Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Enjoem os nabos!

Enjoem os nabos

Viajar é ver outros mundos, outras sensibiidades,
outras culturas, outras religiões, outros deuses!

Pela natureza da profissão que exerci, em férias ou em serviço,
tive a sorte de ter viajado um pouco, por isso, às vezes e sem querer, muito naturalmente, comparo Gondomar com muito do que vi, e não fico contente!

Algumas das cidades, abaixo mencionadas, foram, por mim, várias vezes visitadas. Ainda agora, duma viagem regressado,
sorri ao constatar a alegria, que reina em Gondomar,
com a festa que fazem com os nabos!

No Portal de Gondomar, vou vendo os jogos da estratégia, de informação e contra-informação, mas enquanto derem muito valor aos nabos, (ó Darwin, ressuscita e anda cá ver) não haverá evolução!

Em relação às próximas eleições, já andam a remexer no lixo dos políticos, para ver se encontram um “nabo dourado” para apresentar ao eleitorado!

Por mim, há um vereador, por quem tenho muito respeito,
todavia nenhum dos da vereação, só pelo facto de estarem muito contaminados, merece qualquer eleição! Gondomar merece melhor que políticos reciclados; de partidários a independentes. Sobretuddo, é tempo de enjoar os nabos, que nos tem andado a governar como o Gama, que originou o verbo gamar!

Madrid, Paris
Bruxelas, Londres
Copenhagen, Milão
Brasília, Rio de Janeiro
São Paulo, Santos
Recife, Porto de Galinhas
Fortaleza, Gaibú
Maputo, Beira
Casablanca
Ilha de S. Vicente
Ilha do Sal
Ilha de Santo Antão
Ilha da Madeira
Ilha do Porto Santo
Ilha de Santiago
Ilha de S. Miguel
Buenos Aires
Olinda, Fortaleza
Nova York
Cidade do México
Los Angeles, Havana
Varadero
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Assina um Gondomarense, que não gosta de nabos:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sonhos

Sonhos

Um poeta falou de seus sonhos
deles fez versos
belas imagens
que, como sabeis,
são pinturas em telas,
expostas em sua mente,
sem querer saber do seu autor
nem de seus pincéis!

Os sonhos;
realidades virtuais!

O poeta fala de seus sonhos
quando acaba reina a realidade.

Fica admirado
ou talvez não,
porque
o poeta continua a sonhar
mesmo acordado!

Como sabeis,
o poeta é um mestre do sonho
da ilusão,
e às vezes, mesmo a dormir,
quase sempre a fingir
a pinta sentimentos
sem saber de quem são os pincéis!

Já dizia um nosso maior
que um poeta é um fingidor,
por isso um poeta sonha
e aos sonhos dá qualquer cor!

O poeta fala de seus sonhos!
É um sonhador!

Mas,
não admira que,
mesmo acordado,
um poeta fale de amor!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pintores que pintam por dentro

Pintores que pintam por dentro

Quando faltam pincéis!
Quando na tinta não há côr!
Quando tudo é preto!
Quando se esvai a inspiração!
Quando a vida nos trama
É quando nos sentimos em ascensação,
E sem paleta,
Sem pincéis,
Sem cores,
Pinta-se, com os dedos da mão,
O sentir da alma na ardência
e no esfriamento dos amores!

Quando a obra nasce,
Sob luminosa luz,
Reina a calma,
O contentamento,
Por nos termos pintado por dentro!
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Autor: Silvino Tavaeira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Um deixa andar

Fogo por todo mundo,
água por toda a terra,
vidas no fogo a queimar
ou na água a navegar!

Os deuses,
esses estão-se a guerrear
ou a passaar férias;
num deixa andar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Tempo, silêncio; lapidadores de palvras como de diamantes

Tempo,
silêncio,
lapidadores de palavras como diamantes!

O tempo e o silêncio procuram palavras,
como diamantes,
avaliam seus quilates,
avivam-llhe arestas,
mas ficam contentes,
quando na terra,
no seu leito,
encontram um diamante de amor em bruto,
e com o tempo e em silêncio,
lapidam-no
para o pôr a brilhar num peito perfeito!

O tempo e o silêncio
fazem diamantes das palavras.
mas faltam peitos
para as usarem, eternamente!

Os diamantes
não gostam de ser enterrados,
mas sim, sempre,
por novos amores usados!
como palavras gostam de ser lembradas,
por outras bocas faladas!

Bocas há muitas,
mas diamantes não,
e se diamantes brilham no peito,
palavras-diamantes brilham no coração!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
/figas de sain pierre de lá-buraque)
Gondomar

Portuagl, parque de diversão!

A crise,
o orçamento,
a revisão da Constituição,
a reforma da Educação,
a queda do Governo
a salvação dos sem eira nem beira,
a quem os políticos pôem o sol na moleira
e sem tostão na carteira,
depois,
ainda temos,
a reforma da Eduação,
o fim dos maus caçadores
por causa do fim dos chumbos,
que, sem chumbo caçarão com furão!

Eis a crise,
o orçamento,
a revisão da Constituição
a reforma da Educação,
só nos falta um foguetão,
que leve Portugal para a Lua
e o Sócrates e o Passos
continuarem com a diversão
de cantarem a canção:
"Estamos na Lua.
Estamos na Lua!"
enquanto nós na crise do orçamento,
na crise da revisão da Constituição,
na reforma da educação,
enquanto eles na Lua,
e nós, cá em baixo,
em Portugal;
como muitas festas,
com muito fogo,
enfim,
num grande Parque de Diversão!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Os canhões disparam, depois reina o silêncio!

O segredo da serenidade é
não perturbar o instalador dos silêncios,
não perturbar sua quietude!

O segredo da serenidade é
ouvir nossos ruídos interiores,
não os deixar poluir a bandeja de luz,
oferecida todos os dias,
onde reflectimos nossos sonhos,
derramados no escoar do tempo diurno
a caminho do silêncio nocturno;
o futuro!

Treinemos a tempo!

As revoluções fazem muito barulho!
depois reina o silêncio!

Os canhões disparam,
depois apodrecem,
e apenas reina o silêncio!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Poesia de perda lascada!

Procurei,
procurei
até que achei um calhau poético!

Logo que o vi,
vi que a poesia morava ali,
embora não estivesse à vista!
Moisés,
nele não tinha escrito Altamiras
nem Foz Coas,
mas pressenti que ,
ali,
daquele calhau poético,
podiam sair poesias,
das boas!

Peguei numa marreta,
foi à marretada que
dum calhau ia tirando poesia lascada,
escondida em cada lasca,
enquanto me lembrava que
os esquimós também a faziam no Alasca
na neve gelada!

Num humano frenesim
desfiz o calhau poético,
e por vezes,
em cada pancada,
saltava um verso eléctrico,
um electrão de inspiração!

Cada poema, em cada lasca,
é poesia em forma de lança
que penetra em cada poeta!

Guardei os poemas das lascas,
mas vou mostrando
alguma poesia de pedra lascada!

Agora,
só tenho a esperança
de encontrar um outro calhau poético,
mas com faces bem polidas,
onde um escriba
dum qualquer deus da poesia,
diga da poesia
e qual a sua medida

Que seja um querer régio
e quem fora dos seus mandamentos
seja um sacrlilégio.

Entratanto,
eu vou partindo calhaus às lascas,
fazendo poesia de pedra lascada,
e de vez em quando mergulho no mar poético
e apanho umas ostras!

De quando vez lá sai-me uma pérola poética!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figuiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

No Universo nem sequer um verso!

Numa cova,
cercada por montanhas,
vivo abaixo do meu horizonte
e mais perto das entranhas!

Cova, onde vivo,
será onde minha morte viverá
sem ter sorte de ver horizontes
doutras montanhas que há!

Descobrem grandes buracos negros,
a cada instante mais um sol,
maior e mais brilhante,
e falam da expansão do Universo!

É então que perco a ilusão de ser poeta,
e ser no Universo sequer um verso!

É à noite,
que me deleito,
olhando o céu,
vendo tudo tão desalinhado.
mas num poema tão perfeito
e tão desejado!

Para quê desejar ser um verso no Universo,
se o poema já está feito,
perfeito!
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

OLHAI

Ohai as estrelas
olhai o sol
olhai por vós abaixo
e vede se algo bole bole!
Tereis largo futuro
se muito ainda estiver duro!

Sendo assim,
a vida continua,
com corpo vestido
mas a alma sempre nua!
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Autor:Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

Ser egoísta

Cada um devia ser egoísta
nascer só
comer sózinho
morrer sozinho,
não dar nada ao vizinho,
ter um só deus para si
para si só uma retrete
ser egoísta
a ninguém fazer frete
ter uma lua só sua
uma estrela para o alumiar
nada para partilhar
ser egoísta, constante,
de nada postulante
quando muito petulante
e já é bastante!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

Regresso a quê?

REGRESSO A QUÊ?

Regresso
a um lugar de bem estar?

Se aqui se está,
dito regressado,
não se sabe qual é o regresso ao regressado!

Eu, se estou aqui,
trago muito pouco do muito do que perdi!

Quem ao mundo vem
não volta ao ventre de sua mãe!
Se a ele não pode ser regressado,
depois de à terra ter sido lançado,
então, não tem regresso,
apenas gira com a terra
e por vezes é fogo,
por vezes inundações,
não tem regressos,
tem mutações!
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Autor:Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

Regresso!

Regresso!

Regresso à paz?
Regresso à guerra?
Regressso ao amor?
Regresso ao trabalho?
Regresso à terra,
A um lugar de bem estar
Ou regressar à fome ou
À caridade?
Regresso á dor?
Regresso às férias?
Regresso à política?
Regresso à crítica?
Regresso à corrupção?
Regresso aos desuses que dizem que são?

O regresso é como
Linha de combóio
Com muitas estações,
Onde parar,
Para o regresso descer!
Onde quiser"


Mas
O regresso
É o sítio para onde vou
Quando daqui me despeço,
Mas pelo caminho
Dentro de mim
Está sempre o meu regresso
E nele me reconheço!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figuiredo
Figas de saint pierre de lá.buraque
Gondomar

Desceste para ficar!

Desceste para ficar!
« em: Setembro 06, 2010, 19:05:46 » Citar Modificar

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Desceste para ficar!

Eu sabia que vinhas pela estrada sideral
Eu, apeado nas linhas dum ponto cardeal
Esperando o real do irreal das luzinhas
E que fosses natural no todo que tinhas!
Eu sabia que virias, só não o transporte,
Talvez pelo norte, com a sua ventania,
Para eu ter a sorte de ter tua fantasia!
Eu gosto de fantasiar, e como és estrela,
Para a rua eu alumiar ponho-te à janela,
Então desço ao pedrado, vejo-te tão bela!
Que enfeitiçado, fico príncipe enamorado,
Só não quero que subas ao céu.
A tua constelação sou eu!

A qualquer momento,
quando fechas a janela
eu vou a para dentro!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Golo em casa!

Golo em casa
« em: Setembro 07, 2010, 16:50:14 » Citar Modificar

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Ah/chegar a casa/tirar o casaco/tirar os sapatos/esquecer o patrão e os colegas chatos!
Dar um beijo na esposa/tomar um banho/depois papar um jantar/bem quentinho/enfim, no fim do dia sentir-mo-nos gente/com carinho!
Depois ver televisão/difícil escolher o programa/é sempre a mesma repetição/vamos para a cama!
Ligo o rádio/ oiço música/vou rodando estações/escuto um desafio de hoquei-em-patins/dizia o locutor:"finta um, finta dois/remata/goooolo!/foi uma grande sticada!"
Ele falou em sticadas/logo me despertou meu treino com o meu/
"sticou, goooolo!, repetiu o repórter do jogo.
Eu continuei/ com também com as minhas sticadas/e com tanto golo no jogo/também eu meti o meu/gooooolo; mas orgásmico!
Depois, fomos para o intervalo/a noite continuou e com ela sentiu-se o peso da neve/ e tudo a esfriar!

Ouvi o cantar do galo/eram três da madrugada/mudei de táctica/pousei a esferográfica e não escrevi mais nada!

Boa noite/vou dormir/façam como eu/durmam em paz e a sorrir!
consolado/dei um beijo a minha esposa e virei-me para o outro lado!
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Autor:Silvino Figueiredo
o figas de saint pierre de lá-buraque
Gondomar Outubro/1996