o assunto à aprovação foi resolvido proibir o jogo da roleta dentro do edifício do Club e Teatro.





ANIVERSÁRIO

Contratado o Grupo Artístico do Sr. Rodrigues Frias, para dar um espetáculo no dia de Aleluia, inserido no 10º Aniversário do Club. O Sr. Germano Castro declara discordar da escolha do dia para a realização da festa do Club e após diferentes observações a propósito feitas por vários membros da Direção, ficou resolvido dar-se a festa m virtude de já estarem adiantados os trabalhos referente à mesma.

Clube iluminado no seu aniversário.

Para suavizar as despesas da festa em referência ficou assente venderem-se os bilhetes da geral ao preço de 16 centavos e fazer um sorteio de mil bilhetes, ficando o Sr. Presidente encarregado de confecionar os mesmos. O prémio será um galo de preço máximo de 1$500.

Sócios têm direito a 4 entradas.



Fachada do Clube iluminada



Resolvido vender um jogo de bolas de bilhar, em massa, e comprar um jogo de bolas, em marfim, em segunda mão por 20$00.





11/Abril

ASSOCIATIVISMO

Escola Dramática convida o Clube a assistir à distribuição do Bodo aos Pobres.

Na impossibilidade de ir alguém da Direção, ou até mesmo um sócio, resolveu-se oficiar agradecendo e fazendo votos de prosperidades da referida da agremiação.











ALUGUER DO TEATRO

Salão-Teatro alugado ao Sr. Rodrigues Frias, dentro das condições estabelecidas, para um espetáculo a efetuar no dia 21.



O Sr. Presidente referiu-se à visita do Sr. Padre Maia ao Club e dizendo que sua Reverendíssima mostrara grande satisfação pelos progressos do mesmo, propõe para que o Sr. Pe. Augusto Maia seja readmitido sócio, entendendo que será um novo associado muito prestimoso. Toda a Direção é concorde com as palavras do Sr. Presidente, sendo aprovada a proposta com muita satisfação.



Novo Sócio:

Padre Augusto Maia (Readmitido) 3-18



JOGOS

O Sr. Presidente realçou a necessidade de se atualizar os preços do jogo do Bilhar, devido à carestia da luz e de vários artigos. Por proposta do Sr. Neves Correia, foram aprovados os seguintes preços:

Bilhar: 1 hora, sendo de dia, dez centavos.

16 centavos, sendo de noite

Cartas

De dia, cada parceiro 2 centavos

De noite, cada parceiro 4 centavos

Exposição aos sócios sobre os motivos do aumento dos “baratos” dos jogos.







OBRAS

O Sr. Presidente A. Gabriel Marques diz que não tendo tido tempo de pedir licença aos seus colegas para mandar reparar o salão do Bilhar e efetuar outras obras, se permitira tomar essa liberdade confiando em que todos os colegas anuiriam. Todos os colegas da Direção louvaram a atitude do Sr. Presidente que com invulgar dedicação está prestando ao Club os mais apreciáveis e valiosos benefícios.





17/Maio

ASSOCIATIVISMO

Ofício do Bristol Clube, de Lisboa, fazendo elogiosas referências ao Club Gondomarense e oferecendo seis bilhetes para a Direção e sócios deste Club poderem dar entrada naquele Club, enviando, para esse efeito, cartões de identidade e fotografias em miniatura das suas instalações.



LUGAR DE CONTÍNUO

O Sr. Presidente fazendo ressaltar a conveniência de preencher o lugar de contínuo do Club, diz que há um indivíduo que parece competente para esse serviço e que se pode admitir mediante o ordenado de 1$50 mensais ou 18$ anuais, o que lhe parece não ser desvantajoso desde que o serviço seja bem feito.



LUZ A GASOLINA

O Sr. Neves Correia, referindo-se à falta de gasolina para a luz do Clube, diz ser necessário adquirir alguma. O Sr. Germano José de Castro alvitra que no caso de ficar muito dispendiosa a luz a gasolina se faça uso de outra luz até que o momento se torne mais propício para usar a gasolina. O Senho Presidente explica como fica mais vantajosa a luz a gasolina e propõe-se fornecer a que for sendo necessária para a iluminação do Club ao preço por que a fornece a Companhia. Todos concordaram com a explicação do senhor Presidente.





OBRAS

Acerca das obras do Clube o Sr. Presidente anuncia estarem quase concluídas; faltando apenas a mobília que deseja oferecer ao Club em condições que se hão de precisar oportunamente.



O Sr. Neves Correia referiu-se à conveniências de o Club adquirir alguns jogos interessantes e modernos para distração e divertimento dos sócios, ficando o Sr. Presidente de escolher os jogos que entender convenientes.



ANGARIAÇÃO DE SÓCIOS

O Sr. Leonardo Rosas lembra a conveniência de se adquirirem sócios no que é apoiado por todos os colegas.

Resolvido que depois das obras concluídas se procederá à angariação possível de alguns novos sócios





PÊSAMES

A Direção tendo conhecimento pelo “ROL DE HONRA”, de que em um dos últimos combates com o inimigo em França, desaparecera o estimado e dedicado.

Consócio deste Club senhor Arnaldo França, lamenta sinceramente o ato, e resolveu enviar um ofício em apoia à família do desaparecido manifestando-lhe o seu sentir e nutrindo a esperança de que volte ao convívio de sua família e dos seus amigos.



28/Maio

CÂMARA PEDE O SALÃO-TEATRO PARA AS AULAS PRIMÁRIAS

O Sr. Presidente dá conta de um ofício dirigido pela Câmara à Direção do Club, no qual se pede a cedência do Salão do Teatro para, temporariamente, enquanto decorrem obras na escola oficial, realizar as aulas primárias, enquanto na respetiva escola oficial se procede a várias reparações e obras. O Sr. Presidente, entende não haver inconveniente algum em ceder o Salão para tal fim, mesmo seria um ato de atenção para com a Câmara, que alguns benefícios tem dispensado ao Club. Trocadas algumas impressões sobre este assunto, ficou resolvido ceder o Salão-Teatro, tomando a Câmara toda a responsabilidade por qualquer dano ou prejuízo produzido no Salão ou no mobiliário.



COMPRA DE UM NOVO BILHAR

Sobre jogos novos para o Club o Sr. Presidente esclarece não haver jogos que lhe pareçam dar bom resultado. A seu ver o melhor seria estudar a forma de adquirir um outro bilhar. O Sr. Germano de Castro aplaude a ideia, visto ser um jogo elegante e higiénico. Os outros vogais acham também de conveniência a aquisição do bilhar, ficando resolvido que terminadas as obras do Club se proceda à sua aquisição, estudando-se e combinando-se a melhor meio de conseguir-se mais esse melhoramento.



ACTUALIZAÇÃO DO SEGURO

Devido aos melhoramentos introduzidos, o António Maria Batista lembra a conveniência de proceder à atualização do seguro. Aprovado





CONDIÇÕES DO CONTRATO PARA A ADMISSÃO DE UM EMPREGADO-CONTÍNUO

O Sr. Neves Correia lê uma cópia das condições em que deve ser admitido o

empregado-contínuo, e da elaboração das quais ficou incumbido na anterior sessão. Essas condições são, em resumo, os seguintes:

Conservar o edifício em bom estado de limpeza e asseio, encher os depósitos de água, servir aos sócios qualquer artigo do Buffet, receber as importâncias dos jogos e do Buffet e nomear a hora do jogo do bilhar e fazer cobrança das importâncias dos jogos de cartas tudo em harmonia com os respectivos regulamentos. Tratar do gasómetro do Teatro e da limpeza e arrumação do respectivo salão sempre que haja espectáculos ou qualquer festa ou reunião. As condições estabelecem o ordenado de dezoito escudos anuais. Aprovado



4/Julho



CONTÍNUO

A pessoa indicada não aceitou as condições propostas. Resolvido não insistir e anunciar por edital a admissão de um empregado:.

O Sr. Presidente alude ao mau serviço prestado pelo Cobrador do Clu. O Sr Neves Correia ficou encarregado de o chamar à atenção.



Novo sócio:

Tomás Martins da Rocha (Readmitido) 7-18



PROIBIÇÃO DOS JOGOS DE AZAR

O Sr. Germano de Castro apresenta uma proposta, enviada pelo Sr. Presidente da Direcção, em que faz várias considerações acerca dos jogos de azar, mostrando a grande conveniência de o Club os proibir por completo dentro do seu edifício.

O Sr. Pacheco Novais de França diz que desde sempre fora s de opinião que os jogos de azar deviam ser proibidos no Club e, por conseguinte, está de acordo com o Sr. A. Gabriel Marques. O Sr. Germano de Castro mostrou-se também de acordo com a proibição dos jogos de azar e ficará satisfeito quando os vir proibidos de vez no Club. O Sr Leonardo Rosas, manifesta-se igualmente contra os jogos de azar no Club.

O Sr. Neves Correia, não é a favor da proibição dos jogos de azar no Club mas sim pela sua regulamentação, porque assim adviria rendimento para o Cofre do Club, do que ele muitíssimo carece. A regulamentação desses jogos permitiria que les não se tornassem tão frequentes e dariam interesse à casa. Posto à votação a probição desses jogos, foi aprovado por maioria que se proibissem, mas de modo a não haver sofisma.



















12/Dez

ASSEMBLEIA-GERAL PARA A COMPRA DE UM BILHAR



O Sr. Presidente referiu-se à conveniência de adquirir mais um bilhar em virtude da avultada concorrência de sócios no que é apoiado por todos os colegas, ficando resolvido convocar uma sessão extraordinária da Assembleia-Geral dos sócios para autorizar o levantamento de um empréstimo para fazer a compra do bilhar em referência, sendo os dias marcados os de 22 e 27 do corrente.



ASSALTO AO CLUBE

O Sr. Presidente alude ao assalto realizado no Club na madrugada do dia 25 do mês último, em que os larápios forçaram a porta de entrada roubando um jogo de bolas do bilhar e mais três bolas inutilizadas e uma outro do jogo do baraque; alguns baralhos de cartas novas, um tinteiro de prata e vário outros objectos miúdos, tudo no valor calculado de quarenta escudos. Os larápios também forçaram a porta de entrada do Salão-Teatro, não roubando, porém, dali coisa alguma.

Do assalto e roubo foi feita queixa pelo Sr. Presidente às autoridades locais para as respectivas averiguações.



Em irtude deste oubo que trouxe prejuízos para o Club ficou assente abrir-se uma subscrição entre os sócios para atenuar os aludidos prejuízos.Por proposta do Sr. Germano de Castro foi deliberado alterar as a pagar ao Club dos jogos das cartas. E bilhar só no período da noite e nas seguintes condições:

Cartas, 20 centavos, de noite aé à uma hora da manhã, desta hora em diante quarenta centavos.

Bilhar, da uma da noite em diante 24 centavos por hora



Resolvido reparar alguma mobília do Salão-Teatro.

Por desistência do Cobrador, Sr, José Paiva, resolveu-se admitir um novo Cobrador.



Novos sócios:

Aires Gaspar Vieira 12-18

José António Magalhães Júnio 12-18r

Manuel Ferreira da Cruz 12-18

Manuel da Silva Monteiro 12-18

José Gaudêncio Correia 12-18

Eduardo Martins da Rocha (Readmissão 12-18)





















28/Dezembro



OFERTAS DO SR. PRESIDENTE

O Sr. Presidente tomando a palavra faz a leitura de um ofício em que declara oferecer ao Club os móveis e outros objectos com que ultimamente o Club foi dotado, os quais deverão ser todos enumerados na próxima acta, devendo também ser registados em um livro especial, ficando pertencendo ao Club constituindo um capital realizado. O Sr. Presidente afirma no seu ofício que foi levado pela dedicação extrema e sincera que tem pelo Club e pelo engrandecimento da terra que da melhor vontade contribuiu para o progresso do Club Declara que os seus serviços prestados ao Club o não envaidecem, tendo procedido desinteressadamente, dominado pelo gosto de ver o Club levantar-se e progredir, pelo que seria para si uma grande desgosto se tentassem distingui-lo pelo pouco que fez.

O Sr. Germano de Castro diz que o Sr. Gabriel Marques merece os mais rasgados encómios e as mais sinceras homenagens pelos valiosos benefícios prestados ao Club, no que é apoiado e correspondido pelos demais colegas.



O Sr, Neves Correia participa que o Sr. Gabriel Marques fizera a oferta ao Club de vários livros muito úteis para serviços de escrituração e expediente o que vem afirmar a inexcedível dedicação que o Sr. Marques possui pelo Club.















COBRADOR

O Sr. Neves Correia dá conhecimento da falta de cobrador dizendo que o Sr. Germano de Castro concedeu que o seu empregado se encarregasse interinamente dessa cobrança o que de facto foi um apreciável serviço que deu excelente resultado.



OBRAS

Neves Coreia, encarregado de fazer obras na cabine do Teatro e outras reparações necessárias



ELOGIOS AO PRESIDENTE

O Sr. Presidente participa ter comprado um jogo de bolas de bilhar pelo qual pagara a quantia de 75 escudos, oferecendo ao Club por 50 escudos. O Sr. Neves Correia exalta mais esse acto de benemerência do Srr Marques de quem tece elogios bem merecidos. Todos os colegas presentes se mostram satisfeitos e bendizem os actos do Sr. Marques



O seguro do Clube estava em 3.000$00, sendo resolvido aumentálo para 4.000$00;

800$00 do mobiliário e duzentos escudos para seguro do Piano, ficando o Sr. Correia incumbido desse assunto.







Novo sócio:

António Martins de Oliveira 12-18



Aprovadas as contas a pagar:

um jogo de bolas, uma caixa de gasolina e quatro tacos novos, tudo na importância de 84$40





31/Dezembro

SALDO

38$32



Novos sócios

Jacinto Dias Nogueira

António Timóteo Gonçalves



ASSEMBLEIA-GERAL

Assembleia convocada para o dia 19 ou 26 para análise das contas



Compra de um bilhar, um jogo de bolas de marfim, doze tacos, tabelas de marcadores e mais pertences, tudo por 318$00.



Preços do novo bilhar, por hora:

$16 de dia, $20 de noite até à meia-noite e dessa hora em diante $30





Por proposta do Sr. Neves Correia, que foi aprovada, o Sr. A. Gabriel Marque foi proposto para ser reeleito e incumbido de organizar a lista dos novos corpos gerentes



1919

Direção

António Gabriel Marques

David Ribeiro d’Almeida

Serafim Rosas

Manuel Neves Correia

José António Pacheco de França

António Martins Fernandes

Abílio Ferreira da Costa





2/Fevereiro

Satisfação geral, pela reeleição do Sr. António Gabriel Marques.

Alvitres do Sr. Serafim Roas, para homenagear o Sr. Presidente.

Saldo: 38$32













6/Fevereiro

Distribuição de cargos:

Jogos e secretaria, Manuel Neves Correia e Serafim Rosas

Teatro, António Martins Fernandes e Abílio Ferreira da Costa

Biblioteca, David Ribeiro de Almeida e Abílio Costa

Higiene e obras: Serafim Rosas



Novos Sócios:

Manuel Marques (Readmissão) 2-19

Florindo Nogueira Pontes 2-19

António Pinto Cardoso 2-19



Reuniões:

Última quinta-feira da cada mês



Serafim Rosas propõe a afixação de um aviso na sala de jogos prevenindo os indivíduos não sócios de que não podem entrar no Club mais de três vezes, sendo depois advertidos de que tem de se filiar sócios



Leilão de algumas cadeiras, um gasómetro, madeiras e outros objetos usados.



24/Março

O Sr. Presidente, referindo-se às cobranças dos jogos do Club, diz parecer-lhe que a sua regularização se poderá fazer convenientemente por meio de talões, que os sócios pagarão sempre que joguem e ofereceu-se para adquirir esses talões que entregará ao Club



Devido a avultada frequência de sócios, realçou-se a necessidade de contratar um empregado-contínuo e fazer a instalação dum Buffet do Club.



Novos sócios:

António da Silva Ferreira 3-19

José Martins de Castro 3-19

José Luís Mendes 3-19

Alberto Soares Martins Rosas 3-19

Alvarinho Luís Mendes 3-19

Américo Martins das Neves 3-19

David Gaspar Vieira 3-19

Artur Pereira Cardoso 3-19

Alberto Soares Martins Rosas 3-19

Manuel Alves Garrido 3-19

Adriano Martins de Castro 3-19





25/Agosto

Oferta do Sr. Presidente



O senhor secretário procedeu à leitura de uma declaração do Exmº Sr. A. Gabriel Marques, Digníssimo Presidente da Direção do Club, na qual sua Excª se digna oferecer ao Club os seguintes que aqui ficam consignados:

Sala de Sessões- Pintura completa, galerias, reposteiros, uma mesa grande, uma estante, seis cadeiras, um tinteiro, um livro de registo para sócios, quatro livros para recibos, dois livros para ordens



Salas de Jogos: Pintura completa, três mesas pequenas para solo; uma mesa para Bluf, composta, dezasseis cadeiras cortadas, dois quadros, um jogo do Atetedo, panos para cobrir as mesas e um bengaleiro com espelho.



Sala do Buffet- Pintura, balcão, prateleiras, bomba de pressão, e uma pequena mesa cm pedra mármore.

Para instalação da luz Ideal, 70$00;

Compra de um jogo de bolas de bilhar, 20$00

Gasto em automóvel para a compra do bilhar, 22$50

Uma caixa de gasolina, 10$00



Retrete- Depósito de louça, bacia de autoclismo, bacia para lavar as mãos, porta toalha, azulejo, pintura e espelho de cristal.



O Sr. Neves Correia diz que todos conhecem bem o quanto é valiosa a oferta do senhor Gabriel Marques, cuja dedicação pelo Club é inexcedível e propõe para que se convoque uma Assembleia-Geral para o nomear sócio honorário. O Sr. Serafim Rosas quer que se vá mais longe no preito de reconhecimento e homenagem a prestar ao Sr. Marques, propondo para que se coloque na sala nobre do Club o retrato daquele prestante sócio. O Sr. Serafim Rosas propõe ainda a publicação de um número único de homenagem ao Sr. Gabriel Marques, o qual será editado pela Direção do Club. Para a angariação e publicação do número único a Direção agregará os membros da Direção cessante, em primeiro lugar, e todos os elementos mais que julgar convenientes. O Sr. Martins Fernandes manifesta opinião de se efetuar uma merenda de homenagem ao Sr. Gabriel Marques que se realizará no dia em que for inaugurado o retrato, podendo tomar parte nessa festa todos os sócios que o desejassem. Todas estas propostas foram unanimemente aprovadas, no meio dos mais justos e sinceros louvores, que toda a Direção rendeu ao prestimoso consócio. Destas deliberações foi deliberado dar conhecimento ao Sr. Gabriel Marques.

A Assembleia-Geral será convocada para o dia 31 de Agosto ou 17 de Setembro próximo









Novos sócios:

Américo Martins das Neves 8-19

António Soares Pereira 8-19

Jerónimo Martins Barbosa 8-19

Honório Gaspar Vieira 8-19

José Pereira Cardoso 8-19

João Silvestre Cardoso 8-19



Todos estes sócios foram aprovados por unanimidade exceto o Sr. João Silvestre Cardoso que foi aprovado por maioria com a seguinte declaração do Sr. Serafim Rosas,

“Não, unicamente, porque a doutrina do Artº 2º e seu parágrafo único se opõe terminantemente, à admissão de menores de 18 anos, sem consentimento de seus pais ou tutores”



O Sr. Serafim Rosas propõe que se oficie à Câmara para que ordene a remoção do pedregulho que se encontra no Largo fronteiro ao Club, que constitui perigo para os transeuntes.





11/Setembro



PIANO

A Direção tomou conhecimento da autorização da Assembleia-Geral para se alugar o Piano, conforme o pedido do Sr. A. Gabriel Marques, embora com o voto contrário do Sr. Abílio Costa.



Número único (Jornal)

Resolvido abrir uma subscrição entre os sócios para custear a publicação do número único em homenagem ao ilustre benemérito Sr. A. Gabriel Marques, caso não fosse suficiente o Club pagaria o resto.



Foi nomeada uma comissão editora do número único, constituída por:

Manuel Neves Correia, Serafim Rosas e Abílio Ferreira Costa. Esta comissão enviará cartas a todos os sócios, pedindo a colaboração para o jornal. Este será publicado no dia da inauguração do retrato do homenageado, que será feita na Sala-Nobre e será celebrado exclusivamente por sócios.



Nomeada uma Comissão redatorial, que ficou assim constituída:

Pe. Augusto Guilherme Maia, António Dias Gonçalves Correia, Manuel Neves Correia, Serafim Rosas

Abílio Ferreira da Costa









9/Outubro

Sr. César Campos pede para ser informado das condições do aluguer do Teatro. Foi deliberado estabelecer a quantia anual de 50$00, livre de encargos para o Club e este com o direito a efetuar duas festas ou espetáculos por ano, ficando o arrendatário com o direito de sub-alugar o Teatro para qualquer outro grupo ou festa.



50% da renda paga no ato do contrato e o restante no meio do ano



O Sr. Tesoureiro, Sr. Serafim Rosas tomou conta da quantia de 59$60, saldo de contas desde Março a Outubro





31/Dezembro



NOVOS SÓCIOS:

Hermínio Augusto de Andrade 12-19

Viriato Cabral 12-19

Alberto Coutinho da Silva Morais 12-19

José Barbosa Ramos (Dr.) 12-19

Serafim Martins de Oliveira 12-19

António Moreira da Silva 12-19

Maximiano Moreira da Silva 12-19

Raúl Ramos Lobão 12-19

Albertino Martins de Moura 12-19

António Teixeira Neves (Readmitido) 12-19

Manuel Martins de Sousa (Readmitido) 12-19



Foram aprovadas, depois de verificadas, as contas referentes ao ano de 1919, as quais acusam saldo de 151$11



Buffet

O movimento do Buffet desde 13 de Abril até ao fim do ano foi o seguinte:

Receita 477$68

Despesa 425$38

Saldo de 52$30, dinheiro que foi entregue ao Club pelo dirigente do Buffet, Sr. Neves Correia.

Em virtude ser necessário reparar o bilhar e fazer alguns melhoramentos urgentes, foi resolvido não proceder à amortização de obrigações.



Reunião marcada para o dia 29 de Janeiro, juntamente com o Pe. Maia e Dias Gonçalves, para se ultimarem os trabalhos da homenagem ao Sr. A. Gabriel Marques.



O Sr. Neves correia diz que o empregado-contínuo reclama 5$00 mensais de ordenado. Todos os vogais são de opinião que se lhe deve atender, mas impondo as obrigações seguintes:

“Abrir o Clube às Terças, Quinta feiras, Sábados e Domingos assim com dias santos de guarda, devendo aos dias de semana abrir às 20horas e podendo retirar-se à uma da manhã, conservar sempre do Club bilhares e mobiliário em condições de limpeza e fazer por que os interesses do Club sejam respeitados. Ao Domingo deverá abrir o Club às 14 horas”



JOGO DO BACALHAU

Acerca do jogo muito em uso no Club, “jogo do bacalhau” só se poderá jogar nas salas contíguas ao salão de bilhares, para não incomodar os sócios que jogam o bilhar, devendo cumprir o regulamento seguinte:

Todo o sócio que distribuir ou talhar as cartas, sendo de dia terá de se responsabilizar pela importância de 1$50, sendo de noite serão 3$00

Esta responsabilidade é obrigatória para todo o sócio que talhar as cartas e pagará por uma só vez as respetivas cartas no mesmo dia. Esta resolução é para atender aos interesses do Club, que muitas vezes, ou quase sempre, são prejudicados em virtude de todos os outros jogos de rendimento paralisarem por os sócios atenderem mais a este

A quantia máxima deste jogo não pode ir além de 1$50.



Eleições, para os novos corpos gerentes, marcadas para os dias 18 e 25 de Janeiro







1920

Direção:

António Marques Fernandes

Manuel da Silva Monteiro

Cosme da Costa Cruz

Aires Gaspar Vieira

José Pereira dos Santos

José Martins de Castro

António Soares Pereira



29/Janeiro



Tomada de posse da nova Direção



Saldo do ano anterior 151$11centavos

Aviso para que os sócios se sirvam dos géneros existentes, e quando precisarem de géneros fora do Club, dele devem ausentar-se para deles se servirem.



BUFFET DO CLUB

Sr. Neves Correia é nomeado encarregado do Buffet do Club e também da escrituração do Club.

Resolvido contratar novo Cobrador, disso ficando encarregado o Sr. Presidente.



O Sr. Presidente apresentou contas com a receção prestada ao Orfeão de Matosinhos, sendo de 7$50, que logo foi paga pelo Tesoureiro.





NOVOS SÓCIOS:

Manuel Pereira dos Santos 1-20

João Pereira dos Santos 1-120

António de Sousa Neves 1-20

António dos Santos Vigário 1-20

João Martins de Oliveira 1-20

António Ferreira de Castro Paulo 1-20

Damião Ferreira das Neves 1-20

Domingos Martins Ferreira 1-20



Dificuldade em arranjar pano de bilhar. Só há uma casa que o tem, no Porto, mas é muito caro. O Sr. Manuel da Silva Monteiro, devido a ter um portador em Lisboa, prontificou-se em o arranjar numa casa que foi indicada pelo Sr. José de Castro. Assim ficou resolvido.



Diretor-mês: Sr. Aires Gaspar Vieira



Instalação de uma campainha elétrica no andar superior.











5/Fevereiro

Novos sócios:

Vitorino Gonçalves 2-20

João Martins de Sousa 2-20

Laurentino Marques de Almeida 2-10

Armando Teixeira Marques 2-20

Feliz Martins Marques 2-20



Proposta de sócio, cujo proposto era Manuel Martins Cardoso e o proponente Serafim Rosas, foi rejeitada pelo facto de o mesmo proposto ter sido rejeitado por Direção anterior.



PROPOSTA DE FUSÃO DO CLUBE CAÇADORES

Foi lida uma proposta do Club Caçadores de Gondomar” para a sua fusão com o Club Gondomarense mediante condições que se dividem em 4 partes a saber:

1º- O Club os Caçadores fará entrega de todos os seus haveres ao Club Gondomarense.

2º-Qualquer rendimento proveniente de torneios, multas por transgressão de caça, etc, reverterá em proveito do cofre Club Gondomarense.

3º-O Club Gondomarense votará uma verba para auxílio de um torneio e repovoamento da caça que nunca será inferior à quantia de 150$00.

4º-A fusão só se efetuará depois de casa para tal, bem como ficará pendente da resolução da Assembleia-geral, que, por proposta, do Sr. Presidente ficou marcada para os dias de 15 e 22 do corrente.







Esta proposta de fusão, de acordo com a Assembleia-Geral realizada em 15/Fevereiro, foi rejeitada, porque, segundo o ponto de vista do Sr. Presidente da Assembleia, Gondomar precisava de mais Associações e não da sua redução.



Resolvido reparar os bilhares e colocar um pano novo no bilhar novo



Acerca de artigos de Carnaval nos espetáculos a realizar a 15 e a 17 de Fevereiro, ficou encarregado deste assunto o Sr. Neves Correia.



COBRADOR

Por proposta do Sr. Presidente, foi proposto e aprovado para Cobrador do Club, o Sr. Laurentino Marques de Almeida.



13/Março

Proposta do Sr. Presidente para que as propostas de admissão de sócios fossem sujeitas a votação secreta. Aprovado











Novos sócios:

Defensor Martins Gomes 3-20

Jaime Martins Gomes 3-20

Álvaro Fernandes Batista 3-20

Alberto Pereira de Castro 3-20

Cândido Emílio Veloso de Castro 3-20

Mário Veloso de Castro 3-10

José Amaro dos Santos Martins Júnior 3-20

João Pinto Gonçalves de Sousa 3-20

Luís Teixeira Cardoso 3-20

António da Rocha 3-20



Proposto, pelo Sr. Presidente um Sarau dramático musical, para sócios e familiares, no dia de Páscoa, para festejar o Aniversário do Club de Páscoa, com a presença da Tuna Musical de Gondomar.



O Sr. Manuel Monteiro propõe que aos sócios aprovados nesta sessão seja dado apenas um convite. Sobre esta proposta manifestam-se opiniões diversas, sendo por fim aprovado que a todos os sócios se facultem iguais direitos. O Sr. Neves Correia ficou encarregado de fazer os convites que devem convidar o sócio e 2 pessoas de família.



O Sr. Manuel da Silva Monteiro propõe que seja colocado, na sala, um quadro de honra indicativo dos benefícios que os sócios honorários, que hajam prestado ao Club.

Assunto que ficou para resolver em próxima reunião.



Relativamente às obras a realizar no edifício do Club como sejam a ampliação do andar superior e outras, ficou resolvido procurara-se o Exmº Senhor Gabriel Marques para combinar a forma de iniciar essas obras





01/Abril



21/Abril

José Martins de Castro Gandra

António Ferreira da Silva

António Rocha



Manuel Pereira Cardoso foi rejeitado para sócio, por maioria de votos.



Admissão de associados só mediante informações favoráveis.



Descerrado o retrato de Gabriel Ferreira Marques.



Agradecimento à Tuna Musical de Gondomar.



OBRAS

Sobre o projetado prolongamento do salão superior do Club foram trocadas várias impressões pelos membros da Direção e pelo Sr. Gabriel Marques, que assistiu a esta parte da sessão, ficando resolvido estudar o assunto mais detidamente, sendo depois tomada qualquer deliberação definitiva.



Dias Páscoa, escolhido para o descerramento do retrato do Sr. a. Gabriel Marques, na sala das sessões.





ANIVERSÁRIO

Sarau do Aniversário do Club no dia de Páscoa, sendo nomeados para o serviço de portagens o Srs. Cosme da Costa Cruz, António Soares Pereira e Manuel Neves Correia.



8/Maio

Agradecimento à Tuna Musical Gondomarense pelo facto de gratuitamente ter colaborado na festa do Clube, realizado pela Páscoa.



ZINCOGRAVURA DO NÚMERO ÚNICO

A zincogravura, que serviu à edição do número único do jornal de homenagem ao Sr. Gabriel Ferreira Marques, foi-lhe oferecida.



SEGURO

Seguro do Clube passou de 4 para 6 mil escudos, sendo dividido em partes iguais pelos Senhores Manuel da Silva Monteiro e Manuel Neves Correia, que eram agentes, um da Cª de Seguros “UNIVERSO”, outro da “O FUTURO”.



AUMENTO DE QUOTA E DOS JOGOS

Por ser necessário aumentar o valor da quota e da joia, foi resolvido convocar uma Assembleia-Geral, 15 e 22 do mês corrente.

Apresentada proposta para cada parceiro, nas cartas, pagar, de uma só vez 10 centavos por noite.



O senhor Presidente, lembrou a conveniência de haver uma hora determinada para fechar o Club, propondo que essa hora fosse à 1 da manhã, dando-se uma hora de tolerância. Proposta aprovada por unanimidade.



Novos sócios:

José Gonçalves Pereira

João Marques de Oliveira

Amândio Cardos Santos

Américo Ferreira da Silva

Rosalindo Martins Ramos

João das Neves Júnior



António Alberto Nogueira, candidato a sócio.





19/Maio

Incidente entre o Contínuo, Sr. João Viera da Silva, e o Dr. José Barbosa Ramos, tendo a Direção, tentado, junto dos intervenientes, a harmonia entre as partes.



Novo Sócio:

Vicente Gonçalves Pereira











17/Jun

Clube cede, alugadas por dois dias, por 2$50, ao Sr. António Timóteo Gonçalves, as duas carabinas de tiro ao alvo.



FUSÃO DO ORFEÃO COM O CLUB

Eventual fusão do Orfeão de Gondomar com Clube, fica posterior estudo, visto o Club ter o Teatro alugado até Novembro próximo.



Novos sócios:

Almerindo Martins Gomes

António Ferreira de Moura

António Pinto Magalhães

Mateus Ferreira Rosas

Damião Ferreira Neves Resende

Jerónimo Ferreira

Manuel Barbosa



O Sr. Neves Correia, agente de Seguros da Cº de Seguros “O FUTURO” oferece a sua comissão de 1$80 sobre o prémio que o Club paga de seis escudo anuais



Joia 1$50. Quota $30 centavos, que entram em vigor a partir de Junho.









01/Julho

LOUVOR

Voto de louvor ao Sr. Neves Correia, por ter oferecido ao Club a importância de 1$80, proveniente da sua comissão do seguro sobre o Club.



Carta do associado Sr. Serafim Rosas, pedindo a sua demissão e dizendo ser inabalável a sua decisão.



DESOBEDIÊNCIA ÀS DIRECTRIZES DA DIRECÇÃO

Cosme da Costa Cruz diz que algumas das decisões da Direção têm sido desrespeitadas, protestando energicamente contra tal facto e dizendo que não tolerará que se continue transgredindo as resoluções tomadas. Decidido tomar providências para que tal não continue.



DOIS DIRETORES POR MÊS

Deliberado nomear dois diretores para cada mês, sendo nomeados os Srs. Cosme da Costa Cruz e Aires Vieira.



Novo Sócio:

Manuel Emílio Lopes Araújo



2/Agosto

Neves Correia pede demissão de Cartorário e de encarregado do Buffet. Em virtude dos termos em que pede a demissão, foi resolvido aceitar o seu pedido e lamentar tal facto visto que proficientemente desempenhou as referidas funções.



Manuel da Silva Monteiro e António Martins Fernandes, ficaram encarregados da administração do Buffet.



A escrita do Clube fica a cargo do Sr. Aires Gaspar Vieira e Cosme da Costa Cruz, 1º Secretário e Tesoureiro, respetivamente.



Dois diretores de mês:

José Pereira dos Santos

José Martins de Castro



Aumento de ordenado do Empregado-Contínuo de 5 para 10$00.



Chaves do Clube e bolas do bilhar guardadas no estabelecimento do

Sr. José Santos Rosas.



Resolvido que todo o sócio que jogar se faça inscrever num livro para esse fim, inscrevendo igualmente a importância cobrada ou a cobrar.



9/Agosto

“Sobre a mesa um ofício do Sr. Laurentino Marques de Almeida, no qual declarava que tendo tido há dias uma altercação dentro do Club, com um cavalheiro que não é ócio do Club e que julgado tê-lo ofendido ou melindrado pelas palavras que lhe dirigiu, o que num momento de exaltação d espírito, como declara, pede por isso a a demissão de sócio e de cobrador deste Club, estando contudo pronto a pedir desculpa a esse cavalheiro, julgando, assim, salvaguardar o bom nome do Club.”



O Sr. Presidente lamenta o facto, dizendo que não é motivo para ser demitido, embora o seu pedido de demissão, pelas razões que apresenta no seu ofício. No que todos os presentes concordam exceto o Sr. José Martins de Castro, vendo no ato do Sr. Laurentino Almeida um ato de indisciplina, apresentando nesta altura uma abaixo assinado de um grupo de sócios pedindo uma sindicância ao procedimento do Sr. Almeida. A maioria acha desnecessária tal sindicância, sendo decidido que um membro da Direção, em nome do Clube, fosse pedir desculpa ao cavalheiro ofendido.”



Sessão da Direção interrompida, porque tocou a fogo e o Sr. Presidente, como era bombeiro, teve que se ausentar.



Manuel Pereira Cardoso, que tinha sido rejeitado, foi, finalmente, admitido para sócio, por maioria, tendo o vogal Sr. Cosme da Costa Cruz pedido a sua demissão, por não concordar, originando a demissão, em bloco, da Direção.





Novo Sócio:

Alvarinho Luís Mendes







2/Setembro



Sr. Neves Correia pede para que o Clube, em vez de fechar à uma feche às duas da madrugada. Pedido indeferido.



“nesta altura da sessão foi a mesma suspensa em virtude de os sinos darem sinal de fogo, sendo por esse motivo o Sr. Presidente obrigado a retirar, na qualidade de Comandante interino dos Bombeiros, marcando a continuação da sessão para 6 do corrente”



Aos 6 dias do mês de Setembro continuou-se com a sessão suspensa em 2, pelos motivos acima expostos.



Manuel da Silva Monteiro pede licença para se ausentar durante três meses. Concedido



CERTIDÃO DE COMPETÊNCIAS

O Sr. Neves Correia pede certificado da sua ação como administrador do Buffet e de Cartório, dizendo o Sr. Presidente que não foi má, passando-lhe por isso o certificado.



Novos sócios

José Lopes da Silva

Alberto de Castro Rosas

Manuel Pereira Cardoso



A admissão do Sr. Manuel Pereira Cardoso foi aceite por maioria, tendo o Sr. Cosme da Costa Cruz declarado não estar de acordo e depões o seu mandato nas mãos do Sr. Presidente, retirando-se ato contínuo. O Sr. Presidente fica bastante magoado com esta resolução assim como os outros vogais presentes, deliberando pedir a demissão de seus cargos, convocando, ou fazendo convocar, um assembleia-geral para os dias 19 e 26 do correte, para lhes ser dada a demissão de seus cargos.



4/Novembro

COMISSÃO ADMINISTRATIVA COSNTITUÍDA PELO CONSELHO FISCAL

Leitura da acta da última Assembleia-Geral, na qual os membros do Conselho Fiscal, Srs. Germano José de Castro,

Damião Marques Rosas e Manuel Neves Correia, ficam constituídos em Comissão Administrativa até à posse da nova Direção, que deverá ser eleita em Janeiro.

O Sr. Germano José de Castro diz que foi em atenção aos interesses extremos do Club, os quais via ameaçados, que se decidiu aceder aos desejos dos sócios do Club, pois os seus múltiplos afazeres não lhe permitem perder tempo algum e para bem dirigir uma Coletividade, como o Club Gondomarense, necessário é dispor-se de tempo e vagar. O senhor Germano de Castro, fazendo ainda outras observações, termina por dizer poder contar com a valiosa colaboração dos seus colegas que muito considera, principalmente com o Sr. Neves Correia que bem conhece as necessidades do Club e que julga ser quem melhor pode dispor de tempo para o dirigir. O Sr. Damião diz que também lhe escasseia o tempo para poder se dedicar como seria preciso aos negócios do Club, mas que fará tudo quanto possível em seu proveito. O Sr. Neves Correia declara que enquanto puder dispor de si jamais se recusará a prestar ao Club os seus modestos serviços, apesar de algumas insinuações malévolas que alguns impensados e maldizentes têm feito espalhar a seu respeito, insinuações que pessoas dignas desprezam e não acreditam, porque quem as faz não tem a coragem de comprovar coisa alguma, porque não pode; está decidido, assegura o SR. Neves Correia, a continuar dispensando ao Club os serviços que lhe forem cometidos e confiados, procurando fazê -lo de forma a engrandecer o Club.

Em seguida, o Sr. Neves Correai elucidou os seus colegas acerca de tudo quanto se tem dito a seu respeito, pondo-os ao facto de tudo. O Sr. Germano José de Castro diz que sempre considerou os serviços do Sr. Neves Correia como sendo proveitosos para o Club, esperando que a dispensar os mesmos. Confia que o Sr. Neves Correia assumirá os serviços de escrituração do Club, propondo que o Sr. Damião Rosas fique como Tesoureiro. Todos declaram aceitar e então o Sr. Germano José de Castro diz que o Conselho Fiscal fica então sendo a Comissão Administrativa do Club até à posse da nova Direção. O Sr. Neves Correia também aceita dirigir o Buffet até ao final do ano, visto faltar pouco tempo para terminar o ano, caso contrário proporia que se fizesse um concurso para o referido Buffet ou se entregasse a sua exploração ao empregado do Club, o o que lhe parecia o mais viável, o que virá, certamente, a suceder, debaixo de determinadas condições.



O Sr. Germano Castro diz que há, no Club, diversas obras a realizar, mas como esta Comissão é transitória, será melhor fazer o mais urgente indispensável, deixando o restante para a nova gerência. Seguidamente o Sr. Tesoureiro tomou posse da quantia de 242$02, entregue pela Direção demissionária.







28/Novembro

Rasgão no pano do bilhar novo, tendo o sócio, já reincidente, pago 12$00 como indemnização.



CHAVES DO SALÃO NA MÃOS DO ORFEÃO

Após o fim do arrendamento do Salão-Teatro, as chaves do Salão-Teatro ficaram na mão da Direção do Orfeão, para ensaiar os seus dois Saraus, previstos para o dia 21 de Novembro, pelos quais pagou 15$00 de aluguer.



Sobre os ensaios do Orfeão, ficou resolvido que, para não causar estragos no palco, que os mesmos se realizassem no Salão, na área destinada à orquestra.



Novos sócios:

Domingos Pereira

João Martins de Moura



Devido a vários indivíduos terem perguntado por várias vezes, sobre o preço do aluguer do Salão-Teatro, foi deliberado que o mesmo seria de 12$50, sem qualquer despesa para o Club ou 25$00 com a luz e o carpinteiro a cargo do Club, mas preferindo-se o primeiro caso.



As contas do mês de Outubro apresentam um saldo de 82$27, quantia de que o Sr. Tesoureiro tomou posse



Contas da anterior Direção numa barafunda, com uma diferença de 13$00 na receita. Perante tal situação a Direção anterior, tecnicamente não acertou as contas, mas o seu Presidente entregou os 13$00, em falta.



9/Dezembro



Prof. Abílio Ferreira da Costa; Professor oficial na sede do Concelho, pede para

fazer uma reunião de professores, no .Salão- Teatro. Todavia, como o Salão não podia ser alugado sem pagamento de um aluguer, a mesma reunião foi realizada no andar superior gratuitamente.



ASSEMBLEIA-GERAL

Convocada uma Assembleia-Geral, para os dias 16 e 23 de Janeiro, para apresentação de contas e eleição de novos corpos gerentes para 1921.



OBRAS

O Sr. Neves Correia informa que deve existir o saldo de cerca de 400$00, pelo que a Comissão resolverá qual o destino a dar a esse dinheiro. O Sr. Germano Castro diz que há umas obras urgentes a fazer, pelo que se deve reservar dinheiro.



AMORTIZAÇÃO DE OBRIGAÇÕES DO EMPRÉSTIMO AO CLUBE

Amortização de 10 obrigações de empréstimo, com sorteio no dia 16 de Janeiro, convidando-se os Srs. obrigacionistas a assistir ao ato.



BILHAR

Abatimento de 95$00 à dívida do Bilhar, pelo que aquela ficará sendo de 1300$00.





ESPECTÁCULOS

Um grupo de sócios propõe-se, pagando um aluguer de 50$00 líquidos para o Clube, realizar espetáculos nos dois dias de Carnaval,



1921

Direção

Germano José de Castro

José Pacheco de França

António Maria da Cruz Batista

Manuel Neves Correia

Ventura Duarte Lopes

Damião Marques Rosas

António Pinto de Sousa



16/Janeiro



Saldo do ano anterior: 287$90



Novos sócios:

Alexandre Mendes Soares

Serafim ramos de Oliveira







AUMENTO DO PREÇO DOS JOGOS

O Sr. Germano José de Castro diz que devido às enormes despesas que o Club está fazendo com a luz e artigos que lhe diz respeito, por tudo estar por preços fabulosos e constatando-se que a receita dos jogos e das cotizações são insuficientes para realizar as obras de que o Club carece, apenas cobrem as despesas do expediente, propõe que se faça o aumento nos preços dos jogos. Damião Rosas e Neves Correia mostram-se de pleno acordo com o modo de ver do Sr. Presidente Germano da Costa e com a sua opinião sobre o aumento do preço dos jogos. O Sr. Neves Correia diz, ainda, que tendo falado com uma pessoa estranha que visitou o Club e trocando impressões com essa pessoa sobre os rendimentos do Club e a importância da cota, ouviu o seguinte: “Nessas condições, com a cota tão pequena e com os rendimentos que diz, nunca este Club pode progredir. Assim é na verdade. Obras não se podem realizar e no entanto há grande necessidade de efetuar algumas e bastantes dispendiosas. Nada mais será preciso para justificar o aumento do preço dos jogos. Os Srs. Germano de Castro e Damião Rosas, mais uma vez afirmam a necessidade do aumento em referência, para que o Club possa fazer face aos compromissos que tem e porventura a outros encargos que terá de contrair. Depois, foi aprovada a nova tabela de preços dos jogos, que é como segue:

Bilhar novo, cada hora de dia, $40

Cada hora de noite, até à 1h $60

Depois da 1h, cada hora, 1$20



Cartas:

Cada parceiro, de dia $10, de noite, cada parceiro, $20, depois da 1hora, 1$20

















17/Fevereiro



O Tesoureiro da Comissão Administrativa, ao entregar o saldo do ano anterior ao novo Tesoureiro, resolveu oferecer 5$00, por assim o entender dever fazer como retribuição por se ter utilizado da quantia que reteve em seu poder, o que mereceu o agradecimento de todos os colegas da Direção.

Resolvido deitar um pano novo no bilhar antigo.

Alguns obrigacionistas não têm levantado os juros e as próprias amortizações, apesar de ter sido avisados para tal. Por sugestão do Sr. Germano José de Castro, foi resolvido depositar o dinheiro das amortizações e respetivos juros na caixa Económica.

O Sr. Presidente declara que as dependências do Club estão ficando bastante acanhadas para a afluência grande sócios que vai havendo, notando-se haver muitas propostas de sócios dos quais entende ser inconveniente admitir. O que concorre a seu ver para que haja tantos pretendentes a sócios é a cota e a joia serem muito exíguas para a época em que estamos.

É de opinião, tanto para atestar a avalanche de certos pretendentes a novos sócios como para o interesse do Clube, que muito carece de obras urgentes e inadiáveis, que se realizasse, em breve, uma Assembleia-Geral para se propor o aumento da cota e da joia. Há necessidade de fazer obras e com os rendimentos atuais do Club nada se pode fazer de importante

O Sr. António Maria Batista diz que talvez dê margem a algum descontentamento qualquer novo aumento que se faça. Por fim, foi deliberado convocar uma Assembleia-Geral para discutir o assunto.



3/Março

Assembleia-Geral para discutir a maneira de se arranjar receita para as obras de que o Club carece, urgentemente.



Por absoluta necessidade de se arranjar as bancadas do teatro e o sistema de luz, disso ficaram incumbidos os Srs. Neves Correia e o Sr. Batista.





ANIVERSÁRIO

O Sr. Pacheco de França diz que era bonito o Club realizar a festa do seu Aniversário em dia, oferecendo aos sócios um Sarau como tem feito várias vezes. Bem sabe que isso fica dispendioso, mas o Club procuraria encurtar as despesas, fazendo uma festa modesta e simples. O Sr. Germano Castro diz que o Club não está muito em condições de oferecer festas, no entanto não discorda de que se faça a festa aniversário, procurando-se fazê-la com economia.



Proposto indagar junto do Grupo Dramático Vidal, quais as condições aceitáveis para a realização de uma Récita para os sócios e familiares.



Porque ter entrado no Club, por várias vezes, acompanhado de indivíduos não sócios e em termos inconvenientes, o sócio Sr. Lopes da Silva foi, foi chamado à atenção, por ofício, para corrigir tal situação.



Realçada a urgência de resolver, de modo prestigioso e conveniente para o Club, o caso dos ensaios de vários grupos no Teatro do Club. Assunto que transitou para a sessão seguinte.

200$00 depositados na Caixa Económica Portuguesa (filial em Gondomar), pertencentes ao Club.



Percentagem do Cobrador aumentada de 10% para 15%, sendo realçado os bons serviços do atual Cobrador, Sr. José Ferreira dos Santos.













2/Abril

NÃO SE FEZ A FESTA DO ANIVERSÁRIO

Não se realizou a festa de Aniversário, devido aos escassos meios financeiros e às obras que são necessárias fazer-se.



O Sr. Germano de Castro dá conhecimento das indicações e algumas resoluções da última Assembleia-Geral. Assim, diz que nessa Assembleia alvitrou para que o Club se fechasse a uma hora regular, pelo que declarara nessa Assembleia que como Presidente da Direção e sobre tal assunto apenas se limitara a mandar afixar, na sala, um aviso pedindo aos senhores associados para se retirarem a horas convenientes para se encerrar o Club. O Sr. Ventura Lopes acha que o Clube devia encerrar às 2horas. O Sr. Neves Correia não concorda que o Clube feche a uma hora fixa, porque isso não traz vantagens para o Club. O Sr. Presidente propõe, sendo aprovada, por maioria, o encerramento à 1hora.



AUMENTO DE QUOTA

Cota aumentada para $40

Joia passou 2$50

.

Diretor-mês:

Ventura Lopes

Anúncio da venda de um gasómetro e mais objetos desnecessários ao Club.

Necessidade de se fazer obras nos Camarins do Teatro.



Fixado em 50$00 o preço do aluguer do Salão-Teatro, ficando as despesas a cargo do Club.



Por deliberação da Assembleia, o aluguer do Salão-Teatro, para efeito de ensaios dos diversos grupos, ficou assim estabelecido:

$50, para grupos inferiores a 20 elementos

1$00 , para grupos compostos por número superior



Votação secreta na admissão de sócios.



Escola Dramática convida o Club para a sua festa anual de Páscoa, na qual distribui um Bodo aos pobres, tendo o Tesoureiro, António Maria Batista representado o Clube, sendo muito bem recebido.



2/Junho

Achado mais conveniente fixar uma mensalidade ao Orfeão pelos seus ensaios, sendo estipulado 5$00 mensais. Decidido fazer obras nos camarins.

Seguro do edifício do Club aumentado para 15 contos.



Pacheco França propõe, sendo aprovado, que de futuro qualquer empresa ou grupo que alugue o Salão-Teatro, dê duas entradas ao Club, para que os seus representantes; António Barrote e Albino Moreira de Araújo, verifiquem eventuais estragos.



Diretor-mês:

Germano José de Castro





4/Agosto



Decidido pedir orçamentos para as obras.



Novos sócios:

João Oliveira dos Santos

António Viera Ramos Júnior

João Lopes Cardos (Dr.)





27/Outubro



Lido um ofício aos Grupos de Escoteiros da Cruzada das Mulheres Portuguesas de Escoteiros em que pede para o Club comprar cinco bilhetes de um escudo cada, para o sorteio de um beijo, pela lotaria do Natal. O Sr. Germano Castro propõe que os bilhetes sejam tomados pela Direção, pagando cada qual a parte que lhe couber da importância total, o que foi aprovado.



Assembleia de Rio-Tinto convida o Clube para a sua Soirée, a realizar em 21 do corrente. Resolvido agradecer.



PÊSAMES

Tomado conhecimento do dedicado sócio do Club, Sr. Adriano Martins de Castro. O Sr. Neves Correia participa que logo que houve conhecimento de ter falecido o saudoso consócio, mandara colocar a bandeira a meia-haste, assim como colocou à cabeceira do extinto um “bouquet” de flores com a dedicatória “Saudade infinda do Club Gondomarense”. Lançado em ata um voto de sentido pezar pelo desaparecimento do saudoso consócio.





7/Dezembro

Lido ofício da Direção da dos Escoteiros da Cruzada das Mulheres Portuguesas, acusando ser recebida a importância de cinco escudo e agradecendo a dádiva.



Novos sócios:

Serafim Ferreira Rosas

Joaquim Cardoso Campos



OBRAS

O Sr. Germano José de Castro faz uma exposição das obras realizadas, a saber:

Reparada a cabine e no palco do Teatro, consertos nas portas laterais do Salão que foram forradas a chapas de ferro.

Realça a necessidade de pintar as chapas de ferro e pintura dos portões e grades da frontaria do edifício. Também se torna necessário fazer uma bilheteira e um bufett no átrio do Teatro. Obras modestas mas limpas que asseiem o Teatro e sejam cómodas. Todos se mostraram de acordo estas obras desde que não tornem muito dispendiosas. Resolvido abrir concurso para a realização da pintura e destas obras, que terá lugar no dia 18 do corrente, pelas 10h





22/Dezembro

Novos sócios:

Francisco Duarte Lopes

Manuel de Sousa Campos

António de Mora Bastos



Lidas propostas dos mestres carpinteiros, as quais foram postas de parte por se considerarem exageras. Resolvido abrir novo concurso coma as condições anteriores dando-lhe a base de 170$00. O Sr. Damião Rosas diz que se comprometia a fazer a obra por 170$00. A obra de pintura foi entregue por 70$00.



O SR. Neves Correia declara desejar alugar o Teatro para 1 de Janeiro e para as duas noites de Domingo e Terça-feira de Carnaval.



Exploração do Bufett, no Teatro, e de artigos de Carnaval, posta a concurso





1922

Direção:

Germano José de Castro

José Pacheco de França

António Maria da Cruz Batista

Manuel Neves Correia

Ventura Duarte Lopes

Damião Marques Rosas

António Pinto de Sousa







18/Janeiro

SALDO

Saldo do ano anterior: 434$11 centavos.



Liquidados os 100$00 que o Sr. A..Gabriel Marques tinha emprestado ao Club para a compra do bilhar novo



Salão-Teatro alugado para os dias 29 do corrente, 26 e 28 de Fevereiro aos Srs. Artur Pereira Cardoso, Jacinto Dias Nogueira e Serafim Herculano Rosas, por 50$00, assim como cedida a exploração do Buffet e venda de artigos de Carnaval, por 20$00.



Orfeão de Gondomar liquidou a importância de 15$00; avença pelo aluguer do Teatro para os seus ensaios



11/Março



OBRAS

Posto a concurso a empreitada da pintura da Bilheteira e Buffett do Salão-Teatro.



O Sr. Neves Correia diz que passando o Aniversário do Club no dia de Páscoa, achava bonito oferecer uma festa aos sócios e famílias, comemorando assim a data festiva do Club. O Sr. Pacheco de França secunda a ideia e mostra-se favorável à realização de um Sarau no dia de Páscoa, mesmo porque já há dois anos que o Club não comemora o seu Aniversário. O Sr. Germano José de Castro diz que não discorda embora entende que o Club não dava, por vários motivos, uma festa a seu desejo. O Sr. Batista também aprova, entendendo ser airoso para o Club dedicar no dia do Aniversário uma festa à família do Club. Propõe que para essa festa seja votada uma averba de 150$00, o que é aprovado.



6/Abril



Novos sócios

Damião Ferreira Rosas

José Martins de Moura

Deliberado que cada sócio podia fazer-se acompanhar de 3três familiares no Sarau do Aniversário, no dia de Páscoa





Resolvido fazer a venda de artigos usados.



4/Maio



Novo sócio:

Avelino de Sousa Oliveira



ESPINGARDAS

Duas espingardas de tiro ao alvo, pertencentes ao Club, foram alugadas ao sócio, Sr. Damião Ferreira Rosas, pelo período de um ano, pela quantia de 30$00. O Sr. Germano Castro diz ficar responsável pelo aluguer das espingardas.



ENSAIOS DO ORFEÃO NO CLUB

O Sr. Pacheco de França diz que o Orfeão de Gondomar precisa do Salão-Teatro para uns ensaios, para colaborar na festa dos aviadores portugueses que empreenderam o raid ao Rio de Janeiro. Diz que se responsabilizava pelos encargos dos ensaios no Club até às referidas festas. Deliberado aceder.



O Sr. Pinto de Sousa diz que a Comissão promotora da sessão solene em honra do dos aviadores desejava que o Club, ou a sua Direção, cedesse o Salão-Teatro. O Sr. Germano José de Castro diz que em virtude de uma resolução tomada em Assembleia-Geral não se pode usar o salão, gratuitamente, para e qualquer fim.

Porém, como se trata de um caso excecional, poderá ceder-se, mas propõe que nesse caso a Direção tome a responsabilidade pela importância do aluguer, caso no fim do ano a Assembleia não aprove a resolução tomada da cedência do Salão. Todos concordaram. Resolvido mais, que o Club se associe à festa em honra dos aviadores, iluminando e ornamentando a sua Sede e fazendo-se representar nas manifestações festivas. O Sr. Neves Correia propõe que o Club subscreva com 20$00, para as festas aos heroicos aviadores. Aprovado



13/Junho



Resolvido reparar o gasómetro grande do Teatro e o bilhar novo



Queixa apresentada na Administração do Concelho contra o Sr. Domingos pinto de Sá, por este ter inutilizado uma cadeira do teatro.



Aviso para os sócios se apresentarem decentemente no Clube.









7/Setembro

Pedido de demissão do empregado-contínuo. Chamado este e ouvidas as suas razões, ficou acordado continuar no seu lugar até que se aumentemos rendimentos do Club para se melhorar o ordenado, fazendo, desde já, um aumento de 2$00 mensais, ficando a receber por mês 12$00.

Ofício enviado ao Sr. Laurentino de Almeida, ponderando-lhe a inconveniência de frequentar a Club sem estar no gozo dos seus direitos de sócio.











23/Novembro

Sr. Pacheco França ficou responsável pelos ensaios do Orfeão para uma festa em honra dos aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral.



.



Pedido dos bombeiros, para com 24 de antecedência de um dia serem avisados dos espetáculos.

Ofício da Cª de Seguros “Universo”, participando a sua extinção e informando que o seguro do Club passou para outra Cª.



Novo sócio

José Alves de Castro





Aumento do aluguer do Salão-Teatro sobe para 75$00.



Orfeão pagou o aluguer de 10$00 pelo Teatro , para os seus ensaios.







23/Dezembro



O Sr. Germano José de Castro declara haver recebido do Sr. Gabriel Marques, sócio honorário do Club, a quantia de 50$00 para o Club distribuir pelos pobres da freguesia na véspera de Natal. Louva a generosa oferta do senhor Marques e propõe que o Club se associe a acto tão altruísta, concorrendo com igual importância também para os pobres. O Sr. Pinto de Sousa diz que é muito louvável a atitude do senhor Marques e a proposta do senhor Presidente a qual aprova desde que o Club tenha recursos para o fazer. O Sr. Neves Correia elogia igualmente o ato generoso do senhor Marques, que é também mais uma prova de dedicação pelo Club e declara que o Club deve dar no fim do ano um saldo de trezentos e tantos escudos, pagando os compromissos obrigatórios, pelo que poderá concorrer com a importância proposta pelo senhor Germano de Castro

Propõe ainda que se distribua a importância de 100$00 em 50 esmolas de 2$00 a cada pobre. Aprovado, sendo exarado em acta um voto de louvor ao Sr. Gabriel Marques, pelo seu ato de benemerência.





Devido haver vários pretendentes para alugar o Salão-Teatro para os espetáculos de Carnaval, deliberou-se fazer um concurso, tendo por base 150$00. Decidido fixar a base de 50$00 para a concessão da exploração do Buffete do Teatro e artigos de Carnaval.



O Sr. Germano José de Castro propões que se faça a amortização de 30 obrigações do empréstimo na importância de 300$00, ficando a dívida do Club em 1000$00. Aprovado.





ASSEMBLEIA-GERAL

Assembleia-Geral marcada para 14 e 21 de Janeiro, para prestação de contas e eleições de novos corpos gerentes.





30/Dezembro



Teatro alugado ao Sr. Manuel da Silva Monteiro por ter apresentado a melhor proposta, no valor de 212$50.



A proposta do Sr. Serafim Herculano Ferreira Rosas, no valor de 55$10, foi a vencedor para a exploração do Buffett do Teatro e artigos de Carnaval.



1923

Direção

António Martins Fernandes

Abílio Ferreira da Costa

Joaquim Pinto Nogueira

João de Magalhães Júnior

Jacinto Dias Nogueira

Manuel Martins de Sousa

António Soares Pereira.



8/Fevereiro



ACTO DE POSSE DE NOVA DIRECÇÃO.

Saldo de 460$26, entregue pelo tesoureiro da Direção cessante, referente a 1922, mais 212$75 referente às contas escrituradas até 6 de Fevereiro





8/Fevereiro



Contrato assinado com a empresa “Sacramento Cª Ltdª”, do Porto, para a exploração do cinema.





Diretor-mês: Manuel Martins de Sousa







SUBSTITUIÇÃO DE CHAVES

Decidido substituir as chaves da Sala do Club, visto haver diversos sócios que possuíam as chaves da mesma.



JOGOS

Resolvido só permitir jogos autorizados pelos Estatutos, proibindo-se a existência de fixas de qualquer tipo.



DANÇA

Criado mm curso de Danças, sendo nomeados os Srs. António Martins Fernandes e o Dr. Lopes Cardoso para a elaboração do respetivamente.



BIBLIOTECA

Abílio Ferreira da Costa foi nomeado bibliotecário.





Dependências do Clube desinfetadas, com creolina, e nomeados dois fiscais para os espetáculos.



Reparação do mobiliário



Clube não deu festa, devido à muita despesa, alugando o Salão à Escola Musical Gondomarense, para a sua récita no dia de Páscoa





25/Fevereiro



AUMENTO DE QUOTA

O cobrador pediu aumento de comissão de 15% para 20%, mas devido à quota, que era de $40 centavos, ter sido aumentada para o 1$00, ficou deliberado ficar nos 10%





Receio na admissão de sócios que possam desprestigiar o Clube.



Diretor-mês: Abílio Costa



Novos sócios:

Rufino Martins Carneiro

Damião Moreira Fernandes



Proposta de sindicância aos actos do Sr. Neves Correia não aprovada, sem que haja, primeiro queixa contra ele.



Base de licitação do concurso para a exploração do Buffet do Teatro, 15$00



CINEMA

A Empresa Cinematográfica Sacramento & Cª pede a eliminação da cláusula, que a obriga a pagar 50% do contrato nos Domingos em que não haja sessões.

Acedido satisfazer o pedido nos próximos meses de Março e Abril



1/Março

Ofício do Sr. António de Sousa Bastos, requerendo sindicância a algumas alegadas ilegalidades cometidas por Neves Correia. Nomeada uma Comissão sindicante e pedido ao Sr. Bastos para concretizar as acusações.



Novo Sócio

José Lopes dos Santos



OBRAS

Posto a concurso as obras de pintura nas paredes do Teatro e restante edifício e ainda das janelas e portas do salão de jogos e sala das sessões e Bufett.







12/Março



OBRAS

Obras mencionadas na acta anterior, foram entregues ao Sr. Silvestre Martins Pereira, que apresentara a melhor proposta, no valor 6070$60 centavos.



SINDCÂNCIA AO SR. MANUEL NEVES CORREIA

Ofício de António Sousa Bastos origina a constituição de uma Comissão sindicante, constituída por:



Artur Cabral Borges

António Dias Gonçalves Correia

Dr. João Lopes Cardoso

Amândio Novais de França

David Gaspar Vieira



SÓCIOS NO CLUBE ATÉ ÀS TRÊS DA MADRUGADA

O Sr. Presidente diz que alguns sócios, que permanecem no Clube até às 3 da madrugada, desrespeitando as disposições da Direção.

Sobre tal assunto travou-se acalorada e desenvolvida discussão, sendo resolvido depois de contínuas declarações que os sócios transgressores eram os Srs. João Martins de Sousa, Manuel de Sousa Campos, Francisco Duarte Lopes, Manuel Neves Correia, António de Sousa Bastos, Maximiano Vieira da Silva, Jeremias Gaudêncio Correia, Joaquim Cardoso Campos e Joaquim de oliveira, chamá-los ao Gabinete das sessões a fim de os mesmos prestarem declarações, que habilitem a Direção a proceder conforme for de justiça.



8/Abril



Ofício do sócio José Perfeito Gonçalves Pereira dizendo ter sido insultado pelo o Contínuo do Club, tendo este reconhecido o ter feito, embora sem intenção, pedindo desculpa por tal facto.



JOGO ILÍCITO

Jogo ilícito no Clube, nele participando o Diretor-mês, Sr. jacinto Nogueira, que alegou que estava somente a exemplificar.



Direção ficou satisfeita com as explicações dadas pelos sócios que estiveram no Clube até às três da madrugada!



Venda do gasómetro pequeno, pelo maior preço oferecido



26/Abril (Extraordinária)

Pedido de emissão do Contínuo, sendo resolvido procurar seu substituto com urgência











ASSEMBLEIA-GERAL

A Comissão de Sindicância pede uma Assembleia-Geral para aprovação da Acta da última Assembleia referente às contas do ano anterior.

Por motivo de impossibilidade, o Sr. Amândio Novais de França foi substituído na Comissão Sindicante por Alberto Pereira da Costa





6/Maio (suspensa, com continuação a 10/Maio)



Sócios que não deram explicações à Direção pelo facto de terem estado no Clube até às três horas da madrugada, foram punidos, por unanimidade, com 45 dias de suspensão de direitos..



10/Maio

CONTRATO DO CINEMA

Discussão sobre o contrato ainda não assinado com a Empresa Cinematográfica Sacramento e Cª Ldª, do Porto, que ainda não pagou renda referente aos espetáculos de Março e Abril.

Os Srs. Abílio Ferreira da Costa e Manuel Sousa, declaram que não assumem qualquer responsabilidade por tal facto, declinado no Sr. Presidente toda a responsabilidade do facto



Discussão sobre eventuais estragos devido às trepidações do motor do cinematógrafo que possam estar a arruinar as paredes do Clube. Chamado um perito para analisar, sendo o cinema suspenso enquanto tal não se verificasse.



NOVO CONTÍNUO

Sr. Justino da Silva foi contratado por 30$00 mensais.





Aviso afixado pedindo aos sócios, que tenham em seu poder objetos pertencentes ao Club, que os devolvam no prazo de oito dias.







NOVO SÓCIO:

Almerindo Soares Pereira





3/Junho

EVENTUAIS DANOS CAUSADOS PELO MOTOR DO CINEMA

Exame feito às paredes por dois competentes mestres de obras concluiu que não havia perigo de estragos causados pelo motor do cinema.

Sócio Sr. Joaquim Cardoso Campos pede em termos injuriosos a sua demissão.





CONTRATO DO CINEMA

Contrato do cinema já devidamente assinado e reconhecido.







VISTORIA AO CLUB

Câmara tinha oficiado o Club a informar que este não poderia continuar a dar espetáculos sem o Salão-Teatro ser vistoriado, vistoria essa já realizada no dia 31 de Maio. O Sr. Abílio (Vice-Presidente) verbera o procedimento do Presidente por ter requerido a vistoria sem conhecimento dos colegas, pois que assim o Clube teria tido a oportunidade de indicar um perito da sua confiança e que defendesse os interesses o Club, ao que o Sr. Presidente diz não ter tido tempo para isso devido ter recebido o ofício só a 29 de Maio e já estarem programados espetáculos a 2 e 3 de Junho. Embora não sabendo do resultado oficial da vistoria, o Sr. Presidente sabe, no entanto, que será necessário fazer algumas obras.

Por proposta do Sr. Abílio Costa foi constituída uma Comissão para ir junta da Câmara tentar atenuar as exigências das obras a fazer.

Na sequência do aviso pedindo o retorno de objetos pertencentes ao Club, os Srs. Serafim Rosas e Manuel Neves Correia, entregaram uma bandeira, uma mesa e outros objetos.

O Sr. Presidente informar que o Sr. José Martins Moura lhe declarara possuir uma chave da porta principal do Teatro, a qual não sabia se a devia entregá-la ou não, respondendo-lhe que a conservasse até ulterior resolução da Direção.

O Sr. Abílio Costa diz que as deliberações da Direção devem ser cumpridas sem exceção e que estranha e lamenta que essa chave não fosse entregue no prazo fixado







DESAPARECIMENTO DO HINO

Desconhece-se o paradeiro do Hino do Clube, encarregando-se o Sr. Abílio Costa de indagar o seu paradeiro







1/Julho

Sr. José Martins Moura diz, por ofício, que a chave da porta principal do teatro já não a tinha há tempos imemoriais, pois que a tinha entregue à pessoa que a confiou, cuja pessoa a faria chegar ao seu destino se assim o entendesse. O Sr. Presidente estranha o teor do ofício, nomeadamente a expressão “já de há tempos imemoriais” que já não possuía essa chave”, quando é certo que muito recentemente lhe declarara que a tinha em seu poder”

Terceiro:- Que este provado que o Sr. Moura, na qualidade de perito da vistoria ultimamente feita no Salão-Teatro deste Club, foi quem levantou as maiores dificuldades aos interesses do mesmo, dificuldades que acarretariam os maiores prejuízos e talvez o encerramento do Teatro, se a Comissão encarregada por esta Direção não tivesse conseguida da digna Autoridade Administrativa deste Concelho que as condições impostas pela referida vistoria não fossem consideravelmente atenuadas.



Quatro:- Que o Sr. Moura, apesar de ter declarado perante o vogal desta Direção Abílio Costa e de outro cidadão, cujo nome em tempo oportuno se tornará conhecido, que tinha em seu poder o Hino do Club, ainda não fez entrega dele apesar de a isso ser convidado por aviso afixado no salão de jogos deste Club.-

Proponho que o Sr. Moura seja convidado por escrito



Comissão de Sindicância não culpa o Sr. Manuel Neves Correia.



Novo sócio:

Cosme da Costa Cruz



SEGURO

Aumento do seguro; de 15 para 30 contos nas Cªs “Atlas” e “Mondego e Algarve”



Pano novo no bilhar moderno



Aluguer do Teatro passa para 70$00, com o serviço de carpinteiro e bombeiros a cargo do Club



5/Agosto

Clube dos Caçadores pede 4 tacos emprestados.



Mau uso do Piano.



Aumento da tarifa dos bilhares:

Bilhar antigo, $80 hora, de dia. 1$00 hora, de noite.

Bilhar moderno: 1$00 hora, dia, 1$20 hora, de noite

















13/Setembro



QUESTÃO DO MAU USO DO PIANO

Questão do mau uso do Piano, motivando que o Diretor Abílio Costa, acusado por José Martins Moura, tivesse contra este protestado. Protesto ficou lavrado em acta:

-Sr. Presidente:-Tendo apreciado devidamente a malévola exposição feita a esta Direção pelo sócio José Martins de Moura, eu fiquei plenamente convencido de que ela não passa de uma ignóbil mistificação ardilosamente preparada com o fim único de levantar dificuldades a esta Direção, para desprestígio do bom nome do Club e principalmente para alijar responsabilidade num suposto criminoso, que a havê-lo, só pode ser o Sr. Moura.

Sr. Presidente! As jeremiadas do Sr. Moura fazem-me lembrar o piar agoirento do mocho, a quem o povo ignorante na sua crendice vulgar atribui os mais injustificados malefícios, mas a quem a pessoas ilustradas e até medianamente ilustradas não ligam a mais insignificante importância.



Sr. Presidente! Eu sei, sabem-no os colegas nesta Direção Sr. João Martins de Magalhães Júnior e Manuel de Sousa, sabe-o talvez V. Exª que o piano deste Club se encontra um pouco deteriorado conforme o Sr. Moura afirma. Essa deterioração, porém, data precisamente do tempo em que o Sr. Moura tinha em seu poder as chaves do mesmo piano e da porta do Salão-Teatro, onde o mesmo se encontra.



Eu sei, como igualmente o sabem diversos sócios deste Club, que durante os tempos em que o Sr. Moura teve eu seu poder as referidas chaves, se ouvia frequentemente tocar o piano, chegando mesmo a fazer-se a afirmação, que eu garanto, de que alguns garotos, que frequentemente vagueiam pelo Largo do Club fossem assíduos tocadores do piano, não podendo eu, contudo, garantir se eram ou não alunos do Sr. Moura.



Daqui se concluiu, mais facilmente, Sr. Presidente, que o deteriorador do piano ou foi o Sr. Moura ou o Sr. Moura foi o causador de que os garotos-ou sejam seus alunos ou não- o estragassem, o que para mim vale o mesmo.

Seja, porém, como for, o que posso garantir, sob minha palavra de honra, é que a detioração, aliás de fácil compostura, é muito anterior à data indicada pelo Sr. Moura e foi causada na época em que as chaves se encontravam em poder daquele Sr. (Podem garantir este facto os dois vogais desta Direção já indicados, Srs. Magalhães e Sousa)



Mas, Sr. Presidente! Sinta bem que o Sr. Moura movido talvez pelo remorso que o faz curvar ao peso esmagador das dificuldades que tem levantado e procura ainda levantar a esta Direcção, contribuindo assim para o desprestígio e bom nome desta coletividade, deu ocasião a que seja devidamente apreciado o seu incorretíssimo procedimento como sócio deste Club e o mesmo fique exarado na acta desta sessão para todos os devidos efeitos.





Nestes termos:- Considerando.

Primeiro:- Que o Sr. Moura deixou de entregar a esta Direção as chaves que tinha em seu poder, quando para isso foi convidado pela mesma Direção, por meio de aviso afixado no salão de jogos deste Club.

Segundo: “Que, quando oficiado ordenando-lhe a entrega imediata das referidas chaves, ele em ofício que se encontra arquivado, declarou com o fim claramente compreensível, mas verdadeiramente irrisório, que já tinha entregue aquelas chaves ao Contínuo há tempos imemoriais, quando é certo que ter declarado três dias antes ao Sr. Presidente que as mesmas se encontrava em seu poder.

Terceiro:-Que está provado que o Sr. Moura, na qualidade de perito da vistoria, ultimamente feita no Salão-Teatro deste Club, foi quem levantou as maiores dificuldades aos interesses do mesmo, dificuldades que acarretariam os maiores prejuízos e talvez o encerramento do Teatro, se a Comissão encarregada por esta Direção não tivesse conseguido, da digna Autoridade Administrativa do Concelho, que as condições impostas pela vistoria não fossem consideravelmente atenuadas.

Quarto:-Que o Sr. Moura apesar de ter declarado, perante o vogal desta Direção, Sr. Abílio Costa e de outro cidadão, cujo nome em tempo oportuno se tornará conhecido, que tinha em seu poder o Hino do Club, ainda não fez entrega dele apesar de a isso ser convidado, por aviso afixado no salão de jogos deste Club, proponho que o Sr. Moura seja convidado por escrito a vir, no maior curto prazo de tempo, perante esta Direção prestar as necessárias declarações e, muito principalmente, a indicar qual a pessoa ou pessoas que, pela forma que indicou, martelavam no piano na data por ele indicada.

Que esta Direção, em face do que fica exposto, proceda, nos termos que o Estatuto deste Club e seu respetivo Regulamento impõem, e ainda em harmonia com a deliberação tomada em sessão desta Direção realizada em três Junho do corrente ano.

Gondomar, 13 de Setembro de 1923, o Vice-Presidente Abílio Ferreira da Costa.



Em resultado da exposição do Sr. Abílio Costa, foi resolvido oficiar ao Sr. José Martins de Moura para que faça entrega do Hino do Club.



Proposta do Vogal, Sr. Manuel Martins de Sousa, para que as chaves do Salão-Teatro fossem entregues ao Sr. Moura foi rejeitada, originado que este pedisse para exarar em acta o seguinte:

Que enquanto não for aprovada a sua proposta não voltará mais a assistir às sessões, nem mesmo exercerá qualquer cargo que lhe possa competir em face dos Estatutos.







13/Outubro

Ofício do Sr. José Martins de Moura negando ter em sua posse o Hino do Club



Gasómetro pequeno vendido por 55$00.









20/Dezembro

Ofício do presidente do Núcleo Escolar de Gondomar, no qual pede desculpa e dá todas as satisfações exigidas pelo Sr. Presidente da Direção, acerca de uma recente reunião do mesmo núcleo na Sede deste Club, sem a devida autorização da Direção.

Ofício do vogal Sr. António Soares Pereira, pedindo a sua demissão, mas que, por maioria, é rejeitada.

Pedido de desculpas, que foram aceites, do Presidente do Núcleo Escolar de Gondomar, através do Prof. Ferreira, por ter reunido com professores, no Clube, sem autorização da Direção.



Decidido dividir o Salão-Teatro com uma grade.





NOVOS SÓCIOS:

Joaquim de Sousa Ribeiro

Damião de Almeida Marques







EMPRÉSTIMO:

Resolvido proceder à amortização de 30 obrigações.





ASSEMBLEIA GERAL

Assembleia Geral marcada para 20 de Janeiro, para apresentação de contas e eleições de novos corpos gerentes para 1924.





1924

Direção

António Martins Fernandes..

António Moreira dos Santos.

Joaquim Pinto Nogueira.

José Martins de Sousa.

Vicente Gonçalves Pereira.

David Gaspar Vieira

Manuel da Rocha Vieira.





ADMISSÃO DE SÓCIOS

Votação secreta para admissão de sócios.



Gasómetro a gás de acetileno em mau estado.



Experiência com candeeiros a gasolina.



Empréstimo 1.000$00 ao Foot Ball Clube de Gondomar.



Cedido o Piano para uso de terceiros.



Pedida a presença da Guarda Republicana para evitar abusos durante os espetáculos.



Repintar o Cenário do Palco, com o fim de estar pronto para a festa da Páscoa.



Grupo Dramático e Recreio Valboense pede opereta.









PEDIDO DE DEMISSÃO DO PRESIDENTE

Presidente pede a demissão devido a nova admissão de um sócio, que, anteriormente, se tinha demitido de forma incorreta. Formada uma Comissão de Paz para pedir ao sócio que retirasse as palavras menos corretas por ele proferidas.







ATLETISMO

Foot Ball Clube de Gondomar, pede prémio para a realização de uma prova pedestre. Concedido bronze como prémio.



António Soares Correia, foi expulso por unanimidade.



Compra de um fogareiro



Canalização de luz, a gasolina, em mau estado.



Proposta do Sr. Presidente, para alargar o Salão Teatro, foi rejeitada.





JOGOS

Aumento dos “baratos”, do jogo das cartas "Marimbo", destinado para o bodo aos pobres.









EMPRÉSTIMO DE BANCOS

Oito bancos emprestados ao Foot Ball Clube de Gondomar, para a inauguração do seu campo de jogos.



OPERETA

Grupo Dramático Paz e Liberdade, pede a opereta "Boccacio na Rua". Cedida.







DEMISSÃO DE DIRETORES

Ainda por causa da admissão do Sr. Lopes, o Sr. Presidente e o Sr. Pinto Nogueira pedem a demissão.



Pintura dos cenários das duas salas, já divididas.





CINEMA

Fim do contrato com a Sacramento Ltdª







ISENÇÃO DE ALUGUER

Confraria pede isenção de aluguer do Salão para os espetáculos (19 e 20 de Abril) a favor do Monte Crasto. Deferido.





CEDÊNCIA DO SALÃO-TEATRO

Cedido o Salão-Teatro ao Grupo Dramático Honra e Glória Gondomarense, em 18/5.

Salão cedido em 25/5 ao Grupo Dramático Estrela de Fânzeres.





VENDA DE BANCOS

Os oito bancos emprestados ao Foot Ball Clube de Gondomar, por motivo de estarem estragados, foram vendidos por 15$00 cada.







AUMENTO DO CONTÍNUO

Contínuo aumentado de 30$00 para 40$00 mensais.



Proposta de realização de Conferências literárias, musicais e artísticas, assim como a criação de um Grupo Dramático.





AGRADECIMENTO

Agradecimento da Confraria do Monte Crasto, pela realização dos espetáculos a seu favor realizados em 19 e 20 de Abril.







Camilo Martins de Oliveira é convidado a dar uma conferência sobre "O Teatro e a Escola como Fontes de Civilização"





HOMENAGEM

Homenagem à Junta Paroquial pela compra de terreno para o novo cemitério.

Decidido apoiar o jornal local "A Nossa Terra".







TINA DE ÁGUA

Ofício do Delegado do Governo, chamando a atenção para a existência de um piquete de Bombeiros em cada espetáculo, com o custo de 11$00 cada. Também, exigida a existência, no Palco, de uma tina com água.







Devido ao mau comportamento do Grupo Dramático Paz e Liberdade, decidido não mais alugar-lhe o Salão-Teatro.





Êxito da Conferência.





Para uma 2ª Conferência, foi convidado o jornalista do Jornal de Notícias, Sr. Campos Monteiro.





Resolvido numerar as cadeiras e bancadas do Salão-Teatro.



Cartão de Gago Coutinho agradecendo condolências pela morte de Sacadura Cabral.



COMPRA DE LOTARIA

Compra de um bilhete para a Lotaria do Natal.



Ofício do Bristol Clube, atribuindo ao Clube Gondomarense o título de Sócio Honorário.





PROIBIÇÃO DE JOGOS

Repressão de jogos julgados prejudiciais ao Clube





1925

Direção

Manuel da Silva Monteiro

Damião Marques Rosas

João Martins de Sousa

Alberto Soares Martins Rosas

David Santos Martins

Henrique Ferreira das Neves

António Maria da Cruz Batista.



CEDÊNCIA GRATUITA DO SALÃO-TEATRO

Cedência gratuita do Salão-Teatro para a realização de um espetáculo a favor do projetado Hospital de Gondomar, Jan/1925.



Aviso para uma apresentação decente dos sócios no Clube.



Germano José de Castro oferece pano para os bilhares

Reorganização do Corpo Cénico do Clube.



Afixação da data e hora dos ensaios do Orfeão de Gondomar.

5$00, cada ensaio, tanto para o Orfeão como para o Curso de Dança.



Conserto do telhado.

Demonstração de rádio telefonia.



Desvio de alguns números do jornal "A Nossa Terra"

Assinatura do "Domingo Ilustrado"

Recebido o Boletim Oficial do Congresso.

Proposta para se fazer o Inventário.

Exclusão de três sócios por falta de pagamento de quotas.



Impossibilidade do Sr. Campos Monteiro dar a conferência prevista.



Oferta de Confraternização da Escola Dramática com o Clube Gondomarense.



Bombeiros pedem ao Clube a passagem de bilhetes.

Exclusão, por atitude insultuosa, de um sócio.

Demissão do Dr. Lopes Cardoso.

Admissão de:

Américo Jazelino Dias da Costa.

Ernesto da Fonseca.

Custódio Lopes de Castro.



Cedência, gratuita do Salão, mesmo sem autorização da Assembleia, a expensas de membros da Direção.

Recebido o quinzenário "Europa"



Aberta subscrição para pagamento do aluguer do teatro para um espetáculo a favor de um tuberculoso, que entretanto morrera, sendo o dinheiro entregue à viúva.



Factos mais importantes: Reorganização do Corpo Cénico

Aviso para que os sócios se apresentem de maneira decente

Espetáculo a favor do projetado Hospital em Gondomar

Ensaios do Orfeão de Gondomar.

Conserto do telhado

Desvios de jornais

Demonstração da rádio telefonia

Exclusão de três sócios

Confraternização com a Escola Dramática

Demissão do Dr. Lopes Cardoso.

Espetáculo a favor de um doente tuberculoso.











1926

Direção

António Moreira dos Santos

Joaquim de Sousa Martins

Cosme da Costa Cruz

Damião Marques de Almeida

Mateus Ferreira Rosas.

António Carolino Alves Costa Castro.

António Teixeira das Neves.



Reunião com o Orfeão

Indagar sobre o paradeiro de uma espingarda, em falta.

Assinar todos os jornais da terra.



Reorganizar o Corpo Cénico do Clube.

Pagamento de obrigações.

Contrato com o Orfeão.



Substituição das chaves do Piano.

Fiscalização no Teatro.



Protesto, publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro", devido à não realização das festas de Carnaval

Falta de pagamento do foro.



Novas condições, de aluguer do Salão-Teatro para o Orfeão.

Convite da Escola Dramática



Bodo, pelo Natal, a 50 pobres de S. Cosme.



O responsável pelo desaparecimento da espingarda foi condenado a pagá-la em prestações mensais.





Proposta à Câmara, que foi rejeitada, para que o Largo do Clube fosse chamado de Joaquim Duarte Lopes. Indeferida.



Grupo Benemérito Valboense convida o Clube para a sua festa de aniversário.

Pagos os 135$00 anuais pelo foro do terreno.



Excursão à Póvoa. Pedida tarifa de grupo à C.P..

Impressão de 200 bilhetes.



Não permitida a entrada, no Clube, a não sócios.



Raúl Ramos Lobão proposto como sócio benemérito, pelo bom trabalho realizado no pano de boca de cena.



Ofício do Orfeão agradecendo as atenções dispensadas pelo Clube.



Representação do Clube à Escola Dramática muita bem recebida.



O Sr. Manuel Neves Correia rasgou um jornal.



Empréstimo dos sócios para a compra de cadeiras.



Clube é convidado a integrar uma Comissão para trazer a luz eléctrica para Gondomar.



Espetáculo, abrilhantado pela Escola Musical da Ala dos Namorados e comparticipado com a Ala, para a eletricidade



Acesa discussão sobre um Ofício dos Legionários, que pedia para o Clube integrar um bando precatório a favor das vítimas do Faial.



Questão da Conferência, a realizar pelo Sr. Campos Monteiro, colocada à Ass. Geral, devido aos custos da mesma.



Contratar cartorário.

Sub-Delegado do Governo quer fazer uma vistoria ao Clube.



447$00, existentes na caixa de Beneficência do Clube, distribuídos aos pobres pelo Natal.



Factos mais importantes: Assinar todos os jornais de Gondomar

Reunião e contrato com o Orfeão.

Reorganização do Corpo Cénico

Protesto, na Imprensa, pela ausência da festa do Carnaval

Bodo aos pobres

Responsável pelo desaparecimento das espingardas

Condenado a pagá-las, em prestações.

Proposta, feita à Câmara, para que ao largo, fronteiro ao Clube, fosse dado o nome de Joaquim Duarte Lopes.

Grupo Benemérito Valboense convida o Clube para o seu aniversário.

Excursão, de comboio, à Póvoa.

Vedada a entrada, no Clube, a não sócios.

Orfeão agradece atenções dispensadas.

Raúl Ramos Lobão, proposto para benemérito.

Clube é bem recebido pela Escola Dramática

Sócios emprestam dinheiro para cadeiras

Clube integra Comissão para trazer a electricidade.

Delegado do Governo quer vistoriar o Clube

Bodo aos pobres

Pagamento do foro.





1927

Direção

Joaquim Santos Martins

Manuel Joaquim da Rocha

Cosme da Costa Cruz

António Teixeira Neves

Manuel Martins de Sousa

António Maria Cruz Batista

António Carolino Alves de Castro.



Espetáculo para a instalação da luz elétrica

Orçamento de 2.490$00 para a luz elétrica para o Clube.

Empréstimo dos sócios para a instalação da luz.

Um grupo de sócios emprestou 40$00, cada



Organização e autonomia do Corpo Cénico e nomeado um Diretor de Música.

Grupo Dramático da Invicta Cidade do Porto quer dar espetáculo.



Ofício da Empresa Elétrica Ltdª de Valbom para a exploração do cinematógrafo e variedades.



Ofício do Presidente da Empresa Luz Elétrica Ltdª, convidando o Clube para a inauguração da luz elétrica.

Augusto Dias de Figueiredo oferece livro de sonetos



Sessões de cinematógrafo durante as festas da Vila a 8/9 e 10 de Julho, e mais uma em 16 de Julho, pela Empresa Artística Valboense Ltdª.



Cedência do Salão-Teatro à Empresa Cinematográfica de Portugal.



Recusado aluguer do Salão ao Grupo Dramático Invicta, por motivo de já estar alugado para sessões de cinema.



Instalado contador elétrico no Salão de Jogos.



Colocada lâmpada na retrete



Buffet não dá lucro.



Compra de doze cadeiras por 775$20



Factos mais importantes. Clube é convidado para a inauguração da luz elétrica

em Gondomar

Instalada a luz elétrica no Clube.

Colocada lâmpada na retrete

Grupo Dramático Invicta não dá espetáculo, pelo facto de o Salão já estar alugado para cinema à

Empresa Cinematográfica de Portugal




1928

Direção

Victorino Marques das Neves

Manuel Joaquim da Rocha

António Moreira da Cruz Batista

José António Pacheco de França

Vicente Gonçalves Pereira

Manuel Martins de Sousa

David dos Santos.



Direção pagou do seu bolso 4 rifas que o Grémio Recreativo Penichense mandou.



Reforma das cadeiras do Salão-Teatro.

Assembleia Geral do Orfeão realizada no Salão-Teatro.

Ensaios do Corpo Cénico do Clube.



20$00 de gorjeta ao empregado do cinema pela satisfação pela sessão de cinema oferecida aos sócios, de acordo com o contrato.



Seguro atualizado (30 contos para a casa e 20 para os haveres) passou para uma só companhia, Bonança., por 300$00 de prémio.



Coletividades e Imprensa para a festa da Fundação.



Aluguer gratuito do Salão Teatro ao Orfeão de Gondomar, realçando o seu papel de engrandecimento para a terra.



Aviso alertando para o desaparecimento dos jornais da terra;

"A Nossa Terra" e o "Legionário de Gondomar"



Presidente da Direção demissionário.



Campeonato de bilhar inter-sócios.



Abertura, à experiência, do Clube, todas as noites.



Assembleia Geral para resolver compra de cadeiras para o Salão-Teatro.



Louvor pela brilhante atuação do Grupo Musical do Clube Gondomarense, na festa ao Clube.



Orfeão pede salão para ensaios.



Empréstimo dos sócios para a compra das cadeiras.



Entrada para sócio do Sr. Avelino Gomes (empresário do cinema)





Orfeão convocado para uma reunião com o Clube por causa de um incidente durante um espetáculo com alguns dos seus membros.

Orfeão dá explicações sobre o incidente, que foram aceites.

Manuel Neves Correia rasga um jornal.



Manuel Ribeiro d'Almeida é proclamado sócio honorário, em Ass. Geral




Factos mais importantes: Assembleia Geral do Orfeão, no Clube.

Ensaios do Corpo Cénico do Clube

Aluguer gratuito do salão ao Orfeão,

realçando o seu papel no engrandecimento de

Gondomar

Situação demissionária do Presidente

Campeonato de bilhar inter-sócios

Abertura diária, à experiência, do Clube.

Louvor à atuação do Grupo Musical do Clube

Incidente, depois sanado, com O Orfeão

Sócio rasga um jornal




1929

Direção

Vitorino Marques das Neves

Dr. João Lopes Cardoso

David dos Santos Martins

José António Pacheco de França

Vicente Gonçalves Pereira

António Soares Pereira

João Martins de Sousa.



Saldo: 1645$40



Espetáculo para obras no Salão, Gabinete e Palco



Dr. Cardoso entende que o Clube ainda não tinha atingido o grau de prosperidade, que lhe é devido por natureza. Acha que o número de sócios é insignificante e exorta à angariação de mais.



Dr. Cardoso tem em mente a instalação de um posto de telefonia sem fios.



Comissão constituída por Damião Marques de Almeida, David Gaspar Vieira e Herculano Vilasboas Pereira.



Ofício do Orfeão pedindo para a sua Direção realizar as suas reuniões na Secretaria do Clube, visto que todos são sócios do Clube e em virtude de não terem casa própria.



Convite da escola Dramática para o Bodo aos pobres.



Paramount Filmes, de Lisboa, oferece filmes a bom preço.



Pacheco França, lamenta que a Biblioteca do Clube só exista em imaginação, pois que só há meia dúzia de livros. Propõe, sendo aprovado, ofício a todos os sócios pedindo a oferta de um livro.



Dívida do Clube é de 280$00 referente ao empréstimo.



Propostos pelo Dr. Cardoso, foram admitidos, de uma só vez, 23 sócios.



Decidido que, as joias dos novos associados, fossem destinados à compra da telegrafia sem fios.



Falecimento de Artur Cabral Borges, pessoa, que muito embora não fosse deste Concelho por ele procurou trabalhar, engrandecendo a Corporação dos Bombeiros locais e fazendo parte de quase todas as Agremiações desta terra.



O Clube exarou voto de pesar e fez-se representar no funeral.



Sócio: José Martins de Moura (Chefe da Repartição de Obras da Câmara), foi contactado para a elaboração da planta de aumento das instalações do Clube (Salão Nobre) visto que se tornavam pequenas para as necessidades.




Ofício do Delegado da Inspeção Geral do Teatro, pedindo planta e mais documentos exigidos por Lei (Dec. 13.564 (artº 20º) de 1927, sem os quais o Salão-Teatro seria encerrado.



Análise da planta para ampliação da Sede e fontes de financiamento.

Análise do orçamento provisório.



Assembleia Geral para autorizar as obras.





Orfeão de Gondomar, solicita a colaboração do "Grupo Cénico" do Clube para um espetáculo que tenciona levar a efeito em Ermesinde, em benefício dos bombeiros locais. Autorizado.



Discussão sobre o encerramento do Clube para além da 1hora.



Fim do contrato da exploração do cinema, por parte do empresário Sr. Avelino Gomes.



Sessão em 6 de Julho, - última- a favor do cofre do Clube, para a compra da telegrafia.



Admissão de nove sócios.



Ofício da sócia honorária Exmª Srª Guilhermina Guydi, oferecendo livros para

a Biblioteca.



Convite da Escola Dramática Valboense para o seu aniversário.



Louvor ao sócio Sr. Avelino Gomes pelos favores feitos ao Clube.



Concurso anunciado nos jornais para a exploração do cinema.



A sessão de cinema, a favor da compra do rádio, rendeu 820$00, mas como tal quantia não era suficiente, realizou-se o sorteio de uma meia-libra em ouro para o mesmo efeito.



Agradecimento ao Sr. Avelino Gomes por não ter cobrado aluguer das fitas.



Compra de um rádio. Antena montada num motor de vento



Empresário do cinema retirou todas as suas coisas referentes à exploração.



Obrigacionistas oferecem as suas obrigações ao Clube, sendo o dinheiro aplicado na compra de cadeiras para o salão de jogos.



Alguns sócios foram admoestados por não pagamento dos baratos das cartas.

Sendo chamados à Direção, reconheceram as suas faltas, à exceção do Sr. Manuel Neves Correia, que não reconhecia a autoridade do Sr. Presidente. para a repreensão dos seus atos, facto que, mais tarde levado à Ass. Geral, (com a presença de quase cem sócios) motivou a sua expulsão.



Teto do Salão de Jogos em ruínas, quase a provocar uma desgraça.



Resolvido oficiar os jornais locais contra a publicação de apreciações injustas e desprimorosas para com o Clube.



Orfeão de Gondomar pede colaboração do "Corpo Cénico" do Clube para um espetáculo em Pedrouços.



Obras no bilhar velho.




Dr. Cardoso, propõe passeio a Vila Real, para ver o Marão e as suas neves.



170$00 de aluguer, a terceiros, pelo Salão.

Criada Comissão para a organização de Cursos de Dança.



Parecer técnico da Direção dos Espetáculos para a eventual ampliação do Salão



Compra de pipo de 25 litros de água-ardente!..



Um grupo de sócios oferece uma Grafonola, merecendo um louvor.

Sócio oferece doze cinzeiros, para as mesas do jogo.



Palavras, de satisfação, pela forma consensual como decorreu a gerência.



Factos mais importantes: Espetáculo para obras

Dr. Cardoso acha que o nº de sócios é insignificante

De uma só vez, propostos pelo Dr. Cardoso,

foram admitidos 23 novos sócios.

Pacheco França promove angariação de livros para a

Biblioteca.

Última sessão de cinema em 6/7/1929, que rendeu 820$00 a favor da compra de um rádio, conforme proposta pelo Dr. Cardoso.

Obras para o aumento do Salão Nobre.

Orfeão e o Corpo Cénico dão, em conjunto, um espetáculo em Ermesinde.

Passeio a Vila Real para ver as neves do Marão

Sócios oferecem uma Grafonola

Louvor ao Sr. Avelino Gomes (empresário do cinema)

D. Guilhermina Guiddy oferece livros à Biblioteca

Compra de um pipo de 25 litros de água-ardente




1930

Direção:

Dr. João Lopes Cardoso

Manuel da Silva Monteiro

Henrique Ferreira das Neves

José António Pacheco de França

Germano José de Castro

António Soares Pereira

João Martins de Sousa.



Ofício do Sr. Cosme Costa Cruz, insultando e pedindo a demissão, incidente que, mais tarde, foi sanado.



Convite do Centro Democrático Pádua Correia.

Corpo Cénico do Clube pronto a dar espetáculos. O ensaiador é do Porto, visto que o da Vila abandonou.

Obrigação de Extintor nos Espetáculos.



Carregador de baterias em Gondomar, não mais sendo necessário ir ao Porto.

Aumento de quota para 2$50.



Compra de uma dúzia de cadeiras.

Orfeão pede a cedência do Salão-Teatro, para nele organizar Festa de Homenagem ao seu regente José Martins Moura.

Modificar as cadeiras no Salão-Teatro, visto já não haver cinema.



Autorização para um Baile, organizado por sócios do Curso de Dança.



Lamenta-se o facto de não haver ensaiador da terra para o Corpo Cénico do Clube, evitando-se, assim, a despesa do elétrico com a vinda do ensaiador do Porto.



Cobrador recebe 12% sobre as quotas de 2$50 mês.

Grupo Columbófilo pede prémio para um Concurso, sendo-lhe oferecido uma medalha em ouro.



Censura à publicidade afixada no Clube sobre um filme a correr em Valbom.

Manuel da Silva Monteiro oferece meia libra em ouro para ser sorteada e o produto ser incluído no Bodo aos Pobres.



Mandado executar bandeira para ser içada no mastro social.

Actor Botelho do Amaral oferece espetáculos a favor do Clube.



Necessidade de obras de carpintaria. Forrar as paredes a papel e chamar o asfaltador.



Comprar novos portões para a entrada.



Empréstimo interno de 50 contos, amortizáveis em 20 anos ao juro de 6%

Revisão da apólice do seguro.



Festa do Aniversário do Clube, realizada em 20/4, com embandeiramento, iluminação do Clube e copo d'água.



Comissão do Corpo Cénico pede demissão, que mais tarde foi convocada, tendo o Sr. Damião Marques aceite continuar a sua coordenação.



Sexteto de José Martins Moura colabora na festa do aniversário.



Obras no teto do Salão.



O sorteio da meia-libra rendeu 390$00, a integrar o Bodo aos Pobres.

Circular aos sócios sensibilizando-os para o empréstimo interno para obras.



Obrigatório que os organizadores de Espetáculos deem três bilhetes ao Clube, para os poderem fiscalizar.



Grupo Columbófilo de Gondomar agradece prémio.





Contrato de arrendamento do Buffet.



Por Lei, o Clube é obrigado a dar um Espetáculo, por ano, para fins beneficentes.

Reforma elétrica e compra de candeeiros.



Voto de pesar pelo falecimento do Sr. Manuel José Ferreira Marques, sogro e pai dos sócios Silvestre e Gabriel Ferreira Marques.



Convite da Escola Dramática para as Bodas de Prata.



Tesoureiro abona dinheiro para pagamento de contas.



Continuação da subscrição do empréstimo para a ampliação da sede social.



Aviso para que os sócios, devedores do Buffet, paguem as dívidas, porque não faz sentido que seja o Tesoureiro a pagar as dívidas do Clube.



Ofício da Câmara pedindo o maior nome das assinaturas do Clube para a Monografia de Gondomar que será publicada em fascículos.



Convocação das forças vivas da Vila para auxiliar a pretensão da Câmara em transferir a Escola Industrial Marques Leitão, de Valbom para Gondomar.



Instalação definitiva da luz elétrica no Salão.

Aquisição do móvel para o aparelho da T.S.F.



Satisfação, pelo êxito da reunião conjuntas das Coletividades, para trazerem a Escola Industrial para Gondomar.

Espetáculo a favor do Clube.



Dr. Cardoso diz que no Clube Gondomarense se passam horas agradáveis e que os Gondomarenses reconhecem o Clube.





Factos mais importantes: Corpo cénico pronto a dar espetáculos.

Obrigação de Extintor de incêndios. Antes era uma tina cheia d’água.

Orfeão pede o Salão para homenagear o seu regente

José Martins Moura.

Fim das sessões de cinema e modificação da disposição das cadeiras.

Bandeira nova para o mastro.

Portões novos, para a entrada.

Baile pelos alunos do Curso de Dança.

Existência de um carregador de baterias em Gondomar.

“Copo d’Água” na festa do Aniversário.

Bodo aos pobres com a oferta de meia libra de ouro, para sorteio, que rendeu 390$00.

Subscrição entre sócios para as obras.

Câmara pede assinatura para a “Monografia de Gondomar”

Reunião das forças vivas para trazerem a Escola Industrial para a Vila.

Dr. Lopes Cardoso diz que se passam bons momentos no Clube




1931

Direção:

Albino Moreira de Araújo

José Perfeito Gonçalves Pereira

Damião Ferreira Rosas

José Soares da Silva

Honório Gaspar Vieira

Artur de Castro Koch

Francisco de Almeida Sande





Festas e Baile de Carnaval.



O Salão-Teatro não está em condições exigidas por Lei. O Clube pede a benevolência do Administrador do Concelho, para que “feche os olhos”.



Constituição de uma Comissão para estudo do empréstimo para ampliação da Sede.



Autorização ao Orfeão para a colocação de um armário na sala de reuniões do Clube, onde já se reuniam.



Compra de cabide para chapéus e sobretudos.

Fazer uma caixa para o rádio e outra para os discos da grafonola.



Oferta de um livro de ouro.

Dr. Cardoso oferece Alto-Falante para o rádio.



Quinteto do Clube, regido por José Martins Moura, merece louvor pela maneira desinteressada com que abrilhantou as festas do 23º aniversário realizado no dia de Páscoa.



Dr. Lopes Cardoso é reconhecido como um grande amigo do Clube.



410$00 foi o produto do sorteio da meia-libra.

Repintar os cenários e bambolinas.



Sr. José Silva propõe mandar imprimir mil meias cartas timbradas e mil envelopes.



Damião Rosas propõe, sendo aceite, campeonato de bilhar entre sócios, sendo abertas as inscrições.



Convite da Escola Dramática



Clube de Caçadores de Gondomar convida o Clube para se fazer representar numa exposição (certame) de flores e plantas de estufa no Salão Nobre da Câmara.



Espetáculo do Orfeão deu prejuízo.



Sr. Administrador do Concelho pede para o Clube dar um Espetáculo a favor dos tuberculosos. Por receio de o espetáculo dar prejuízo, resolveu-se dar 150$00 do cofre do Clube.



Salão-Teatro cedido, gratuitamente, ao Grupo Dramático do Jornal de Notícias.



Editais na imprensa local para o arrendamento do Buffet.



Ofício da Tuna União de Gondomar pedindo o salão para ensaios. Concedido. gratuitamente, desde que não prejudique o Orfeão.



Passeio a Vigo. Entrada de 2$50 e 1$00 semanal para o passeio ter lugar em Julho.



Damião Marques d'Almeida oferece o livro " O Arauto do Porvir".



Artur de Castro Koch é nomeado Diretor de mês.



Ala de Legionários convida o Clube para a sua festa.

Clube representou-se através do seu Presidente.



Devido a fraco movimento no Bar, o Concessionário é dispensado de pagar renda.



Alguns sócios assinam a "Monografia de Gondomar".

Clube resolve a assinar a "Revista Ilustrada Portuguesa".



Constituição da Comissão para o passeio a Vigo.

Grupo de sócios pede Ass. Geral para diminuição da quota.



Aquisição, por proposta de José Soares da Silva, de um livro próprio para nele constar a inscrição de todos os sócios passados e futuros.



Subscrição inter-sócios para a compra de "História de Portugal".

Clube é representado com bandeira na festa de homenagem ao Sr. Dr. Joaquim Manuel da Costa a realizar em 22 de Novembro.



Constituída Comissão para avaliar o ativo do Clube e mandar imprimir, depois, o relatório para conhecimento dos sócios.



Dr. Lopes Cardoso é proposto para sócio honorário.

Questão do sócio Sr. Sande -que tendo quotas em atraso não as quis pagar; por ter pedido a demissão e por ter sido readmitido- originou a demissão da Direção.



Factos mais importantes: Instalações do Salão-Teatro não cumprem as condições

legais

Orfeão instala um armário na Secretaria do Clube, onde já reunia.

Oferta de um Livro de Ouro

Dr. Lopes Cardoso reconhecido como grande amigo

do Clube, sendo proposto para sócio honorário.

Campeonato de bilhar inter-sócios

Fraco movimento no Bar

Sócios subscrevem a compra da “História de Portugal”

Clube faz-se representar na homenagem ao Dr. Joaquim Manuel da Costa

Compra de um livro para registo de todos os associados.

Passeio a Vigo

A Ala Nun’Álvares convida Clube para a sua festa.

Sorteio de meia libra rendeu 410$00 para o Bodo aos pobres.

Constituição de uma Comissão para a ampliação da Sede

Administrador do Concelho pede um espetáculo para os tuberculosos.



1932

Direção:

Victorino Marques das Neves

Manuel Martins de Sousa

António Soares Pereira

Vicente Gonçalves Pereira

Eduardo de Castro Koch

Damião Martins Alves Fontes

Cosme da Costa Cruz



Decidido nomear uma Comissão, que agregada à Direção, estudaria a ampliação do Clube através de obras na parte baixa., visto o espaço ser pequeno para a frequência dos sócios.



A Comissão composta por:

Germano José de Castro.

José António Pacheco de França.

Manuel da Silva Monteiro.

Dr. João Lopes Cardoso.



Como a anterior Direção se tinha esquecido, foi dada uma gorjeta de 50$00 ao Contínuo.



Bombeiros pedem os baixos do Clube para aí se instalarem.



Discussão sobre a ampliação do Clube



Negado aumento da percentagem ao Cobrador.

Escolhido modelo para cartão de sócio.

Clube fez-se representar junto da Escola Dramática de Valbom.



Orfeão pagou 10$00 por dois ensaios no salão teatro.

Ass. Geral autoriza início das obras de ampliação.



Cafeteira elétrica avariada.

100$00 ao dispor do Dr. Lopes Cardoso para comprar livros na Feira do Livro.



A Banda Musical de Gondomar deixou luzes acesas e porta aberta do Salão-Teatro e não entregou as chaves, o que originou o fim do contrato.



Bombeiros pediram o Salão para uma festa, o que foi cedido, gratuitamente.

Nova planta de obras.

Clube é convidado para a inauguração da nova sede do Clube Caçadores de Gondomar.

Projeto e licença de obras aprovadas, mais tarde adjudicadas.



Centro Republicano de Fânzeres convida o Clube para um Campeonato de Bilhar.



Obra de trolha adjudicada por 9.800$00 ao Sr. António Pereira Bastos, de S. Cosme.



Emitidas 300 obrigações de 100$00 cada para fazer face às despesas com as obras.



Decidido transformar as portas laterais da entrada principal em janelas, cujo custo d e transformação foi de 800$00.



Sócios oferecem livros:

Dr. Lopes Cardos oferece "Pó da Estrada" e "As Duas Paixões de Sabino Aruda"

Vicente Gonçalves Pereira oferece "Congresso da Ourivesaria Portuguesa"

O Sr. Carlos Torres (Secretário das Finanças do Concelho) oferece "Moeda Corrente” , "Contra Maré", "O Homem que Matou o Diabo" e “Chamas de Veludo".

Resolveu-se oficiar-lhe, agradecendo a oferta dos livros, escrevendo na acta desta sessão um ato de louvor a todos, e em especial ao Exmº Sr. Carlos Torres"



As reuniões da Direção, de mensais passaram a quinzenais.



Sorteio de uma libra, em ouro, para custear despesas com a instalação elétrica.



Comissão de Festas para a inauguração das obras feitas no Clube.




Cedida a área do Palco ao Grupo Columbófilo de Gondomar para se guardar os cestos dos pombos para transporte.



Resolvido fazer portão e grade para o jardim da frente.



Inauguração da ampliação da Sede, com Gincana de automóveis no Campo "Alves Pimenta"

Sarau dançante com traje a rigor.



Suspensão da saída de livros da Biblioteca.



Cedida dependência para Sede da Tuna União de Gondomar e permitidos ensaios gerais com uso do Piano.



Contrato do Buffet

Fixação de uma taxa de 1$00 para jogar as cartas.



Escola Dramática Musical Valboense convida o Clube a estar presente ao lançamento da 1ª pedra do Quartel dos Bombeiros de Valbom. O Sr. Cosme Cruz representou o Clube.



Custo das campainhas elétricas era de 205$00. A subscrição entre sócios rendeu 207$00.



Chave do Clube à guarda do Sr. José Castro Neves.



Ofício do Clube à Câmara e ao Diretor dos Serviços de Viação para deferimento de um requerimento, autorizando carreira entre Vessada, -em Jovim- e Porto, a ser feita com uma camioneta de Adelino Martins de Almeida Cruz e Rosa Martins das Neves; sua mulher.



Eduardo de Castro Koch representou o Clube no ato da inauguração da Sede da Ala dos Legionários de Gondomar, (Nun’Álvares)



Manuel Martins de Sousa, pede uma declaração de bom comportamento do sócio Prof. Afonso Pinto Rebelo, que foi passada, abonando o seu bom comportamento e bons serviços prestados ao Clube.



Fiscal das obras não quis qualquer remuneração do seu serviço. A Direção ofereceu-lhe uma salva em prata no valor de 500$00.



Voto de louvor, proposto à próxima Ass. Geral, a um grupo de sócios,

que nos seus jogos retiraram percentagem para a compra de mesas e cadeiras.


Factos mais importantes:

Bombeiros pedem para se instalarem.

Autorização da Assembleia para ampliação da Sede.

Escolhido o modelo de cartão para sócio.

100$00 ao dispor do Dr. Cardoso para comprar livros para a Biblioteca

Fim do contrato com a Banda Musical de Gondomar.

Instalação de campainhas elétricas.

Salão cedido aos Bombeiros, gratuitamente.

Clube convidado para a inauguração da nova Sede do Clube de Caçadores.

Centro Republicano de Fânzeres convida o Clube para um Campeonato de Bilhar.

Emitidas 300 obrigações para fazerem face ás obras.

Portas laterais, da entrada principal, transformadas em janelas.

Oferta de livros.

As reuniões, de mensais passaram para quinzenais.

Feito portão para o jardim da frente.

Área do antigo palco, cedida ao Columbófilo, para guardarem os cestos.

Inauguração da ampliação da Sede, com gincana de automóveis no Campo Alves Pimenta.

Inauguração da Sede da Ala.



Louvor a um grupo de sócios que contribuíram para a compra de mesas e cadeiras.

Clube oficia a Câmara pedindo deferimento de um requerimento ,para transportes entre Jovim e Porto, por empresa particular.



1933

Direção

Vitorino Marques das Neves

Manuel Martins de Sousa

António Soares Pereira

Cosme da Costa Cruz

Eduardo Castro Koch

Vicente Gonçalves Pereira

Damião Martins Alves Fontes



Voto de louvor ao Dr. Lopes Cardoso.

Admissão de Jeremias Gaudêncio Neves

Nova readmissão de Serafim Rosas

Admissão do Sr. David Ribeiro d’Almeida, da Cónega)

Admissão do Sr. Eng. António Augusto Saraiva e Silva, (da Foz do Sousa)



Fixada a taxa de 1$00 para jogar cartas.



Reuniões da Direção passaram a ser quinzenais.




Sorteio de uma libra em ouro (400 bilhetes a cinco escudos cada) para custear as despesas com a nova instalação elétrica no Clube.





Pacheco de França é elevado à categoria de sócio honorário, sendo homenageado, postumamente, com o descerramento do seu retrato no Salão Nobre.



Comissão de Festas, para a inauguração dos melhoramentos, composta por Sr. Eng. Mário de Castro, Dr. Lopes Cardoso, Prof. Afonso Rebelo e Manuel da Silva Monteiro.




Eduardo de Castro Koch nomeado Bibliotecário do Clube.



O custo da mudança das portas da frente para janelas foi de 800$00.



Cedida área do palco do Salão-Teatro ao Grupo Columbófilo de Gondomar,

para guardar cestas para o transporte dos pombos, mediante pagamento de 60$00 ano.



Resolvido mandar fazer portões e grades para o futuro jardim da frente.



Inauguração da ampliação da Sede.

Gincana de Automóveis, organizada pelo Clube, no campo “Alves Pimenta”



Sarau dançante (traje a rigor)

Suspensão da saída dos livros da Biblioteca do Clube

Cedido o Salão-Teatro à Tuna União de Gondomar, com uso do Piano do Clube nos ensaios gerais.



Contrato da exploração do Buffet.



Ala dos Legionários de Gondomar convida o Clube para a inauguração da sua Sede.

O Clube esteve representado por Cosme da Costa Cruz.



Manuel Martins de Sousa pede uma declaração sobre o comportamento do sócio Afonso Pinto Rebelo, que foi passada, abonando os bons serviços prestados ao Clube.



Fiscal das obras da ampliação do Clube não quis qualquer remuneração.

Foi-lhe oferecida uma salva de prata no valor de 500$00.





Grupo de sócios retira percentagem, nos seus divertimentos, para a compra de diversos móveis: mesas e cadeiras. Atribuído um voto de louvor.




1934

Presidência do Dr. Lopes Cardoso.

Saudação à Imprensa local:

"Nossa Terra", "Legionário", extensivo à Ala Nun'Alvares, Gondomar Sport Clube, Clube de Caçadores, Tuna União de Gondomar, Câmara e Administrador do Concelho.

Saldo de 1.652$18.


José Soares da Silva (Vice) propõe, sendo aprovado, livro apropriado para registo de sócios..



O Sr. Presidente; Dr. Lopes Cardoso, propõe orçamento para execução e orientação de cada Direção.



David Moura nomeado bibliotecário.

Lugar de cobrador posto a concurso.

Restauro dos bilhares.

Torneio de tiro ao alvo, com setas, para obtenção de receita



Clube ficou com 5 bilhetes dos 15, que o jornal "A Nossa Terra" enviou para um espetáculo a favor do jornal.



José Pinto Figueiredo de Vilhena usou, indevidamente, a Grafonola, utilizando agulhas usadas. Quando chamado à atenção por dois Diretores o Sr. Vilhena apelidou-os de "cantadores".



Clube pagou 1.800$00 de imposto de capitais por causa do pagamento dos juros aos obrigacionistas.



O lugar de cobrador, posto a concurso, foi ganho pelo Sr.. Serafim Martins Paiva,

que se prontificou a fazer a cobrança, sendo remunerado com uma comissão de 10%.



Mandado fazer um bengaleiro.



Quête, realizada durante uma ceia de confraternização, a favor dos pobres da Freguesia de São Cosme.



Um grupo de sócios propõe, sendo aprovada, a criação de um curso de dança.

Convite da Escola Dramática para assistir ao Bodo aos pobres no dia 1 de Abril.



Admissão de vários sócios sem pagamento de joia.

Intimação ao trolha para acabamento das obras.



Bengaleiro feito gratuitamente pelo sócio Sr. Albino Moreira de Araújo, que só levou dinheiro pelos acessórios.



Álvaro Neves, do Porto, ofereceu espelho para o bengaleiro.

Decidido fazer grades e portão do lado nascente.

Reverendo Crispim Gomes Leite é Presidente da Câmara.

Construção da Rua 5 de Outubro, pavimentada a paralelos.

O Sr. Primo Loio oferece um taqueiro.

Aviso, com registo de receção, ao trolha para acabamento das obras.



Tuna União de Gondomar, na sua primeira reunião, saúda todas as Coletividades, entre elas o Clube.



Ofício da Comissão Administrativa do Orfeão apresenta efusivas felicitações ao Clube e pede a cedência do palco para ensaios e que sejam apresentadas condições para o seu aluguer.

Resolvido ceder, gratuitamente, ao Orfeão o palco, devendo, contudo, haver entendimento com a Tuna União de Gondomar, pois que a esta já também tinha sido cedido o espaço.



Ofício da Electrolux a oferecer vantagens na aquisição de um aspirador elétrico.

Clube pede à Câmara para ser retirada a ramada existente sobre a via pública, junto ao Clube, pertencente ao Sr. José Castro, do Paço.



Resolvido criar um corpo cénico, ficando o Sr. José Silva e o Sr Damião Marques

encarregados de arranjar ensaiador.



Sr. Germano José de Castro é convidado para ensaiador, porém, como este senhor está em vias de ir morar para o Porto não lhe foi possível aceitar.



Oferta de um escarrador, esmaltado, feito pelo Sr. Abel Maria Domingos.



Exposição do Orfeão e da Tuna sobre os ensaios.



Recebido ofício da Comissão (Instaladora) da Federação das Sociedades de Recreio do Norte. O Clube achou que não haveria proveito e, por isso, não se fez representar na reunião preparatória das bases da Federação.





Antigo balcão do Buffet do Salão-Teatro, mesa e algumas bancadas do teatro foram vendidas a um grupo do Alto da Serra.




Conserto, gratuito, do Alto-Falante.





José António Pacheco França e Victorino Marques das Neves são proclamados sócios honorários.



1935

Direção

Dr. João Lopes Cardoso

José Soares da Silva

Manuel Alves Pereira

Damião Marques d'Almeida

Domingos Ferreira Rosas

Firmo Alves Moreira

David Martins de Moura


Como de costume, em cada início de mandato, é enviado um ofício a todas as Coletividades, saudando-as.



José Pinto Figueiredode Vilhena, em virtude de não apresentar justificação pela sua atitude de desobediência, incorre na pena de expulsão.



Cedido salão para baile de Carnaval.



José António Pacheco França é homenageado a título póstumo.



Devido às poucas possibilidades do Clue há apenas uma "festazinha ligeira" no Aniversário do Clube, pela Páscoa.



Constituída Comissão para organizar o Baile.



Isenção do pagamento da joia, como é tradição, no mês de festa do Clube; Abril.



Proposta pelo Dr. Cardoso, aceite, para uma exposição de rosas no Clube.



Sócio António Carolino da Costa, por falta de correcção numa carta enviada à Direcção, é eliminado de sócio.



Voto de pesar pela morte da mãe do sócio Cosme Costa Cruz e pelo falecimento de Herculano de Vilas Boas Pereira.


Exposição das rosas foi um êxito.

Decidido exarar em acta os nomes de todos os expositores de flores, a saber:

Augusto Aguiar

Viúva de António Carlos Pereira Aguiar

Alberto Fernandes d'Oliveira

Joaquim Soares "Lavadinho"

José Alves Garrido

António Pinto Fragateiro.

António Martins de Moura


Foram expositores de plantas:

Maria da Conceição Pereira de Sousa

Agostinho dos Santos.

Agradecimentos:

Ao Sr. António Martins Fernandes, pela maneira desinteressada como preparou os Salões para a exposição.

Ao Clube dos Caçadores de Gondomar pela cedência de solitários destinados às rosas.

À Casa das Louças, no Porto.

Ao Sr. Aniceto Gonçalves, de Rio Tinto.

Ao Armador Cunha &Barbosa, de Fânzeres, pela cedência de reposteiros e passadeira e ainda aos Srs. Garrido & Irmãos, pela cedência de um aparelho de rádio, que funcionou durante os dias da exposição.



Convite para ato de Fundação do Grupo Dramático "Luz e Vida de Gondomar" para cujo ato o Clube foi convidado.



Obras de carpinteiro no soalho do corredor e no Buffet, porque a madeira estava atacada de "tartulho".



Venda de onze filas de cadeiras à barraca do "Sigano" que funcionou durante as festas do Rosário.



Devido a estar em período de férias, a "Tuna União de Gondomar" pede a isenção de renda do salão. Deferido.



Falecimento de José Caetano Pereira, pai do sócio Serafim Caetano Martins Pereira. Voto de pesar exarado em acta.



10 títulos, de empréstimo, amortizados. Dívida, ainda de 27.500$00


1936

Direcção:

Abel Maria Domingos

Manuel Martins de Sousa.

Vicente Gonçalves Pereira

Mateus Ferreira Rosas.

Alberto Nogueira Gonçalves

Mateus Marques Ferreira Rosas.



Devido aos seus afazeres escolares, o sócio Nominando Pinto de Sá, nega-se a tomar posse para o cargo que foi eleito.



Reuniões da Direção, marcadas para a primeira terça-feira, de cada mês.



Atualização do seguro em virtude de já não existirem objetos que pertenciam ao antigo teatro.



Foro pago à viúva de Manuel Martins Alves Fontes.



Cadeiras, para a reuniões da Direção, em mau estado. Resolvido repará-las.



Voto de pesar pela morte de Jeremias Gaudêncio Neves e Dr. Ernesto da Fonseca.



Ofício do Corpo Nacional de Escutas para o Clube fazer-se representar, com estandarte, na sessão solene a realizar nos Paços do concelho. Aceite.

Subscrição entre os sócios para a ajuda das obras.

Clube cedeu o Salão Nobre à Comissão Organizadora de uma festa de homenagem ao ensaiador António Dias Gonçalves Correia.



Em virtude de ser mês de aniversário, sócios admitidos sem pagamento de joia.

Não se fez Festa de Aniversário, por motivo de não haver verba.

Resolvido colocar lápide comemorativa, alusiva ao Sr. António Dias Gonçalves, não na fachada do Clube, mas sim no Hall do Clube.

Convite da Escola Dramática para uma sessão solene.



Morte do contínuo. Resolvido que a viúva continuasse o serviço do marido, sem que possa meter pessoas estranhas sem confiança do Clube e com doenças contagiosas.

Paga a contribuição referente a 285 obrigações.

Ofício, dos Bombeiros a pedirem a cedência das espingardas.

Resolvido assinar o único jornal existente em Gondomar "Defesa de Gondomar"

Resolvido consertar os bilhares.

Mandar consertar a grafonola enquanto não houver dinheiro para trocar ou comprar novo rádio

Circular do Grémio de Vila Nova de Poiares, enviando 10 bilhetes a serem sorteados pela lotaria. Devido a tratar-se de uma Agremiação congénere a Direção, do seu bolso, pagou os bilhetes.



Ofício da Escola Dramática convidando o Clube a fazer-se representar no 31º aniversário.

Custo da reparação dos bilhares e bolas: 620$00.



Ofício do Administrador do Concelho pedindo ao Clube para que a Direção se fizesse participar, com bandeira, num comício anti comunista, a realizar-se no Palácio Cristal. "Resolvido comparecer todos os que assim entender".



Centro Ciclista participa a realização duma corrida e pede um prémio. Devido à má situação financeira do Clube, não foi possível aceder ao pedido.

Readmissão de José Pinto Figueiredo de Vilhena.



Vendeu-se o rádio velho por 500$00 e comprou-se um novo e um alto-falante por 1.300$00.


Subscrição, entre sócios, para ajuda à compra do rádio novo.

Problemas com a sintonização do rádio em emissões divergentes.

Participação, por causa da taxa, aos C.T.T sobre o funcionamento do Rádio, no Clube.



Agradecimento pela oferta dum eucalipto.

Rádio, com o volume de som ensurdecedor e a não obediência de alguns sócios

à própria Direção, motiva por parte desta a sua demissão coletiva.



O próprio Presidente da Direção cessante pede a demissão de sócio. A Comissão Administrativa, embora considerando que o ofício do Sr. Abel Maria Domingues contém ofensas ao Clube, pede para ele reconsiderar, a fim de se sanar o assunto que deu mau nome ao Clube.



Clube aceitou convite para a inauguração da sede da Cruz Branca.



1937

Direção:

António da Silva Ferreira Júnior

João de Sousa Mota

António Soares Pereira

Manuel da Silva Ramos

Agostinho Pereira da Silva

David Martins de Moura

Armando Pereira Lopes



Readmissão de José Perfeito Moreira Gonçalves.

Sr. Miguel Guedes dos Santos, autorizado pelo Clube, mediante contrato, a ligar a Antena do seu rádio à do Clube.

Forrar duas mesas a pergamoide.

Móveis do Buffet reparados, sem encargos para o Clube, a expensas do Sr. Presidente.



Manuel da Silva Monteiro oferece um jogo de dominó, merecendo um louvor.

Falecimento de Amândio Novais de França.



Serafim Rosas, outra vez readmitido.

Admissão de 25 sócios sem pagamento de joia



Ligar o contador de corrente elétrica, existente no palco, para controlar o consumo do Grupo Columbófilo.



Aquisição de um jogo de bolas de massa para os bilhares.

Empresa editorial "ÁTICA" solicita a assinatura da "História da Expansão Marítima Portuguesa no Mundo

Pedidas capas à "ÁTICA" para encadernar a "História de Portugal na Grande Guerra"



A Câmara mandou ofício convidando o Clube a fazer-se representar numa manifestação de regozijo, pelo facto de Sua Excª Dr. Oliveira Salazar ter saído ileso de um atentado.

O Sr. Presidente lamenta ter recebido o ofício tarde, pois se assim não fosse a Direção estaria na sua máxima força. Assim, delegou-se a representação do Clube no vogal Sr. Agostinho Pereira da Silva.



Reparar parede sul e beiral.

Colocar coluna de fuso na escada.

Reparar rádio e estudar a compra de um novo.

Grupo de sócios pede para organizar baile.



Ofício dos bombeiros a agradecer a cedência da cafeteira elétrica durante as festas do Rosário.

Cidadão, doente, pede colaboração para um desafio em seu benefício. Acedido..

Coleta dos bilhares para fins de imposto.



Dívida do Clube é de 26.600$00



1938

Dirção:

Joaquim dos Santos Martins

Mário Martins de Castro

Firmo Alves Moreira

Damião Martins d'Almeida

Armando Vasconcelos Coelho

José Martins de Sousa

José Pinto Figueiredo de Vilhena



Saldo de 2$63

Alguns obrigacionistas não comparecerem para receberem juros.

Resolver abastecimento de água ao depósito do Clube através de compra de uma bomba nova.

Retirar o contador existente no palco do Clube.

Alguns sócios, verbalmente, chamados à atenção, pelo débito de alguns anos de cotas.

Grupo Columbófilo paga 108$00, por ter a sua sede instalada no Clube. A luz é fornecida pelo Clube.



O Sr. Presidente exortou a uma maior receita e a uma menor despesa.

O Sr. Mário de Castro propõe que se elabore um orçamento de receita e despesa.

Saudação a todos os associados do Clube, em especial ao seu grande amigo, Dr. João Lopes Cardoso.



Devido a insuficiência financeira não foi possível assinar "Portugal na Grande Guerra"

Instalação de uma bomba de relógio para elevação da água para o depósito.

Exemplar de "Notícias Farmacêuticas" oferecido à Biblioteca.



Ofício à Câmara a solicitar oferta de "Monografia de Gondomar"

Venda de móveis e madeiras existentes na cave.



"Tendo-se verificado a existência de algumas garrafas no antigo palco, que, segundo informações de alguns associados, pertenciam ao Sr. David Ribeiro d'Almeida, nosso prezado associado, que gentilmente as havia oferecido aquando das festas da inauguração das novas instalações deste Clube., e verificando-se que não consta dos livros competentes qualquer ofício expedido de simples agradecimento àquele associado pela aquela oferta, foi resolvido oficiar-lhe não só agradecendo reconhecidamente aquela dádiva, bem como solicitar-lhe que esclareça a quantidade de garrafas, digo que ofereceu, a fim de as mesmas lhe serem enviadas"



Admissão do Secretário das Finanças e outros funcionários da Administração Pública.



Pequena Festa de Aniversário.



União Desportiva de Paços de Ferreira manda ofício propondo um desafio de futebol com o Clube Gondomarense.



Baile de Páscoa deu prejuízo, todavia o Clube regozijou-se com o seu êxito

e a promoção do bom nome do Clube.

Pagamento de juros das obrigações.

Prof. António Luís Ferreira e outros, admitidos para sócios,

dispensados de joia de por ser mês de aniversário.



Regulamentação da Equipa de Futebol do Clube Gondomarense, que já existia desde o ano anterior.




Taça ganha pela equipa de futebol do Clube Gondomarense oferecida pela Comissão Desportiva à Direção, que por sua vez, a ofereceu, novamente, para nova disputa.

Contínuo responsável por qualquer falta de talões de jogo.

Clube cedeu instalações para a festa de homenagem ao Comandante dos Legionários, Sr. César Machado, tendo a Comissão promotora da homenagem oferecido 50$00 ao Clube.



Contínuo deixou o Clube sem água durante 3 dias, devido a, por desleixo, não ter enchido, como devia, o depósito. O Clube teve que recorrer a terceiros, pagando 2$50, que foram descontados ao Contínuo como penalização.




Ofício a um sócio, com 54 quotas em atraso e a outro com 36 quotas, para o respetivo pagamento.

Escola Dramática convida Clube para aniversário.





Sr. João de Sousa, pede a demissão de sócio. Quando, por ofício, indagado quais as razões, oficia o Clube mostrando sentir-se desconsiderado pelo facto de no Aniversário do Clube, o seu grupo não ter sido contratado para animar o Baile.





"Centro Ciclista pede prémio para a uma prova de ciclismo "Oito Voltas à Vila de Gondomar, não sendo possível aceder ao pedido, devido à situação financeira do Clube.

Existência no Clube, a título de experiência com a percentagem de 20% para o Clube, um bilhar "romano", que será retirado caso se verifique baixo rendimento.




" O senhor Presidente dá a saber à Direção, de que foi procurado pelo associado deste Clube, senhor Alexandre Mendes Barbosa, que propoz a aquisição d'um bilhar "russo" em condições certamente vantajosas. Que, como ele; Presidente, tivesse respondido que o Clube não estava habilitado para a compra de tal objeto, o referido associado propoz ainda que a casa colocaria um bilhar neste Clube para ser explorado o seu funcionamento mediante uma percentagem de trinta por cento para esta coletividade.

Que, assim, ele, Presidente, havia ficado de dar uma resposta, depois de o assunto ser tratado em sessão. Que, porém, como tivesse conhecimento de que outras casas da especialidade, ofereciam quarenta por cento, propõe que no caso que se resolva nesse sentido, que a percentagem seja também de quarenta por cento para o Clube, e que sendo assim se dê preferência à casa recomendada pelo Senhor Alexandre Mendes Barbosa. A Direcção assim resolveu, (...).




Devolvido o aparelho "Divertimento Americano" por o mesmo não dar rendimento ao Clube.



Sócio, que devia 57 quotas, foi eliminado.



Clube Gondomarense fez-se representar na receção ao Exmº Senhor Governador Civil do Porto, em visita a Gondomar, assim como na sessão de propaganda a pedido das autoridades deste Concelho, realizado no Estádio do Lima, Porto.





Contrato sobre a exploração do Bilhar "Campeão" entre a firma "Cabral &Irmão", do Porto. 1$20 por partida, exigindo o Clube 50%



Leilão de móveis e madeiras velhas.



Associação da Classe dos Ourives promoveu uma homenagem ao Prof. Camilo de Oliveira e a José Pacheco Novais de França (sócio do Clube, já falecido).

O Clube fez-se representar o seu funeral.



Prof. Afonso Pinto Rebelo admitido como sócio.



Sócio expulso entrou no Clube. Contínuo posto de prevenção para evitar reincidência.





Sócios com quotas em atraso regularizaram a sua situação.




Membro da Comissão Desportiva, que dirige a equipa de futebol, introduziu pessoas estranhas ao Clube sem a autorização da Direção.



Pedidas explicações, que foram dadas.



1939

Direção:

Joaquim dos Santos Martins

Mário Martins de Castro

Firmo Alves Moreira

Damião Marques d'Almeida

Armando Vasconcelos Coelho

João Martins de Sousa

José Pinto Figueiredo de Vilhena



Comissão de meninas, do Lugar de Aguiar, pedem ao Clube para que este fique com alguns bilhetes para um sorteio para a festa da inauguração de um novo lavadouro, em Aguiar.



A convite do Reverendo, Pároco da Freguesia, o Clube participa nas exéquias por alma de Pio XI.



Quota de 2$50

Questão dos murros na mesa envolvendo o Sr. Serafim Rosas.



Caso das quotas em atraso do associado Domingos Martins Teixeira leva à demissão do Sr. Presidente da Direção.



Demissão do Tesoureiro; Firmo Alves Moreira.

Penas disciplinares aplicadas:

Exclusão a Damião Cândido Pereira.

Suspensão de 15 dias a Serafim Rosas.



Pedido de demissão coletiva da Direção.

Ato de posse da Comissão Administrativa.

Saldo de 62$30.

Serafim Rosas pede para ser riscado de todos os livros do Clube. Resolvido oficiar-lhe para reconsiderar.



Centro Ciclista de Gondomar pede prémio para as "8 Voltas a Gondomar",

apenas foi dado apoio moral, visto a situação do Clube não permitir a compra do prémio para oferecer.



Serafim Rosas informa que só voltará ao Clube após o seu caso ser resolvido em Ass. Geral.

Resolvido comprar rádio novo. Sócio Sr. Manuel Silva Monteiro emprestou 1000$00, sem juros, merecendo louvor.





Voto de louvor ao Sr. José Pinto Figueiredo de Vilhena por ter oferecido 11 calções à Secção Desportiva para a prática de Futebol.



1940

Direção:

Albino Moreira Araújo

António Ferreira da Silva Júnior

Manuel de Castro Neves.

Manuel da Silva Ramos

Mateus Marques Ferreira Rosas



Manuel Alves Pereira



José Moura das Neves.



Ofício da nova Direção do Clube de Caçadores ao Clube Gondomarense, pondo-se à sua disposição.



Aviso ao proprietário do bilhar "Campeão", para o retirar, visto não dar rendimento.



Falecimento do sócio honorário Manuel Ribeiro d'Almeida. Voto de pesar.

Devido à má situação do Clube, não se fez festa de Aniversário.



Chamado técnico para verificar mau funcionamento do novo rádio, talvez devido à má instalação.



Análise das finanças e sua lenta recuperação.



Aquisição de uma bandeira para o Clube e outra nacional

Convite da Escola Dramática para o seu XXXV Aniversário.



Bombeiros pedem o Salão do Clube para reunião das meninas e Exposição do Emblema. Pedem, também, a cafeteira elétrica.



Centro Ciclista pede prémio para as "8 voltas Volta a Gondomar", mas, mais uma vez, por insuficiência financeira, o Clube não pôde satisfazer o pedido.



Bilhar Russo devolvido ao seu proprietário.

Menor receita dificulta o cumprimento dos compromissos.

Ofício da Câmara, convidando o Clube a estar presente, com estandarte, à inauguração do Cruzeiro comemorativo das Festas Centenárias de Portugal e ao fecho das mesmas.

Amortização de 4 títulos, ficando a dívida em 24.500$00.




1941

Direção

Albino Moreira d'Araújo

Damião Martins Alves Fontes

Manuel de Castro Neves

Damião Marques d'Almeida

Mateus Marques Ferreira Rosas

Armando Pereira Lopes

Manuel Alves Pereira



Dar conhecimento a todas as Associações da nova Direção.

Congratulações do Dr. Lopes Cardoso

Câmara agradece saudação



Estudo da possibilidade do Bodo aos pobres com um sorteio de um objecto e sessão de cinema no Teatro da Vila.

Sorteada meia libra em ouro para os pobres.

Emitidos mil bilhetes. Cinco escudos a cada pobre.



Mateus Rosas propõe compra de mesa de Ping Pong.

Troca de mesas com o Grupo Columbófilo

A "Gazeta do Sul" pede ao Clube para ser assinante desta revista.



Convite da Câmara para que o Clube participasse na manifestação patriótica em homenagem ao Dr. Oliveira Salazar a realizar no Porto. A Direção fez-se representar.

O Presidente da Câmara pediu para o Clube mandar um telegrama. O Clube anuiu.

Cálice do Porto à despedida de Mateus Rosas que, na companhia de seu pai, parte para Angola.

Presidente da Câmara, de acordo com ordens superiores, recomenda que no rádio não se deve sintonizar emissoras que façam propaganda das partes beligerantes.

Para evitar problemas entre sócios, apenas se deixa-se sintonizar, no Rádio, a Emissora Nacional, tida como garantia da neutralidade perfilhada por Portugal.





Governo Civil do Porto faz convite para o Clube comparecer em audiência, a qual, veio a saber-se, era para que o Clube contribuísse com uma quota para assistência aos pobres. A Direção, devido à situação financeira, não pôde aceder de momento.



O Presidente da Câmara, que era Delegado da Legião Portuguesa, em Gondomar, convidou o Clube para a cerimónia do juramento de bandeira dos novos legionários. A Direção fez-se representar, com estandarte do Clube.



Federação das Sociedades de Recreio, com Sede em Lisboa, pede informações ao Clube para uma mensagem a enviar em nome de todas as Coletividades ao Exmº Sr. Dr Oliveira Salazar. O Clube congratulou-se.



Bombeiros pedem Salão do Clube para Exposição do Emblema e a Cafeteira elétrica para ser usada na sua barraca durante as Festas do Rosário.



Armando Pereira Lopes parte para África.

Voto de pesar pelo falecimento da sogra do sócio honorário Sr. Raúl Ramos Lobão.

Obras na retrete de serventia dos sócios, custo 145$00



Receitas do ano 5.752$45

Despesas 5.751$50

Saldo $95



Bodo aos pobres pela Páscoa e pelo Natal, total de 750$00,

incluindo o produto do sorteio da meia libra em ouro.




1942

Direção:

Manuel da Silva Monteiro

Manuel Martins de Sousa

Firmo Alves Moreira

Damião Marques d'Almeida

Adriano Martins d'Oliveira

Domingos Ferreira Rosas

António Vieira da Rocha



Resolvido tratar do aniversário e constituir Comissão de Festas para o efeito, composta por:

Domingos Ferreira Rosas, António Martins d'Oliveira (membros da Direção)

e os associados:

António da Silva Moura.

Domingos de Castro Rosas

Alberto Martins de Sousa (Oliveira).

Damião Marques Ferreira Rosas e Silva

Rogério Martins Dias Moura.

José Pinto Figueiredo de Vilhena.

António Licínio Borges de Sousa.

Vitorino César Ferreira.



O Clube foi assaltado. Vários objetos furtados, no valor de 710$00.

Queixa apresentada à Administração Concelhia e pedido castigo rigoroso aos meliantes.



Presidente Manuel Silva Monteiro oferece meia libra, em ouro, para um sorteio cujo produto servirá para promover um convívio entre sócios pelo aniversário do Clube.

Baile. Leilão de oferendas. “Copo d'Água” (com menu)

Admissão do Prof. Domingos Bento Bismarck.



Morte de José Coelho Neves Júnior; - comerciante da Praça da República, irmão de

Manuel Coelho das Neves e sogro de Mateus Ferreira Rosas.



Ala de Legionários Nun'Álvares não pode ceder salão aos domingos.



Baile e quermesse renderam 144$00, que serão juntos ao bodo aos pobres, no total fixado de 300$00, tocando 5$00 a cada um dos 60 pobres contemplados.



Satisfação pelos resultados da modesta Festa do Aniversário.



O Sr. Presidente faz a oferta de sete cadeiras, uma delas giratória, para a Sala de Sessões, no valor de 335$00.



O Sr. Presidente Manuel da Silva Monteiro, pelos seus habituais atos de oferta "bem pode ser considerado um dos associados mais amigos do Clube".



Pela Tipografia Guimarães Lima &Cª foram impressos, gratuitamente, os 1.000 bilhetes para o sorteio da meia libra.



José Perfeito Gonçalves (residente em Jovim) queixa-se que o cobrador Serafim Paiva, há 18 meses que não lhe tem aparecido a receber as cotas.



Desconto na fatura da luz devido a fuga no contador.



Pagamento do Imposto à Fazenda Nacional.



Ausência do Sr. Manuel da Silva Monteiro para o Brasil.



Ajardinamento do recinto do jardim do Clube



Morte de um filho do Dr..Lopes Cardoso (Joãozinho)



Bombeiros pedem a cafeteira elétrica para a sua "Barraca de Chá" nas Festas do Rosário.



Compra de pano para o bilhar e aumento da respetiva taxa.



Clube convidado a participar na organização de um campeonato Nacional de Propaganda de Bilhar

Amortização de 20 obrigações.

Receita de 8.300$65

Despesa 8.201$80

Saldo 98$85



Dívida do Clube é de 21.900$00




1943

Direção:

Manuel da Silva Monteiro

Manuel Martins de Sousa

Firmo Alves Moreira

Damião Marques d’Almeida

Adriano Martins d’Oliveira

Domingos Ferreira Rosas

António Vieira da Rocha.



Pedido aos sócios possuidores das obrigações, ultimamente sorteadas, para que algumas delas fossem oferecidas ao Clube



A Contínua; D. Miquelina, foi chamada à atenção devido ao desleixo no serviço, mormente na cobrança das taxas dos jogos no Clube.



Preparação do Aniversário. Sorteio e sessão de cinema na Ala Nun'Álvares,

que cedeu a sala- para integrar o Bodo aos Pobres.



Comissão de Festas; a mesma do ano anterior.



Insiste-se na obtenção de fundos para as obras necessárias na Sede Social.



Déficit de 448$00 na realização do Baile do Aniversário, que foi coberto pelos membros da Comissão de Festas.



Sessão de cinema rendeu 748$00

A despesa foi de 441$00

Saldo de 306$00



Grupo de Teatro da Vila, foi autorizado a ensaiar uma revista no Palco do Clube, cuja 1ª récita seria a favor do Clube.



Decidido deitar abaixo a retrete no andar superior, arranjar o telhado e venda da sucata.



Instar junto do cobrador para a cobrança das quotas em falta



Convite da Escola Dramática para o seu Aniversário.



Para efeito da atualização do seguro, o valor do Edifício Sede Social foi avaliado em 105 contos.



Móveis e adornos 12 contos

Dois bilhares 8 contos

Um Piano 1 conto

Biblioteca 2 contos

Buffet 2 contos



Obras no edifício: 1.243$00


Análise do pedido do Sr. Américo Martins de Sousa, para instalar uma marcenaria

no antigo Palco do Clube e cave, em troca de pagamento de renda de 1.000$00 ano.



Analisar implicações com o inquilino já existente; Grupo Columbófilo de Gondomar.



Presidente autorizado a celebrar contrato de arrendamento e dar conhecimento à Assembleia Geral.

Contrato de arrendamento com o Sr. Américo Martins de Sousa.

A receita do arrendamento destina-se, unicamente, à amortização do resto do empréstimo ainda em dívida.



Produto do leilão do ferro velho: 335$00

Convite dos Bombeiros para o seu 30º aniversário.

Cobrador Serafim Martins Paiva pede para ser substituído pelo seu irmão Damião Martins Paiva. Acedido com a condição do Sr. Serafim Paiva continuar a ser responsável pelas contas.



Convite da Câmara para que o Clube se fizesse representar nas solenes exéquias a realizar na igreja matriz por alma do Eng. Duarte Pacheco; Ministro das Obras Públicas e Comunicações. O Clube fez-se representar.



Amortização de 14 obrigações (5 foram oferecidas).

Dr. Lopes Cardoso oferece 100$00




1944

Direção:

Albino Moreira de Araújo

Serafim Herculano Ferreira Rosas

Joaquim de Castro Rosas

Manuel da Silva Ramos

Anselmo António Martins Monteiro

Vitorino Garrido Koch

António Licínio Borges de Sousa



Admitidos catorze sócios

Temporal destelhou o telhado do Clube.



Mandou-se arranjar cadeiras.

Pagamento de imposto sobre capitais.



Baile no dia 8 de Abril para festejar o 36º Aniversário.



Bodo aos Pobres entregue ao domicílio.



Oficiar à Comissão Reguladora do Comércio, a fim de ser fornecido açúcar ao Buffet

privativo do Clube.



Proposta para que fosse afixada uma placa identificativa do Clube na fachada. Aprovado

Distribuídos 460$00 aos pobres da Freguesia.

390$00 ficaram disponíveis para novo Bodo pelo Natal.



A firma Domingos Martins Ferreira & Filhos, cujos sócios da firma também o são do Clube, ofereceram uma Caravela em Prata, para o sorteio a favor dos pobres.



Constatado que a dívida de 20.500$00, resultante do empréstimo contraído, absorve quase todo o rendimento do Clube, impedindo o seu desenvolvimento e cumprimento dos Estatutos na ação cultural, resolveu-se fazer todos os esforços para o liquidar, rapidamente.

Juro de 6% anual devido aos obrigacionistas.

Serafim Herculano Ferreira Rosas oferece-se para ficar com todas as obrigações ao juro de 4% por cento. Proposta aceite. Caso os obrigacionistas não aceitassem a redução de 6 para 4%, resgatar-se-iam as obrigações em causa.



Saldo de 4.919$00. Resolvido liquidar-se 49 obrigações.



Américo Martins de Sousa (marceneiro, inquilino do Clube) mereceu voto de agradecimento por ter consertado os tacos durante o ano.



1945

Direção:

Albino Moreira d’Araújo

Serafim Herculano Ferreira Rosas

Joaquim de Castro Rosas

Manuel da Silva Rosas

Anselmo António Martins Monteiro

António Licínio Borges de Sousa





Apesar de a dívida do Clube já ser menor, tal não permitia que se abandonasse o princípio da máxima economia. Assim, não se podia fazer uma festa muito grande para o se comemorar o Aniversário do Clube, no dia de Páscoa.

Comissão para a organização do Baile e Bodo aos pobres.

Cobrador; Serafim Martins Paiva, pede aumento de 10 para 15%. Aceite, mediante a condição de ter a cobrança em dia.



Mau comportamento de um sócio durante o Baile. Levou um cão para o Baile, tendo o cão comido um prato cheio de comida que se destinava aos convidados.

Chamado à Direção, o sócio achou o ato muito natural, sendo punido com um voto de censura.



Equipamentos para duas equipas de futebol, à guarda de Joaquim Martins dos Santos.



30$00 de aluguer do equipamento para o futebol.

Verificado o desaparecimento de alguns calções.

Sr. Joaquim Martins dos Santos, convidado a entregar os referidos equipamentos à sua guarda.



1.050$00 foi o custo de um pano novo para m bilhar, colocado pela casa "Progredior", do Porto.



Dr. Jazelino Dias da Costa ofereceu duas obrigações. A Direção agradeceu por ofício.

Saldo de 6.358$00 deu para pagar 63 obrigações.





1946

Direção:

Manuel da Silva Monteiro

Manuel Martins de Sousa

António Luiz Ferreira

Eduardo Lúcio dos Santos

António da Silva Ferreira

Cosme da Costa Cruz

Domingos Bento Bismarck



Conflito entre os dois caseiros do Clube; Américo Sousa e Grupo Columbófilo.

O primeiro, que era marceneiro, acusou o segundo de lhe ter partido algumas cadeiras.



Um incidente, durante o jantar anual de confraternização, motivou a demissão do Dr. Lopes Cardoso e de seu filho Fernando.



Campeonato de damas.

Saldo de 18$00, apurado do baile.

605$00 foram distribuídos por 67 pobres.

Pedida Ass. Geral, para angariação de receitas para obras no Clube; aumento da quota para 5$00.



Dr. Lema Monteiro pede a demissão de sócio.

Arrendatária do Buffet pede a demissão, por não poder continuar. Aceite.

Encomendadas 10 cadeiras ao Sr. Américo Sousa.

Sorteio de obrigações.

Obras.

Saldo de 7.758$00.



1947

Direção:

Por não ter aceite tomar posse, a Direção eleita, o Presidente da Assembleia Geral; Manuel da Silva Monteiro, nomeou uma Comissão Administrativa:

Manuel Martins de Sousa, Presidente

António Soares Pereira; Tesoureiro

Joaquim Marques de Moura, Secretário.

Venda de um bilhar.

Obras na sede.

Recebida uma comunicação do cobrador, Serafim Martins Paiva informando que lhe era impossível continuar a fazer a cobrança e pedindo que a mesma fosse feita por seu irmão Damião Martins Paiva, ficando ele, Serafim, inteiro responsável pelas contas. Aceite.



Decidido autorizar, desde que não trouxesse encargos para o Clube, uma Comissão para dirigir uma secção que se denominada de "Desporto e Cultural", que terá como função promover a realização de vários desportos, organizar a Biblioteca e Corpo Cénico, etc.



O Senhor Secretário propôs que o Sr. Domingos de Castro Rosas e Silva seja autorizado a assistir às sessões da Comissão Administrativa, servindo, desta forma, como agente de ligação entre a Comissão Administrativa e a Comissão Desporto-Cultural. Aprovado



Venda de um bilhar.

Aumento da renda ao Grupo Columbófilo.

Comissão de Festas para o aniversário, em 5 de Abril

Corte de luz ao Grupo Columbófilo.



Manuel da Silva Monteiro comprou o bilhar velho ao Clube por 550$00.

Compra de uma bandeira por 330$00.

Admissão do Dr. Manuel Martins Alves e de Jeremias Francisco Alves.



Clube Galitos de Aveiro pediu ao Clube para ficar com 4 bilhetes para um sorteio.

Para não sobrecarregar o cofre do Clube, a Direção resolveu pagar, pessoalmente, os ditos.



Comparticipação dos jogadores de cartas, através dos "desirmanes", a favor do Bodo aos Pobres, atingindo um total de 1.500$00.



Prejuízo do Baile do Aniversário foi coberto pelos membros da Comissão.



Contestação, pelo facto de terem sido dados óbulos a pessoas que não precisavam;

Proprietários, etc.



Subscrição a favor dos desprotegidos do jornal "A República".



Sócio, que acusou de irregularidades na distribuição do Bodo aos Pobres, foi suspenso por três meses por ter recusado receber uma carta, com aviso de receção, para prestar declarações sobre as alegadas irregularidades.



Ofício do Orfeão a solicitar a cedência das dependências do Clube.

O Clube respondeu que via com bons olhos o renascimento do Orfeão. Porém, as instalações, outrora pelo Orfeão ocupadas, devido ao seu uso pelo novo inquilino, não podiam ser cedidas.



Jornal "Ecos de Portugal" pede para que o Clube assine o jornal. Clube nega a assinatura, porque recebe jornais gratuitos.



Voto de agradecimento pelo facto do sócio Sr. António Martins das Neves ter oferecido um par de esticadores para a mesa de Ping-Pong.



Solicitação ao Clube para se fazer representar, e dar contribuição, para um Torneio de Tiro aos Pratos, no Monte Crasto. Recusado, devido à preocupação do Clube em pagar o resto da dívida.

Em virtude de o Clube não estar em condições financeiras para poder dar prémio para o torneio de tiros aos pratos, um associado (anónimo) ofereceu uma Taça para o referido Torneio, em nome do Clube e para o seu engrandecimento.



Convite da Escola Dramática. Aceite.



Convite dos Bombeiros para assistir à posse do novo Comandante. Aceite.



Papel de ofício, 500 exemplares, por 45$00.



A Taça, oferecida pelo sócio anónimo do Clube, foi destinada ao 1º Prémio do Torneio do Tiro aos Pratos.



Atlético Clube de Quintã pede um prémio para uma corrida a 24 de Agosto. Negado.

Porém, um associado do Clube; Amâncio Alves Nogueira, pagou e ofereceu, em nome do Clube, uma medalha ao Atlético Clube de Quintã, merecendo agradecimento do Clube.



Compra de 6 tacos de bilhar

Sócios com quotas em atraso há mais de um ano.



Compra de um Bilhar, novo, com a comparticipação dos jogadores das cartas que se prontificaram-se a ceder 90% do rendimento dos "desirmanes" até Dezembro, para a compra do bilhar na "Casa Castelo", pelo preço de 11.500$00.



Aceite o pedido feito pela União Académica Comercial para a realização de jogos de Ping-Pong com o Clube.



Domingos Pinto de Sá pede a sua demissão. A Comissão Administrativa congratula-se, pois assim não precisa de levar a questão do mau comportamento à Ass. Geral, recomendando às futuras Direcções a sua não readmissão.



Resolvido passar recibos de arrendamentos aos inquilinos do Clube:

Srs. Américo Martins de Sousa e Grupo Columbófilo.



Liquidação do resto dos títulos.

Venda da Grafonola por 100$00



Campeonato de Bilhar.

Transferência da Biblioteca da Sala das Sessões para outra em frente à dos bilhares.



Ala Nun'Álvares pede informações sobre o ex-sócio Domingos Pinto de Sá



Receita 29.336$40

Despesa 26.566$05

Saldo de 2.770$35





1948

Direção:

Manuel da Silva Monteiro

Serafim Herculano Ferreira Rosas

João Martins de Sousa

João David da Silva Ferreira

Manuel de Castro Pereira

José Cerveira Guimarães

Norberto Lopes de Oliveira.



Decidido, na primeira sessão, saudar as Autoridades e as principais Agremiações.



Ping-Pong, 5$00 à hora, com bola fornecida pelo Clube, 3$00 se for bola do jogador.



A Comissão Desporto-Cultural depôs na nova Direção o seu mandato. Todavia, atendendo aos benefícios alcançados, a Direção pediu à Comissão para que continuasse o seu trabalho, tendo o Senhor Prof. Domingos Bento Bismarck, solicitado comparticipação financeira da Direção, pois se mais não se pôde fazer foi devido aos parcos recursos da Comissão.

O Sr. Presidente da Direção ficou de estudar o assunto, não lhe podendo dar imediata resposta devido aos gastos que se avizinhavam com as necessárias obras no Clube.





Damião Martins Paiva queixa-se da classificação obtida no campeonato inter-sócios,

Protestando, por ofício, à Direção, tendo esta remetido o assunto para a Comissão Desporto-Cultural, cujas explicações dadas levaram o Sr. Damião a aceitar a classificação atribuída.



Visita do Sr. Delfim Ramos de Castro, para estudo das obras consideradas necessárias ao Clube.



Dona Miquelina e seu novo marido continuam com a exploração do Bar.



Câmara agradece saudações.



Vários sócios pedem para jogar xadrez. O Presidente da Direção; Sr. Manuel da Silva Monteiro prontifica-se e oferece 50$00 para a compra do jogo, abonando a restante quantia necessária, que será paga de acordo com o rendimento do jogo.



Inauguração do Jardim da Câmara, ato para o qual o Clube foi convidado, fazendo-se representar na sua máxima força e com estandarte. Ao ato assistiu o Sr. Governador Civil do Porto, seguindo-se um cortejo até ao Monte Crasto.



Clube presente no Bodo aos Pobres, promovido pela Escola Dramática Valboense



As obras previstas para a sede foram englobadas num Plano de Obras Geral, endo convocada uma Ass. Geral para asua aprovação e estudar a forma de se arranjar a verba necessária. A Ass Geral deu totais poderes à Direção, mas como não se conseguiu a verba adequada para as obras previstas, a Direção fez só as obras necessárias para a conservação.



A pedido da Comissão Desporto- Cultural, e para treino dos jogadores que representarão o Clube no Campeonato Concelhio de Bilhar, a Direção resolveu ceder, durante uma hora em cada noite, o uso do bilhar novo desde que não estivesse a ser utilizado.



Devido ao facto de a firma "Braga &Osório" do Porto, ter faltado ao compromisso de, a título de propaganda, emprestar um Bilhar para efeito do Campeonato, a Comissão ofereceu 2.500$00 para ajuda e pediu à Direção do Clube para comprar um bilhar novo.



O Presidente da Direção, depois de aplaudir a oferta da Comissão, resolveu, propor a compra do bilhar velho, também por 2.500$00, sendo louvado pelos seus colegas por tal facto.



Passeio a Penafiel em homenagem aos atletas do Clube Gondomarense que ganharam o Campeonato Concelhio de Bilhar e homenageando, também, o ciclista António Dias dos Santos, natural de Fânzeres, brilhante vencedor da XIV volta a Portugal, em Bicicleta.



Resolvido passar recibos aos inquilinos do Clube; Srs. Américo Sousa e Grupo Columbófilo.

Voto de louvor e agradecimento à Comissão.

Agradecimento a Delfim Ramos de Castro.



Saldo de 197$10




1949

Direção

Domingos Bento Bismarck

Damião Marques de Almeida

António Soares Pereira

Domingos de Castro Rosas e Silva

Herculano Martins Monteiro

Francisco Ferreira de Sousa



Clube representado no ato de posse da nova Direção dos Bombeiros.



Colocação de dobradiças nas portas giratórias.

Reparação da instalação elétrica.

Proceder ao inventário.



Joaquim Marque Moura, por motivos alheios à sua vontade, não pode dar a sua colaboração à Comissão Desporto-Cultural.

Agradecimento à Relojoaria Monteiro, pelo conserto, grátis, do relógio do Clube.



Resolvido vender o Piano, pela melhor oferta, visto que já não estava em estado de servir.



Clube de Caçadores de Gondomar, envia ao Clube Gondomarense 20 bilhetes para um sorteio. Os membros da Direção resolveram, para não sobrecarregar o cofre do Clube, pagar os bilhetes, no valor de 100$00.



Decido adquirir escarradores e cinzeiros para melhor higiene da casa.



Obras adjudicadas.



Bodo aos pobres. Resolvido dar 7$50 a cada pobre.



No sorteio do Clube Caçadores, o Clube Gondomarense foi premiado com um bilhar usado, sendo este vendido à "Braga & Osório por 500$00, quantia que foi oferecida à Comissão Desporto-Cultural para aquisição de livros.



Manuel Joaquim da Silva e Anselmo Martins Monteiro, prontificaram-se a contribuírem com 2.500$00 cada, para liquidação da quantia em débito ao empreiteiro das obras realizadas.



Clube fez-se representar numa festa de homenagem, que um grupo de pessoas, de Fânzeres, promoveu ao ciclista António Dias dos Santos, vencedor da XIV volta a Portugal em Bicicleta.



Uma firma de Lisboa, oficiou ao Clube propondo a exibição do filme português "NÃO HÁ MAUS RAPAZES". Informou-se que o Clube já não tinha o Salão-Teatro, mas indicou-se a existência do Cine-Teatro Nun'Alvares; propriedade da Ala dos Legionários.



Em virtude do dono do terreno aforado não abdicar do foro, como lhe foi pedido. Pelo proprietário do terreno; Sr. Fontes, foi sugerido que o Clube tirasse vantagem de um seu terreno, nas traseiras do Clube, para uso de pistas de carros na altura do Rosário.

Devidamente analisada a proposta, e verificadas as inconveniências, foi resolvido não se aceitar, visto ser problemático qualquer lucro nessa atividade.



Sport Clube de Rio Tinto convida para uma Sessão Solene.



Centro Ciclista de Gondomar pede prémio para uma prova a realizar. Concedido.



Ala Nun'Álvares convida para uma Sessão Solene. Aceite.



Casa do Pessoal da Rádio Difusão Portuguesa, com o fim de construir uma casa para o seu pessoal, envia 30 bilhetes ao Clube para um sorteio.

Os membros da Direção pagaram, a título pessoal, os bilhetes.



Equipa do Clube, fica em 2º Lugar no 2º lugar no Campeonato Concelhio de Bilhar, organizado pelo Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto



Comissão Desporto Cultural homenageia Manuel da Silva Monteiro.

A Direção fez-se representar.



1950

Direção

Manuel Martins de Sousa

José Ferreira Rosas

Júlio António Larouca

Luís dos Santos Martins

António Vieira da Rocha

Alberto Martins de Sousa Oliveira

Luís Fernando Martins Ramos



Reparação da instalação elétrica para os bilhares.



Os membros da Direção ficaram com 30 bilhetes para um sorteio a favor da Associação Humanitária Cruz Branca, tendo o Diretor António Vieira da Rocha oferecido quatro bilhetes ao Clube.



7$50; importância a atribuir a cada pobre no ato da distribuição do Bodo aos Pobres.



Devido à crise económica, a Comissão Desporto Cultural não realizou o campeonato inter-sócios.





O Sr. Ministro das Obras Públicas e o Sub-Secretário da Educação visitaram Gondomar, tendo o Clube sido convidado e fazendo-se representar numa Sessão Solene, nos Paços do Concelho, seguida de missa.



Devido a mau entendimento entre os seus inquilinos, a Direcção manda abrir uma porta de entrada só para o Grupo Columbófilo de Gondomar.



Por causa de um livro, relatório de contas de 1949, enviado pelos Serviços Municipalizados ao Clube, houve um desentendimento entre o Presidente da Direção e um membro da Comissão, tendo esta, mais tarde, por ter falhado a conciliação, pedido a demissão coletiva. Todavia, a explicação oficial do Sr. Presidente da Comissão; Sr. Manuel da Silva Monteiro, foi o facto de a sua fotografia estar exposta na Sala da Biblioteca, tendo dito que até já tinha oferecido 1.000$00 para a retirarem.

Esta questão causou um voto de censura ao referido Sr. Manuel da Silva Monteiro e ao outro membro da Comissão Sr. Joaquim Marques Moura.

Mais tarde, devido a este incidente, a Comissão demitiu-se.



Convite da Escola Dramática Musical Valboense.



Representação do Clube, com estandarte, num acampamento do Corpo Nacional de Escutas, na Quinta de Vale-Chão.

Serafim Herculano Pereira e Manuel da Silva Monteiro, propõem ao Clube que este se junte à Câmara numa homenagem a António Dias dos Santos, propondo, também, que o Clube angariasse verba para lhe oferecer um jantar dentro da Sede. A Direcção deu plenos poderes aos referidos sócios.

O Clube Gondomarense esteve presente numa sessão solene da Câmara, em honra de Dias dos Santos, que em 1949 e 1950 ganhou as voltas a Portugal em bicicleta.



Voto de agradecimento e louvor à Comissão Desporto-Cultural, pela maneira ativa e benéfica com que trabalharam dentro desta Sede.

Receitas: 13.252$00

13.102$00

Saldo no final do ano: 150$00



1951

Direção

Américo Martins de Sousa

Aníbal Marques d’Oliveira

João Martins de Sousa

Manuel da Silva Ferreira

José Matos da Silva

David Martins de Moura

Cosme Pereira da Silva



Grupo Columbófilo de Gondomar pede luz elétrica do Clube para a sua secção de encestamento. Autorizado, desde que a Câmara aprovasse.



Associação de Ténis de Mesa, pediu sala do Clube para a disputa de uma final entre o Clube Caçadores de Gondomar e a Ala Nun’Álvares. Deferido.



Situação económica não permite aceder ao pedido do Centro Ciclista para oferta de um troféu para a sua prova de ciclismo, a realizar nesta Vila.

Direção deu 500$00 de subsídio à Comissão Desporto-Cultural.



Direção solicita ao Cobrador maior esforço na cobrança das quotas, mostrando a sua mágoa por haver muitos sócios em atraso.



Anuladas 606 quotas, referentes a 33 sócios, que declararam desistir do Clube.



Receita de 11.208$30

Despesa de 7.567$10



Saldo de 3.641$20




Agostinho Pereira da Silva e Damião Marques d'Almeida encarregados de estabelecerem contactos, a fim de formarem nova Comissão Desporto-Cultural.



Cosme Pereira da Silva, por não concordar com a resolução da demissão da Comissão Desporto-Cultural, pôs-se à disposição e integrou a nova Comissão.



Assim:

"Foi constituída, aos dezanove dias do mês de Junho de 1950 a Comissão Desporto Cultural do Clube Gondomarense pelos senhores Domingos Bento Bismarck, Presidente, Américo Martins de Sousa, Vice-Presidente, João David da Silva, Tesoureiro, Norberto Lopes de Oliveira; Segundo-Secretário, António Vieira da Rocha, Tesoureiro, Damião Marques d'Almeida e Agostinho Pereira da Silva, Vogais, e como representante da Direção deste Clube: Sr. José Ferreira Rosas.



Foi também constituída uma Sub-Comissão, intitulada Pró-Livro, pelos senhores Serafim Ferreira Rosas, Veríssimo Martins oliveira, Manuel Fernandes Vieira, Jorge Adrião Pereira, José Ferreira Rosas, António Ferreira de Castro, Licínio Borges de Sousa, Júlio António Larouca, Dr José Joaquim Barbosa Aguiar. Foi ainda constituída uma Sub-Comissão de Jogos pelos senhores Agostinho Pereira da Silva, Anselmo Martins d'Oliveira e Cosme Pereira da Silva"



Destacado o papel do Sr. Agostinho Pereira da Silva, na conciliação entre todos que resultou na formação da nova Comissão.



Direção ofereceu o produto da venda do Bilhar usado (500$00) à Comissão Desporto-Cultural.



20$00 de gorjeta ao arrendatário do Bar.



Os membros da Direção, por não ser possível fazê-lo em nome do Clube, pagaram do seu bolso, o total de setenta e cinco escudos, referentes a trinta bilhetes para um sorteio da Cruz Branca, desta Vila.



1952

Direção:

Mateus Ferreira Rosas

Damião Marques d’Almeida

João Martins de Sousa

Romeu de Sequeira Mendonça

Emílio Júlio Martins Monteiro

David Martins de Moura

Serafim Alves Pereira



Para a justa comodidade dos associados, resolveu-se comprar novas cadeiras.



Construção de um muro de vedação a toda a volta do terreno do Clube.



Compra de mais um jogo de Dominó.



Suspensa a hipótese de abertura de um poço na cave para o abastecimento de água ao Clube, porque se perspetivava o abastecimento público



Damião Ferreira Rosas, queixou-se, por escrito, pelo facto de o servente lhe ter negado a entrega do jogo do Dominó. A Direção suspendeu o servente por 60 dias e exigiu que pedisse desculpas ao Sr. Damião.



Realizada a venda do Piano, por 550 escudos.



Orfeão convida o Clube para se fazer representar no Ato Comemorativo do seu 32º Aniversário da sua apresentação em público, que teve lugar em 29/11/52, tendo o Sr. Damião Marques de Almeida representado o Clube.



A Câmara ofereceu ao Clube, para ser afixado na Sala da Direção, um mapa “ROTEP” do nosso Concelho e também ofereceu um livro “As Bodas de Prata do Distrito do Porto”. O Clube, por ofício, agradeceu.



Serafim Paiva, devido a circunstâncias da vida e algumas incorreções de alguns membros da Direção, pede a sua demissão, que foi aceite. Todavia, a Direção pediu ao Sr. Paiva para concretizar as tais incorreções dos membros da Direção.



Sócio nº 1000, no livro de registos, coube ao Sr. Avelino Martins Caminha.



1953

Direcção:

Mateus Ferreira Rosas

Damião Marques d’Almeida

João Martins de Sousa

Romeu de Sequeira Mendonça

Raúl Germano Soares da Silva

Emílio Júlio Martins Monteiro

Serafim Caminha



O senhor Presidente da Câmara, convidou o Clube para ir a Lisboa, com estandarte, para assistir às comemorações do 25º Aniversário do Dr. António Oliveira Salazar, como Presidente do Conselho do Governo Português. O Clube aceitou em virtude de não haver encargos. Todavia, tal ida ficou sem efeito, visto que o Sr. Dr. Oliveira Salazar não permitir o desfile de bandeiras em sua homenagem, Porém, o Clube participou, com estandarte e com as presenças do seu Presidente, Tesoureiro e segundo Secretário, nas comemorações realizadas nesta Vila.



Convite da Ala dos Legionários ara o Clube se fazer representar numa sessão solene, na Sede, , comemorativa da coroação de Sua Santidade Pio XII, que será presidida pelo Sr. Bispo do Porto. O Clube aceitou, estando Representado pelo seu Presidente, acompanhado do sócio Sr. Domingos Pereira das Neves, levando estandarte.



Dada a escassez de cadeiras antigas, (tipo austríaco) pôs-se um anúncio num jornal diário do Porto, para compra de cadeiras, modelo igual às existentes, que oferecem o máximo de comodidade.



Desistência de sócios com quotas em atraso;



Verificou-se um número considerável de sócios, com 20, 30, 40 50 (e mais)

quotas em atraso



Resolvido assinar o jornal “Reportagem”, que trata quase só de assuntos referentes ao Concelho de Gondomar e da Maia.



Reparação da instalação elétrica.



Compra de um fogão elétrico, para o Buffet.



1954

1955

Direção:

Serafim Herculano Ferreira Rosas

Adriano Augusto da Rocha

José Pinto Nogueira

João David Vieira de Sousa

Olindo Vieira Rosas

José Cerveira Guimarães

Serafim da Costa Oliveira




Baixada elétrica muito deteriorada, tendo-se paga uma nova.



Ano de 1954 foi sem grandes ocorrências, além do normal movimento de desistências e admissões de novos sócios.



O de 1955 foi o ano da grande questão entre o Clube, que precisava do espaço estava alugado ao Sr. Américo Sousa e que este, abusando da boa-fé do Clube quando lhe foi cedido, muito dificultou a resolução deste assunto.



O Sr. Américo chegou mesmo a denunciar o Clube à Câmara por ter inquilinos, há 12 anos, na qualidade de senhorio ilegal!



Reunião, de “sócios preponderantes” para as Bodas de Ouro e obras previstas.



Voto de pesar pela morte do Padre Manuel Andrade e Silva.

200$00, de gratificação à Contínua.





1956

Comissão Administrativa, que foi constituída por motivo de os elementos eleitos em Ass. Geral não terem tomado posse.



António Leonídio Ramos da Silva

Joaquim Martins da Rocha

Francisco Elói Gomes Viana



Subsídio de 500$00 à Biblioteca

Instalada a luz fluorescente




1957

Direção:

José Soares da Silva

João David Vieira de Sousa

José Emílio Cardoso dos Santos Monteiro

Fernando Martins Pereira das Neves

Manuel da Silva Ramos

Olindo Vieira Rosas



Saldo do ano transato 27.845$80



Venda do rádio velho, por 300$00, e compra de um novo.



Aviso aos sócios para acatarem as normas dos jogos.



Suspensos alguns sócios por incorreção no jogo das cartas.



Iluminação da fachada aquando da festa do Aniversário.



Consumo exagerado de energia, por parte do fogão instalado no Buffet. Feita a sua substituição por um fogão a gás.



Iluminação da fachada aquando da passagem da Procissão da nossa Senhora de Fátima, do Monte Crasto para a Igreja Matriz.



Instalação do Telefone.



Devido à inexistência de fichas, onde constasse toda a movimentação dentro do Clube, estudou-se um modelo, proposto pelo senhor Presidente, mandando-se fazer 1.500 exemplares.



Taça Clube Gondomarense, oferecida ao Clube de Caçadores de Gondomar, para o seu monumental Concurso de Pesca.



Voto de pesar pela morte de Manuel Silva Monteiro.



Carta do Clube de Caçadores, agradecendo toda a atenção dispensada.



Saldo, no final do ano: 253$90


1958

Direcção:

Cosme da Costa Cruz

José Perfeito Moreira Gonçalves

David Ramos das Neves

José Rosas de Castro Pereira

Fernando Jorge de Castro Koch

Alberto Martins de Sousa (Oliveira)



Sr. José Ferreira Martins dos Santos, de Luanda mandou 1.000$00 para a Biblioteca, sendo reconhecido, por aclamação, em Ass. Geral.



Aquisição de uma bandeira nova.

Bodo de 805$00 a distribuir por 37 pobres.



Venda do fogão eléctrico.



Sr. Américo Sousa, abusivamente, mudou a fechadura da parte, entretanto vaga, ocupada pelo Grupo Columbófilo.



Instalação de água canalizada



Rejeição de uma Acta, (Julho de 1958), elaborada pelo 1º Secretário, originando o seu abandono e sua substituição.



Constituída Comissão para as Bodas d’Ouro.



A Comissão de Festas, sem dar conhecimento à Direcção, não levou a cabo diversos eventos para comemorar as Bodas de Ouro.



Carlos Pereira Coutinho, marido da Contínua, prontificou-se a repor a importância de 3.225$00 referente a talões de jogos, dos quais não tinha entregue a correspondente importância.



Clube representado, com estandarte, no Aniversário da Associação Recreativa Valboense.