Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

sábado, 29 de outubro de 2011

Poema feliz!

Poema feliz


Não falo de ninguém,

Não falo de doenças,

Não falo de miséria e fome,

Não falo da crise do Homem,

Não falo na austeridade

Nem na Troika

Nem na corrupção,

Não falo da injustiça

Nem de religiões e outros sabões,

Não falo de milionários

Nem de pobres

Duns que tem milhões

E outros apenas uns cobres,

Não falo da crise das prostitutas,

Que sentem um grande car(v)alho

Pelos clientes não terem trabalho!

Nem tão pouco dos chulos de óculos escuros.

Não falo de abelhas obreiras

E das gastadeiras,

Não falo da hipocrisia dos “inocentes”,

Que culpam outras gentes!

Nem falo da poesia,

Porque a minha felicidade

Dá para entender

Que o Mundo está como Deus quer!

Não adianta protestar,
Porque há um Senhor no Céu
E homens senhores na Terra,
Mas um dia isto há-de acabar!
Por isso,

Não falando mal do que por aí se diz

É que este poema é feliz,

Como Deus quis

E eu o fiz!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Hossanas aos gregos

Hossanas ao povo grego;

Raíz da Democracia,

Á Europa meteu medo

De lhe causar anarquia



Fez o poder do dinheiro

Reconhecer a verdade:

Entre valores: primeiro

É a solidariedade



O dinheiro perde valor

Quando só em si pensa

E a outros só causa dor



E a quem contrário pensa

O gregos foram factor

Que destruiu essa crença!



Hossanas ao povo grego

Que destruiu quem tem

O dinheiro como ego

E de perdê-lo tem medo,

Então, como solução,

Deu o remédio do perdão!

E contra vontade

Praticou solidariedade,

Que no dia a dia

Deve ser uma filosofia!



Hossanas aos gregos!

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Autor: Silvino Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

domingo, 23 de outubro de 2011

Poesia botánica do Figas:"Master Chefe do Nabo"

Concurso “Master Chefe do Nabo”

No concurso “Master Chefe do Nabo”,

Quem ficou em lugar cimeiro

Foi quem soube temperar o nabo

Com aroma de loureiro!

Já em segundo lugar,

Que não vez primeira,

Ficou quem soube aplicar

O aroma de oliveira!

Mas foi loureiro que ganhou,

Agora é “Master Chefe do Nabo”

Pois melhor nabo apresentou

E aos  da terra ganhou!



Agora, feliz e contente,

Sempre com os nabos na mão,

Contenta toda a gente,

Até os nabos da oposição!.



Já eu; um nabo de gema,

Com nabos não posso,

E de nabos tenho pena

Por comidos até ao osso!



Agora, no próximo concurso,

Talvez haja nova receitas;

Nabos com loureiro e mel

Pelos nabos tidas como recurso

Para a cura de maleitas!

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Autor: Silvino Figueiredo

Gondomar

(O Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Governo;"Instituição santificado"

Um Governo tem um carácter santificado, que é de governar o bem para o bem do povo, com ajuda das esmolas deste, ou seja, impostos e taxas!

Mas, por este andar não tarda andarmos todos de socos taxados!

O Governo, constituído por pessoas de bem, iluminadas pelo Bem, para não cairem em buracos, mandam construir ministérios, quais catedrais, com muitos "santos ministros", com muitas bandejas para recolha de capitais para "ajudar os fracos"!



Cada ministério é como uma catedral, com seu bispo e assessores, cabidos e descabidos.

Vivem bem paramentados, à grande e à francesa, para que o povo veja que quem governa e lhe quer bem tem realeza! Eles acumulam reformas e mais reformas, benesses e mais benesses e sãoinocentados pela justiça, enquanto o povo espera um milagre para a crise!

Eu acho que é uma questão de falta de fé, como diz o Prof. Diogo Feitas do Amaral, que pede que o Espírito Santo ilumine a Srª Merkel, para a resolução da crise europeia. Ora, como dizem que a Europa é de matriz cristã, e como a Igreja tem mais de dez mil santos, ( Portugal tem perto de trinta santos enquanto Itália tem perto de duzentos!) então seria fácil pôr os santos a trabalhar, qual grande escritório de santos advogados a meterem recurso, junto do Supremo, para que a malta não fique grega e sem pernas para subir ao Olimpo!



Mas, atendendo à situação, penso que não há santos que nos valha, porque quem nos governa não parecem homens de bem, mas assemelhando-se mais a vil canalha, embora vivam em "catedrais governamentais", com bandeja, para sacarem do pobres seus pobres capitais!

Mas, tenham sempre em atenção que, o Governo é uma "instituição santificada" e seus ministérios, quais catedrais governamentais, que governam sempre a Bem da Nação!

Mas, ficarão admirados e não compreenderão se houver pública revolução por falta de pão!

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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

À deriva

À deriva


Nunca fui navio,

Apenas me deram este casco

Com que ando à deriva

Com rombos na proa,

Na popa,

No porão, que é meu coração,

Rombos a bombordo,

A estibordo

E sou levado por ventos em toda a direcção,

Pelas ondas,

Aporto onde calhar,

Porque não tenho casa de máquinas,

Nem mastros com altas velas

Para bom navegar!

Não,

Não me podem chamar navio,

Sou só casca de noz

A navegar num mar de terra

Onde no seu pó se enterra.



Se me quereis chamar navio,

Então pegai num casco e num mastro,

Içai uma vela

E acendam oum pavio.

Então,

Talves possais pôr-me a navegar

Na mar da vossa imaginação,

À deriva!
Sem definido porto para aportar!

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Autor: Silvino Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Castanhas com amor

Castanhas com amor!!



Amor,

Neste tempo de castanhas,

De ouriços expelidas das entranhas,

Assadas em fogo de caruma,

Para ti corto-as, uma a uma,

Vão para a fogueira

Para serem assadas,

Com sal ficam coradas,

Pego em algumas

E ofereço-as, como beijos, à tua boca

E aguardo que por mim fiques louca,

E em cada castanha que te dou,

Neste Outono de melancolia,

Meu coração leva um desejo de poesia,
E espera
Que cada castanha minha,
Que tua boca beijou,

Faça que sejas minha nesse dia,
Tornando a  melancolia do Outono
Em amor de Primavera!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

sábado, 1 de outubro de 2011

Noite igualitária

Noite igualitária




Eram três da madrugada,

Eu no meu quarto,

Naquela noite cerrada

Em pijama, deitado na cama,

Mas dormir? Dormir nada!

Então pensei que a noite tudo iguala:

Iguala o magala ao general,

O padre ao cardeal,

Na noite, réu e juíz têm igual nariz!

A noite não distingue ricos e pobres,

Quem têm medalhas dos canalhas,

Quem sobe e quem desce,

A noite tudo iguala quando sua sombra

Sobre tudo cresce,

E tudo o que no dia passa

À noite passa a passado

E passa ao escuro do nada,

Nem se vê cortinas floridas

Nas persianas corridas,

Nem o pijama que vestimos!

Nem outros vêem o que sentimos!

A culpa é do Sol,

Que tudo ilumina,

Mas, ao bater num homem,

De frente

Faz sombra a quem está atrás,

Que também é gente!


O sol não é igual para todos,

Com ele faz-se contrastes,

Entre todos os trastes

Distingue-se um magala dum general

Um padre dum cardeal

Um governante do governado

O bem do mal 

Os bons dos canalhas,

No peito vê-se o brilho das jóias

E das medalhas,

Mas, quando a noite cai tudo fica igual;

Tudo nivelado pelo escuro,

Não se vêem  boas e más acções

E nem a vista vê condecorações!

Na noite é um facto que reina o tacto!

Mas é bom sentirmo-nos bem na noite;

Bom treino,

Porque, ao fim e ao cabo,

O Homem na eterna sombra tomba!

O problema, ao sol,

À luz do dia, é:

O Homem saber andar de pé!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar