Ai não há acordo sobre o Orçamento?!
Pois é,
o costume,
o costumado azedume!
É como exigir que
entre o Porto e Benfica
não haja a ambição
e ganância
de cada um ser campeão!
Embora um tenha que perder,
a culpa é sempre do outro
que não soube ceder
e não teve arte de jogar para o empate!
No final,
o céu continua azul sobre Portugal,
mas,
olhando a Sul,
adivinha-se grosso vendaval,
porém,
onde o abrigo,
fornecido por cada partido
instalados na/no capital?
O resultado é que no fim
todos são salvadores
e nenhum é culpado!
Viva!
Viva!
Viva quem?
Viva o Zé,
o Zé-Ninguém,
que é manso
com o que do Sul vem!
Mas até quando a este mando?
.........xxxxxx...............
Autpr: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Há um rio
HÁ UM RIO
Há um rio,
Esse rio tem margens,
De boas aragens,
E tem flores
Nas belas paisagens das suas margens.
Brisas que no rio ondeiam flores penteiam
E encantam amores
Que nas margens se passeiam!
Esse rio é o Douro,
Desde Gramido ao Freixo
Que dá gosto a quem gosta de passear,
E abrir o peito
Para a Poesia entrar!
Eis a sugestão que vos deixo:
Não é preciso correr,
Mas sim devagar, e abrir o peito,
Estender o olhar e deixar-se encantar
De Gramido até ao Freixo,
Do lado de Gondomar!
................XXXXXXXXXX......................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Há um rio,
Esse rio tem margens,
De boas aragens,
E tem flores
Nas belas paisagens das suas margens.
Brisas que no rio ondeiam flores penteiam
E encantam amores
Que nas margens se passeiam!
Esse rio é o Douro,
Desde Gramido ao Freixo
Que dá gosto a quem gosta de passear,
E abrir o peito
Para a Poesia entrar!
Eis a sugestão que vos deixo:
Não é preciso correr,
Mas sim devagar, e abrir o peito,
Estender o olhar e deixar-se encantar
De Gramido até ao Freixo,
Do lado de Gondomar!
................XXXXXXXXXX......................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Poeta baralhado
POETA BARALHADO
Cair de tarde
Fim de dia
Quantos mortos na estrada
Quanta gente soterrada
Quantas greves
Quantas manifestações para as diárias precisões?
E eu
Armado em poeta
Com alguma hipocrisia
Num final de tarde
Num entardecer
Poesia a querer fazer!
Mas as acções não sobem ao céu do Capitalismo
E há o perigo da extinção dos mecenas
E aumento de penas!
Neste quadro
O poeta fica baralhado
O poema estragado
O poeta vai protestar
Por num fim de tarde
Num entardecer
Por poesia não poder fazer
Quando em Portugal muitas casas estão arder!
A solução?
Um milagre,
Mas bem cedo
Não esperar pelo fim de tarde
É que depois vem a noite!
.............xxxxxxxxx..................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
Cair de tarde
Fim de dia
Quantos mortos na estrada
Quanta gente soterrada
Quantas greves
Quantas manifestações para as diárias precisões?
E eu
Armado em poeta
Com alguma hipocrisia
Num final de tarde
Num entardecer
Poesia a querer fazer!
Mas as acções não sobem ao céu do Capitalismo
E há o perigo da extinção dos mecenas
E aumento de penas!
Neste quadro
O poeta fica baralhado
O poema estragado
O poeta vai protestar
Por num fim de tarde
Num entardecer
Por poesia não poder fazer
Quando em Portugal muitas casas estão arder!
A solução?
Um milagre,
Mas bem cedo
Não esperar pelo fim de tarde
É que depois vem a noite!
.............xxxxxxxxx..................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
Alado desejo
Alado desejo
Vem a noite
Na crina do cavalo
Monto alado lampejo de desejo
E em ti vejo colinas
E subo
E galgo
E de sede em ti me dessalgo!
Cada passo do cavalo
Para ti me acalma!
Por fim
A colina plana!
Da crina do meu cavalo desmonto,
Desfaleço
Deitado na planície,
Olho as estrelas,
Descanso numa delas!
Meu cavalo
Ao raio de luar
Reflete a imagem do teu chegar.
...............xxxxxxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Vem a noite
Na crina do cavalo
Monto alado lampejo de desejo
E em ti vejo colinas
E subo
E galgo
E de sede em ti me dessalgo!
Cada passo do cavalo
Para ti me acalma!
Por fim
A colina plana!
Da crina do meu cavalo desmonto,
Desfaleço
Deitado na planície,
Olho as estrelas,
Descanso numa delas!
Meu cavalo
Ao raio de luar
Reflete a imagem do teu chegar.
...............xxxxxxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Levantei-me com o sol
Levantei-me como o Sol,
mas não o acompanhei,
ele subiu,
eu fiquei,
preso na Terra
com pena no meu sentir
de com ele não poder subir!
O Sol levanta-se,
sobe,
sobe,
dá claridade a uns,
mas a outros deixa-os na sombra!
Um homem, na glória do sol morre
ou na negra sombra tomba!
levantei-me com o Sol,
mas não o pude acompanhar,
apenas,
como um girassol,
para ele sempre me viro,
esperando ter sol na minha vida,
até ao último suspiro!
............xxxxxxx.................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saintb pierre de lá-buraque)
Gondomar
mas não o acompanhei,
ele subiu,
eu fiquei,
preso na Terra
com pena no meu sentir
de com ele não poder subir!
O Sol levanta-se,
sobe,
sobe,
dá claridade a uns,
mas a outros deixa-os na sombra!
Um homem, na glória do sol morre
ou na negra sombra tomba!
levantei-me com o Sol,
mas não o pude acompanhar,
apenas,
como um girassol,
para ele sempre me viro,
esperando ter sol na minha vida,
até ao último suspiro!
............xxxxxxx.................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saintb pierre de lá-buraque)
Gondomar
domingo, 17 de outubro de 2010
Orçamento
ORÇAMENTO
Orçamento,
Orçamento,
Orçamento;
Coisa que não nos sai da cabeça,
Que nos entra nos bolsos,
Sem que se lhe peça,
Para pagar a quem nos andou a desgovernar,
Sem que nada lhes aconteça,
E ainda têm a desfaçatez,
De sacrificar o povo português,
Com cinto mais apertado,
Mas o povo,
O Zé-Ninguém,
Que quase já nem cheta tem,
Acha que quem manda deve ser sacrificado,
Mas não,
O orçamento de doutores,
Entra-nos, a todo o momento,
Pelos bolsos dentro,
Se ainda tivermos bolsos,
Se ainda andarmos vestidos,
E não de tanga,
Como dizia quem por Bruxelas anda.
É urgente mostrar a quem manda a nossa zanga,
A esses doutores,
Doutores; uns estupores!*
Doutores a gastar,
Que não cometem o "deslize"
De obrigar os ricos a pagar crise!
Afinal, para que servem os ricos?
Assim vai Portugal,:
Mal,
Um país de doutores;
uns estupores!*
.................xxxxxxxxxxx..................
(*) Espantos
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Orçamento,
Orçamento,
Orçamento;
Coisa que não nos sai da cabeça,
Que nos entra nos bolsos,
Sem que se lhe peça,
Para pagar a quem nos andou a desgovernar,
Sem que nada lhes aconteça,
E ainda têm a desfaçatez,
De sacrificar o povo português,
Com cinto mais apertado,
Mas o povo,
O Zé-Ninguém,
Que quase já nem cheta tem,
Acha que quem manda deve ser sacrificado,
Mas não,
O orçamento de doutores,
Entra-nos, a todo o momento,
Pelos bolsos dentro,
Se ainda tivermos bolsos,
Se ainda andarmos vestidos,
E não de tanga,
Como dizia quem por Bruxelas anda.
É urgente mostrar a quem manda a nossa zanga,
A esses doutores,
Doutores; uns estupores!*
Doutores a gastar,
Que não cometem o "deslize"
De obrigar os ricos a pagar crise!
Afinal, para que servem os ricos?
Assim vai Portugal,:
Mal,
Um país de doutores;
uns estupores!*
.................xxxxxxxxxxx..................
(*) Espantos
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Vai abrir a caça ao coelho!
VAI ABRIR CAÇA AO COELHO
A partir da próxima quinta-feira vai abrir a caça ao coelho, que tem toca num laranjal, mas que anda a fazer estragos no jardim das rosas!
Últimamente, um coelho tem sido visto a sair da toca, mostrar os dentes e ensaiar ulguns passos de corrida, mas não de fundo, deixando os caçadores incertos quanto ao rumo que ele vai tomar!
Segundo caçadores, que vivem no laranjal, há pressões para que o coelho só roa cenouras e não a corda do orçamento para as ditas, porque senão a caçada será geral e o coelho corre o risco de ser abatido por caçadores furtivos, além dos legais, que lhe seguem o rasto das caganitas!
O coelho tem de ter muito cuidado com os passos que dá ao sair da toca, porque se estragar o jardim das rosas nem uma cenoura lhe toca e ao regressar à toca, no seu laranjal, terá que tomar sumo azedo de limão servido pelos tratadores da casa. Veremos o que prefere.
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)Gondomar
A partir da próxima quinta-feira vai abrir a caça ao coelho, que tem toca num laranjal, mas que anda a fazer estragos no jardim das rosas!
Últimamente, um coelho tem sido visto a sair da toca, mostrar os dentes e ensaiar ulguns passos de corrida, mas não de fundo, deixando os caçadores incertos quanto ao rumo que ele vai tomar!
Segundo caçadores, que vivem no laranjal, há pressões para que o coelho só roa cenouras e não a corda do orçamento para as ditas, porque senão a caçada será geral e o coelho corre o risco de ser abatido por caçadores furtivos, além dos legais, que lhe seguem o rasto das caganitas!
O coelho tem de ter muito cuidado com os passos que dá ao sair da toca, porque se estragar o jardim das rosas nem uma cenoura lhe toca e ao regressar à toca, no seu laranjal, terá que tomar sumo azedo de limão servido pelos tratadores da casa. Veremos o que prefere.
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)Gondomar
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Um tempo fodido
Nota prévia:
Em poesia está prevista o licenciamento poético,
que permite ao poeta usar calão.
Neste trabalho a palavra fodido é ao seu abrigo!
Título: Um tempo fodido
Nasci no meu tempo,
desculpem,
o tempo não é meu,
não o posso dar,
comprar ou vender,
todovia,
meu tempo deu-me tempo para ver que
fingem não perder tempo,
que correm para ganhar tempo,
"tempoo é dinheiro", dizem,
e ficam felizes quando
faz um rico tempo,
porém, outras vezes faz mau tempo ou
um tempo assim assim;
foleiro,
sem dinheiro!
A vida passa-se em três tempos;
nascer, viver e morrer,
mas dos tempos vividos
o actual é um tempo fodido,
já não um rico tempo,
mas um tempo empobrecido e
nem é preciso ver que chove,
para ver que quem é fodido é o pobre,
pelo tempo enriquecido!
Se assim continuar
não tarda um tempo de trovejar,
para um bom tempo raiar
e o sol sobre todos brilhar.
............xxxxxxxxxxxx..................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Em poesia está prevista o licenciamento poético,
que permite ao poeta usar calão.
Neste trabalho a palavra fodido é ao seu abrigo!
Título: Um tempo fodido
Nasci no meu tempo,
desculpem,
o tempo não é meu,
não o posso dar,
comprar ou vender,
todovia,
meu tempo deu-me tempo para ver que
fingem não perder tempo,
que correm para ganhar tempo,
"tempoo é dinheiro", dizem,
e ficam felizes quando
faz um rico tempo,
porém, outras vezes faz mau tempo ou
um tempo assim assim;
foleiro,
sem dinheiro!
A vida passa-se em três tempos;
nascer, viver e morrer,
mas dos tempos vividos
o actual é um tempo fodido,
já não um rico tempo,
mas um tempo empobrecido e
nem é preciso ver que chove,
para ver que quem é fodido é o pobre,
pelo tempo enriquecido!
Se assim continuar
não tarda um tempo de trovejar,
para um bom tempo raiar
e o sol sobre todos brilhar.
............xxxxxxxxxxxx..................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
domingo, 3 de outubro de 2010
À deriva, sem boa estiva!
O mar anda encapelado,
nau do Governo à deriva,
que espera ser ajudado
mas não tem boa estiva!
Na era de Oliveira Salazar;
de analfabetos e pobres,
conseguia-se transformar
em ouro alguns cobres!
Agora, não faltam doutores
e cursos de formação
para serem uns "senhores"!
Gastaram, até à exaustão,
ei-los a correr aos credores:
"doutores e senhores"
com as calças na mão!
O mar de Portugal
anda muito encapelado,
e se o Governo governa mal
a oposição põe-se de lado!
Mas,
para consolo do povo,
vai-se à bola,
a Fátima.
aos concertos
e ouve-se o fado,
nada de novo!
O mar continua encapelado,
mas tá-se bem,
nesta nau à deriva,
à espera de boa estiva,
que tarda em chegar,
com os marinheiros já a enjoar!
........xxxxxxxxxxxx............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
nau do Governo à deriva,
que espera ser ajudado
mas não tem boa estiva!
Na era de Oliveira Salazar;
de analfabetos e pobres,
conseguia-se transformar
em ouro alguns cobres!
Agora, não faltam doutores
e cursos de formação
para serem uns "senhores"!
Gastaram, até à exaustão,
ei-los a correr aos credores:
"doutores e senhores"
com as calças na mão!
O mar de Portugal
anda muito encapelado,
e se o Governo governa mal
a oposição põe-se de lado!
Mas,
para consolo do povo,
vai-se à bola,
a Fátima.
aos concertos
e ouve-se o fado,
nada de novo!
O mar continua encapelado,
mas tá-se bem,
nesta nau à deriva,
à espera de boa estiva,
que tarda em chegar,
com os marinheiros já a enjoar!
........xxxxxxxxxxxx............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
sábado, 2 de outubro de 2010
Os últimos versos; os melhores!
O poema
veio ter comigo
na forma duma moldura
mas ainda vazia
esperando pintura ou fotografia
veio da mente
urgente
na folha em branco
para existir poesia
ficou ali
tentei passar à acção
mas falhei
só faço poesia com o coração
doutro modo não sei
o poema estava
ali
à espera
mas a poesia acabou por chegar
quando olhei aquela fotografia
fiz poesia e ofereci-lha
ela gostou
e juntos acrescentamos os últimos versos
os melhores!
............xxxxxxxxx................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
veio ter comigo
na forma duma moldura
mas ainda vazia
esperando pintura ou fotografia
veio da mente
urgente
na folha em branco
para existir poesia
ficou ali
tentei passar à acção
mas falhei
só faço poesia com o coração
doutro modo não sei
o poema estava
ali
à espera
mas a poesia acabou por chegar
quando olhei aquela fotografia
fiz poesia e ofereci-lha
ela gostou
e juntos acrescentamos os últimos versos
os melhores!
............xxxxxxxxx................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Subscrever:
Mensagens (Atom)