PHELPS NO ALGARVE

Local ond Phelps passou férias, no Algarve. A piscina é pequena, porque ele quis descansar, devido ao peso das medalhas, que não flutuam!

FLORES

Estas flores estão dentro do meu jardim,

mas,

mais importantes que flores

é qu'amores estejam dentro de mim!

VIGÍLIA

VIGÍLIA

Estou de vigília,
adivinho-lhe seu florir,
sua alvura!

Por alturas de Janeiro
seu florir primeiro!

Quando uma aparece
logo me parece
que o frio de Janeiro aquece!

Depois outra e outras,
como toucada de noiva!

Ali fica ela,
mostrando sua virgindade no meu jardim,
depois vai-se despindo,
pétala a pétala,
eu imagino que para mim!

Como gosto de ti,
minha magnólia branca!

Tu sabes que tua beleza
e teu toucado d'alvura me espanta!

Enquanto estiveres no meu jardim,
prometo,
far-te-ei poemas assim.

E mesmo que tuas pétalas,
já caídas no chão,
aquecem sempre o Janeiro
do meu coração!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL

Não houve Adão e Eva, disse o doutor!

Um padre, do norte da Argentina, Ariel Alvarez Valdês, doutor em Teologia Bíblica, por ordem do Vaticano, que foi acatada, deixou, segundo notícia publicada no JN, de dar aulas, visto não acreditar na existência de Adão e Eva!

Desde os tempos bíblicos, verificaram-se sucessivas divisões, entre velhos e novos testamentos! Com o aparecimento do Cristianismo continuaram os cismas e divisões em diversos ramos, nomeadamente entre puritanos, ortodoxos, católicos romanos, igrejas com ou sem santos, com ou sem milagres. Ainda hoje, o fenónemo de aparecimento de novas seitas ou igrejas continua. Aliás, esta matéria divina, sendo analisada e definida por homens, tem de, infalívelmente, ser falível, e quando vemos um doutor, formado em Teologia Bíblica não acreditar na existência de Adão e Eva, e pôr em causa a divina criação do Mundo, então não admira que muitos milhões de pessoas (eu incluído) sejam indiferentes sobre a existência ou não de Adão e Eva e sobre a qualidade do barro com que foram feitos.

É normal ouvir dizer aos Homens que Deus há só um, mas cada um tem o Seu!
Certo é que o Papa mandou-o calar o padre doutor, e ele calou-se, mas quem é que manda calar o Papa quando ele diz asneiras, Ele é infalível? Vocês acreditam?
Pois é, cada um tem o Papa que quer. Até os portistas têm um!
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Autor:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

DAI-ME UMA CRENÇA

DAI-ME UMA CRENÇA

Dai-me um sorriso,
para acreditar na Justiça.

Dai-me uma crença,
para acreditar nos políticos.

Senhor,
não me façais tão desconfiado.
Ainda há pouco, ouvi-os dizer
que isto vai melhorar,
mas nunca vi tanto crime
tanto drogado!

Bem sei que a Esperança
é a última a morrer,
mas olhai,
estou a perder o sorriso
no meu viver,
só me apetece chorar,
mas os políticos
dizem que isto vai melhorar!

Senhor
dai-me uma crença
para acreditar.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Um poeta é um mar!

Um poeta
é rio da fonte até à foz,
vai de desvio em desvio
com a torrente da sua voz!

Na torrente de sentimentos
leva aluviões de poemas,
alguns dele lamentos
ou de outros suas penas!

O poeta,
no seu versejar,
ama a paz,
o amor,
a natureza,
odeia o guerrear!

Um poeta
nasce para amar,
nasce para cantar a beleza
e tudo que seja de louvar,
deixando de ser rio
para ser mar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Parecido com meu pai

PARECIDO COM MEU PAI

“Estás a ficar parecido com teu pai”,
disseram-me.

Oxalá.

Quem me dera ser como ele:
Sorridente
Bonacheirão
E com a vida sempre contente!

Gostava muito de ler
Embora um pouco distraído
Mas amigo do seu amigo!

Quem me dera ser como ele
Ou que ele estivesse comigo.

Agora
Com ele um pouco mais parecido
Acho que
Lembrando-me dele
-como todos os dias me lembro-
Ser como ele consiga
Nos dias que vou vivendo.

Para já
Leio mais um livro
Depois
Talvez com meus netos vá brincar.

Meu pai era como uma criança
Também tenho essa esperança
De ser como ele perante o Mundo.

Eu até já sei chorar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

SOMOS RICOS!..

SOMOS RICOS!..

Pronto,
já cá temos duas medalhas,
e cada pobre português,
a viver sem camisa,
perante tão grande feito,
pôe medalhas de vaidade ao peito
enquanto vive de migalhas,
mas os políticos,
cheios de políticos deslizes,
logo tecem elogios aos atletas
e exclamam:
Temos ouro,
Temos prata,
Somos ricos!
Felizes!
Poetas!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

Valentim brinca com a gente

VALENTIM BRINCA COM A GENTE!

Valentim foi julgado
Valentim foi absolvido
Valentim foi condenado
Valentim brinca comigo.

Valentim diz-se inocente
Valentim foi surpreendido
Valentim fintou a gente
Valentim brincou comigo.

Valentim não abusa do poder,
Acreditem, piamente,
Se abusa é sem querer,
Só quer brincar com a gente!

Valentim é bom rapaz,
Diz-se amigo de seu amigo,
Quer apoiar o "Porreiro pá"
E disso faz alarido!

Valentim foi condenado,
Mas não se dá por vencido,
Até quer outro mandato
Até que seja corrido.

Valentim é dono dum "circo",
Para diversão das gentes,
Tem muitos palhaços ricos
Que fazem rir pobres mentes.

No espectáculo de interesses
Ele dá grande festival,
Dá e recebe benesses!
"Artista" do Circo Portugal!

Eu brinco com Valentim
Com as coisas que lhe digo,
Nas coisas que diz a mim
Valentim brinca comigo!

Nesta brincadeira pegada
Ele goza com Gondomar,
Gondomar ele não larga,
E quer continuar a brincar!

Quanto mais se lhe "bate"
Mais o povo dele gosta,
Em terra de agrícola arte
Aprecia-se boa bosta!
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Autor desta brincadeira:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar 21/08/2008

Boletim meteorológico!

Tão bom a gente dar-se bem.
Tão bom haver bom tempo.
Tão bom não se chamar nomes a ninguém,
mas,
de repente vêm furacões,
somos levados pelos ventos,
lá se vão boas intenções;
bons intentos,
surgem palavrões e imprecações,
cada homem epicentro dum ciclone!

Tão bons que nós somos!
Tão depressa que deixamos de ser!

Mas a vida é assim,
com tempestades e bonança
no nosso viver!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar-PORTUGAL

Poema Olimpíco

POEMA OLÍMPICO

Jogos olímpicos,
Continentes ligados,
Abertos,
mas com trincos,
À liberdade fechados!

Centenas de bandeiras,
Ouro a brilhar nos peitos,
Oxalá que por saltar barreiras,
Que fecham humanos direitos!

Só se fala em competição,
E na busca de medalhas,
E no país da organização
Abundam políticas canalhas!

Jogos olímpicos, na China;
Terra de falsidades e enganos,
Disciplina que não domina
É a dos direitos humanos!

Talvez que o povo chinês,
Campeão da paciência,
Um dia acabe,
de vez,
Com a olímpica indecência!

Um dia, todo o mundo,
Que neste mundo vive,
Sentirá que no mundo,
uno,
Todo o homem deve ser livre.

Façam-se mais jogos olímpicos,
Para a união da humanidade,
Acabe-se com ferrolhos e trincos
Que impedem a liberdade!

A liberdade dos homens é utopia?
Não é,
certamente,
Quando chegar esse dia,
O homem será Homem,
Verdadeiramente.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

AVIDA É UM JOGO

A VIDA É UM JOGO


A VIDA É UM JOGO
DE MUITAS CARTAS
COM QUE FAZEMOS JOGADAS
UMAS CERTAS
OUTRAS ERRADAS!


NO JOGO QUE NOS DÃO
QUEREMOS SEMPRE BOM JOGO
E TER A ILUSÃO
DE ADIVINHAR O JOGO TODO


AS CARTAS DO BARALHO
SÃO BARALHADAS E REPARTIDAS
CADA UMA DA VIDA UM ATALHO
DE BARALHADAS VIDAS


SE A VIDA É UM JOGO
ENTÃO DEVEMOS SEMPRE JOGAR
ATÉ QUE NOS ACABE O JOGO TODO
E A NOSSA VEZ DE BARALHAR!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
Nota:Original oferecido ao meu amigo Fernando (emigrado no Rio-de-Janeiro)
que gosta muito de jogar cartas, no dia do seu 71º Aniversário

MARGARIDA

Margarida fez um ano de vida
Na vida já dá pequenos passos
Vida que se deseja comprida
Cheia de ternura e de abraços

Margarida, doce Margarida
Quem por ti muito chama
Chama um amor de rapariga
E felicidade para quem a ama

Um ano é só um começo
Mas esperam-se muitos mais
Para uma jóia sem preço
Que brilha ao peito dos pais

Margarida é como um sol
Que nos dá luz todo o dia
É como um poético lençol
Que nos cobre com alegria
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

DO MUNDO ALMIRANTE

Olhando o mar
Sente-se o Infante
Num sonho de majestade
Sonhado num instante
De alargar a humanidade

Caravelas foram ao mar
Na busca do real do sonho
E acabaram por provar
Que o mundo era redondo

Capitães viram céus e infernos
Muitas vidas se perderam
E muitas naus pereceram

Portugal não mais foi pequeno
Graças ao sonho do Infante;
Do mundo um Almirante
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

Busca

Ai esta mania de escrever
De me explorar
Se ao menos me pudesse ler
Se ao menos me pudesse encontrar

Em cada dia um novo tempo
Em cada dia um novo ser
Cada dia é novo fermento
Para pão fresco fazer

À minha volta tudo muda
O mundo roda
Para que outros mundos se descubra!

Nesta viagem sem fim
Entrei numa carruagem
Para ver se me descubro
..............A mim!
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque