Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Rumo ao futuro.

O futuro é tempo que não existe,
é apenas um tempo d'imaginação,
só o tempo do presente persiste
e o passado da recordação!

O futuro é rota de navio
nunca a nenhum porto chegado,
é como da vela seu pavio,
que arde no presente queimado!

O futuro que se almeja
é incógnita por acontecer
sem que se saiba o que seja!

O futuro são batidas do coração,
que no presente do seu bater
tem o futuro sempre na mão!
.............xxxxxxxxxxxxx..........
Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar-PORTUGAL

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Menino 2009

Na roda do tempo,
eis 2009 nos braços da mãe crise,
menino vestido com trapos de esperança,
menino pobre,
pobre criança!

Acreditará no Pai-Natal,
terá ilusões,
quererá amor e carinho,
pão e leitinho.

Talvez, viva nas ruas da cidade
esperando humanidade,
mas na roda do seu tempo,
num ano de crise,
cruel a realidade!

No fim do ano,
outro menino,
chamado ano novo nascerá!

Mas este menino,
2009,
já velho,
como estará?

Esfomeado,
de amor e de pão ainda pobre?
.............xxxxxxxxx...............
Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Dias



DIAS
Cada dia de mim se despede
Não mais regressa
Passa o dia de mim emigrado
E vai para a lonjura do passado!

Nendum dia
Dos meus dias passados
Vem
Novamente
Passar o Natal comigo
Nem regressa por alturas de Agosto
Às romarias da minha aldeia!

Não
Nenhum dia
De mim emigrado
Volta a estar a meu lado!

Só o dia do presente vive comigo
Mas tenho os do futuro prometido!

Quando os dias do futuro chegam
Logo de mim emigram
Continuam sua viagem
Eu deles sou
Apenas
Seu ponto de passagem
Nunca me mandam cartas
Dizendo onte estão!

Sou estação de dias
Os chegados vividos
E os vividos partidos
De mim emigrados

No cais
Fico à espera do futuro.
...................xxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Natal espera por mim

O NATAL ESPERA POR MIM
Há um Natal que espera por mim,
Não lhe levarei prendas,
Não lhe levarei guerras,
Apenas uma encomenda;
Que há muito o Mundo faz,
Levo-lhe a Paz

Não lhe levarei crises
Nem centros comerciais
Nem fraudes dos bancos
Nem políticios mentirosos
Nem de pobres exploradores
Nem ricos senhores
(não precisam de natais,
vendem-nos nos centro comerciais)
Nem religiosos manhosos
Nem falta de educação
Nem injusta justiça.

Eu sei do que o Natal gosta;
Gosta do Bem,
Da Ética,
Da Moral,
Que ao mundo falta
Mesmo num dia de natal!

O Pai Natal espera por mim,
Por um natal assim.

Enquanto não
Vou andando entre pessoal
Que diz é natal é natal, é natal!

Depois,
A vida segue normal;
mal!
..................XXXXXXXXXX.........
Autor: Silvino Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

sábado, 13 de dezembro de 2008

NOITES CLARAS

NOITES COM VIDA.
Quando o Sol
Da Terra desaparece
Dá entrada à noite serena,
Escura,
Densa,
Profunda,
Que nos arrefece,
E nos deixa quase nada para fazer,
....Para viver!

A Noite é cor que acompanha a Morte,
É parte do dia com sua luz perdida,
Porém,
Mistério profundo,
É na noite que o amor tem mais sorte,
Mais vida,
E mais vidas faz para dar ao mundo!
...............xxxxxxxxxxxx................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(O Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Sócio da Sociedade Portuguesa de Autores nº 15727
Gondomar-PORTUGAL

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sobras de amor

Quem é bom a fazer amor
não o é a fazer negócio,
do amor não explorador,
só faz para uso próprio!
Amor faz uma rapariga,
também o faz um rapaz,
ambos encostam barrigas,
que no amor sempre se faz!
O amor que num corpo mora,
se for aquecido por dentro
dele nunca se vai embora,
e quem o faz a todo o momento
até deita amor fora,
para outros contentamento!

É que mais vale provar do que sobra
do que nunca do amor ter prova!
........xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.........
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

As crianças são estrelas

Olhar as estrelas;
cabides de prendas,
para seu transporte milhões de renas
vindas do norte.

Queremos sempre uma prenda,
nem sempre sabemos o quê,
mas esperamos que alguém nos entenda
na prenda que nos dê.

Estrelas cintilam;
prendas a luzir,
e os olhos das criança,
cheios d'esperanças,
perguntam:
-"Quando é que vão cair?"

Milhões de crianças olham as estrelas
sem que ninguém repare nelas!

As crianças olham as estrelas,
vamos nós olhar para elas.

Crianças olham as estrelas
e têm desejos,
mas antes que prendas caiam do céu
dêmo-lhes beijos.
..............xxxxxxxxxx.............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Sócio da Sociedade Portuguesas d'autores nº 15127)
Gondomar-Portugal

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

GELADO AMOROSO!...

GELADO AMOROSO
Se olho para ti e nada te digo
resta leres meu olhar,
é que eu
estando contigo nem consigo falar
e nem sei como começar,
mas a linguagem de que mais gosto
é quando a ti me encosto,
e sem te falar
me consegues entender!

Depois,
em ti encostado sou gelado a derreter,
que gostas de lamber,
de comer!..
.........xxxxxxxxx...............
Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Sócio sa Sociedade Portuguesa de Autores nº 15727
Gondomar-PORTUGAL

sábado, 22 de novembro de 2008

UMA ESTRELA, UMA CONSTELAÇÃO!

É noite,
está escuro,
mesmo muito escuro!

Abro a janela,
nem uma estrela,
no céu não as há!

Fecho a janela,
deito-me na cama,
ela já lá está,
a meu lado,
toco-a,
o quarto fica iluminado!
que bela noite,
só com uma estrela!
...........xxxxxxxxxx........
Autor: Figas de Saint Pierer de Lá-Buraque)
Gondomar-Portugal

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bloguistas bem dispostos. Reunidos na Casa de Serralves!



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tudo em pé! - 20/11/2008

Espaço dum abraço,
que te enlaça,
que te rodeia a cintura,
olho,
mas não te vejo!
Cego pelo desejo,
caímos,
mas em nós tudo em pé!
Tudo pronto para a caminhada,
levantámo-nos,
seguimos!
De Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque


Toca-me, apenas. - 20/11/2008

Não me ames,
toca-me, apenas,
beija-me, apenas,
e de mim brotará amor,
secarei tua sede,
depois segue teu caminho,
eu fico nas bermas,
a pedir sempre a alguém,
com sede d'amor,
beija-me,
toca-me, apenas,
não me causes dor!
De Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Velhice explorada

Velhice explorada
Neste mundo, cada vez mais materialista, em que o tempo é todo gasto para a obtenção das materialidades da vida: casa, carro, férias, fins-de-semana livres, etc, não sobra tempo, não querem ter tempo, detestam o tempo para estar e cuidar dos familiares, que os ajudaram a Ser , mas nem sempre a Crescer como um verdadeiro Ser humano!
Assim, logo que o valor da reforma e mais algum dê, os familiares vêem como bom investimento livrarem-se da companhia ou da obrigação de cuidar de quem os cuidou! Correm a colocá-los num lar com aquele “doce” consolo:
-“É um Lar com muitas boas condições!” E pronto. Desta maneira sossegam consciências, dormemtranquilos, alimentando a paz de consciência com visitas muito esporádicas.
Mas agora, com a crise, e como o orçamento vai ficando curto, surge a brilhante ideia:
-“E se fôssemos buscar o velhote ao Lar?. A reforma dele fazia-nos cá um jeitaço.
Boa ideia”
E eis o retornado, de volta, à mesa para comer uma sopinha, sózinho, fechado em casa, a vêr TV (quando há) até que os familares chegem a casa. Vem para casa, não para receber amor e carinho, mas para ser um embaraço, que se tem de aturar, senão lá se vai a reforma dele pró galheiro! Dos netos, já habituados a bater nos professores e a faltar-lhes ao respeito, e até a a bater nos pais, não pode esperar grande coisa, a não ser:
-“Ó velhote. Não tens aí umas moedinhas para eu curtir, meu?
E atenção. Não pode dar uma spatada no neto, senão vai três anos para a prisão!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Encontro

Encontro

Aos encontros vão ilusões
Que outras vão encontrar
Todas juntam emoções
No sentir e desejar

Enquanto o encontro dura
Vai-se tecendo a amizade
Numa forte ligadura
Que dure a eternidade

Quem vai a um encontro
Também se quer encontrar
Seja em qualquer ponto

Mas tudo só faz sentido
Se com outro se encontrar
Se encontre também consigo

domingo, 16 de novembro de 2008




Morteiradas em Almourol!

Já adivinhava que algo iria correr mal ... e acabou mesmo!
Como gosto de fazer reportagens, e como colaboro para o jornal “O Criminoso” , pediram-me para fazer a reportagem do “3º Convívio dos Desabafantes e Bloguistas JN”.
Disfarçado de ceguinho, com grandes óculos escuros, e com o meu cão pastor Califa pela trela, lá me meti a caminho, via combóio, em demanda da arena do encontro. Digo arena, porque, segundo informações prévias, iriam acontecer actividades bélicas, com uma brigada estrangeira, do outro lado do Atântico, que viria impor a sua “ordem democrática” aos comunatugas e à turma do funil, assim apelidados!

Chegado ao Entroncamento, para despistar, rumei em busca de transporte fluvial pelo Tejo. Ainda tentei alugar um pequeno submarino, mas o Tejo tem pouca profundidade! Assim, aluguei uma pequena bateira, e lá fomos. Chegados defronte ao Soltejo: restaurante alcantilado na encosta, desembarquei, disfarçadamente, e comecei a deambular pelo jardim. Eu segurando o Califa e ele segurando a mim! Pelos óculos, vi que alguém, de binóculos, nos estava observando! Assim, para que não restasse dúvidas sobre a minha cegueira, preparei-me e....dei grande queda sobre a relva! Logo o Califa começou a ladrar, enquanto eu, às apalpadelas, fazia esforços para me levantar. Senti passos de alguém que se aproximava para me socorrer. Com a sua ajuda levantei-me.
-“Precisa mais de alguma coisa?”- perguntou.
-“Olhe. (isto era para ele, porque eu era ceguinho). Já agora, o senhor pode-me dizer onde fica o Soltejo? É que eu quero lá almoçar!
-“Pois não. Eu levo-o lá”.
Aceitei. O senhor apresentou-me ao gerente do restaurante. Disse-lhe que queria almoçar numa mesa, num canto, sossegado. Assim, arranjou-me uma mesa a um canto. Califa ficou deitado a meu lado, depois de ter bebido água das pedras, porque vinha enjoado, devido aos balanços fluviais! Para mim, pedi um café, dizendo que almoçaria mais tarde. Puxei por um livro, em braile, e fingi que lia!

Embora afastado, percebi que havia um pequeno grupo na sala, que falava inglês americano e também afrancesado. Ainda não eram onze horas, mas pareceu-me que estavam à espera d’alguém. A conversa era sobre temas bélicos. Aqui e acolá, apanhava palavras sobre armamento moderno. Cheguei mesmo a ouvir a palavra “granada diarreica”.
“Such a undeveloped country! Perhaps due to the number of blind men, as this one, sat here”. disse um, enquanto olhava a paisagem
Percebi que eram portugueses emigrados, porque, disse um deles:
“E se os comunatugas não vêm?” Tanto dinheiro que gastámos nas passagens!
São quase onze horas e eles sem aparecerem!
Meu cão estava a ficar muito nervoso. Eu estranhva.
-“Calma Califa, está quieto”, dizia eu, enquanto procurava passar-lhe a mão pelo lombo, para o sossegar, mas sem resultado!

De repente, soltou-se da minha mão, e de seguida ouvi o ranger duma saca pelo chão, e alguém dizer:
-“Leave it”, disse um. “Foda-se pró cão”, disse outro, lembrando-se de puro português para situações extremas. De súbito, pequenas explosões, tipo bombinhas de carnaval.
Rapidamente o ambiente ficou empestado dum cheiro insuportável, até porque todos os presentes, inalando aquele estranho gás, começaram com tosse convulsa intestinal, que mais parecia arremesso de granadas de artilharia dos cristãos contra os mouros do Castelo de Almourol. O gerente, de imediato chamou a polícia. Entretanto, apercebi-me que alguém entrou, dizendo que se chamava Mata e que tinha uma mesa reservada para um convívio.
É ele, pensei. Que não. Que não tinha chegado ninguém, mas que agora tinha que resolver aquela situação, disse o gerente. Realmente, vi que os clientes estavam todos a abandonar o local, devido à contagiante e geral tosse convulsa intestinal.
Vi o Mata afastar-se, puxar pelo telémóvel e falar com alguém.
Entretanto, a polícia, após umas perguntas, a que um respondeu que só queria pôr uns pontos nos is, outro dizia que aquilo era só poeira cósmica, enquanto outro dizia: “ God bless”.. (qualquer coisa) prendeu os donos da saca e partiram para a esquadra. Do carro da patrulha saíam estrondos, tipo morteirada, e um terrível cheiro, que queimava os arbustos da estrada à sua passagem! O gerente, em alta voz, perguntava quem é que iria pagar os prejuízos do dia? Não só os almoços perdidos assim como toda a desinfecção a fazer ao restaurante, devido àqueles estrangeiros, que tinham trazido aquelas bombinhas Ainda se fossem daquelas bombimhas de fazer só ah aha ah ah ah! . O Soltejo também tem quartos. De um deles um casal hóspede, estourando por todos os lados, saltou da janela, devido aos gases inalados, ferindo-se gravemente.

Eu, como eu estava protegido pelos meus grandes óculos, e também devido a uma constipação e estava a assoar o nariz, não foi muito afectado. Só um pouquinho! Apenas notei que comecei a andar mais rápido, porque parecia que tinha o turbo ligado! O Califa, esse já está habituado a maus cheiros humanos e tal situação passou-lhe ao lado.

Do Mata, dos comunatugas e da turma do funil perdi o rasto. Não sei se houve ou não convívio.Depois, passei pela esquadra, e soube que os americanos vão, possívelmente, ser processados por introdução de material bélico ilegal em Portugal e por homicídio involuntário, na forma tentada e por atentado terrorista químico!

Para compensar toda a minha frustração de não ter visto o convívio, fui até ao Castelo de Almourol e tirei algumas fotos! Na vinda do Castelo, encontrei um peregrino, quase cego como eu, que penosamente subia a escarpa!
-“Quer o meu cão?” Ofereci.
-“.Não. Obrigado. Cães há muitos. O que eu queria era apanhar o cão que me convidou para o convívio e não apareceu. Matava-o.”

Mais um descontente, pensei. Enganar os outros é o que está dar.

Nota do rerpórter. O director do “Criminoso” não me pagou as despesas, porque, disse ele, esta reportagem foi de merda, e ele não tinha culpa de eu também ter sido enganado! Resultado: despedi-me. Também vou pedir uma indemnização aos estrangeiros! Um milhão, pelo menos.
...............................................xxxxxxxxxxxxxxxxx................................
Assina: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque ( um repórter falhado, sem emprego)

Morteiradas em Almourol!

Morteiradas em Almourol!

Já adivinhava que algo iria correr mal ... e acabou mesmo!
Como gosto de fazer reportagens, e como colaboro para o jornal “O Criminoso” , pediram-me para fazer a reportagem do “3º Convívio dos Desabafantes e Bloguistas JN”.
Disfarçado de ceguinho, com grandes óculos escuros, e com o meu cão pastor Califa pela trela, lá me meti a caminho, via combóio, em demanda da arena do encontro. Digo arena, porque, segundo informações prévias, iriam acontecer actividades bélicas, com uma brigada estrangeira, do outro lado do Atântico, que viria impor a sua “ordem democrática” aos comunatugas e à turma do funil, assim apelidados!

Chegado ao Entroncamento, para despistar, rumei em busca de transporte fluvial pelo Tejo. Ainda tentei alugar um pequeno submarino, mas o Tejo tem pouca profundidade! Assim, aluguei uma pequena bateira, e lá fomos. Chegados defronte ao Soltejo: restaurante alcantilado na encosta, desembarquei, disfarçadamente, e comecei a deambular pelo jardim. Eu segurando o Califa e ele segurando a mim! Pelos óculos, vi que alguém, de binóculos, nos estava observando! Assim, para que não restasse dúvidas sobre a minha cegueira, preparei-me e....dei grande queda sobre a relva! Logo o Califa começou a ladrar, enquanto eu, às apalpadelas, fazia esforços para me levantar. Senti passos de alguém que se aproximava para me socorrer. Com a sua ajuda levantei-me.
-“Precisa mais de alguma coisa?”- perguntou.
-“Olhe. (isto era para ele, porque eu era ceguinho). Já agora, o senhor pode-me dizer onde fica o Soltejo? É que eu quero lá almoçar!
-“Pois não. Eu levo-o lá”.
Aceitei. O senhor apresentou-me ao gerente do restaurante. Disse-lhe que queria almoçar numa mesa, num canto, sossegado. Assim, arranjou-me uma mesa a um canto. Califa ficou deitado a meu lado, depois de ter bebido água das pedras, porque vinha enjoado, devido aos balanços fluviais! Para mim, pedi um café, dizendo que almoçaria mais tarde. Puxei por um livro, em braile, e fingi que lia!

Embora afastado, percebi que havia um pequeno grupo na sala, que falava inglês americano e também afrancesado. Ainda não eram onze horas, mas pareceu-me que estavam à espera d’alguém. A conversa era sobre temas bélicos. Aqui e acolá, apanhava palavras sobre armamento moderno. Cheguei mesmo a ouvir a palavra “granada diarreica”.
“Such a undeveloped country! Perhaps due to the number of blind men, as this one, sat here”. disse um, enquanto olhava a paisagem
Percebi que eram portugueses emigrados, porque, disse um deles:
“E se os comunatugas não vêm?” Tanto dinheiro que gastámos nas passagens!
São quase onze horas e eles sem aparecerem!
Meu cão estava a ficar muito nervoso. Eu estranhva.
-“Calma Califa, está quieto”, dizia eu, enquanto procurava passar-lhe a mão pelo lombo, para o sossegar, mas sem resultado!

De repente, soltou-se da minha mão, e de seguida ouvi o ranger duma saca pelo chão, e alguém dizer:
-“Leave it”, disse um. “Foda-se pró cão”, disse outro, lembrando-se de puro português para situações extremas. De súbito, pequenas explosões, tipo bombinhas de carnaval.
Rapidamente o ambiente ficou empestado dum cheiro insuportável, até porque todos os presentes, inalando aquele estranho gás, começaram com tosse convulsa intestinal, que mais parecia arremesso de granadas de artilharia dos cristãos contra os mouros do Castelo de Almourol. O gerente, de imediato chamou a polícia. Entretanto, apercebi-me que alguém entrou, dizendo que se chamava Mata e que tinha uma mesa reservada para um convívio.
É ele, pensei. Que não. Que não tinha chegado ninguém, mas que agora tinha que resolver aquela situação, disse o gerente. Realmente, vi que os clientes estavam todos a abandonar o local, devido à contagiante e geral tosse convulsa intestinal.
Vi o Mata afastar-se, puxar pelo telémóvel e falar com alguém.
Entretanto, a polícia, após umas perguntas, a que um respondeu que só queria pôr uns pontos nos is, outro dizia que aquilo era só poeira cósmica, enquanto outro dizia: “ God bless”.. (qualquer coisa) prendeu os donos da saca e partiram para a esquadra. Do carro da patrulha saíam estrondos, tipo morteirada, e um terrível cheiro, que queimava os arbustos da estrada à sua passagem! O gerente, em alta voz, perguntava quem é que iria pagar os prejuízos do dia? Não só os almoços perdidos assim como toda a desinfecção a fazer ao restaurante, devido àqueles estrangeiros, que tinham trazido aquelas bombinhas Ainda se fossem daquelas bombimhas de fazer só ah aha ah ah ah! . O Soltejo também tem quartos. De um deles um casal hóspede, estourando por todos os lados, saltou da janela, devido aos gases inalados, ferindo-se gravemente.

Eu, como eu estava protegido pelos meus grandes óculos, e também devido a uma constipação e estava a assoar o nariz, não foi muito afectado. Só um pouquinho! Apenas notei que comecei a andar mais rápido, porque parecia que tinha o turbo ligado! O Califa, esse já está habituado a maus cheiros humanos e tal situação passou-lhe ao lado.

Do Mata, dos comunatugas e da turma do funil perdi o rasto. Não sei se houve ou não convívio.Depois, passei pela esquadra, e soube que os americanos vão, possívelmente, ser processados por introdução de material bélico ilegal em Portugal e por homicídio involuntário, na forma tentada e por atentado terrorista químico!

Para compensar toda a minha frustração de não ter visto o convívio, fui até ao Castelo de Almourol e tirei algumas fotos! Na vinda do Castelo, encontrei um peregrino, quase cego como eu, que penosamente subia a escarpa!
-“Quer o meu cão?” Ofereci.
-“.Não. Obrigado. Cães há muitos. O que eu queria era apanhar o cão que me convidou para o convívio e não apareceu. Matava-o.”

Mais um descontente, pensei. Enganar os outros é o que está dar.

Nota do rerpórter. O director do “Criminoso” não me pagou as despesas, porque, disse ele, esta reportagem foi de merda, e ele não tinha culpa de eu também ter sido enganado! Resultado: despedi-me. Também vou pedir uma indemnização aos estrangeiros! Um milhão, pelo menos.
.............................xxxxxxxxxxxxxxxxx................................
Assina: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque ( um repórter falhado, sem emprego)

Pintem-no



Esta foto demonstra bem o blá blá dos políticos, que se armam em grandes empreendores de progresso e de modernidade, não digo para as suas terras, porque o autarca em questão não é "nabo" de Gondomar.

Há milhões de euros, todos os anos, para dar aos clubes de futebol, para almoçaradas e passeios, mas para comprar meia-dúzia de latas de tinta, e pintar este "púlpito" de S. Francisco, situado na praça com o mesmo nome, a duzentos metros da Câmara de Gondomar, é que não!

Há mais de vinte anos que não lhe lavam a cara!

Isto não é mais processo crime, nem um pedido, nem uma sugestão, é apenas uma afirmação de que o "monumento" precisa duma mudança de visual, assim como a prória Câmara, a todos os níveis.
Silvino Taveira Machado Figueiredo ( o Figas)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Convívio bloguista

Convívio

Amanhã, dia 15 de Novembro, vai acontecer o 3º Convívio de antigos desabafantes e de alguns dos actuais bloguistas do JN. O primeiro encontro foi em 2006, no Porto, por iniciativa da Filó ( a africamoon), o segundo encontro foi em Sintra, por incitiva do Mata, e o terceiro, por falta d’outro “empresário”, foi novamente Mata que sugeriu este encontro em Vila Nova da Barquinha, perto do Entrocamento!

Estas iniciativas apenas têm por objectivo proporcionar um ponto de encontro, onde os corpos que teclam teclam, escrevem escrevem, tenham um intervalo para falar um pouco, dando-se a conhecer um pouco mais de si. A utopia, inatingível, é que todos que aqui escrevem estivesssem presentes,e se conhecessem, pois assim, posteriormente, ao lermos seus nomes ou pseudónimos estaríamos a ver a pessoa. Tendo um prévio conhecimento e convivência pessoal, os textos teriam uma compreensão mais assertiva por parte de cada um que já se conhecido!

Claro que, num grupo, há sempre quem melhor se identifica com quem, seja por razões políticas, religiosas ou até futebolítiscas, mas um encontro deste género tem a virtude de demonstrar que apesar das diferenças que há entre cada um, há a capacidade de conviver e demonstrar capacidade de tolerância.

Sabe-se que, por experiência, que há muitas fanfarronices, insultos e agressões verbais nos textos de alguns bloguistas. Todavia nem sempre o que parece é!

Não há nada como a presença física e convívio para desfazer muitos equívicos em relação a ideias que doutros temos formado, embora nalguns casos se confirmem! Mas, à partida, quem vai a estes encontros mostra que vai de peito aberto e disposto a contribuir para a sociabilização da espécie humana. Claro que, pelo facto de o encontro ser organizado por A+B logo acusa alguns engulhos à participação de C+D.
Aqui, talvez não fosse má ideia de sugerir que fosse o JN a organizar 1º Encontro Bloguista JN.

Ao JN caberia apenas o trabalho de organizar um bom programa, depois cada um pagaria a sua parte, e deste modo o encontro seria mais dinâmico e mais abrangente.
Enquanto não, amanhã quem quer vai quem quer fica. Além do mais há mais marés que marinheiros, e quem não for desta pode ser que seja para a próxima.

Terei muito prazer de, amanhã, reencontrar caras já conhecidas, e outras que ganharam balanço e resolveram dar-se a conhecer! Ninguém vai perder a face! Acho que vai correr tudo bem! Basta só levar boa disposição, tolerância e bom apetite para conviver.
Comigo vai o Figas, se ainda vier a tempo duma peregrinação ao Monte Tadeu!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sou um pavão!




Sou um pavão,
gosto de me pavonear,
sei andar pelo chão,
mas também sei voar!

Há quem me queira imitar,
mas belas penas não tem,
quando as suas quer mostrar
causa penas a alguém!

Eu não.
Eu sou um pavão,
sou belo,
quem não
reduza-se à sua pobre condição,
ninguém me pode imitar!

Eu ando pelo chão,
mas também sei voar!
.........xxxxxxxxxx...........
Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nada de novo sob o sol

Nada de novo sob o sol!

Desde os primórdios, que o Homem procurou sustento para a sua sobrevivência.
Primeiro foram os frutos silvestres, a pesca, a caça e, já mais tarde, com o desenvolvimento da agricultura, foi a terra que, graças à sua capacidade de produzir bons pastos ou cereais, originou a fixação de povos inteiros durante séculos até à revolução industrial, e esta, com seu desenvolvimento, depressa captou os braços ocupados na lavoura para si e, por arrastamento, para o comércio e serviços. Em escassos dois séculos, a agricultura deixou de ser a actividade principal do pessoal activo passando para as novas ofertas de trabalho, que ofereciam rendimentos superiores e com menor esforço e mais regalias! Pouco a pouco, a terra deixou de ser sinómino de fixação dos povos, tendo então começado os fluxos migratórios em direcção aos grandes centros industriais, situados em vários países, onde a Revolução Industrial florescia, com a oferta de revolucionários produtos para a melhoria do bem estar humano. Hoje em dia, é uma percentagem residual que se ocupa na agricultura, mas que, graças à alta tecnologia, abastece os supermercados dos bens necessários. A grande maioria dos braços activos estão nas áreas do comércio, serviços e turismo!
São as remunerações obtidas nestes sectores que permitem uma vida moderna de ter casa com boas condições; bom salário, férias, subsídio de Natal, ter carro, assegurar a educação dos filhos e acesso à protecção na saúde de cada um e da família, assim como perspectiva de boa reforma! Não mais a tradicional exploração dumas pequenas leiras, mais um porco ou dois, com os respectivos presuntos a defumar numa casa de xisto, sem condições e mais uns alqueires de milho pão garantem a vida moderna desejada.

Os povos, desde sempre, foram imparáveis nas suas migrações. Hoje, assiste-se ao nomadismo de populações africanas emigrarem para a Europa ou para a América. Veja-se a alta pressão dos mexicanos em saltar o muro para os States! Veja-se a pressão dos africanos em invadirem a Europa, por qualquer brecha! Porém, quando a indústria claudica, por acausa de qualquer anomalia, seja por crise financeira ou outra, os povos não se fixam na terra, mas tentam logo migrar para junto de fontes de ocupação que garantam a retoma do estatuto perdido! Porém, não é mais a actividade agrícola que seduz ou que satisfaça as necessidades pretendidas, que vão muito par além da antiga e frugral maneira de viver, quase que sem luxos, porque luxos não havia!
Para a maioria, entenda-se.

Tomei conhecimento, através duma reportagem na televisão, que na Freguesia de Santa Cristina de Longos, Concelho de Guimarães, em quatros anos a população passou de 2000 pessoas para 800, devido ao facto do encerramento de fábricas de calçado e de cutelarias. Estes 60% de população perdida emigrou para Mónaco, sul de França e para Angola. Certo é que não se fixaram na terra! Deram o salto!

Daqui para a frente, com o derrube das fronteiras, com a flexibilidade das leis laborais, com a permanente deslocalização das fábricas (tipo circo itinerante) dum continente para o outro, quase que não mais se justificará perspectivar ter casa fixa, mas sim uma auto-caravana, para trabalhar um ano num sítio, mais dois ou três noutro, e assim sucessivamete, com a casa às costas e com um Magalhães na mão!

Será a circum-navegação laboral de cada português. Ficar na terra a cavar é que não! Navegar é preciso, dirão. Mas será que isto é novidade! Se a malta anda pelo mundo a passear, então não será novidade andar por esse mundo, a "caçar"! Não há nada de novo sob o sol!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-Portugal

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Chove chove, mas vai cá uma seca!

Chove chove, lá fora!
Tanta chuva que cai no chão!
Quem me dera que chovesse,
agora,
amor em meu coração!

Mas, c'um a breca!
Tanta chuva que cai,
mas eu cá com uma seca
que dentro de mim vai!
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Autor deste inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

domingo, 9 de novembro de 2008

Merda poética!

Merda poética

Escrever uma palavra:
Merda, por exemplo!

Pronto,
Fica uma nódoa no papel!
Que chatice!
Não exala belo significado!
Não é poético!
Não liga com nobres ideais!

Porém,
Merda toda a gente tem!

Merda é uma realidade,
E caga-se,
Mesmo sem vontade!

Não há poetas,
Escritores, engenheiros ou doutores,
Reis ou presidentes,
Ou até mesmo imperadores,
E outros mais,
Que não tenham merda de maus fedores,
Como os demais!

Embora com ela não se faça poesia,
Com tanta merda que se faz,
E que há no mundo,
Um dia,
Sim,
Um dia,
A merda deste mundo,
Com seu peso,
Leva o mundo ao fundo!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Desgraça

Desgraça

Há poetas,
que cantam o vazio da esperança,
sem leme na rota do seu navegar!

Há poetas,
que dão voltas ao mar
que dentro de si têm,
mas sem portos para aportar!

Desgraça,
desgraça,
de se ter nascido com tudo
e viver
sentindo que não se tem nada!

Há poetas,
que em busca d'inspiração
olham para as estrelas,
pensando que é delas
que a inspiração vem!

Outros não,
apenas olham para o chão,
e vão-se queimando nas estrelas
que dentro de sim têm!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

Verão

Verão

No Verão,
que calor!
Arfa o meu amor,
sua roupa arregaça,
e seu corpo,
com langor,
é amor em borrasca!

É no Verão,
bem no pino,
que apetece tudo fresco!
Tem saída o pepino
e outros condimentos
no pic nic na praia
e,
noutros doces momentos,
com ausência de saia!

O Verão,
é tempo de gelados,
que frescos se derretem em teus lábios,
que esquecem o Inverno
e me levam ao Inferno!

Ai Verão Verão,
que me aqueces o coração
e me dás alegria,
ao amor poesia
e carregas as baterias!
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Autor deste inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Morar em ti

No silêncio da tua ausência
tu estás sempre presente!
Amor é doce demência
que invade humana mente!

A mente guia o corpo
na busca d'amor eterno!
Sem mente um corpo é morto,
Sem amor é corpo enfermo!

Minha mente não está aqui,
porque ausente daqui agora
está sempre a pensar em ti!

Quando do encontro for hora
parecerá que em ti vivi
como minha mente em ti mora!
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Autor deste inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
PROCURA
Sei que estás a meu lado,
Mas pôe tua mão sobre meu corpo,
Pousa-a em qualquer lado,
Na tua mão quero sentir teu coração,
Deixa que uma estrela a guie até ao almejado,
Até ao meu presépio!
Talvez até digas uma oração,
Nada receias
No teu templo sempre aberto!

Tua mão é afecto!
É movimento eléctrico!
Deixa que uma estrela a guie até ao meu presépio,
Ao encontro das palhinhas!
Não desistas de procurar,
Procura,
Procura entre perninhas,
Um coração a saltar!
.........XXXXXXXX..................
Autor deste inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

sábado, 8 de novembro de 2008

Reflexões filosóficas

DO MUNDO
“Há riqueza bastante no mundo para as necessidades do Homem,
mas não para a sua ambição”- Gandhi.

“O mundo é um palco e todos os homens e mulheres meros actores. Entram e saem de cena e cada um representa muitos papéis ao mesmo tempo”- Shakespeare.

“Não posso saber com segurança o que o mundo é em si, apenas posso saber o que o mundo é para mim”-Hume

“O mundo é absurdo”-Schopenhauer

“O ar e o mundo deixados sem procura, a vida”-Rimbaud

DA RELIGIÃO
“As religiões morrem quando provadas verdadeiras. A ciência é a acta das religiões mortas”-Oscar Wilde”

“A religião é o ópio do povo” –Marx

“Sede fiéis à terra, não deis ouvidos àqueles que vos oferecem esperanças sobrenaturais”.Nietzsche

“A relgião cristã é a verdadeira religião da voluptuosidade”-Nietzche

“A poesia é uma religião sem esperança” Jean Cocteau

DA MULHER
“É a amada, nem tormentosa, nem atormentada. A amada”
-Rimbaud

“A mulher e o homem continuam a ter algo a provar: só não sabe o que nem a quem”
Ricardo de Pinho Teixeira


DA FILOSOFIA
“A filosofia não tem de explicar a natureza, tem explicar-se a si mesma”-Novalis

Despojem as ciências da sua filosofia, que fica?. Terra, ar, água”-Novalis

“Penso, logo existo”-Descartes


“Nada há que eu possa dizer: isto é meu.
“Nada de que eu possa dizer: isto sou eu”-Buda


“A existência precede a essência”-Sartre

“O verdadeiro acto filosófico é o suícidio”-Novalis


DA FELICIDADE
“Felicidade é uma estação intermédia entre carência e o excesso”-Anónimo

“Feliz aquele, cujo presente não é envenenado pela lembrança do passado,
nem pelo terror do futuro”


DOS HOMENS
“O homem é a medida de todas as coisas”-Protágoras

“Os cavalos nascem, mas os homens não nascem, formam-se”-Provérbio popular

“O homem está condenado à liberdade”-Sartre


“Existe uma inocência na admiração:
tem-na aquele a quem ainda não ocorreu que também pode um dia ser admirado”-Nietzche


“É desumano abençoar, quando se é amaldiçoado” Nietzche

“O que somos: actores ou espectadores”- Percy Shelley
“Para sempre-estaremos perdidos e achados na multidão da nossa própia pessoa”
-Ricardo de Pinho Teixeira


DA SABEDORIA:
“Aqueles que julgam saber de tudo são muito irritantes para aqueles que realmente o sabem”-Oscar Wilde

“Nenhum conhecimento válido pode ser ensinado”.Oscar Wilde

“Conhece-te a ti mesmo” –Sócrates

“Saber é poder” -Francis Bacon

“Ser ou não ser: eis a questão”- Shakespeare

“As verdades realmente importantes são pessoais.Só essas verdades são verdades para mim”-Kierrkegaard

“Só sei que nada sei”-Sócrates


DO CASAMENTO:
“Conselho como adivinha
para que os laços não rebentem-tem de tentar corta-los primeiro”-Nietzche

“O casamento significa uma nova e mais alta época do amor.
O amor sociável e vivo”- Novalis

“A filosofia nasce com o casamento”-Novalis

DA IMORTALIDADE
“Nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma” Lavoisieur

“Só o mais forte sobrevive”-Darwin

“Tudo é naturalmente eterno. A mortalidade e a instabilidade são privilégios das naturezas superiores”-Novalis


DO ÓDIO
“O inferno são os outros”-Sartre

“A multidão é a mentira”-Kierkgaard

“Então que vale a eterna criação?
Coisas criadas ao nada reduzir”-Goethe

“Sentir-se-ia um músico lisonjeado pelo caloroso aplauso do seu público se soubesse que praticamente todos eram surdos?”-Schopenhauer

“Quando somos muito fortes, quem recua? Muito alegres, quem cai no ridículo?-Rimbaud
Quando somos muitos maus,que farão de nós?”-Rimbaud

“Quando for eu toda a vossa memória seja aquela que sabe como dar-vos o nó,
estrangular-vos-ei”-Rimbaud


DA GUERRA
“Enquanto a guerra for considerada maldosa terá sempre a sua fascinação.
Quando ela for vista como vulgar, deixará de ser popular.”-Oscar Wilde

“Em tempo de paz o homem guerreiro ataca-se a si mesmo”-Nietzsche

“Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para ele próprio não se tornar um monstro”-Nietzsche

DO SEGREDO
“Querer é sempre poder, o que é excessivamente raro é querer”
-Alexandre Herculano

“Tudo acontece em nós muito antes de ter acontecido”-Novalis

“Deves amar o teu próximo como a ti mesmo, porque és tu o teu próximoSó uma ilusão te leva a pensar que o teu próximo é um outro em relação”-Radharkrishman

“Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”-Provérbio Popular


“Não gosto disso.
-Porquê?.
-Porque não estou à altura.
Já alguém alguma respondeu assim?”-Nitezsche

“Tudo o que eu amo, com asa de espanto, meu amor deixa à superfície das ondas.
Porquê? Porquê?-Verlaine

“Ah, como é tarde! Embora me tenha transformado, sou ainda o mesmo para aceitar a dor de tudo o que o tempo não apaga”-Lord Byron

“Quero viver cada dia como se fosse o último, mas não sei como o fazer”
-Ricardo de Pinho Teixeira


DA SOLIDÃO
“A coisa pior que há na vida não é não ter conseguido: é nunca ter sequer tentado”
-Roosevelt

“As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros”
-Oscar Wilde

“Só estou bem onde não estou”-António Variações

“Quem é que em nome da sua reputação não se sacrificou a si próprio?”-Nietzsche

“Falar muito de si próprio pode ser uma maneira de se esconder a sim próprio”
-Nietzsche

“Sózinho serás nada”-Shakespeare

“O poeta nunca vive, morre aos pedaços”-José Félix


DO PECADO
“Os livros que o mudo chama de imorais, são os livros que mostram a vergonha do mundo”-Oscar Wilde

“Toda a descida em nós mesmos é simultâneamente uma ascenção, uma assunção, um vista do verdadeiro exterior”-Novalis

“Deveríamos estar sempre bêbedos.Só isso importa”-Baudelaire

“Um pecado só o é a primeira vez”- Ricardo de Pinho Teixeira

DA SENSUALIDADE
“O prazer é a única coisa para a qual deveríamos viver. Nada amadurece como a felicidade.”-Oscar Wilde.

“São aqueles que resistem, que mais queremos beijar”-George Michel

“O poeta é um fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente”-F. Pessoa

“Não há um poema em si, mas em mim ou em ti”-Octávio Paz


DA BELEZA:
“No mundo só há um templo: o corpo humano”-Novalis

“É no céu que tocamos, quando tocamos nm corpo humano”-Novalis

“Toda a beleza perde o sey fuor um dia”-Shakespeare

“Para que vives se lamentas a tua juventude?”-Lord Byron

“Atraem-nos mais as canções que não escutamos”-John Keats

“Lembrem-se: é melhor ser uma estrela cadente do que uma estrela decadente”.
-Ricardo Pinho Teixeira

“Se alguém te perguntar o que quizeste dizer com um poema, pergunta-lhe o que deus quis dizer com este mundo”-Mário Quintina

DO AMOR
“O mistério do amor é maior do que o mistério da morte” Oscar Wilde

Coração forte, espírito livre, se se prender o nosso próprio coração, firmemente, aprisionando-o, pode-se permitir ao nosso espírito muitas liberdades; já o disse antes, mas ninguém acredita se já não o souber...” Nietzche

“Aquilo que é feito por amor ocorre sempre para além do bem e do mal”-Nietzche


DA MORTE
“Não leves a vida demasiado a sério; nunca conseguirás sair dela vivo”-Hubbard

“Porque é que haveríamos d eter medo da morte? Porque enquanto existimos a morte não está aqui, e logo que ela vem, nós não existimos”-Epicuro

“Não s epode morrer no meio do quinto acto”-Henrick Bsen

“Relativamente àquilo acerca do que não nos podemos pronunciar, devemos guardar silêncio”-Wittigenstein
“O estado a que a morte nos restitui, é o nosso estado original”-Schopenhauer

“A vida pode ser encarada como um sonho e a morte como um despertar do mesmo”
-Schopenhauer

“O pensamento do suicídio é um poderoso consolo: através dele uma pessoa supera muitas más noites”-Nietzsche


DE DEUS
“ A gota torna-se oceano quando atinge o oceano, a alma torna-se deus quando alcança deus”-Angelius Silesius.

“Deus é o mundo, porque nele vivemos, nele nos movemos e existimos”-Anónimo

“É-se extremamente desonesto para com o nosso deus: não lhe é permitido pecar”
-Nietzsche

“Deus morreu”-Nietzche

“Nietzsche morreu”-Deus

“Onde não há deuses reinam os espectros”-Novalis


DA MORAL
“Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti”-Kant

“Não comeces algo que já sabes como acaba”- Ricardo de Pinho Teixeira


DO CASAMENTO
“Conselho como adivinha
-Para que os laços não rebentem
-tem de tentar corta-los primeiro”-Nietzsche

“O casamento significa uma nova e mais alta época do amor. O amor sociável e vivo”
-Novalis

“A filosofia nasce com o casamento”-Novalis

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Dai-me um sorriso.

Dai-me um sorriso,
que seja de criança
que eu dele bem preciso
na tristeza da esperança.
Quem nos deu a vida
deu-nos lágrimas a chorar,
a cada um sua medida
sem que as possa secar!
Quando uns olhos choram,
deixai-os, deixai-os chorar,
é a tristeza a esvaziar!
Confortai-os com a esperança,
com o sorriso d'outro olhar;
o sorriso duma criança
que faz as lágrimas secar!
........xxxx............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
Oba América

Os de África raptados,
Os que tiveram senhores,
Foram agora libertados
Por largos voos de condores!

Houve tanta, tanta opressão,
Que tornou a mudança urgente!
Nunca haverá livre nação
Se nela houver oprimida gente

Há quem diga que muito te ama,
Mas só te quer duma só cor
E há um Klan que não desarma,

Mas, no céu ha novo esplendor
E nele o arco-íris Obama;
A esperança num redentor.
..............xxxxxxx......................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Reflexões figarianas sobre o casamento

Casamento:
União por um papel para uma vida aos papéis!
Sociedade onde os filhos são aumento de quota!
União de duas vidas para cada um levar a sua!
Jogo onde a mulher apita!
Empresa onde o patrão trabalha para a patroa!
Violação contitucional da intimidade!
Restaurante onde as mulheres engordam sem comer!
No casamento a cama é um parque de diversões com intervalos para descanso!
Acaba como começa: Enfim, sós!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tapete outonal


TAPETE OUTONAL
Na languidês do cair das folhas, uma, que ainda estes dias estava raiada de castanho dourado, bailava, lentamente, amparada por paraquedas invisível, afagada por ligeira brisa como despedida da sua aérea vida, até caír ao chão, juntando-se a outras, que há mais tempo nele jazentes e tornavam o tapete de folhagem mais fofa, mais amortecedora dos meus passos a caminho do rio estreito, com colarinhos pétreos aflorando à superfície líquida; restos de pequenas levadas que levavam água aos moinhos, agora ali abandonados, quais soldados com a farda toda rota ou esburacada. Levadas e caneiros que, antigamente, levavam força motriz às mós geradoras de pão. Agora, apenas moinhos em ruínas e nem mós e nem penados, o que nos faz imginar vidas muito penadas! Os únicos caseiros, agora são o silêncio e o mururar das águas, correndo ao apelo distante da sua foz. Folhas outonais, secas no seu castanho dourado, boiavam, quais barquinhos de brincadeiras infantis!
Quantas toneladas de farinha para pão, durante séculos, foram moídas naquelas mós daqueles moínhos?
Quantos biliões de folhas caíram, bailando na doce aragem outonal, navegando nas águas a caminho da foz? Tirei fotos. Regressando a casa, sentindo-me inverno, num casulo de casca de nós, vogando, vogando no sonho e imaginando chegar à minha foz, e depois, (quem sabe?) chegar ao mar da serenidade.

Tapete outonal!

Na languides do caír das folha! Uma, que ainda estes dias tinha seu verde raido de castanho dourado, aogora, em lento baile, sem paraquesa, apenas afagada por leve aragem, como despedida, até pousar no chão, e acrescentar mais um ponto no tapete de folhage, cada vez mais espesso, o manto amortecedor dos meus passos que levavam ao estreito rio

sábado, 25 de outubro de 2008

Paraísos!

PARAÍSOS!
As acções eram boas!
Mas,
Afinal,
Eram só boas da boca para fora,
Pois as que tinham milhões de valor nominal
Valem apenas uns tostões agora!

O nosso mundo
É um mundo de mentira,
Mente com deuses,
Mente com dinheiro,
Pois é só com a mentira
Que mais lucro se tira!

O Homem inventou o Paraíso no céu,
Mas,
Por este estar muito longe,
Inventou na Terra uns quantos mais,
Onde guarda a avareza que tem
Chamando-lhes paraísos fiscais!

Dizem que a crise financeira
Para o mundo é uma grande desgraça
Mas,
Talvez seja uma maneira
De o Homem regressar à terra;
Sempre a sua maior riqueza
Em todo o tempo que por ela passa

Tudo o resto são só ilusões,
Loas que os homens deitam pela boca fora,
Pois o que diziam antes valer milhões
Vale apenas tostões agora!

A terra continua na mesma,
À nossa espera,
Só ela riqueza gera!

Eternamente enganado
Quem espera enriquecer,
Da noite para o dia,
De cú sentado!
Acreditando em loas!
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Autor: Silvino taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL
BOLSOS DO DESESPERO
Nascemos e logo nos vestem roupas,
Mais tarde com bolsos,
De carapins passamos a usar sapatos,
E até botas!
E de bolsos para lenços
Passamos a usá-los para notas
E a viver tensos!
Deixamos de ser meninos
E passamos a cretinos,
A querer contas no banco
E que acções rendam outro tanto!

Mesmo os poetas,
Que cantam o amor,
A lua, o céu e as estrelinhas,
Não desdenham que seus versos
Lhes tragam umas notinhas!

Os bolsos,
Que na roupa estão,
Com eles temos de viver
E dão-nos a preocupação
De os querermos encher!

Com boas acções ou más?
Depende das notícias do vento
E das novas que ele traz!

O ponto fulcral
Dos nossos anseios,
É que nossos bolsos,
Às roupas cosidos ao colados,
Andem sempre cheios,
Senão andamos nós,
Vazios d’esperança,
Desesperados!

Resta-nos o conforto
De termos nascidos nus, sem nada,
Sem bolsos para notas,
E embora morramos vestidos,
Com bolsos à roupa cosidos,
Sabemos que os levamos vazios,
Porque, mesmo cheios
Não mais abrem portas!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (o figas de saint pierre de lá-buraque)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tradição

TRADIÇÃO

O Homem não se veste como se vestia!
Não dança como dançava!
Não come como comia!
Não canta como cantava!
Não feira como feirava!

O Homem não mantem tradições!
Muda-as como cada sol poente!
E nas várias evoluções
De selvagem julga-se gente!

Mas,
Se tudo muda!
Se tradição só é enquanto dura,
Coisa que o Homem não descuida:
É amor no que procura!

O amor é a maior “tradição”,
Que na vida,
No coração impera e tudo gera!

O amor é um rio
Que corre dentro de nós
O coração é um navio
Que noutro quer sua foz


Só a tradição do amor é permanente,
Imutável,
Nasce no coração da gente,
O resto é variável;
Até na tradição de se fazer gente!

Mas nada substitui a tradição do beijo,
A felicidade do enlace,
E a satisfação do desejo
Que dentro de nós nasce!

O Homem altera tradições do corpo,
Do coração................ não!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
SPA 15727
18/10/2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O fim da iniciativa privada

A morte pôe fim à iniciativa privada do corpo
e integra-o na lembrança colectiva da alma!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ÀS ACTAS COM O MAGALHÃES!

ÀS ACTAS COM MAGALHÃES
Numa pesquisa, sobre o Concelho de Ourém, tive a satisfação de ver que a Câmara tem à disposição de todos o acesso às Actas das suas Reuniões Ordinárias, Públicas e Extraordinárias. Extraordinário é este exemplo de transparência informativa!

É um exemplo a seguir. Sugiro, que o Governo, na senda do Simplex, crie um site oficial, onde, obrigatóriamente, constariam as actas das reuniões das Câmaras portuguesas, assim como as das Assembleias Municipais .
Deste modo, além dos munícipes, todos os demais, a qualquer momento, poderiam ficar a saber o que foi dito e decidido em cada reunião. Saber, por exemlpo, as casas de arrendamento social atribuídas, indevidamente, a funcionários camarários, e outros, tanto de Lisboa como de Gondomar!

Curioso que a Assembleia Municipal de Lisboa tem as suas actas publicadas, mas o mesmo não acontece com as actas do Executivo!
Por que será?

Atendendo à tentação de muitos autarcas, com rabos de palha, terem mito a esconder, tal medida não interessa, mas há que avançar nesta área.

Este Governo, tem tido mérito nos avanços tecnológicos da sociedade portuguesa e na sua administração pública.

Navegar na informática é preciso, tanto mais que agora até temos o navegador/computador “Magalhães”! Toca a zarpar.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Rua das Bocas, 880
4510-204 S.Pedro da Cova
Gondomar

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mais Poder aos Estados

Mais poder dos Estados!

Aí está, como não podia deixar de ser, o reforço da intervenção dos Estados numa economida pseudo-liberal. Digo pseudo, porque se fosse verdadeiramente liberal sofria as consequências dos seus actos! Por que é que não deixam a iniciativa privada sofrer as consequências? Se é por causa das consequências sociais, então os Estados foram os responsáveis de a situação financeira ter chegado a este ponto. Agora é o aqui del-Rei!

Quer queiramos ou não, aos problemas globais deve-se responder com soluções globais, que nunca virão dos interesses privados, mas sim da concertação entre Estados, a quem compete ter um visão global das situações. A Liberdadeé um bem sempre reivindicado por cada indivíduo, porém o seu mais que provado egoísmo leva à intervenção do colectivo, que zela pelo interesse comun, limitando o interesse de cada unidade!

A experiência diz-nos que se deixarmos ao critério individual o uso dum bem ou o gasto dum produto, logo se instala a indisciplina e o egoísmo duma minoria, em prejuízo dos interesses da maioria.

Desde que o Homem é Homem, este logo viu que a sua vida estava limitada e subordinada às condições ambientais, e a sua sobrevivência dentro das condições naturais impostas. Mesmo nesses recuados tempos, a disputa da pesca, da caça, dos pastos e das águas, levava a muitas guerras e desentendimentos, na busca da maior harmonia possível.

Se pegarmos no exemplo relgioso, verifica-se que há expressões comuns dos crentes em vários Deuses; Deus, Alá, Jeová, Buda, que vivem em Igrejas, Mesquitas, Sinagogas e Pagodes. Elas são: “ Deus assim quer”, ” Deus assim o quis” “Deus é Grande” “Foi a vontade de Deus”, “São os desígnios divinos”etc. etc.
Ora, sendo assim, os crentes vivem apenas uma autonomia dentro duma vontade suprema! É assim para as almas. Para os corpos, a sua socialização e comportamentos sociais, são determinados pelos Estados, (separados das igrejas) que impõem leis e regras para ser cumpridas.

A actual caminhada para globalização, com o derrubar de fronteiras, com o comércio livre, circulação de pessoas e bens, em cada vez maiores espaços, leva à necessidade de regras comuns a eles aplicáveis. Aos acordos já conseguidos no âmbito da OMC e Ambiente, a actual crise financeira, iniciada na América, e rapidamente propagada a outros continentes, já está a levar ao reconhecimento da necessidade duma resposta global aos globais problemas, já se verificando as reuniões entre os Estados principalmente afectados, para uma acção comum, com regras que visam evitar a plena derrocada da economia liberal, que levou à falência do sistema financeiro, embora os seus famosos gestores tenham sido principescamente recompensados e sem que, agora, lhes aconteça nada!
Deviam ser presos durante uns anos, ficarem sem nada e viverem apenas do rendimento mínimo. Proponho eu.

Num futuro próximo, o grupo do G8 e do BRIC, têm de caminhar rapidamente para políticas comuns nos diversos domínios críticos para a Humanidade: Ambiente, Energia, Recursos Hídricos, Pescas, Política Agrícola, Saúde e Sistema Financeiro.
Estas são áreas que, que infalívelmente, têm de estar sob alçada dos Estados e nunca sob a cupidez dos interesses privados, que, como é sabido, só têm o interese no lucro imediato, não no bem estar social!

Torna-se evidente a necessidade de refrear a tendecial predominância da economia sobre as políticas que afectem o bem geral. A política deve predominar sobre todas as áreas principais da economia e a ela impor-se, claramente.
A história mostra que se passou de absolutismos para a participação democrática do povo em alguns Estados, embora estes, numa primeira fase, fechados sobre si mesmos, mas lentamente foram-se abrindo e a outros agregados para políticas comuns, de mútuo interesse.

Os cidadãos de cada nação estão a ganhar uma consciência mais universal e tendem a perceber que não podem decidir sózinhos sobre matérias que afectem terceiros.
A Democracia, que alguém disse ser o sistema mais perfeito dos imperfeitos conhecidos, será uma prática universal, e o voto do cidadão contará para um governo mundial, não só para a sua nação (reduzida a uma pequena unidade do sistema).

Deixará de haver emigrantes e imigrantes, porque o sentido territorial desaparecerá.
Apenas haverá fluxos migratórios! Aliás, como desde sempre, as populações deslocar-se-ão para onde ocorram factores que proporcionem a sua sobrevivência.
Ninguém se desloca para o deserto, em busca de fartura d’água.

No plano religioso, também muito há a fazer para o entendimento entre todos os Deuses, para que deixem de dar o mau exemplo de andarem à “batatada”!
Afinal, Deus não é só um? Embora cada um tenha o seu!
Para quê tantos dueses se o Céu é só um?

No meio disto tudo, na alhada em que estamos metidos, resta-nos a expressão “Deus assim quer”. Mas qual Deus?
Bem precisamos dum Deus único que una, e um Governo Global que governe!
Ah, a a Liberdade? Mas qual Liberdade?

Vá lá, toca a pagar a Deus o que é de Deus; o Dízimo, e ao Estado o que é do Estado; Impostos. O Estado tira mas dá alguma coisa; as regalias sociais, por exemplo.
Já Deus, há séculos que, através dos seus representantes, recebe as “oferendas”, mas há séculos que não deixa cair Maná do céu! Estará esquecido? Nestes tempos de crise era bem preciso.

Deus, dizem que está em todo o lado, já o Estado, cada vez mais nos vigia por vídeo-vigilância, por GPS, por radares, por escutas, etc.

Não tarda que cada bebé, após nascimento, logo no corpo receba um chip do Governo, para controlo social futuro! Na alma, ele já vem com um chip de Deus. Dizem!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Rua das Bocas, 880
4510-204 S.Pedro da Cova
Gondomar

domingo, 12 de outubro de 2008

Somos folhas, somos gente!

Somos folhas verdes de Primavera,
despontamos de árvores invernosas,
agarramo-nos aos ramos da quimera
e fazemos sombras esplenderosas!

Somos gentes,
como folhas de diferentes côres,
fazemos paisagens diferentes
como fazem diferentes flores!

Somos gente,
como folhas dos ramos da vida!

Brotamos de troncos e hastes,
e de cada raíz renascida!

Quando em nós há desbastes
noutras folhas fica a vida,
novamente!

Afinal,
somos folhas,
somos gente!
...........xxxxxxxxxx...........
Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

PRÉMIO DO AMOR

Nascer é a primeira jogada
do jogo da vida,
depois somos prémios,
somos jogo,
jogado no casino do tempo todo,
com muitas portas d'entrada
e poucas de saída!

Jogamos parados,
jogamos a correr,
jogamos de nós emigrados,
jogamos no viver
a este jogo amarrados!

Vivemos na ilusão de ganhar!
Ninguém joga para perder!

A Terra é um grande casino,
com prémios principais:
saúde,
dinheiro,
amor e glória,
é à volta destes prémios
que as jogadas das nossas vidas
fazem história!

Nascer é a primeira jogada
do jogo da vida,
depois somos prémios
ou apenas prejuízo a vida toda
quando dela já saída!

Porém,
nesta vida de apostar,
só há um vencedor,
é quem dos prémios maiores
ganha o prémio do AMOR!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

sábado, 11 de outubro de 2008

Não quero ser maior.

Não,
não quero ser maior.

Do tamanho que sou,
por vezes sou um engano.

Eu só quero ser eu,
ser da minha altura;
do meu tamanho.

Da minha altura não quero ter tonturas.
Da minha pequenês não quero rastejar.

Eu só quero ser eu
aonde puder chegar,
porque,
vendo bem,
qualquer um pode chegar bem alto
com a altura que tem!

Eu só quero ser eu,
com a altura
ou a pequenês que tenho.
Com uma chegar ao Céu
ou com outra ao Inferno.
.............xxxxxxxxxxxxxx.............
Autor deste inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A fé e seus actos comerciais

A FÉ E SEUS ACTOS COMERCIAIS

Sei que este assunto é melindroso, e que muitos, após algumas linhas lidas, vão-me apelidar de hereje, de comuna, de ateu e quejandos, mas eu ralado. Cuidado. Não pequem.

Então é assim: o Homem é um ser sem Fé e o que ele chama de Fé é um mero acto comercial. O que faz, à semelhança do que tenta fazer com o ambiente, é moldar os deuses aos seus desejos e inventar rituais pata mitigar sua má consciência!

As relações entre homens e deuses é uma normal relação comercial, não de Fé. Todo o folclore à volta dos rituais, que além dos dogmas vão mudando por vontade dos homens, mais não são que demonstração de obediência colectiva perante teólogos e teocratas, que de religiosos nada têm, mas sim apenas pastores que tentam perpétuar a obediência das ovelhinhas e determinar os tempos da tosquia da sua lã financeira!

O acto de fazer oferendas aos deuses não é mais que uma tentativa de suborno, para que faça chuva, para que faça sol, para livrar um filho da tropa, da doença, para que o seu clube fique campeão, para que saia o euromilhões, a lotaria, não perder nas acções, etc.

Depois de muito oferecer, de muito rezar, de pedir a todos os deuses e santos, então se acontece algo considerado milagre, os deuses ou seus representantes recebem o prometido, caso contrário nickles, provocando descrença e o rogar de pragas aos deuses, que não atenderam os pedidos dos suplicantes. Há ainda a parte comercial de comprar bulas e indulgências para ter o acesso facilitado ao Paraíso! Há ainda quem, fazendo promessas, paga a terceiros para as cumprir em seu lugar. Há os que, tendo dinheiro, morrendo um familiar encomendam muitas missas (mau sinal) para que o defunto tanha as boas graças divinas, não vá Deus (já um puco velhote) o esquecer!

Eu ainda sou do tempo em que, em Gondomar, quando morria alguém, com posses financeiras, com “pilim”, para impressionar sua dor pela partida do defunto (que até podia ser um bom estupor) contratavam um grupo de mulheres carpideiras, que se ponham em altos gritos de pesar aquando do levantamento do caixão! Tudo isto, acompanhado dum numeroso grupo de meninos órfãos, vindo do Porto, de capa negra e cabeça rapada, para dar um ar de grandioidade da alma que partia!
Conclusão: Se houver dinheiro compra-se o céu!
Por isso digo que a Fé e seus actos folclóricos são meros actos comerciais.

O pessoal confessa-se e recebe a extrema unção, pensando que vai bem lavadinho de alma e bem perodoado dos pecados. É como uma firma que pede uma auditoria às suas contas, que no final diz estar tudo certo, mas depois vê-se que houve muita trafulhice e os seus gestores vão presos!
Quantos não irão daqui, com certificados de garantia de vida santa, direitinhos para o Inferno, se é que o há! As suas pseudo boas acções não têm qualquer valor na bolsa celestial!




Só para efeitos exteriores, e como acto de subimssão, os homens gostam de dizer, em relação ao divino, “Seja feita a vossa vontade”, porém o que gostariam é que fosse feita a vontade humana, porque pensam que os deuses devem servir os homens, não o contrário.

O Homem, ao longo da história, tem criado milhares de deuses e de religiões do tipo usa e deita fora.. Para correcção de comportamentos imorais e não éticos e na impossiblidade das ameaças dos castigos humanos, mesmo se a pena de morte não bastar, então recorre às imaginárias penas eternas, decretadas por imaginários deuses!

O caso ainda ficou mais agravado com a vinda de Cristo, dizem que um deus feito homem, que ensinou o venha a nós e o perdoai-nos senhor. Ou seja, o pessoal pode fazer todo o tipo de asneiras, porque há sempre um deus que perdoa!
Além do mais, se realmente os teolólogos e teocratas acreditassem no que pregam, e passasem da teoria à prática, seriam os mais humildes de todos nós, sem o capitalismo e ostentação evidenciados e sempre encostados ao poder!

Como este assunto é muito delicado, esta é apenas a minha opinião. Só concorda ou acredita quem quizer. Não me importo que acreditem em deuses, mas não me obriguem a acreditar. Eu só os cumprimento.
Cumprimentos do Figas (boa pessoa, mas que não vai muito em tretas. Também, tenho a minha)
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

quinta-feira, 2 de outubro de 2008



No meu dicionário diz que Economia tem, entre outros, os seguintes significados:

"moderação nas despesas; a arte de poupar; que se vai juntando; por ter sobejado dos gastos de cada um;

_política: a ciência que se ocupa das regras que dizem respeito à produção, distribuição e boa administração dos bens dum país (da América? pergunto eu)
_
doméstica: conjunto das regras e preceitos que taratam da administração dos bens de cada um, em ordem ao seu bem-estar particular"

Ora se Economia é a arte de poupar, acho que devemos mudar o nome para outra coisa qualquer, talvez para "Despesia", que, perante tanta agressividade do compre compre e pague depois, transformou os adultos, pois que agora a arte é gastar gastar e portam-se como crianças no supermercado a pedirem aos pais montes de chocolates e brinquedos, sem querer saber se os pais podem ou não pagar. Hoje vive do crédito, não das poupanças. Economia é que não é, de certeza.

A foto está, como a Economia, de pernas para o ar e quase que não se percebe!

Talvez esta crise tenha sido didáctica. Vamos lá ver quem aprende.
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Silvino Figueiredo
Gondomar

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Andando por aí

Quando saio por aí
encontramo-nos
eu podia ser um de vós
podia ser tudo o que não sou
a caminho do que serei.

Quando saio por aí
não levo espelho
vejo mundo que do mundo ri
sem em seu olho ver chavelho!

Quando saio por aí
vejo quem sofre
quem chora
quem ama
vejo corpos que são ricos
mas com alma de pouca fama!

Quando ando por aí
ver o mundo bem tento
quase que de tudo já vi
só me falta ver por dentro!

Do mundo muito sei
do mundo muito exploro
saber de tudo minha humana lei
enquanto de mim ignoro!

Quando ando por aí
e encontro um de vós
um do outro sempre se ri
enquanto outro se ri de nós
e dou comigo a perguntar
se quem ri se ri de si!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mudanças!

MUDANÇAS
Desde que o Homem é homem ele muda e provoca a mudança.
Cada geração assiste a mudanças.
Com a minha idade, dou comigo a constatar como as coisas, em apenas um século, mudaram tão aceleradamente!

As mulheres deixaram de andar vestidas até aos pés, raparam buços, pernas e sovacos, passaram a usar mini-saia, depois calças, depois calções, bikinis e até já se faz nudismo, legalmente! Os homens vão pelo mesmo caminho!

O pessoal da plebe andava vestido com gangas, com umas chitas, e todo remendado! Hoje quase só se usa roupa de marca e muda-se de roupa em cada estação, só porque em poucos meses se deixou de usar um modelo ou uma cor!

Passou-se do transporte a cavalo ou de carro de bois para os automóveis e tractores. De barcos de três ou quatro mastros, passou-se para paquetes para milhares de passageiros ou cargueiros de 300 mil toneladas!

Ainda tenho na memória do chiar dos carros de bois, vindos do mato, carregados com o dito, para os quinteiros das casas de lavaoura, onde era um fedor que tresandava! No rez-do chão eram as cortes e por cima os quartos! Imaginem o “cheirinho”.

A malta, após a segunda grande guerra, ainda ia para a escola descalça, de socos ou chancas, com meia dúzia de pequenos livros na sacola e um papo seco, que (mesmo seco) na minha terra é chamado de molete, para o lanche, que, mesmo assim, era dividido com quem não levava nada!
Era a época do racionamento. Açucar, do pão, bacalhau e azeite, não eram para todos! Era a famosa época duma sardinha para três!
Comia-se tudo o que vinha ao prato. Hoje, dá para sorrir quando se vê as exquisitices perante a fartura existente. Lembro-me dum tio meu, que na guerra, cheio de sede, até tentou beber urina de cavalo. Porém, era cerveja demasiadamente salgada! Não é novidade para ninguém se disser que no deserto, com fome, até os ratos eram comidos pelos militares! Diziam que eram um bom petisco. Aliás, os árabes dizem que os gafanhotos são os camarões do deserto!

Passou-se da lousa e lápis de ardósia para as máquinas de calcular e dos computadores, dos telefones fixos para os móveis e net de banda estreita para a larga.
Deixou de haver a iluminação a azeite, a petróleo e passou-se para a electricidade e todos os desenvolvimentos que esta proporcionada à moderna electrónica.

Passou-se de andar a pé para se andar de automóvel, de avião ou até ir à
Lua!

A economia local e nacional deu lugar à economia global, com os negócios a desenvolverem-se via internet, assim como pagamentos, trasnferências e conferências pela mesma via, também é utilizada para tele-medicina!

O desporto era correr, saltar, jogar à bola, pouco mais!
Agora há todo um leque de desportos normais e radicais.

Do namoro normal, que levava ao casamento, passou-se para o namoro permanente sem casamento! O pessoal junta-se e desconjunta-se. Tipo leasingou ALD (aluguer de longa duração)

Na música deu-se o salto da roda arrendonda a saia, dos malhões e dos viras acústicos, para a música electrónica, com novos ritmos e toda a gente a sambar músicas hodiernas.

Passou-se do tempo de trabalho de sol a sol, sem férias, para as dez e oito horas diárias, de segunda a sábado, até se chegar à semana inglesa, francesa, etc.

A remuneração deixou de ser à semana (por vezes só se trabalhava três dias) para a remuneração ao mês, sendo que agora trabalha-se onze meses, mas recebe-se catorze!

Antes o pessoal tinha a noção da poupança. Quase que não havia bancos e guardava dinheiro no colchão, nas meias, no quintal e só comprava o valor de dez quando se tinha os dez, vinte ou cem! Agora, tem contas em muitos bancos, tem muitos cartões e no fim do mês também muitas prestações!

Dos fidalgos que dominavam o poder, este passou para as mãos, não de quem tem mais lanças e espadas, mas sim mais notas!

Antes fazia-se um empréstimo para compar coisa básicas.
Hoje pede-se empréstimos para pagar dívidas de futilidades.



Antes, a felicidade era ter de comer, beber, de vestir e ter uma casinha.
Hoje a felicidade moderna é ter casa com piscina, casa de férias, carro, cartões de crédito e um cãozinho ou gato para levar a passear e estar a par do jet-society.

Passou-se das simples grafonolas ao rádio, de simples difusão de notícias, à televisão e suas centenas de estações, que nos metralham com informação de toda a espécie, com “pacotes”, telenovelas, futebóis, do faça você mesmo, políticas, concursos, corridas de fórmula um, campeonatos europeus e mundiais disto e dquilo, além dos jogos Olímpicos.

Um vida de mais recato deu lugar a uma de mais espalhafato, com concursos de misses e de machos!

Do vinho da pipa e à caneca, passou-se à garraja de marca, (com rótulos que são autênticos poemas, na descrição dos diversos sabores) donde se verte , elegantemente, uma pequena porção num copo, e muito se cheira antes de se beber, ao contrário do antigo esvaziar da caneca num só trago!
Agora discute-se marcas. Antes era apenas tinto ou branco, com o copo ou canecas cheias. Passou-se das tradicionais sopas aos finos consumés!

Passou-se dum tempo em que quase não se abria a boca., do come e cala, para as amplas liberdades de até se falar de mais. Hoje contesta-se, contesta-se, fala-se, fala-se, fala-se, com greves e greves, porque os patrões são muito “amigos” dos trabalhadores ou colaboradoes, mas muito mal compreendidos! Coitados!

Isto não tem nada de extraordinário. A mudança será cada vez mais veloz, como o antigo e ronceiro combóio deu lugar ao TGV, e o lento aeroplane ao avião supersónico. O que é de admirar é tanta mudança em tão pouco tempo!

Antes arranjava-se emprego para toda a via. Hoje, o ritmo de mudança é tal que toda a vida é feita de mudança!

Das firmas nacionais passou-se para as multinacionais e transnacionais!
Os trabalhadores, que antigamente moravam perto dos empregos, tem têm de viver em roulottes para acompanhar as deslocalizações, impostas pelas grandes empresas. Aliás, passou-se da designação de trabalhadores à de colaboradores a termo ou a empresários a recibos verdes e sem garantias!



Duma crença num deus único assistiu-se a muitas ramificações de religiões e seitas, embora todas ela cobrando seus dízimos, para garantir a subida ao Paraíso, e dum Papa fixo passou-se a um papamóbile e missas por rádio, telisão e internet. Não me admira que (esta é uma previsão minha) o pessoal adquira, em qualquer supermercado, hóstias previamente benzidas pelo Bispo de cada diocese e as traga para casa. Em escutando ou vendo missa, via rádio ou TV, chegando ao ponto da comunhão, o crente tome a hóstia em sua mão e recatadamente a digira, acompanhada dum bom vinho, também comprado e previamente benzido!


Antes, as mudanças, que as havia, eram lentas, com séculos e séculos com o mesmo visual, com o mesmo tipo de barcos sobre o horizonte.
Hoje há as lanchas voadoras! Navegar à vela é só para sonhar!

Na medicina passou-se do uso normal do cajado como apoio às modernas próteses de mamas, dentárias, de pernas e braços, aos transplantes de corações, de rins, olhos biónicos, injecções de silicones, mudança de visual, etc, etc. Até já se consegue fazer clones de animais. Não tarda que seja de seres humanos. Só falta fazer de cada quarto de banho uma fábrica de perfumes, com transformadores ambientais aplicados à saída de cada ETRS (estação de tratamento de resíduos sólidos, mais conhecido como “Óbdeguinus”)

Na guerra, passou-se dos cavalos, lanças e espadas aos canhões, tanques, aviões e bombas atómicas teleguiadas!

Se as pessoas, que viveram há cem anos cá viessem, ficariam cem anos
de boca aberta!

Para terminar, confesso-me adepto da mudança, porque o Mundo é o que o Homem quiser! Além do mais o que era ontem já não o é hoje. Nem o Sol é o mesmo! Até o dinheiro, que parece estar seguro nos bancos, de repente não está!

Considero-me um priveligiado, porque assisti a estas mudanças. Meu bisavô viveu conhecendo o trivial da sachola, da enxada, das ceroulas, do uso do chapéu, do bigode, como seu pai. As mulheres também o usavam, além das saias até ao chão!

Se meu bisavô cá viesse seria mais um homem-estátua de espanto perante tanta mudança e por ter um bisneto, que é um espanto

domingo, 28 de setembro de 2008

Amor de Estado

Os pais tendem a ser conservadores em relação aos filhos, que tudo querem fazer sem ou com a mínima interferência dos pais!
Porém, quando as coisas correm, então aqui-delrei, meus paizinhos, acudam.

Na economia, perante esta situação de descalabro financeiro,
com graves consequências económicas, consequência de políticas liberais, neo-libeirais, ultra- liberais, em que ninguém quer que o Estado meta o nariz. Mas, tal como os jovens irresponsáveis, perante tanta asneirada, sem que o paizinho Estado os vigiasse, com rédea curta, agora o Pai-Estado têm que controlar os “meninos” e mostrar o amor de Estado a seus filhos, protegendo-os! Contudo é uma vergonha para a família, (Estado) que pensava que seus filhos tinham boa educação, eram sérios e honestos e que auto-regulavam, que auto-bem se comportavam, mas afinal só deram vergonhas! Agora, quem defendia os liberalismo, a liberdade sem controlo, tem a vergonha (terão) de pedir ao Estado que lhes pague as dívidas. Ora , os Estados, lá terão de dar uns açoites nesses meninos sem vergonha, que fizeram gestões danosas com os fundos alheios, mas ganharam milhões com prémios de boas gestões e andaram na boa vida!
Isto é surrealista, mas é o mundo que temos. O dilema é eterno, querer ser livre, com iniciativa privada e individual, mas sem querer prestar contas a ninguém ou estar totalmente controlado pelo Estado que coarta ou muito limita a iniciativa individual.
Como tudo e como sempre, no meio é que está a virtude.
O que aconteceu na América veio demonstrar que aqueles que pensavam que era a Economia que comandava a Política enganaram-se, pois este episódio evidenciou que o poder político (o Estado) tem de controlar, mais duramente, o sistema
finaceiro-económico e não estar à espera que as tais entidades reguladores independentes (que não regulam nem são independentes) só actuem quando o roubo já está feito ou quando a casa já está ardida! Precisa-se de mais prevenção. Acho que os paladinos das privatizações, que tudo querem privatizar: saúde, reformas, seguros, transportes, bancos, água, luz, energia, etc, vão-se calar por umas décadas. Por agora, os tais “meninos mal comportados” que deram desgostos a quem neles confiou, só querem que os paizinhos (os Estados) m,sotrem o seu amor e nacionalizem os bancos para pagar as asneiras por eles feitas.

Após o 25 de Abril, “os ricos que paguem as crise” era um slogan do MRPP ( Movimento Revolucionário de Proletariado Português, do Arnaldo Matos; o “Educador do Povo”!.

Acontece que, mais uma vez é o Povo que paga as crise!
Mais uma vez se justifica o adágio popular:
-“Quando o mar bate na rocha quem se lixa o mexilhão”
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(estudioso de hipocrisas humanas)
Gondomar-Portugal

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Entrevista (fictícia) do Figas com Valentim Loureiro



Nota prévia: A entrevista que se segue é pura ficção, porque apenas relato dum sonho, no qual sonhei as perguntas e respostas. É como diz o Major: “é tudo ficção”.
O autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

“ENTREVISTA DO FIGAS COM VALENTIM LOUREIRO.
Figas- Em 1993, logo que veio para Gondomar, o jornal EXPRESSO, numa reportagem, denunciou o seu passado duvidoso na tropa, que levou à sua expulsão do Exército; o caso das batatas e outros. O senhor disse que iria processar o jornal, mas não o fez. Quais a razões?
Major-Sabe, senti-me incomodado com tantas mentiras, mas acabei por achar que não valeria apena incomodar-me! Afinal, eu até fui promovido a Major. Isso mostra a minha inocência e os altos serviços prestados à Pátria . Além do mais, sou tolerante!

Figas- Ganhou alguma experiência no seu serviço militar?
Major- Ó se ganhei! Convivi muito com o meu amigo Nino. Daí resultou ter adquirido muito ”esperto no cabeço” e alguns truques de magia negra, que mais tarde vim a aplicar na política!

Figas. Chegou mesmo a ser Cônsul da Guiné?!
Major. -Sim. Gostei sempre de estar ligado ao nosso antigo império. Gosto muito de cooperar.

Figas- Em Gondomar há vinte um arruamentos com o nome de D.Miguel –O Absolutista-. Identifica-se com o miguelismo e o seu absolutismo?
Major-Não.Eu sou um democrata. Gosto que os outros façam o que eu quero, convencendo-os com as minhas palavras, não com armas.

Figas- A sua ascensão política levou a que os seus inimigos digam que as armas que usa não são legais.
Major-Mentira. As minhas armas são todas legais. Simplesmente uso-as numa melhor estratégia de ataque e defesa!

Figas- É acusado, enquanto dirigente da Liga de Futebol Profissional de exercer o magistério de influência junto dos árbitros e outras instâncias.
Major-Não senhor. O que acontece, sendo eu uma pessoa muito simpática e afável, é as pessoas gostarem de me agradar. Nada mais. Não tenho culpa de ser assim.

Figas-O senhor gosta de impor a sua autoridade, do género do “sabe com quem está a falar?” Acha-se acima da lei?
Major-Quem? Eu? Não. Repare que eu até estou a correr o risco de ir dentro!
Logo não sou mais que os outros?

Figas.- Gosta do xadrês?
Major.- (aqui o Major sorriu)) Não. Gosto mais de peões em carne e osso.

Figas.-Nas últimas eleições,ficou por esclarecer a desistência de um eleito na sua lista, que deu lugar a que uma sua filha entrasse para vereadora! Não acha pouco ético, numa República haver uma gestão camarária tipo familiar, a adivinhar uma sucessão monárquica?
Major.-Não sou eu que faço as leis. Se é permitido, não sei por que razão não hei-de ter o aconchego familiar nas decisões difíceis, com a maior transparência, que tenho que tomar! Aliás, nós convivemos muito e aproveitamos para discutir os assuntos em família.

Figas.- Depois de ter abandonado o Boavista e de o ter entregue a seu filho, que deu no que deu, caso não possa recandidatar-se à Câmara pensa propor sua filha?
Major: Nem sempre os filhos saem ao Pais. Realmente, meu filho não deu conta do recado, mas tal não significa que um dos meus não saia a mim.

Figas.-Acha que o caso do “Apito Dourado”, que levou à sua condenação com pena suspensa, o vai afectar na sua recandidatura?
Major- Como sabe, meti recurso da sentença. Estou tranquilo, porque já depois de acusado, nas últimas eleições os Gondomarenses até reforçaram a maioria de vereadores e deputados. Pode ser que até, no próximo acto eleitoral, sejam eliminados os representantes da oposição. Só dão chatices.

Figas- Explique por que é que o senhor foi capaz de fazer a Sede da Liga, em sete meses, mas ainda não fez uma Sede para a Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, a única das doze do Concelho instalada num apartamento alugado, que nem mastro tem para içar uma bandeira!
Major-Peço o direito de reserva para não responder. Não é por ser terra de comunistas e socialistas, mas há razões que a razão desconhece!

Figas-O Dr. Marques Mendes, enquanto líder do P.S.D, retirou-lhe confiança política, porque achou que o seu comportamento não era ético em termos políticos. Porém, a seguir o senhor ganhou as eleições, com maioria reforçada!
Major-Sim. Ele enganou-se. Percebe pouco de política. Perdi a confiança dele, mas continuo a ter a dos Gondomarenses. O Dr. Marques Mendes é que foi corrido do da presidência do partido! Está fora da política! Eu ainda cá estou! Quantos são? Quantos são? (risadas)

Figas- É amigo do Dr. João Jardim. Já o visitou e passou férias com ele. Aprendeu alguma coisa com ele?
Major-Trocámos experiências! Claro que alguns dos seus truques, aplicados numa região autónoma, podem ser aplicados a nível concelhio!

Figa-Considera-se um seu clone do Dr. João Jardim?
Major- Não. Nós somos únicos. Irrepetíveis.

Figas-Embora o metro ainda não tenha chegado, o senhor pôs Gondomar no mapa e reivindica ter feito obra em Gondomar. Acha que será recordado pela obra que fez ou pelos trabalhos que deu à justiça?
Major- Eu fiz obra. Quanto à justiça, confio na justiça dos Gondomarenses. Repare que, como já lhe disse, mesmo já depois de acusado, até me reforçaram a maioria. Isso diz tudo.

Figas-Na sua idade, e com a sua experiência, acha que dava um bom comissário europeu?
Major-De comissões tenho experiência. Mas, quando acabar a minha carreira política, talvez vá para as Ilhas Cayman! Talvez convide o meu amigo João Jardim.
Tenho lá uns investimentozinhos. Além do mais, estão no Pacífico. Aqui está a ficar tudo muito turbulento! Muito agitado!

Figas- É visto em quase todas as procissões no Concelho!
É um dever institucional ou é mesmo um crente?
Major-Apesar de ter a consciência tranquila, é um bom exercício físico. Em ritmo lento, próprio para a minha idade. O Povo gosta. Cai bem.

Figas- Acha que já merece uma estátua em Gondomar?
Major-Não. Porque sou um homem de baixa estatura e nela nunca conseguiriam ver a grandeza da minha alma e colocá-la em estátua.
Depois, um dia, poderia me acontecer como ao Sadam.
Sou muito modesto. Gosto de passar despercebido"
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Autor deste sonho; ficção:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

domingo, 21 de setembro de 2008

Quando o mar bate na rocha!..


Acordo
ainda na cama logo fico fora de mim!

Sinto a brisa do mar
o mexer dos mexilhões,
as máquinas de barbear junto às velas d'estai
que das quilhas saem!

Ainda sem abrir a janela sinto-me feliz.

Batem à porta,
entra o sol,
é um drogado,
pede esmola para a dose,
perco a pose,
fecho a porta.

Fico dentro de casa,
mas fora de mim!

A droga fica lá fora,
a pedir esmola!

Oiço o mar.
É tão difícil nele navegar
..e sonhar!

Cai a noite,
regresso a dentro de mim.

Oiço os gritos dos mexilhões,
é o mar a bater na rocha!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
-"poema" feito em 21/09/2008
Gondomar/Portugal

 
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Gato sapato com a rata




versos em resposta ao poema "Gato Matreiro" de Lita Moniz, publicado na "Usina de Letras" secção de poesia.

Se eu fosse gato
brincava com o rato
fazia dele gato sapato
mas coitado do rato
seria chato
o melhor seria comê-lo
com dignidade
num prato
isso seria se eu fosse gato
cmo não sou
brinco com meu amor
antes de o comer
que é como faz o rato
com sua rata
sem a presença do gato.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

Valentim com a cotação em baixa!

Assim como a cotação das acções de capital estão a descer nas principais bolsas mundiais, também as acções políticas da Câmara de Gondomar estão a descer na cotação da bolsa da opinião pública, sendo o principal acionista, o mais prejudicado, evidenciando já sinais de pré-falência, sem que apareça alguém a injectar capital significativo de confiança!

Realmente, Valentim Loureiro pôs Gondomar no mapa, mas nem sempre pelas melhores razões, sendo ele próprio uma mancha negra de referência, por não ser exemplo de mais valia para o exercício dum cargo político ao serviço da rez-pública!

Agora, saiu a notícia que a Câmara servia de banco ao vice de Valentim, para pagamentos ao Gondomar S.C., sendo este caso mais um a acrescentar, negativamente, ao rol de ilegalidades cometidas por quem devia ter um mínimo de ética? Será que Valentim virá, com a esperteza saloia, dizer que não sabia de nada? O seu vice não era apenas um pau mandado?

Por falar em ética, se a tivessem, tanto o Presidente como o Vice já se teriam demitido e nem Valentim teria a desfaçatez, a lata, de anunciar que se vai recandidatar!
Mas, como não tem vergonha, vai estando no cadeirão e ganhando uns milhares mensais, e de recurso em recurso, lá vai vendendo o peixe de inocente.
Porém, o preço do seu peixe está a cair na cotação lota! Só se espera que Gondomar se mostre farto de tanta batota! Mas em Gondomar, terra de nabos, nunca se sabe!
É que nas últimas eleições, já ele estava metido na embrulhada do Apito Dourado e na Quinta do Ambrósio, mas os Gondomarenses reforçaram-lhe a maioria, Ai estes Gondomarenses, que não saem a mim, que descendo de Margarida de Vilhena, a quem esta terra foi doada, para ser honrada, não vilipendiada.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

-Então como vais, Tio Sam?
Estou a ficar pôdre! É que tenho d eparar d'encher o odre!
Preciso que guardem as costas!












QUESTÃO DE POSSE
Quando há pouco me disseram
Que meu amor com outro viram
Quizeram pôr-me louco
Mas tal não conseguiram

Ele com outro pode andar
Por camindo errado
Porque passos certos do seu andar
São os que o trazem pra meu lado

Quando meu amor com outro acham
E logo isso me vêm dizer
Em compreendo bem a intenção

Nunca na cabeça encaixam
Que nunca de ninguém se pode ser
Quando doutro é o coração.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
11/08/2008