Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Lança de zulu


Lança de zulu

Eu queria ser bom, mas não consigo,
Por que será?

Olho o mar, sinto a brisa
E ponho meus sonhos a navegar!

Eu queria ser bom, mas não consigo!

Entro nos verdes, nos amarelos,
Nos castanhos da floresta
E sinto calma e ausência de trauma!

Eu queria ser bom, mas não consigo!

Olho o céu azul e sinto vontade de ser
Um Ser etéreo.

Eu queria ser bom, mas não consigo!

Ligo a rádio e a televisão
E só ouço e vejo notícias
Sobre a corrupção!


Tiram-me do sério
E desejo que a minha indignação
Fosse lança de poderoso guerreiro zulu
A espetar no olho do cu dos corruptos.

Eu queria ser bom,
Mas não consigo ser feliz neste país,
Onde nem juízes nem santa inquisição
E Portugal feito em cavacos,
Um na presidência,
Que fala com “decência”
E sempre com divinal inocência!
E ministros do Governo,
Que sempre ficam com o Céu
E nos dão só o Inferno.

Tomara que minha indignação fosse lança
De poderoso guerreiro zul
A espetar no olho do cu da corrupção,
Mas não, não sei não,
Até podiam podiam gostar!

Há que desconfiar.
Há por aí muito gay!
O melhor
É esperar que seja o FMI a espetar.

Eles também têm bom olho prá coisa
E até operam sem anestesia!

O resultado esperado
É que o buraco do olho da corrupção
Fique mais apertado!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
( o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fraldas de Natal

Fraldas de Natal

No dia de Natal
Ninguém se devia finar
E poder adiar sua morte,
Para ir, a correr,
A um Centro Comercial
Uma prenda comprar
Para a S. José oferecer,
Que talvez não sendo corrupto
Não se importa de receber
Fraldinhas, como prendas de Natal,
Para ter seu menino enxuto!
E até pode acontecer
Que como cunha a S. Pedro funcione
Para quando chegar ao céu,
Baby sitter se torne!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Quem é esse gajo

O 1º Natal foi há muito tempo,
Cresceu,
Agora tem muitas luzes por fora,.
Mas muito apagado por dentro!

Está tudo trocado!
Antes adorava-se o Menino
Agora é o Pai-Natal!

Quem é esse gajo?
É dono d’algum Centro Comercial?
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vem aí o Natal, sempre o mesmo desejar!

Sempre o mesmo desejar!:

Vem aí o Natal;
Tempo do mesmo desejar:
Que vá embora o Mal
E que venha o Bem para ficar.

Natal é um tempo,
Que no tempo se renova,
Tempo de se ter novo intento
Para um tempo de vida nova.

Não interessa o tempo que no Natal faça,
Interessa, sim,
Que a Humanidade viva em paz
E em estado de Graça
Em todo o tempo que passa.

E em qualquer crise
Em qualquer tempo
Culpas ao Tempo não se torne,
Porque a crise, em todo tempo,
Está em todo o tempo no Homem.

Só quando o Homem
Deixar de ser tão animal,
Terá mais tempo
Para ser Pai-Natal.
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Meu Porto, não percas a corrente.


Belo casario,
desde as raízes atá ao fruto,
que bebe seiva do seu rio,
de nobre porte e falar enxuto.

MEU PORTO, NÃO PERCAS A CORRENTE.

Tomara eu, tomaras tu, meu Porto,
No ar das tuas ruas,
Das tuas vielas e avenidas
Meu encanto passear,
Mas, de ti mais ausente,
Em ti já não passeio tão frequentemente,
Porém, meu olhar, quando te vai visitar,
Nunca de ti, meu Porto, se envergonha,
E mesmo d’olhos fechados contigo sonha,
E da tua altaneira Catedral
Vê teu rio; barra de partidas
Para engrandecer Portugal e a Humanidade
Tu, Porto, linda cidade, és toda arte
E tens a sorte de em teu nome
Seres mais de metade de Portugal,
Mas teu vinho
Leva teu nome, inteiro a toda a parte,
A teus filhos, por partes repartidos,
Que te deixaram mais triste,
Mais vazio, mas em ti seus sentidos,
Todavia, se para o mar corre teu rio,
Mantem tu, meu Porto,
Nas tuas ruas, vielas e avenidas,
Navios na corrente de nos encantar;
Com teus casarios em cascata,
Com tuas falas de verdade,
Com teu bonito granito;
Túmulos vivos da nossa saudade
Quando de ti estamos longe
Nosso Porto, linda cidade!
E é Natural seres património mundial
E Alma de Portugal!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
S. Pedro da Cova- Gondomar

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Texto do meu jardim!


Texto do meu jardim
Ia eu, em meu prazenteiroso passeio, pela beira-rio,
recentemente qualificada desde Gramido até ao Freixo(Gondomar), quando, como de costume, parei junto do Jardim dos Aromas, mais ou menos a meio do percurso, para sentir suas fragrâncias!
A intenção de quem idealizou o jardim foi ótima, para que passeantes, junto ao rio, pudessem fruir do jardim, que para além do seu aspecto didáctico, alegra narizes, inspiradores de ares aromáticos!
Porém, o jardim, ainda recentemente craido, já mostra provas do tradicional chico-expertismo português, visto que exemplares de algumas espécies já foram roubadas, certamente que para ornamentar jardins de mentes mal cheirosas!

Aliás, infelizmente, o povo português tem a tendência de valorizar quem é experto, seja para não pagar impostos, seja quem idealiza esquemas para a obtenção de ilegais benefícios e de quem é experto, para corromper, ou seja, como o povo diz:
“Chegar-à-frente”, senão o projecto não sai, a licença fica a marinar, a multa não é perdoada, o réu é condenado, etc, etc!

Pois foi um “estória”, do tipo "chegar-se à frente" que um amigo meu, septuegenário, entretanto ao pé de mim chegado, que me contou:

-“Um dia, na semana passada, vê lá tu, fui ao Posto Médico. Na fila eu tinha uma senhora grávida à minha frente quando, de repente, entrou um brutamontes, armado em xico-experto, que sem dizer nada, meteu-se à frente de todos. Chamei-o à atenção e sabes o que ele respodeu, olhando para mim, com ar provocador?:

-“Quem é burro puxa carroça”.

A funcionária fingiu que não via nada!
O xico-experto foi atendido, à frente de todos e lá se foi embora, com a certeza de que o crime compensa! Por isso, não te admires de virem aqui (apontou para as covas donde tinham sido arrancados) e levarem alecrins, tomilhos alcanforados, etc.”

-“Pois. É dessa massa que devem ser feitos os nossos políticos, que estão no poder, mas acho que aplicam outro aforismo popular:

“Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é burro ou não tem arte” disse eu.

Depois, seguimos, convictos de que o povo só tem o que merece!
Sim, porque não se importa de receber cabritos de quem cabras não tem!

Agora, realmente, com os políticos a chegarem-se sempre à frente na fila das benesses, só deixam burros (nós) para trás para puxarem carroças!
Vá lá, que temos a “sorte” de não nos obrigarem a puxar as bombas dos seus Mercedes e BMW,s, pois que há outros burros, fardados, que os puxam, e que tocam muito bem nas gaitas, para arrumar o pessoal!
Se, aos poucos, desaparecer o Jardim dos Aromas, em Gondomar, resta-nos, para “consolo”, a planta da ETAR de Gramido, que nenhum xico-experto se atreve a arrancar e que lá está para a gente cheirar.
Ui, que cheirinho para quem anda a passear! Sem tomilhos alcanforados por perto!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poema inspeccionado

Poema inspeccionado!

Há muito que o não via!
Era um poema que manco parecia,
Porque curvado, vergado
Com a poesia que com ele trazia!
Entrou-me na oficina
Para que eu lhe verificar a rima.

Dei-lhe o meu olhar,
Pus-me a verficar,
Estava tudo bem.
Qualquer poema está bem
Quando o poeta o escreve
Com o sentimento que tem!

Porém,
O poema não estava contente,
Achava que ninguém o aliviava
Da poesia que carregava!

-“Seria que quem ninguém a via?” indagava.

Insistia
Queria um certificado de qualidade
Para a poesia que transportava!
Fiz-lhe a vontade.

Na margem do poema exarei,
Com a minha pena:

“Certifico que neste poema,
Mesmo que pareça deficiente,
Não interessa as palavras que nele se lê,
Mas sim o que com ele se sente
Para além do que se vê”

Foi-se embora, satisteito,
Com andar mais escorreito,

Foi então que nas suas costas li:
Paz e Amor

Era por isso que ia carregado,
Com seu peso poético curvado!

Chamei-o e disse:
Que para que mais aliviado se sentisse
Fosse melhor que Paz e Amor distribuísse
E que na época mais natural
Seria pelo Natal!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

sábado, 11 de dezembro de 2010

Banco da Massa para os Desmassados

“Banca: Cinco maiores bancos mantêm lucros de 1,7 mil milhões de euros em 2009”

O Espírito Santo pode encarnar em qualquer ser, até num banqueiro! E vindo de quem até foi capaz de originar filhos sem ter relações sexuais tudo fazer; até santificar homens dos capitais.
Foi o que aconteceu; um verdadeiro conto de Natal!
Uma noite, devagarinho, de mansinho, o Espírito Santo, ( era mesmo só espírito) entrou noutro espirito, mas este com carne e osso e dono dum banco! O que se passou foi um autêntico milagre.
De manhã, o banqueiro, ao ler a notícia de que os cinco maiores bancos em Portugal tinham ganho tanto dinheiro ficou revoltado! Sentiu-se farto de ganhar tanta massa sem fazer boas acções! Ouvindo as notícias do dia, soube da criação um movimento nacional para que as sobras dos restaurantes fossem distribuídas pelos mais carenciados nesta época de crise. Sem saber porquê sentiu-se com remorsos de resistir ao Governo em pagar 25% de IRC, os da praxe sobre as empresas, e as artimanhas usadas para só pagar metade ou menos!
Convocou todos os colegas banqueiros para uma reunião de emergência e explicou que se já havia o Banco Alimentar e o Banco das Sobras, era tempo dos homens da massa criarem o Banco das Massas Sobrates, para as massas desmassadas!
Continuou, sem dar tempo a que os colegas falassem, dizendo que era tempo de mostrarem o lado bondoso da actividade e que todos vissem que se os outros dão sobras de comida, eles podiam dar alguma massa da que lhes sobra. Terminada a sua exposição, os outros banqueiros acharam que sim, que seria boa acção! Todos estavam receptivos e contaram de estranhos sonhos que tiveram em reduzir taxas de juros e baixar as taxas de todos os serviços bancários!! Além de mais, acharam, vejam lá! que não era justo estar a pedir ajuda aos pobres falidos, através de chamadas com valor acrescentado, para isto e para aquilo, quando eles, só duma penada, apenas com 10% dos lucros resolveriam imensas situações de carência.
“E depois (disse um dos presentes) ajudamos a economia a ganhar vitalidade e velocidade de cruzeiro e , naturalmente, mais tarde os “desmassados”, outra vez “emmassados” voltam a depositar o dinheiro nos nossos bancos e entretanto ficamos bem vistos, como homnes de caridade, em vida, não sendo preciso morrer, como o Champalimaud fez para ser famoso, com a sua Fundação, que apoia a investigação sobre a visão. Com a fundação do nosso banco podemos apoiar os “desmassados”.
Mesmo assim, dando 10% dos que nos sobra, ficamos aquém dos 25% do IRC que os outros pagam, e nós em vez de os darmos ao Governo (“aqueles ladrões”) damos directamente aos necessitados e ficamos bem vistos.”
Ai estes banqueiros! Finórios!

Tomando a palavra, outro disse:
-“Se calhar estamos a sofrer a influência do Champalimaud e da sua visão. Se calhar foi ele que influenciou os americanos Warren Buffet e Bill Gates a doarem quase toda a sua fortuna a obras de caridade”
“ Podemos, perfeitamente, começar com 10%”, disse outro”

“O milionário americano Warren Buffet, que prometeu verter mais de 99% de sua fortuna em obras de caridade, doou US$ 1,93 bilhão em ações a cinco organizações de caridade, segundo documentos financeiros. De acordo com documentos do regulador dos mercados financeiros americanos (SEC, da sigla em inglês), Buffet doou US$ 1,6 bilhão à Fundação Bill e Melinda Gates.
O milionário que é o chefe do grupo financeiro Berkshire Hathaway prometeu em 2006 doar a cada mês de julho uma fatia de 10 bilhões em ações de sua empresa à fundação Bill Gates. O empresário já doou US$ 24,4 bilhões em ações este ano a esta fundação.
Warren Buffet informou também à SEC que doaria 713 mil ações às fundações Sherwood, Howard G. Buffet e NoVo, e mais de 2 milhões de ações à fundação Thompson Buffet.
Os dois americanos mais ricos, Bill Gates e Warren Buffet, anunciaram em meados de junho que tentarão persuadir seus colegas milionários a doar a metade de sua fortuna a obras de caridade.
Buffet, 79 anos, possui uma fortuna estimada em US$ 47 bilhões e prometeu desfazer-se de 99% de seu capital para doá-lo a obras filantrópicas em vida ou depois de morto.”
Agora é só esperar pela abertura do Banco das Massas para os Desmassados.
Os leitores, enquanto esperam podem sentar-se.
Vocês sabem como é a burocracia portuguesa! Mas, pode ser que ainda abra antes do Natal
O Simplex não funciona! Nele o Espírito Santo tem dificuldade em entrar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Análise PIBesca

No análise do PIB nacional
anda muito economista,
cada qual o mais racional
que nos manda comer alpista!

O PIB aflige muita gente,
todos o querem ver crescer
como crescia antigamente;
ninguém a dar, só a receber!

Mas, eis uma nova definição,
dada por um perito arguto;
que chegou a brilhante conclusão,

Que PIB é País Inteiro Bruto,
Que deixou os da governação
Premiar Inocentes Bons corruptos!

Pois cada um é um "inocente legal",
que estudando e formado ao Domingo,
safa-se nos tribunais
e jogando no cartão de Portugal
faz muitas vezes Bingo!

Bingo, bingo,
para Doutores e Engenheiros
formados ao Domingo.

Claro que "é sempre para bem do Povo"
dizem-no na sua ladaínha,
raramente dão-nos um ovo
mas ficam sempre com a galinha!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mistério das flores!

Por que é que gostamos de flores?
Por que é que as plantamos?
Por que é que delas tratamos,
as cheiramos
e até com elas mortos alindamos
e damos flores aos amores que amamos?

Se é assim,
por que é que os homens não são como flores!?:
uma rosa,
um ramo de jasmim
ou uma coisa assim,
mas todos nós flores
e a Terra um jardim?
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de siant pierre de lá-buraque)
Gondomar

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ricos em maioria!

Ricos em maioria!

Crise?
Qual crise?

Afinal, hoje como ontem,
O Sol desponta no horizonte,
As ondas do mar continuam às praias a chegar,
Os homens continuam a sacar ouro da terra,
Continua a haver guerras, brigas e lutas
E paz e descanso entre prostitutas!

As mulheres continuam a erguer as saias,
Os homens a arrear as calças
E há altos preços e rebajas!
Qual crise?

Quem diz que há crise é muito imaginativo,
Mas não, não há,
Pois até o Papa já autoriza o preservativo!
(não sei se o usa)

A crise que há
É de fartura de solidarieade entre os pobres,
Pois até o Banco Alimentar
Tem mais gente a dar, com alegria!

Os pobres,
Dando seus cobres,
Esperam que os ricos fiquem mais ricos
E em maioria,
E que os pobres sejam excepção.

Se não conseguirem,
O Governo ajuda, pois então!
Com decretos a Bem da Nação.
Só com ricos é que há salvação.
Abaixo os pobres.
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Macahdo Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

Poema como uma vela a arder!

Poema como uma vela a arder!

Num velório,
No nosso meio um corpo,
Que em vivo era nosso amigo,
Mas que,
Agora, já morto
Nos deixa saudades enquanto vivos estamos
E nos deixa absortos,
A pensar ,
Que nos passos que em vida damos
Para junto dele vamos!

Afinal,
Ele era nosso amigo
E todos somos amigos depois de mortos!
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Poema dedicado a um amigo, que partiu!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Obra em três minutos!

A pedido de amantes de obrar em liberdade, sem limite de tempo, e olhando à actaul situação do Portugal, aqui vai uma poema (poesia aromática) feito há cerca de 30 anos!

Nota do autor: Este poema foi escrito há cerca de30 anos.

OBRA EM TRÊS MINUTOS
Estes dias fui a Espanha,
palavra de honra que fui,
almocei em Valença,
continuei para Vigo,
de regresso vim por Tui
naquele dia histórico em que a Vigo fui,
mas escutai o que vos digo:

A Tui chegado,
entrei num café, para descansar,
tomei meia de leite,
perguntei pela toillete,
para me “aliviar”.

Já na sanita sentado,
de repente fiquei às escuras,
a luz tinha-se apagado!

Então, é que reparei
que era um sistema automático,
económico e prático:
o cliente só tinha três minutos para se “aliviar”!
em caso de prolongamento,
tinha que se levantar do assento
para ao interruptor chegar
e dar à luz, novamente!

Era indecente!

-“Merda para estes espanhóis”, pensei.

Ainda hoje,
penso naquele dia
em que a Espanha fui
e quando no regresso passei por Tui;
linda cidade,
onde no Café Central entrei,
mas não “obrei” à vontade,
só o fiz em Portugal,
feliz de contentamento,
onde se faz merda,
livremente,
sem limite de tempo!...
........xxxxxxx..........
Eis um acrescento à posteriori
ao poema, não sei se fica pior ou melhor,
mas a merda é a mesma!:

Apêndice à "OBRA EM TRÊS MINUTOS":

Mas, agora com a crise,
que eu sinto e sentes tu,
quase que nem há papel!
e como não queremos
dos dedos fazer um pincel
e como de nós ninguém se ri,
vem aí o FMI
para nos rapar o cú!
.........xxxxx...............
Figas( poeta, em estilo de poeta merdeiro)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Onze pensamentos livrescos (do Figas)

Nota prévia do autor:
Pensamentos que constam no verso do meu poema “MARCADOR DUM LIVRO”, e que foram oferecidos aos participantes no 5º Encontro dos tertulianos JN,
realizado hoje, no Restaurante Telheiro, em Aveiro!


Onze pensamentos livrescos

1º-
Um livro chega-nos como um desconhecido.
Depois da leitura pode ser nosso amigo!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

2º-
Não estranhes se não entenderes um livro
Pois, por vezes,
Também ninguém te entende!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar









3º-
Um livro é uma viagem que se começa de mãos vazias,
Mas na volta o viajante traz muita bagagem isenta de impostos!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar


4º-
Quem lê um livro faz alpinismo na montanha do conhecimento!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar



5º-
Um livro pode ter muitas páginas,
Mas lembra-te que do livro da vida tu és a mais importante!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

6º-
Um livro é uma paisagem
Onde o leitor é um monumento!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

7º-
Um livro é um caminho
Por onde passeia a tua curiosidade!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

8º-
Um livro, para viajar,
Só precisa da boleia do teu olhar!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar


9º-
Cada linha dum livro,
Escrito em língua do teu conhecimento,
Precisa, sempre, da tradução do teu sentimento!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar



10º-
Sou um marcador,
Que salto dum livro para outro,
Pois que lêr só um é pouco!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

11º
No filme de cada livro
O principal actor é o seu leitor!

Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas nde saint pierre de lá-buraque,
Sócio nº 1572 da SPA )
Gondomar

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Óculos mágicos

Óculos mágicos!

Era um par de namorados, muito amorosos, verdadeiramente apaixonados. Pelo menos aparentemente. Vistos muitas vezes em banco de jardins, sentados, bem encostadinhos e aos beijinhos. Não vezes poucas aos beijinhos com as línguas nas bocas! De mãos dada era o normal, mas, por vezes, deitados na relva, até pareciam em acto sexual! O casamento estava para breve. O problema, visto que eram simples operários de salário mínimo, seria arranjar dinheiro para a boda, para a casa e para a renda, para a mobília, roupas, etc.
Para tudo isso, eles jogavam, em sociedade, no euromilhões, e em cada semana neles rodava a esperança de que saísse prémio que todas as despesas cobrissse, já que nenhuma herança estava previsse!
Marés era ela que preenchia o boletim, outras vezes era ela e um ou outro ia registar o boletim das apostas.

Dizem que o dinheiro dá felicidade, mas o que depois se passou demonstra que nem sempre é verdade.

Ao par dos amorosos apaixonados, finalmente, saíu um prémio do euromilhôes, e não era pequeno, exactamente 20 milhões de euros!
A notícia, como onda cor de rosa, correu a banhar os apaixonados e as respectivas famílias. Sobre as suas casas pairou um imenso céu azul, sem qualquer nuvem negra!

Já não era só dinheiro que havia para a boda, para a casa, mas sim, também para férias no estrangeiro, para uma casa no Algarve e talvez um Mercedes ou um BMW, ah, e sem dúvida, como eram adeptos ferrenhos do futebol, queriam acompanhar o FCP para todo o lado.

As famílias viram nos seus rebentos, um fortes troncos donde pudessem tirar bons proventos, pois que também eles, precisavam de melhorar as casas e mais algum, para não envergonhar os filhos nos gastos do dia a dia. Um carrito, para cada família, vinha mesmo a calhar!

O problema, sim, o problema, é que na semana em que saiu o prémio, ela antes achou que ele não lhe tinha atingido a média de beijos, normalmente dados, e até sentiu que a língua dele tinha menos saliva! Discutiram por causa disso.

Certo, é que ele, nessa semana, tinha registado o boletim sem a companhia dela, embora fosse ela que o tivesse preenchido, como quase sempre o fazia. Aquela semana, em que tinha havido a discussão por causa dos beijos, saíu-lhes vinte milhões de euros! Vinte milhões! Muito dinheiro, que era o espelho onde ele se revia em fazer o que lhe apetecesse sem dar a cavaco a ninguém. A tentação era uma tesoura que cortava as amarras a qualquer compromisso, inclusive o de lealdade, até porque ele não gostava muito da família dela, que achava que a sua linda filha não era chinela para o pé dele. Já a família dele, embora não gostasse da atitude dos pais dela o que lhes importava era que seu filho gostasse da rapariga, que tinha preenchido a chave do prémio e dava saltos de alegria, ansiando o momento de saltar ao pescoço do namorado e cobrir-lho de beijos e abraços.

Na memória surgiu-lhe aquele vestido de noiva, que tinha visto numa montra, no Porto, carísssimo, por ser peça única de estilista de renome.
Ela e seus pais, meteram-se a caminho para, em conjunto, festejarem com os futuros parceiros. Mas quê! Nem ele nem sua família estavam em casa! Estranharam. Alguém da vizinhança disse que tinham ido para Lisboa.
-“Ai os estupores”, logo disse o pai da miúda.
“Cheira-me a esturro”, disse a mãe.

Por sua vez, sucessivas chamadas feitas pela namorada não obtinham resposta. Fácil era de adivinhar a traição.
Foi então que resolveram apanhar o combóio para estarem à porta da Santa Casa, à hora da abertura para apanhar o traidor. Nesse momento até desejavam que já houvesse o TGV.
Tinham a intenção de estarem à porta da Santa Casa, uma horas antes da sua abertura ao público, para pagamento de prémios. Assim foi, mas quando lá chegaram logo viram o rapaz e seu séquito. Logo ali gerou-se a confusão, sendo necesssária a intervenção da polícia, que ouvia as versões: uma que um é que tinha preenchido e registado o boletim, enquanto que a outra dizia que o tinha preenchido e que o rapaz é que o tinha registado, e à vezes até era ela que o fazia.

Certo, e testemunhado, é que no agente da Santa Casa, onde costumavam registar as apostas, toda a gente sabia daquele par de apaixonados, que jogavam em sociedade, há seis anos. Logo ali, junto da Polícia presente, foi interposta uma acção cautelar para que o prémio não fosse pago até a situação ficar clarificada judicialmente. O caso seguiu para tribunal. Seus trâmites duraram anos, com os advogados a esgrimirem argumentos legais e morais e ao mesmo tempo sabendo que também iriam ser herdeiros dos bens patrimoniais, aplicando os normais 10%, ou mais, sobre o quantia que algum deles recebesse. No final, a sentença, depois de todo o escândalo que percorreu a terra natal dos litigantes, foi salomónica: metade para cada um; ou seja dez milhões de euros, o que na prática foi menos de nove milhões a cada, depois de pagarem aos advogados e as despesas judiciais do todo o processo!

Arrumada a questão, e com o leite doce do antigo amor azedado, ele, armado com os seus milhões, partiu em busca da felicidade. O primeiro passo, foi comprar um apartamento nas Antas e um camarote no estádio do Dragão.
Como acompnhava o FCP para todo o lado, um dia foi ao estádio da Luz, onde brilhou a luz dum novo amor! Tendo ficado perto da claque benfiquista, viu uma rapariga que lhe chamou a atenção. Era bonita e sensível, porque chorava a cada golo que o Porto marcava ao SLB.
O resultado final foi quatro secos! Ela chorava como Madalena!
Ela ansiava por consolá-la.
Acenava-lhe, fazendo-lhe olhinhos, como que a dizer-lhe:
-“Deixa pra lá. É natural. Não chores”.

Todas a vezes que o Porto marcava, ele via os olhos dela, que choravam!
Com seu telémóvel na mão, ele fazia-lhe gestos para que ela lhe desse o número do telefone.. Ela, reparando que ele estava muito bem vestido, com roupas de marca cara, bom relógio e boa corrente de ouro ao pescoço, após alguma hesitação, com os dedos da mão, mostrou, espaçadamente, os algarismos pretendidos.
Passados momentos, o telefone dela tocou! Era ele, porém, teve ela teve que desligar, porque o FCP tinha acabado de marcar e ela não podia falar a soluçar! Passados uns minutos foi ela que lhe ligou, pedindo desculpa do seu amor pelo Benfica, que a tornava tão chorosa.
.”Não faz mal. Compreendo, mas se não houver inconveniente para a menina eu gostaria de falar consigo, depois do jogo. Podíamos marcar um encontro, aqui num café dentro do Estádio da Luz.”
Acertados os pormenores, lá se encontraram e falaram de tudo um pouco, como que usando materiais para cimentar um bom pavimento, por onde pudessem caminhar juntos, em segurança!
Chegou o tempo dela ter de regressar a casa. O encontro, futebóis à parte, tinha sido muito agradável e logo outro encontro ficou marcado para o Domingo seguinte. Ele, como prova de boas intenções, não iria ao Dragão ver o Porto, mas sim até Lisboa, onde ela o esperaria e também abdicando de seguir o seu Benfica até ao Algarve!

Entretanto, no decorrer da semana, foi grande o fluxo de mensagens entre eles. O amor é o que mais rende para as operadoras dos telémóveis!

Ela revelou-se uma guia com grandes conhecimentos, levando-o a passear ao Jardim Zoológico, ao Oceanário,
ao Planetário, à Estufa Fria, ao Museu da Ciência, etc, etc.

Em determinada altura, ele ficou a saber que ela, vinda duma família, que vivia em dificuldades, mas que tudo fazia para que sua filha, que desde sempre tivera as melhores notas, terminasse o curso de medicina na área da investigação! Ele, por sua vez, disse que vivia dos rendimentos, porém, quando ela perguntou qual sua fonte ele “confessou” que lhe tinha saído um chorudo prémio na lotaria, que era agente imobiliário, e que estava a pensar em dar o nó para estabilizar a sua vida.

Com o tempo, tal ideia foi lavrando seu caminho, porém, uma dúvida o assaltava; não fosse ela, inteligente como era, casar por causa da sua fortuna, dos seus milhões.

Um dia, tomou coragem e disse à namorada os milhões que tinha e que, para ficar descansado, precisava, antes do casamento, que ela lhe desse uma prova de amor. Não. Não era para ela, prèviamente, oferecer-lhe a virgindade, antes do casamento. Não, até porque ele também não tinha dado a dele a ninguém!
Era uma coisa bem mais bem simples, embora um pouco dolorosa. Queria que ela rasgasse o cartão de 10 anos de sócia do Benfica e que se tornasse sócia do Porto, para se sentar no seu camarote reservado, à vista de todos os benfiquistas presentes.
Ela, hesitou, hesitou, pensou, chorou, porque era assim mesmo mesmo; o seu Benfica fazia-a sofrer muito, e isto do seu amor querer que por amor ela deixasse de ser do Benfica custava muito! Mas, é sabido, o verdadeiro amor vence sempre! Ali, à frente dele, aos soluços, rasgou o cartão do Benfica. Ele abraçou-a, consolando-a, dando-lhe esperanças que o seu Porto lhe daria mais glórias e que o seu amor por ela seria como o fogo do seu Dragão, que a aqueceria na vida. Aliás, sua casa, já construída, para tudo estava preparada, para ser aquecida ou arrefecida.

O tempo das viagens a Lisboa acabou, logo que ela seu curso terminou. O casamento foi marcado e realizado no Porto, na Igreja das Antas, pois então, mesmo ali, à beirinha do Dragão.

Na quinta, onde se realizou a boda, estava tudo engalanado de azul. Era azul por tudo lado! Só a noiva ia de branco puro, com o vestido, que a ex dele tinha desejado, mas ela nem o sabia!

Comeu-se e bailou-se até altas horas. Tinha sido uma festa de arromba! Os pais da noiva, vindos da Sertã, viram-se fritos no meio de tanta comida, tanta etiqueta e tanta dança, fornecida por uma das melhores firmas promotores da organização de casamentos e outros eventos.

Entretanto, a casa, de luxo, que ele tinha mandado construir, serviu de abrigo para a primeira noite de núpcias!
De manhã, ele viu, mas não ligou a algumas manchas de sangue espalhadas no lençol. Fez que não viu e atribuiu tal facto aos resíduos da paixão que ela teve pelo seu Benfica!

No outro dia, por vontade dela, apanharam o aviâo para Paris, onde ela satisfez o seu desejo de visitar o Louvre, o Museu do Homem e passear pelo Trocadero e treinar o seu francês. Ele achou que Paris era um sítio lindo, onde seria possível utilizar a ferramenta dos seus milhões no deleite dos espantos. Espantado estava com o hotel onde estava; o Concorde (onde este escriba já lá dormiu, grátis).
Sim senhor, aquilo é que era um hotel, um mundo! Todavia, o mais importante era o quarto, onde se realizavam jogos entre ele e ela na cama, como se fosse um Benfica-Porto, em que ele procurava ficar sempre por cima!

No decorrer da quinzena da visita parisiense, já após muitas visitas aos jardins do Luxemburgo, subidas à Torre Eiffel, visitas à Notre-Dame, ao Sacré Coeur, e passeios pelos Champs-Élysées, numa manhã ele viu grandes manchas de sangue na cama! Não, não podia ser, pensou ele. Aquilo não era como o combinado. Ela tinha dito que tinha deixado o Benfica, e afinal ali estava vermelho, por toda a parte!

“-Que é isto”, perguntou ele, apontando para as manchas vermelhas.
-“É do período, meu amor”
-“Mas, estão o período de seres do Benfica não passou?
As manchas têm de passar a ser azuis. Tu és uma cientista. Desenrrasca-te ou então há divórcio”, exclamou ele, indignado e sentindo-se traído.

Ela, já formada em investigação, logo viu que ali tinha bom material para investigar. Logo compreendeu que os portistas tinham uma cabeça dura, como pedras! Por isso não era de estranhar que os autocarros do Benfica ficassem danificados com estas cabeças duras.
Meigamente, lá tentou explicar-lhe a natureza das coisas, e que mesmo ele mesmo não podia obrigar o seu Dragão a cuspir fogo azul. Cupia, sim, era vermelho ou amarelo com que muitas das vezes queimava as vermelhas penas da águia, ficando esta muito chamuscada!

Ela, acalmando-o, convidou-ou, meigamente, a ler alguns livros sobre a natureza da condição feminina, mas mesmo assim vendo que ele tinha algumas dúvidas de que o sangue não pudesse ser azul, propôs-lhe que ele se inscrevesse num curso das Novas Oportunidades, para que duma maneira simplex compreendesse a razão do sangue ser vermelho!
No decorrer do curso e expostas as suas dúvidas ao Professor de Altas Tecnologias, este em colaboração com a Universidade do Porto, desenvolveu uns óculos que transformavam o vermelho em azul! Fantástico!

Quando recebeu o o Diploma, também recebeu esses maravilhosos óculos, reagentes ao vermelho, transformado-o em azul!
Chegou a casa todo contente. Depois, pediu à mulher que o avisasse quando houvesse manchas de sangue na cama.. Ele punha os óculos e o assunto ficaria resolvido. O vermelho fica azul.

Ela ficou toda contente com a solução encontrada, e como prova de solidariedade, pediu que ele lhe oferecesse uns óculos iguais. Depois, quando juntos iam ver um Porto-Benfica ou vice-versa, tudo era azul, como se fosse a equipa A contra a B, mas ambas do Porto!
O resultado era sempre a favor do azul.

E assim, com estes óculos mágicos, não havia problema com os vermelhos.

O inventor dos óculos mágicos foi galardoado com o prémio Nobel da Ilusão. O resultado foi que, depois de patentear o invento, teve um enorme sucesso na venda de milhões de pares aos americanos, e não só, para que cada soldado visse sangue azul quando matasse Talibãs e outros.

Perante tão estrondoso êxito, o inventor já pensa nuns criar uns óculos que transformem a negra crise europeia em cor-de-rosa, podendo issso beneficiar cada desempregado e cada beneficiário do Rendimento Minimo de Reinserção Social. Para já, ui! são muitos os fregueses em bicha:
Islândia, Grécia, Irlanda, Portugal, Itália, e outros que se seguirão. Porque, afinal, todo o mundo quer um céu azul!

Quando interrogado se pensava em arranjar uns óculos, que tornassem a corrupção invisível, ele respondeu que não valia a pena, porque no mercado já há os sacos azuis!
...................xxxxxxxxxxxxx..................
Autor deste original e nédito, escrito no dia 01 de Dez, entre as as 20 e 21horas: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

sábado, 27 de novembro de 2010

Base aérea

 

Base aérea para a segurança da Nato em Lisboa!
Para quê os tanques?
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Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma

 

Modelo reclassificado para os novos pobres alojados em bairros sociais!
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Até as coisas do espírito se arranjam!
É muito espiritual
tudo que é santo precisar do material!

Se pelo menos arranjassem o Governo
que está aprecisar d'obras
que nos livre deste inferno!
Quem ajuda?
O espírito Santo?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

 
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Paz e pão
Ou se ganham ou nos dâo,
E as armas que devemos ter
É lutar
Para termos paz e de comer.

Ouvimos,
Não somos moucos,
Que políticos nossos
E patrões devem ser sérios,
Mas do alto dos seus impérios
Vão metendo sempre do nosso
Nos seus bolsos, aos poucos.

Deve-se sempre protestar
Para que tenhamos paz e pão,
Melhor é não ir a Fátima rezar
Mas protestar com o patrão!

Paz e pão
Ganha-se a lutar,
Porque nunca disso nos dâo!
..........xxxxxxxxxx......................
Autor:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Fôssemos margaridas

 
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Fôssemos flores;
Margaridas,
por exemplo,
com suas pétalas agarrados ao centro,
e tivéssemos nós as nossas
também vindas de dentro,
que fossem paisagem
de belo leito de rio
e que do alto das muralhas do querer
fossem navio no rio a correr,
com seus marinheiros acenando
nas amuradas floridas,
a todas as águas que passam sob pontes
e às vindas de todas as fontes!
................xxxxxxxxxx....................
Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

domingo, 21 de novembro de 2010

Sonhos a voar

Sonhos a voar
Fios de seda bordam cestos de desejos

pombos rasam superfícies

desejos emergem

são agarrados

e levados pelos ares da montanha

da planície!

Os que ficam

na borda do cesto,

presos aos fios de seda,

esperam que alguém os quebre e os leve.

Os fios de seda podem ficar no cesto

a baloiçar,

porém,

os desejos devem sempre voar.

Não matem os pombos

mas destruam o pombal;

o cesto,

para que os sonhos não tenham regresso

e andem sempre a voar!

...........xxxxxxxxxxx..............

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(o figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

sábado, 20 de novembro de 2010

The Portuguese "xaNATO"

he portuguese ChaNATO
« em: Hoje às 13:15:26 » Citar

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Em Lisboa,
na cimeira da NATO,
coisa boa
que Portugal pode fazer para a paz;
para que cada soldado da NATO seja pacato,
é a indústria portuguesa de sapatos
vender-lhe um par de "chaNATOS".
Assim, haverá paz na terra
e dorme-se bem nos quartos!
..............xxxxxxxxxxxxxx.................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

A busca

A busca

Muitas vezes me perco,
Muito tempo me procuro,
E nunca sei o sítio certo:
Se no claro ou no escuro!

Tempo de procura que gasto
É sempre um tempo perdido,
Pois nunca encontro o rasto
Do eu, de mim desaparecido!

E à noite, quando me deito,
Eu durmo, tranquilamente!
Com meu eu fora do leito!

Quando surge um novo raiar,
A nova claridade me encanta
Para continuar a me procuar!

Há gente que já sabe quem é
Eu ainda não sei o que sou
Continuo a me procurar, a pé,
Passo a passo longe eu vou!
No final, quando me encontrar,
Será um outro a me procurar!
................xxxxxxxxxxx..................
Autor: Silvino T. M.Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

domingo, 14 de novembro de 2010

MARCADOR DE LIVRO

MARCADOR DE LIVRO




www.youtube.com/watch?v=gXD4Hy81XkM



.............XXXXXXXXXX...................
Nota: Marcador oferecido aos meus amigos

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Sócio da SPA Nº 15727
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
GondomaR

sábado, 13 de novembro de 2010

Poema de face oculta

Leio notícias do meu país,
tudo bem, na governação,
toda a gente se sente feliz
na face oculta da corrupção!

Problema, terrível, atroz;
é o ministério da educação
e professores, muito tótós;
rejeitam notas que lhes dão!

No governo, de face oculta,
só gente séria, a falar verdade,
que sèriamente para nós labuta!

Corrupção? Não é verdade,
só por aí uns bichos da fruta!
que a comem mais da metade!
............xxxxxxxxxxx...............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
(O FIGAS DE SAINT PIERRE DE LÁ-BURAQUE)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010





Eis o reflexo da crise. Ali estavam, estes sete cães de vida airada, tendo o sol como cobertor e o sono como sustento.
Ter um cão é um acto de responsabilidade. Infelizmente, há quem os ache muito bonitinhos quando são pequeninos, mas depois eis que se tornam um estorvo, porque é preciso deles cuidar, além de eventuais estragos domésticos causados quando confinados em apartamentos.

Quantas vezes se compra um cão para satisfazer o desejo duma criança, mas depois a realidade impõe-se devido a vários factores que isso implica; quando se sai de casa, quando se vai para férias, etc, e assim, logo surge a tentação de pôr os cães na rua, à misericórdia de quem passa, todavia, cães na rua são um perigo para a integridade física, tanto para crianças como para adultos, além da responsabilidade civil e criminal para o seu dono, e não se pode exigir que todos tenham conhecimentos de como agir na presença de cães nervosos! Eu que o diga, se não fosse a experiência que tive com Patores alemãqes e serras que tive e que me salvou de graves ferimentos quando uma vez defronte colosso, que ladrou ferozmente à minha volta durante dez minutos, mas sem me morder, porque utilizei a técnica da estátua e lentamente, após cansaço, me retirei, passo a passo, em marcha atrás, até à saída da residência, onde tinha entrado, sem me aperceber da sua existência. Mais tarde, contei a experiência ao dono e ele riu-se! Mas, cães não são brinquedos na rua, nem para adultos nem para crianças!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010





Eu mostro as placas!


Se me falarem do progresso de Gondomar, eu mostro as placas
Se me falarem da cultura de Gondomar, eu mostro as placas
Se me falarem da riqueza de Gondomar, eu mostro as placas
Se me falarem da limpeza de Gondomar, eu mostro as placas
Se me falarem da dívida de Gondomar, eu mostro as placas
Se me falarem dos processos judiciais, eu mostro as placas
Se me falarem de Gondomar a tonicarreirar e a malafaiar, eu mostro as placas!

Mas, por que é que eu mostro as placas?
É simples. Pelas pequenas coisas vê-se a grandeza ou a eficiência dos governantes
tue temos.

O caso das placas toponímicas, nomeadamente estas duas (uma já nem se lê e a outra vai a caminho) que estão na foto, apesar de há anos se ter vindo a assistir à sua degradação e chamar a atenção para tal facto, não há maneira do bom senso imperar e substituí-las por umas novas, mas não!
Isto só prova que apesar do nosso maior ser da Boavista, não tem alcance suficiente para enxergar esta nódoa nem tão pouco os seus ilustres assessores.
Claro que tudo isto se passa em S. Pedro da Cova, que não tem edifício próprio de sede de freguesia, mas tem o lixo mais perigoso de Portugal. As placas ligam com o lixo!

Será que que o major quererá ter uma rua em Gondomar com este perfil?
Seria uma boa maneira de ficar esquecido rapidamente numa placa ferrugenta e fazer companhia ao D. Miguel!

Mais uma vez chamo a atenção, mas não espero que atentem no que digo,
pois que certamente ainda devem estar a fazer estudos de impactes ambientais na substituição das placas ferrugentas e da respectiva autorização de Bruxelas!
Até lá, resta-me mostrar as placas, estas e outras...da minha colecção.
...................xxxxxxxxxxxxxxxxx......................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
S.Pedro da Cova-Gondomar

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A chuva

A chuva
A chuva é um mar em paraquedas
Cada pingo é um rio
A chuva molha, molha,
Mas ao mar molhado regressa,
Onde navegam navios
E barcos de pesca
E se os os mares,
Em chuva,
Se espraiam pelo chão,
Quando se retiram
Nas praias da terra
Há chuva de pão!

Deixai a chuva cair
Ela faz a terra sorrir
..........xxxxxxxxxx..........
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Memorial dos cinco

Vinda do Estádio da Luz,
Uma águia; ave de rapina,
Quis voar sobre o Dragão
Que a tendo-a em sua retina,
Deu-llhe cinco, caiu no chão!
Morta, lá foi para o Jesus
Num cortejo muito fúnebre
Do norte até à capital
Para ser exposta num túnel
Em eterno memorial,
Duma águia no Dragão depenada,
Com esmero,
Que como os dedos da mão
Levou cinco a zero
Com bicadas de Falcão
E de Hulk em noite de fama
Quanto à águia
Paz à sua alma
E outra que venha ao morte
Acho que deve voar mais baixo!
....................xxxxxxxxxxxx.....................
Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um Novembro qualquer

Não
Não me lembro dum Novembro qualquer
Lembro-me de cálidas tardes
Mas de nenhum Novembro anormal
Lembro-me sim
Que Novembro é estrada
De folhas atapetada
Que nos leva ao Natal
E que Novembro é tempo especial
Da castanha assada
De provas de vinho
Do esplendor do azevinho
No tempo de Outono
Que em si tem Novembro
Mas que de nenhum me lembro
A não ser dizer que
Meu tempo não é o que era
E que o Outono já de mim é dono
Não mais a Primavera
Em qualquer Novembro
Que possa viver
Na vida
Até ser folha de árvore caída
Para qualquer estrada atapetar
Num Novembro qualquer
Sinal
De que o Natal está a chegar.
.................xxxxxxxxxxxxx......................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saaint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Viva o Zé-Ninguém

Ai não há acordo sobre o Orçamento?!

Pois é,
o costume,
o costumado azedume!

É como exigir que
entre o Porto e Benfica
não haja a ambição
e ganância
de cada um ser campeão!

Embora um tenha que perder,
a culpa é sempre do outro
que não soube ceder
e não teve arte de jogar para o empate!

No final,
o céu continua azul sobre Portugal,
mas,
olhando a Sul,
adivinha-se grosso vendaval,
porém,
onde o abrigo,
fornecido por cada partido
instalados na/no capital?

O resultado é que no fim
todos são salvadores
e nenhum é culpado!

Viva!
Viva!
Viva quem?

Viva o Zé,
o Zé-Ninguém,
que é manso
com o que do Sul vem!

Mas até quando a este mando?
.........xxxxxx...............
Autpr: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Há um rio

HÁ UM RIO

Há um rio,
Esse rio tem margens,
De boas aragens,
E tem flores
Nas belas paisagens das suas margens.
Brisas que no rio ondeiam flores penteiam
E encantam amores
Que nas margens se passeiam!

Esse rio é o Douro,
Desde Gramido ao Freixo
Que dá gosto a quem gosta de passear,
E abrir o peito
Para a Poesia entrar!

Eis a sugestão que vos deixo:
Não é preciso correr,
Mas sim devagar, e abrir o peito,
Estender o olhar e deixar-se encantar
De Gramido até ao Freixo,
Do lado de Gondomar!
................XXXXXXXXXX......................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Poeta baralhado

POETA BARALHADO

Cair de tarde
Fim de dia
Quantos mortos na estrada
Quanta gente soterrada
Quantas greves
Quantas manifestações para as diárias precisões?

E eu
Armado em poeta
Com alguma hipocrisia
Num final de tarde
Num entardecer
Poesia a querer fazer!

Mas as acções não sobem ao céu do Capitalismo
E há o perigo da extinção dos mecenas
E aumento de penas!
Neste quadro
O poeta fica baralhado
O poema estragado

O poeta vai protestar
Por num fim de tarde
Num entardecer
Por poesia não poder fazer
Quando em Portugal muitas casas estão arder!

A solução?
Um milagre,
Mas bem cedo
Não esperar pelo fim de tarde
É que depois vem a noite!
.............xxxxxxxxx..................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

Alado desejo

Alado desejo

Vem a noite
Na crina do cavalo
Monto alado lampejo de desejo
E em ti vejo colinas
E subo
E galgo
E de sede em ti me dessalgo!

Cada passo do cavalo
Para ti me acalma!

Por fim
A colina plana!

Da crina do meu cavalo desmonto,
Desfaleço
Deitado na planície,
Olho as estrelas,
Descanso numa delas!

Meu cavalo
Ao raio de luar
Reflete a imagem do teu chegar.
...............xxxxxxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Levantei-me com o sol

Levantei-me como o Sol,
mas não o acompanhei,
ele subiu,
eu fiquei,
preso na Terra
com pena no meu sentir
de com ele não poder subir!

O Sol levanta-se,
sobe,
sobe,
dá claridade a uns,
mas a outros deixa-os na sombra!

Um homem, na glória do sol morre
ou na negra sombra tomba!

levantei-me com o Sol,
mas não o pude acompanhar,
apenas,
como um girassol,
para ele sempre me viro,
esperando ter sol na minha vida,
até ao último suspiro!
............xxxxxxx.................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saintb pierre de lá-buraque)
Gondomar

domingo, 17 de outubro de 2010

Orçamento

ORÇAMENTO

Orçamento,
Orçamento,
Orçamento;
Coisa que não nos sai da cabeça,
Que nos entra nos bolsos,
Sem que se lhe peça,
Para pagar a quem nos andou a desgovernar,
Sem que nada lhes aconteça,
E ainda têm a desfaçatez,
De sacrificar o povo português,
Com cinto mais apertado,
Mas o povo,
O Zé-Ninguém,
Que quase já nem cheta tem,
Acha que quem manda deve ser sacrificado,
Mas não,
O orçamento de doutores,
Entra-nos, a todo o momento,
Pelos bolsos dentro,
Se ainda tivermos bolsos,
Se ainda andarmos vestidos,
E não de tanga,
Como dizia quem por Bruxelas anda.

É urgente mostrar a quem manda a nossa zanga,
A esses doutores,
Doutores; uns estupores!*
Doutores a gastar,
Que não cometem o "deslize"
De obrigar os ricos a pagar crise!

Afinal, para que servem os ricos?

Assim vai Portugal,:
Mal,
Um país de doutores;
uns estupores!*
.................xxxxxxxxxxx..................
(*) Espantos
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vai abrir a caça ao coelho!

VAI ABRIR CAÇA AO COELHO

A partir da próxima quinta-feira vai abrir a caça ao coelho, que tem toca num laranjal, mas que anda a fazer estragos no jardim das rosas!

Últimamente, um coelho tem sido visto a sair da toca, mostrar os dentes e ensaiar ulguns passos de corrida, mas não de fundo, deixando os caçadores incertos quanto ao rumo que ele vai tomar!

Segundo caçadores, que vivem no laranjal, há pressões para que o coelho só roa cenouras e não a corda do orçamento para as ditas, porque senão a caçada será geral e o coelho corre o risco de ser abatido por caçadores furtivos, além dos legais, que lhe seguem o rasto das caganitas!

O coelho tem de ter muito cuidado com os passos que dá ao sair da toca, porque se estragar o jardim das rosas nem uma cenoura lhe toca e ao regressar à toca, no seu laranjal, terá que tomar sumo azedo de limão servido pelos tratadores da casa. Veremos o que prefere.

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)Gondomar

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Um tempo fodido

Nota prévia:
Em poesia está prevista o licenciamento poético,
que permite ao poeta usar calão.
Neste trabalho a palavra fodido é ao seu abrigo!

Título: Um tempo fodido

Nasci no meu tempo,
desculpem,
o tempo não é meu,
não o posso dar,
comprar ou vender,
todovia,
meu tempo deu-me tempo para ver que
fingem não perder tempo,
que correm para ganhar tempo,
"tempoo é dinheiro", dizem,
e ficam felizes quando
faz um rico tempo,
porém, outras vezes faz mau tempo ou
um tempo assim assim;
foleiro,
sem dinheiro!

A vida passa-se em três tempos;
nascer, viver e morrer,
mas dos tempos vividos
o actual é um tempo fodido,
já não um rico tempo,
mas um tempo empobrecido e
nem é preciso ver que chove,
para ver que quem é fodido é o pobre,
pelo tempo enriquecido!

Se assim continuar
não tarda um tempo de trovejar,
para um bom tempo raiar
e o sol sobre todos brilhar.
............xxxxxxxxxxxx..................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

domingo, 3 de outubro de 2010

À deriva, sem boa estiva!

O mar anda encapelado,
nau do Governo à deriva,
que espera ser ajudado
mas não tem boa estiva!

Na era de Oliveira Salazar;
de analfabetos e pobres,
conseguia-se transformar
em ouro alguns cobres!

Agora, não faltam doutores
e cursos de formação
para serem uns "senhores"!

Gastaram, até à exaustão,
ei-los a correr aos credores:
"doutores e senhores"
com as calças na mão!

O mar de Portugal
anda muito encapelado,
e se o Governo governa mal
a oposição põe-se de lado!

Mas,
para consolo do povo,
vai-se à bola,
a Fátima.
aos concertos
e ouve-se o fado,
nada de novo!

O mar continua encapelado,
mas tá-se bem,
nesta nau à deriva,
à espera de boa estiva,
que tarda em chegar,
com os marinheiros já a enjoar!
........xxxxxxxxxxxx............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

sábado, 2 de outubro de 2010

Os últimos versos; os melhores!

O poema
veio ter comigo
na forma duma moldura
mas ainda vazia
esperando pintura ou fotografia
veio da mente
urgente
na folha em branco
para existir poesia

ficou ali
tentei passar à acção
mas falhei
só faço poesia com o coração
doutro modo não sei

o poema estava
ali
à espera
mas a poesia acabou por chegar
quando olhei aquela fotografia

fiz poesia e ofereci-lha
ela gostou
e juntos acrescentamos os últimos versos
os melhores!
............xxxxxxxxx................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Enjoem os nabos!

Enjoem os nabos

Viajar é ver outros mundos, outras sensibiidades,
outras culturas, outras religiões, outros deuses!

Pela natureza da profissão que exerci, em férias ou em serviço,
tive a sorte de ter viajado um pouco, por isso, às vezes e sem querer, muito naturalmente, comparo Gondomar com muito do que vi, e não fico contente!

Algumas das cidades, abaixo mencionadas, foram, por mim, várias vezes visitadas. Ainda agora, duma viagem regressado,
sorri ao constatar a alegria, que reina em Gondomar,
com a festa que fazem com os nabos!

No Portal de Gondomar, vou vendo os jogos da estratégia, de informação e contra-informação, mas enquanto derem muito valor aos nabos, (ó Darwin, ressuscita e anda cá ver) não haverá evolução!

Em relação às próximas eleições, já andam a remexer no lixo dos políticos, para ver se encontram um “nabo dourado” para apresentar ao eleitorado!

Por mim, há um vereador, por quem tenho muito respeito,
todavia nenhum dos da vereação, só pelo facto de estarem muito contaminados, merece qualquer eleição! Gondomar merece melhor que políticos reciclados; de partidários a independentes. Sobretuddo, é tempo de enjoar os nabos, que nos tem andado a governar como o Gama, que originou o verbo gamar!

Madrid, Paris
Bruxelas, Londres
Copenhagen, Milão
Brasília, Rio de Janeiro
São Paulo, Santos
Recife, Porto de Galinhas
Fortaleza, Gaibú
Maputo, Beira
Casablanca
Ilha de S. Vicente
Ilha do Sal
Ilha de Santo Antão
Ilha da Madeira
Ilha do Porto Santo
Ilha de Santiago
Ilha de S. Miguel
Buenos Aires
Olinda, Fortaleza
Nova York
Cidade do México
Los Angeles, Havana
Varadero
.................xxxxxxxxxxxxx.....................
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Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sonhos

Sonhos

Um poeta falou de seus sonhos
deles fez versos
belas imagens
que, como sabeis,
são pinturas em telas,
expostas em sua mente,
sem querer saber do seu autor
nem de seus pincéis!

Os sonhos;
realidades virtuais!

O poeta fala de seus sonhos
quando acaba reina a realidade.

Fica admirado
ou talvez não,
porque
o poeta continua a sonhar
mesmo acordado!

Como sabeis,
o poeta é um mestre do sonho
da ilusão,
e às vezes, mesmo a dormir,
quase sempre a fingir
a pinta sentimentos
sem saber de quem são os pincéis!

Já dizia um nosso maior
que um poeta é um fingidor,
por isso um poeta sonha
e aos sonhos dá qualquer cor!

O poeta fala de seus sonhos!
É um sonhador!

Mas,
não admira que,
mesmo acordado,
um poeta fale de amor!
..............xxxxxxxxxxx..............
Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pintores que pintam por dentro

Pintores que pintam por dentro

Quando faltam pincéis!
Quando na tinta não há côr!
Quando tudo é preto!
Quando se esvai a inspiração!
Quando a vida nos trama
É quando nos sentimos em ascensação,
E sem paleta,
Sem pincéis,
Sem cores,
Pinta-se, com os dedos da mão,
O sentir da alma na ardência
e no esfriamento dos amores!

Quando a obra nasce,
Sob luminosa luz,
Reina a calma,
O contentamento,
Por nos termos pintado por dentro!
......................xxxxxxxxxxxx............... .......
Autor: Silvino Tavaeira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Um deixa andar

Fogo por todo mundo,
água por toda a terra,
vidas no fogo a queimar
ou na água a navegar!

Os deuses,
esses estão-se a guerrear
ou a passaar férias;
num deixa andar!
...............sssssssssss....................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Tempo, silêncio; lapidadores de palvras como de diamantes

Tempo,
silêncio,
lapidadores de palavras como diamantes!

O tempo e o silêncio procuram palavras,
como diamantes,
avaliam seus quilates,
avivam-llhe arestas,
mas ficam contentes,
quando na terra,
no seu leito,
encontram um diamante de amor em bruto,
e com o tempo e em silêncio,
lapidam-no
para o pôr a brilhar num peito perfeito!

O tempo e o silêncio
fazem diamantes das palavras.
mas faltam peitos
para as usarem, eternamente!

Os diamantes
não gostam de ser enterrados,
mas sim, sempre,
por novos amores usados!
como palavras gostam de ser lembradas,
por outras bocas faladas!

Bocas há muitas,
mas diamantes não,
e se diamantes brilham no peito,
palavras-diamantes brilham no coração!
.................xxxxxxxxxxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
/figas de sain pierre de lá-buraque)
Gondomar

Portuagl, parque de diversão!

A crise,
o orçamento,
a revisão da Constituição,
a reforma da Educação,
a queda do Governo
a salvação dos sem eira nem beira,
a quem os políticos pôem o sol na moleira
e sem tostão na carteira,
depois,
ainda temos,
a reforma da Eduação,
o fim dos maus caçadores
por causa do fim dos chumbos,
que, sem chumbo caçarão com furão!

Eis a crise,
o orçamento,
a revisão da Constituição
a reforma da Educação,
só nos falta um foguetão,
que leve Portugal para a Lua
e o Sócrates e o Passos
continuarem com a diversão
de cantarem a canção:
"Estamos na Lua.
Estamos na Lua!"
enquanto nós na crise do orçamento,
na crise da revisão da Constituição,
na reforma da educação,
enquanto eles na Lua,
e nós, cá em baixo,
em Portugal;
como muitas festas,
com muito fogo,
enfim,
num grande Parque de Diversão!
................xxxxxxxxxxxxxx..................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Os canhões disparam, depois reina o silêncio!

O segredo da serenidade é
não perturbar o instalador dos silêncios,
não perturbar sua quietude!

O segredo da serenidade é
ouvir nossos ruídos interiores,
não os deixar poluir a bandeja de luz,
oferecida todos os dias,
onde reflectimos nossos sonhos,
derramados no escoar do tempo diurno
a caminho do silêncio nocturno;
o futuro!

Treinemos a tempo!

As revoluções fazem muito barulho!
depois reina o silêncio!

Os canhões disparam,
depois apodrecem,
e apenas reina o silêncio!
..............xxxxxxxxxxxxxxxx............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Poesia de perda lascada!

Procurei,
procurei
até que achei um calhau poético!

Logo que o vi,
vi que a poesia morava ali,
embora não estivesse à vista!
Moisés,
nele não tinha escrito Altamiras
nem Foz Coas,
mas pressenti que ,
ali,
daquele calhau poético,
podiam sair poesias,
das boas!

Peguei numa marreta,
foi à marretada que
dum calhau ia tirando poesia lascada,
escondida em cada lasca,
enquanto me lembrava que
os esquimós também a faziam no Alasca
na neve gelada!

Num humano frenesim
desfiz o calhau poético,
e por vezes,
em cada pancada,
saltava um verso eléctrico,
um electrão de inspiração!

Cada poema, em cada lasca,
é poesia em forma de lança
que penetra em cada poeta!

Guardei os poemas das lascas,
mas vou mostrando
alguma poesia de pedra lascada!

Agora,
só tenho a esperança
de encontrar um outro calhau poético,
mas com faces bem polidas,
onde um escriba
dum qualquer deus da poesia,
diga da poesia
e qual a sua medida

Que seja um querer régio
e quem fora dos seus mandamentos
seja um sacrlilégio.

Entratanto,
eu vou partindo calhaus às lascas,
fazendo poesia de pedra lascada,
e de vez em quando mergulho no mar poético
e apanho umas ostras!

De quando vez lá sai-me uma pérola poética!
...........................xxxxxxxxxxxx.......... ......
Autor: Silvino Taveira Machado Figuiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

No Universo nem sequer um verso!

Numa cova,
cercada por montanhas,
vivo abaixo do meu horizonte
e mais perto das entranhas!

Cova, onde vivo,
será onde minha morte viverá
sem ter sorte de ver horizontes
doutras montanhas que há!

Descobrem grandes buracos negros,
a cada instante mais um sol,
maior e mais brilhante,
e falam da expansão do Universo!

É então que perco a ilusão de ser poeta,
e ser no Universo sequer um verso!

É à noite,
que me deleito,
olhando o céu,
vendo tudo tão desalinhado.
mas num poema tão perfeito
e tão desejado!

Para quê desejar ser um verso no Universo,
se o poema já está feito,
perfeito!
............................xxxxxxxxxxxxxxxxxx.............................
Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

OLHAI

Ohai as estrelas
olhai o sol
olhai por vós abaixo
e vede se algo bole bole!
Tereis largo futuro
se muito ainda estiver duro!

Sendo assim,
a vida continua,
com corpo vestido
mas a alma sempre nua!
............................xxxxxxxxxxxx......... ........
Autor:Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

Ser egoísta

Cada um devia ser egoísta
nascer só
comer sózinho
morrer sozinho,
não dar nada ao vizinho,
ter um só deus para si
para si só uma retrete
ser egoísta
a ninguém fazer frete
ter uma lua só sua
uma estrela para o alumiar
nada para partilhar
ser egoísta, constante,
de nada postulante
quando muito petulante
e já é bastante!
...............xxxxxxxxxxxxxx...................
Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

Regresso a quê?

REGRESSO A QUÊ?

Regresso
a um lugar de bem estar?

Se aqui se está,
dito regressado,
não se sabe qual é o regresso ao regressado!

Eu, se estou aqui,
trago muito pouco do muito do que perdi!

Quem ao mundo vem
não volta ao ventre de sua mãe!
Se a ele não pode ser regressado,
depois de à terra ter sido lançado,
então, não tem regresso,
apenas gira com a terra
e por vezes é fogo,
por vezes inundações,
não tem regressos,
tem mutações!
....................xxxxxxxxxxxxxx............... ..........
Autor:Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
Gondomar

Regresso!

Regresso!

Regresso à paz?
Regresso à guerra?
Regressso ao amor?
Regresso ao trabalho?
Regresso à terra,
A um lugar de bem estar
Ou regressar à fome ou
À caridade?
Regresso á dor?
Regresso às férias?
Regresso à política?
Regresso à crítica?
Regresso à corrupção?
Regresso aos desuses que dizem que são?

O regresso é como
Linha de combóio
Com muitas estações,
Onde parar,
Para o regresso descer!
Onde quiser"


Mas
O regresso
É o sítio para onde vou
Quando daqui me despeço,
Mas pelo caminho
Dentro de mim
Está sempre o meu regresso
E nele me reconheço!
...........................xxxxxxxxx............. ................
Autor: Silvino Taveira Machado Figuiredo
Figas de saint pierre de lá.buraque
Gondomar

Desceste para ficar!

Desceste para ficar!
« em: Setembro 06, 2010, 19:05:46 » Citar Modificar

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Desceste para ficar!

Eu sabia que vinhas pela estrada sideral
Eu, apeado nas linhas dum ponto cardeal
Esperando o real do irreal das luzinhas
E que fosses natural no todo que tinhas!
Eu sabia que virias, só não o transporte,
Talvez pelo norte, com a sua ventania,
Para eu ter a sorte de ter tua fantasia!
Eu gosto de fantasiar, e como és estrela,
Para a rua eu alumiar ponho-te à janela,
Então desço ao pedrado, vejo-te tão bela!
Que enfeitiçado, fico príncipe enamorado,
Só não quero que subas ao céu.
A tua constelação sou eu!

A qualquer momento,
quando fechas a janela
eu vou a para dentro!
...............xxxxxxxxxxxx...................... ...
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Golo em casa!

Golo em casa
« em: Setembro 07, 2010, 16:50:14 » Citar Modificar

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Ah/chegar a casa/tirar o casaco/tirar os sapatos/esquecer o patrão e os colegas chatos!
Dar um beijo na esposa/tomar um banho/depois papar um jantar/bem quentinho/enfim, no fim do dia sentir-mo-nos gente/com carinho!
Depois ver televisão/difícil escolher o programa/é sempre a mesma repetição/vamos para a cama!
Ligo o rádio/ oiço música/vou rodando estações/escuto um desafio de hoquei-em-patins/dizia o locutor:"finta um, finta dois/remata/goooolo!/foi uma grande sticada!"
Ele falou em sticadas/logo me despertou meu treino com o meu/
"sticou, goooolo!, repetiu o repórter do jogo.
Eu continuei/ com também com as minhas sticadas/e com tanto golo no jogo/também eu meti o meu/gooooolo; mas orgásmico!
Depois, fomos para o intervalo/a noite continuou e com ela sentiu-se o peso da neve/ e tudo a esfriar!

Ouvi o cantar do galo/eram três da madrugada/mudei de táctica/pousei a esferográfica e não escrevi mais nada!

Boa noite/vou dormir/façam como eu/durmam em paz e a sorrir!
consolado/dei um beijo a minha esposa e virei-me para o outro lado!
...........xxxxxxxx...........
Autor:Silvino Figueiredo
o figas de saint pierre de lá-buraque
Gondomar Outubro/1996

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pensamentos figarianos sobre a democracia

As democracias permitem aos oprimidos que falem. As ditaduras reduzem o número!

Em democacracia obedece-se mas protesta-se! Em ditaduras não há bocas!

A democracia é arte duma minoria enganar, por palavras, uma maioria!
Autor: Silvino Taveira Machado Figeiredo
Gondomar

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TrÊS DA VIDA AIRADA!

Três da vida airada




Três portugueses progressistas, emigrados na América, escolhendo noiva!
Em Portugal viviam como macambúzios.
Foram para os States, com uma mão atrás e outra à frente!
Agora, estão bem na vida!
Já tem bolsos para meter as mãos e coçar "fruta", enquanto observam a candidata Miss a "Lasca";
mulher virgem e pura!
Reparem na sua candura!
Consta que se nenhum destes portugueses a escolherem para sua mulher, o MacCain
é capaz de a nomear sua Vice. Veremos!
O único problema, nestes tempos de crise, é que ela é de grande sustento e gasta muito aos cem!
Ou então já está grávida!

domingo, 15 de agosto de 2010

Beijem-se ao luar, resulta!

De manhã um horizonte,
uma colina verde,
um pedaço de chão castanho,
e já Zéfiro sobre ele se levantado,
varrendo folhagens das copas,
ajudando o Sol a fazer rapel
e escolher, para sua cama,
macias roupas!

Mas,
que desporto tão radical!
tão cansativo!
ajudar o Sol!
que todos põem doente!
pois tanto tempo demora
a nascer e ir para poente,
embora,
mas,
é neste nascer e pôr,
com luares pelo meio,
que nascem amores neste enleio
e deles fica o mundo cheio!

Ajudem o sol e beijem-se ao luar!
Resulta e o amor exulta.
.................xxxxxxxxxx...........

Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
GONDOMAR

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Crónica duma Colectânea!

De vez em quando,
de qualquer massa craniana,
surge a deia de fazer um livro
em forma ce Colectânea!
Impõe condições,
mas pede, por favor,
a cada autor, que,
sem custos,
envie algo do seu talento,
do seu mental labor,
sem nada pagar,
a não ser de no lançamento
ter de pagar um exemplar,
para ter a certeza que a sua obra,
acabada de dar,
dera-lhe a garantia de "famoso" ficar!


Ainda por cima,
dono ou dona de tão genial massa craniana,
que faz contas a números e a cifrões,
arroga-se o direito de ficar com os lucros,
às custos dos outros
se da Colectânea houver muitas edições,
de tal Colectânea,
com tal Fama!

E ainda dizem que
em Portugal não há boa massa craniana!

E também não falta que acredite
que tal massa craniana lhe dará a fama!

É com esta massa craninana
que em Portugal se fazem bons governos,
que nos fazem boa cama!
Tudo normal!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

Nota do Autor: Como é normal, para não ferir susceptibilidades, qualquer semelhança com qualquer Colectânea em curso é pura coiincidência)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Amor tostado, sem preservativo!

Amor tostado, sem preservativo!
« em: Hoje às 19:36:11 » Citar Modificar

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Ela na praia,
deitada ao sol,
ela fugia dele,
mas ele caia-lhe sempre em cima!
ela até gostava!
depois, ela ficou bem torrada!
e o Sol até comentou:
-"olha, tenho mais uma amada!"

Porém,
no dia seguinte,
o Sol ficou surpreendido
ao vê-la com muito creme,
pelo corpo dela espalhado!

Então, o Sol sussurou,
enquanto ela espalhava creme no umbigo:

-"Amor,
para te torrar,
para tre tostar,
para te queimar,
não preciso de creme como preservativo!"

Não se sabe o que depois foi passado,
mas todos viram que ela era só fogo!

O Sol tinha-a amado!
...................xxxxxxxxxxxx..................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

domingo, 8 de agosto de 2010

Hurrah Hurrah


E viva a alegria
E viva a companhia
E viva o folguedo
E o vinho que bebo
E viva a poesia
E viva a vida
E que haja luz
Muita luz
E vidas sem cruz
E vidas sem medo
E se na Vila da Feira há Castelo
Que se quebrem as ameias
Que dentro quero vê-lo
Quem nos pagou canecas cheias
E que como nós povo venha sê-lo
E que também coma fogaça
E do vinho beba boa tarraça!
Hurra!
Hurra!
Ergamos a taça!
...........xxxxxxxxxxxxxx................
Autor:Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

sábado, 7 de agosto de 2010

Piratear o Sol

« em: Hoje às 21:26:33 » Citar Modificar

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Numa varanda,
dum décimo andar,
sobre o mar,
armei-me em pirata
e pus-me a piratear!

Meus olhos,
velas como gazelas
iam e vinha do longínquo horizonte
procurando-me belas imagens,
em pratas razantes,
em inesgotáveisl fontes de espumantes!

Com o meu olhar
roubei azuis borbolhantes
sobre ondas meninas,
traquinas,
e deixei-os serenos,
sobre água a adejar a praia
e beijarem a orla de fina
e de espumosa cambraia.

Esperei,
pacientemente,
que o Sol aparecesse,
para se deitar sobre o horizonte,
então, fiz a inevitável abordagem
e roubei seu brilho
para o oferecer ao meu amor!

Agora, toda a gente,
diz que meu amor,
a meu lado,
tem um olhar mais quente!


o Sol, esse,
quando me vê de mim foge,
ciumento!

Que me importa?

Seu brilho
no olhar do meu amor
fica mais tempo!
.....................xxxxxxx.................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O regresso da água

Regresso da água

Quando de mim te afastaste
todas as lágrimas dos meus olhos levaste!
porém,
quando vi,
de novo,
teus passos que a mim voltavam,
meus olhos estavam secos,
já sem água, que, antes
de alegria teu jardim de amor regavam!

A ver-te de mim aproximares-te,
meus olhos, secos, olhavam,
ansiosamente, para o chão,
para ver se dele, por ti pisado,
brotasse nova fonte de água,
em cachão,
e que fosse de água pura,
que subisse até aos nossos olhos,
para que no nosso reencontro,
nosssos olhos ficassem molhados,
encharcados,
num abraço de amor,
de ternura, até ao coração!
.........................xxxxxxxxxxxxxxxx........ ...............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Onde a vida?

Tirei uma foto a um corpo,
nele estava toda a matéria,
até então acumulada!

Na foto,
a expressão da ocasião!

Passados anos,
olhei a fotografia
daquele corpo!
estava amarelecida,
pelo tempo esmaecida,
e nele a matéria já esvaída!

Olhei só sua expressão
e perguntei:
Onde a vida?
.........xxxxxxxxx..............
Autor:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

Nunca culpado




Desde Sábado passado, (mas não sei desde quando antes) quando por lá passei, no Largo da Covilhã, mais uma vez reparei na rotineira situação do relógio público, parado nas 13h55. Hoje, Segunda-Feira, passei por lá d emanhã, a situação mantinha-se. Eis a minha reflexão"

Dão passeios, mas não acertam relógios!
Dão almoços e jantares, mas não tem pilhas para relógios!
Dão concertos de Tonys,
mas não concertam relógios!

Põem Gondomar a voar, mas o relógo fica a rastejar.
Levam o pessoal à Malafaia, mas o relógio fica esquecido!

Enfim. Fazem discursos de sabedoria, de eficiênca, mas o resulto é igual a incompetência para manter a trablahar e acertado um simples relógio!


Ora, quem não é capaz de acertar um relógio no seu tempo, também, não consegue acertar o passo da terra, que governa, no tempo do progresso
da era moderna!

O exemplo deste relógio, colocado pela Câmara de Gondomar, no Largo da Covilhã, há uma dezena de anos, mas volta e meia está parado volta inteira, exemplifica a incapacidade para as pequenas coisa do bricolgage. Claro que das garndes percebem eles! Não se me parcebem?! Depois, lá vém os más línguas, os invejosos, os ingratos, (que envaidecerem com um presidente, sempre a correr para os tribunais!) os chatos, que chamam a atenção, mas, clrao, nunca têm razão! Deviam era cantar hossanas por tanta eficiência! Que é que depois acontece,lá vêm remediar situação, mas passado pouco tempo, lá volta o relógio a estar fora do tempo! Eles bem tentam ser eficientes, mas eficiência para eles é igual a incompetência!

Isto só evidencia que os responsáveis estão numa fase terminal de autoridade e incompentência. Claro que, se forem a tribunal, serão sempre considerados inocentes.

Quem os culpados da situação? Culpados são os outros, os gondomarenses, que gostam do seu Presidente e também de relógios atrasados, como Gondomar!

Eu dou uma solução: Retirem o relógio.
Deste modo acaba-se o gozo para com quem anda a gozar os sampedrenses!

Claro que, se o Presidente da Câmara de Gondomar ler isto, até é capaz de dizer, penso eu:
"Coitado. É um pobre diabo!
Então o Figas ainda não sabe que eu sou sempre um inocente e nunca um culpado"
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Autor: Silvio Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
..............................xxxxxxxxxxxxxxxx...................
Autor:
Silvino Taveira Machado Figeiredo

domingo, 1 de agosto de 2010

Não não não não não não

Não não não não não não
« em: Hoje às 09:16:09 » Citar Modificar

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Não
não
não
não
não
não

Que lindo poemas se faz
com meia dúzia de nãos!

Não
não
não
não
não
não

O mundo não estaria como está,
se não houvesse tantos
a dizer sim
....................................como há

Não
não
não
não
não
não

Meia dúzias de nãos
são bons para melhorar os sins!

O mundo estaria melhor,
se não houvesse tantos a dizer sim
....................como os há!

Não é verdade?
Sim
.......................xxxxxxxxx................. .....
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá.buraque)
Gondomar

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Uma verdade, num azulejo de Toledo

> “
> UMA VERDADE - NUM AZULEJO DE TOLEDO
> //(VER ANEXO)//
>
> /A SOCIEDADE É ASSIM:/
>
> /O POBRE TRABALHA/
>
> /O RICO EXPLORA-O/
>
> /O SOLDADO DEFENDE OS DOIS/
>
> /O CONTRIBUINTE PAGA PELOS TRÊS/
>
> /O VAGABUNDO DESCANSA PELOS QUATRO/
>
> /O BÊBADO BEBE PELOS CINCO/
>
> /O BANQUEIRO ESFOLA OS SEIS/
>
> /O ADVOGADO ENGANA OS SETE/
>
> /O MÉDICO MATA OS OITO/
>
> /O COVEIRO ENTERRA OS NOVE/
>
> /O POLÍTICO VIVE DOS DEZ/”

Agora, o Figas acha que:
os poetas qualquer artista deve ter a arte de:

1º-Encantar o pobre que trabalha.
2º-Obter patrocínios do rico.
3º-Glorificar as batalhas dos soldaddos.
4º-Convencer os contribuintes a contribuirem para a arte.
5º-Fazer odes, de alto valor poético, à vagabundice,
6º-Enaltecer as castas, para garantia de bebedeiras de boa qualiade,
7º-Elogiar os banqueiros e promovê-los mecenas!
8º-Dizer mal dos advogados. Para fingidores bastam os poetas!
9º-Não ligar aos médicos. Devem morrer, como nós, rodeados de remeédios!
10º-Os coveiros; arquelógios falhados!
Em vez de encontaram corpos antigos enterram os novos!
11º-Os políticos merecem o nosso maior respeito.
São pessoas sérias que metem contra a sua vontade!
............................xxxxxxxxxxxx..............................
Silvino Figueiredo
Gondomar

terça-feira, 27 de julho de 2010

O meu guarda-fatos

O MEU GUARDA-FATOS.
Renasço em todos os dias,
nu,
apenas a minha pele veste meu corpo!

Olho-me no espelho do meu guArda-fatos,
sim,
parece que sou um homem,
mas estou despido!
Penso que o Homem é um ser natural,
porém,
é-lhe proibido andar nu
e nu ser alguém!

Com não é uma ave, com penas,
obrigam-no a esconder
e a tapar o que tem entre-pernas!

Tenho de vestir uma outra qualquer pele,
outra fatiota,
mesmo que não seja minha,
e com ela faça batota!

Duma gaveta tiro e visto umas cuecas,
visto uma camisola que cobre o abdómem!
Pronto, já sou um Homem!

Em muitas repúblicas
é proibido mostrar as partes,
ditas pudicas,
não se pode usar roupas transparentes,
porém, em democracia há muitas contradições,
exigem ver as contas correntes
e as transações,
por causa dos cifroões,
pôr tudo a nu,
por causa dos impostos
e outras coisas mais,
mas os órgãos sexuais,
esses não,
não podem ficar expostos!

Olho-me no espelho do meu guarda-fatos!

Dentro estão algumas vestimentas;
cada uma para uma ocasião,
cada uma é bilhete de identidade social!

Tenho roupa para um casamento,
roupa para um nascimento,
roupa para um arraial,
e roupa apropriada
para ir a um funeral,
para não parecer mal,
nessa altura também uso máscara de pesar;
de trsiteza pessoal,
nos intervalos contam-se
e ouvem-se umas anedotas!

O espírito superior do Homem
vive no seu interior.
nele reside toda a grandeza do ser humano,
porém,
se não vestir outra qualquer pele artificial;
um fato e uma gravata,
então é tido como um animal,
um psicopata.

Tem de ser assim, dizem,
para que um hoemem seja um ser social,
porque nu
ou de tanga,
em África, na Ásia,
na Europa,
ou num bairro de lata em Portugal,
isso é tido como anormal,
excepto se for numa boa praia social,
onde se aprecia nua uma boa catraia, ao natural,
ou uma bela mulher madura.
Então, aí sim,
já é o belo da Natureza no seu esplendor!

No espelho do meu guarda-fatos
vejo a minha pele,
que é só uma!

As roupas usam-se,
rompem-se,
depois deitam-se fora,
foram apenas disfarces!


A pele que cada homem tem é muito sua,
mas não tem liberdade de andar com ela
toda ao natural,
nua!

Ainda por cima rapa muito o pêlo
e veste a pele do lobo,
de bobo ou de camelo!

Homem ao natural é que não pode sê-lo!

Para ser um Homem,
tenho de andar bem vestido,
cobrir-me com qualquer fantasia,
para outros enganar no dia-a-dia!

Olho o meu guarda-fatos!
Hoje, que vou vestir?
Hoje, quem vou enganar?

Há por aí tanto rico,
que veste de pobre,
para não ter nada que dar!

Para eles,
ter uns tostões só para cima de milhões!

A maioria do Povo,
esse veste com mais verdade,
veste a roupa de pedinte;
a da manhã, a da tarde
e também a do dia seguinte!

Mas, afinal, hoje,
que visto eu?

Francamente, nada me apetece!.
Só queria ser apenas eu.
Não queria vestir nada
para ser camaleão.

O que todo o Homeme precisa,
urgentemente,
é não de vestir bem o corpo,
mas sim bem vestir a mente!

Sim.
O que é preciso é vestir bem o Juízo,
que anda por aí muito nu
em muita cabeça,
que mais valia ser um cu!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
S. Pedro da Cova
Gondomar-PORTUGAL

Nota do autor: Este texto foi publicado no JN, em 1995/02/11.
Tirei-o do mofo da gaveta e pô-lo aqui, a arejar