Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mudanças!

MUDANÇAS
Desde que o Homem é homem ele muda e provoca a mudança.
Cada geração assiste a mudanças.
Com a minha idade, dou comigo a constatar como as coisas, em apenas um século, mudaram tão aceleradamente!

As mulheres deixaram de andar vestidas até aos pés, raparam buços, pernas e sovacos, passaram a usar mini-saia, depois calças, depois calções, bikinis e até já se faz nudismo, legalmente! Os homens vão pelo mesmo caminho!

O pessoal da plebe andava vestido com gangas, com umas chitas, e todo remendado! Hoje quase só se usa roupa de marca e muda-se de roupa em cada estação, só porque em poucos meses se deixou de usar um modelo ou uma cor!

Passou-se do transporte a cavalo ou de carro de bois para os automóveis e tractores. De barcos de três ou quatro mastros, passou-se para paquetes para milhares de passageiros ou cargueiros de 300 mil toneladas!

Ainda tenho na memória do chiar dos carros de bois, vindos do mato, carregados com o dito, para os quinteiros das casas de lavaoura, onde era um fedor que tresandava! No rez-do chão eram as cortes e por cima os quartos! Imaginem o “cheirinho”.

A malta, após a segunda grande guerra, ainda ia para a escola descalça, de socos ou chancas, com meia dúzia de pequenos livros na sacola e um papo seco, que (mesmo seco) na minha terra é chamado de molete, para o lanche, que, mesmo assim, era dividido com quem não levava nada!
Era a época do racionamento. Açucar, do pão, bacalhau e azeite, não eram para todos! Era a famosa época duma sardinha para três!
Comia-se tudo o que vinha ao prato. Hoje, dá para sorrir quando se vê as exquisitices perante a fartura existente. Lembro-me dum tio meu, que na guerra, cheio de sede, até tentou beber urina de cavalo. Porém, era cerveja demasiadamente salgada! Não é novidade para ninguém se disser que no deserto, com fome, até os ratos eram comidos pelos militares! Diziam que eram um bom petisco. Aliás, os árabes dizem que os gafanhotos são os camarões do deserto!

Passou-se da lousa e lápis de ardósia para as máquinas de calcular e dos computadores, dos telefones fixos para os móveis e net de banda estreita para a larga.
Deixou de haver a iluminação a azeite, a petróleo e passou-se para a electricidade e todos os desenvolvimentos que esta proporcionada à moderna electrónica.

Passou-se de andar a pé para se andar de automóvel, de avião ou até ir à
Lua!

A economia local e nacional deu lugar à economia global, com os negócios a desenvolverem-se via internet, assim como pagamentos, trasnferências e conferências pela mesma via, também é utilizada para tele-medicina!

O desporto era correr, saltar, jogar à bola, pouco mais!
Agora há todo um leque de desportos normais e radicais.

Do namoro normal, que levava ao casamento, passou-se para o namoro permanente sem casamento! O pessoal junta-se e desconjunta-se. Tipo leasingou ALD (aluguer de longa duração)

Na música deu-se o salto da roda arrendonda a saia, dos malhões e dos viras acústicos, para a música electrónica, com novos ritmos e toda a gente a sambar músicas hodiernas.

Passou-se do tempo de trabalho de sol a sol, sem férias, para as dez e oito horas diárias, de segunda a sábado, até se chegar à semana inglesa, francesa, etc.

A remuneração deixou de ser à semana (por vezes só se trabalhava três dias) para a remuneração ao mês, sendo que agora trabalha-se onze meses, mas recebe-se catorze!

Antes o pessoal tinha a noção da poupança. Quase que não havia bancos e guardava dinheiro no colchão, nas meias, no quintal e só comprava o valor de dez quando se tinha os dez, vinte ou cem! Agora, tem contas em muitos bancos, tem muitos cartões e no fim do mês também muitas prestações!

Dos fidalgos que dominavam o poder, este passou para as mãos, não de quem tem mais lanças e espadas, mas sim mais notas!

Antes fazia-se um empréstimo para compar coisa básicas.
Hoje pede-se empréstimos para pagar dívidas de futilidades.



Antes, a felicidade era ter de comer, beber, de vestir e ter uma casinha.
Hoje a felicidade moderna é ter casa com piscina, casa de férias, carro, cartões de crédito e um cãozinho ou gato para levar a passear e estar a par do jet-society.

Passou-se das simples grafonolas ao rádio, de simples difusão de notícias, à televisão e suas centenas de estações, que nos metralham com informação de toda a espécie, com “pacotes”, telenovelas, futebóis, do faça você mesmo, políticas, concursos, corridas de fórmula um, campeonatos europeus e mundiais disto e dquilo, além dos jogos Olímpicos.

Um vida de mais recato deu lugar a uma de mais espalhafato, com concursos de misses e de machos!

Do vinho da pipa e à caneca, passou-se à garraja de marca, (com rótulos que são autênticos poemas, na descrição dos diversos sabores) donde se verte , elegantemente, uma pequena porção num copo, e muito se cheira antes de se beber, ao contrário do antigo esvaziar da caneca num só trago!
Agora discute-se marcas. Antes era apenas tinto ou branco, com o copo ou canecas cheias. Passou-se das tradicionais sopas aos finos consumés!

Passou-se dum tempo em que quase não se abria a boca., do come e cala, para as amplas liberdades de até se falar de mais. Hoje contesta-se, contesta-se, fala-se, fala-se, fala-se, com greves e greves, porque os patrões são muito “amigos” dos trabalhadores ou colaboradoes, mas muito mal compreendidos! Coitados!

Isto não tem nada de extraordinário. A mudança será cada vez mais veloz, como o antigo e ronceiro combóio deu lugar ao TGV, e o lento aeroplane ao avião supersónico. O que é de admirar é tanta mudança em tão pouco tempo!

Antes arranjava-se emprego para toda a via. Hoje, o ritmo de mudança é tal que toda a vida é feita de mudança!

Das firmas nacionais passou-se para as multinacionais e transnacionais!
Os trabalhadores, que antigamente moravam perto dos empregos, tem têm de viver em roulottes para acompanhar as deslocalizações, impostas pelas grandes empresas. Aliás, passou-se da designação de trabalhadores à de colaboradores a termo ou a empresários a recibos verdes e sem garantias!



Duma crença num deus único assistiu-se a muitas ramificações de religiões e seitas, embora todas ela cobrando seus dízimos, para garantir a subida ao Paraíso, e dum Papa fixo passou-se a um papamóbile e missas por rádio, telisão e internet. Não me admira que (esta é uma previsão minha) o pessoal adquira, em qualquer supermercado, hóstias previamente benzidas pelo Bispo de cada diocese e as traga para casa. Em escutando ou vendo missa, via rádio ou TV, chegando ao ponto da comunhão, o crente tome a hóstia em sua mão e recatadamente a digira, acompanhada dum bom vinho, também comprado e previamente benzido!


Antes, as mudanças, que as havia, eram lentas, com séculos e séculos com o mesmo visual, com o mesmo tipo de barcos sobre o horizonte.
Hoje há as lanchas voadoras! Navegar à vela é só para sonhar!

Na medicina passou-se do uso normal do cajado como apoio às modernas próteses de mamas, dentárias, de pernas e braços, aos transplantes de corações, de rins, olhos biónicos, injecções de silicones, mudança de visual, etc, etc. Até já se consegue fazer clones de animais. Não tarda que seja de seres humanos. Só falta fazer de cada quarto de banho uma fábrica de perfumes, com transformadores ambientais aplicados à saída de cada ETRS (estação de tratamento de resíduos sólidos, mais conhecido como “Óbdeguinus”)

Na guerra, passou-se dos cavalos, lanças e espadas aos canhões, tanques, aviões e bombas atómicas teleguiadas!

Se as pessoas, que viveram há cem anos cá viessem, ficariam cem anos
de boca aberta!

Para terminar, confesso-me adepto da mudança, porque o Mundo é o que o Homem quiser! Além do mais o que era ontem já não o é hoje. Nem o Sol é o mesmo! Até o dinheiro, que parece estar seguro nos bancos, de repente não está!

Considero-me um priveligiado, porque assisti a estas mudanças. Meu bisavô viveu conhecendo o trivial da sachola, da enxada, das ceroulas, do uso do chapéu, do bigode, como seu pai. As mulheres também o usavam, além das saias até ao chão!

Se meu bisavô cá viesse seria mais um homem-estátua de espanto perante tanta mudança e por ter um bisneto, que é um espanto

domingo, 28 de setembro de 2008

Amor de Estado

Os pais tendem a ser conservadores em relação aos filhos, que tudo querem fazer sem ou com a mínima interferência dos pais!
Porém, quando as coisas correm, então aqui-delrei, meus paizinhos, acudam.

Na economia, perante esta situação de descalabro financeiro,
com graves consequências económicas, consequência de políticas liberais, neo-libeirais, ultra- liberais, em que ninguém quer que o Estado meta o nariz. Mas, tal como os jovens irresponsáveis, perante tanta asneirada, sem que o paizinho Estado os vigiasse, com rédea curta, agora o Pai-Estado têm que controlar os “meninos” e mostrar o amor de Estado a seus filhos, protegendo-os! Contudo é uma vergonha para a família, (Estado) que pensava que seus filhos tinham boa educação, eram sérios e honestos e que auto-regulavam, que auto-bem se comportavam, mas afinal só deram vergonhas! Agora, quem defendia os liberalismo, a liberdade sem controlo, tem a vergonha (terão) de pedir ao Estado que lhes pague as dívidas. Ora , os Estados, lá terão de dar uns açoites nesses meninos sem vergonha, que fizeram gestões danosas com os fundos alheios, mas ganharam milhões com prémios de boas gestões e andaram na boa vida!
Isto é surrealista, mas é o mundo que temos. O dilema é eterno, querer ser livre, com iniciativa privada e individual, mas sem querer prestar contas a ninguém ou estar totalmente controlado pelo Estado que coarta ou muito limita a iniciativa individual.
Como tudo e como sempre, no meio é que está a virtude.
O que aconteceu na América veio demonstrar que aqueles que pensavam que era a Economia que comandava a Política enganaram-se, pois este episódio evidenciou que o poder político (o Estado) tem de controlar, mais duramente, o sistema
finaceiro-económico e não estar à espera que as tais entidades reguladores independentes (que não regulam nem são independentes) só actuem quando o roubo já está feito ou quando a casa já está ardida! Precisa-se de mais prevenção. Acho que os paladinos das privatizações, que tudo querem privatizar: saúde, reformas, seguros, transportes, bancos, água, luz, energia, etc, vão-se calar por umas décadas. Por agora, os tais “meninos mal comportados” que deram desgostos a quem neles confiou, só querem que os paizinhos (os Estados) m,sotrem o seu amor e nacionalizem os bancos para pagar as asneiras por eles feitas.

Após o 25 de Abril, “os ricos que paguem as crise” era um slogan do MRPP ( Movimento Revolucionário de Proletariado Português, do Arnaldo Matos; o “Educador do Povo”!.

Acontece que, mais uma vez é o Povo que paga as crise!
Mais uma vez se justifica o adágio popular:
-“Quando o mar bate na rocha quem se lixa o mexilhão”
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(estudioso de hipocrisas humanas)
Gondomar-Portugal

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Entrevista (fictícia) do Figas com Valentim Loureiro



Nota prévia: A entrevista que se segue é pura ficção, porque apenas relato dum sonho, no qual sonhei as perguntas e respostas. É como diz o Major: “é tudo ficção”.
O autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

“ENTREVISTA DO FIGAS COM VALENTIM LOUREIRO.
Figas- Em 1993, logo que veio para Gondomar, o jornal EXPRESSO, numa reportagem, denunciou o seu passado duvidoso na tropa, que levou à sua expulsão do Exército; o caso das batatas e outros. O senhor disse que iria processar o jornal, mas não o fez. Quais a razões?
Major-Sabe, senti-me incomodado com tantas mentiras, mas acabei por achar que não valeria apena incomodar-me! Afinal, eu até fui promovido a Major. Isso mostra a minha inocência e os altos serviços prestados à Pátria . Além do mais, sou tolerante!

Figas- Ganhou alguma experiência no seu serviço militar?
Major- Ó se ganhei! Convivi muito com o meu amigo Nino. Daí resultou ter adquirido muito ”esperto no cabeço” e alguns truques de magia negra, que mais tarde vim a aplicar na política!

Figas. Chegou mesmo a ser Cônsul da Guiné?!
Major. -Sim. Gostei sempre de estar ligado ao nosso antigo império. Gosto muito de cooperar.

Figas- Em Gondomar há vinte um arruamentos com o nome de D.Miguel –O Absolutista-. Identifica-se com o miguelismo e o seu absolutismo?
Major-Não.Eu sou um democrata. Gosto que os outros façam o que eu quero, convencendo-os com as minhas palavras, não com armas.

Figas- A sua ascensão política levou a que os seus inimigos digam que as armas que usa não são legais.
Major-Mentira. As minhas armas são todas legais. Simplesmente uso-as numa melhor estratégia de ataque e defesa!

Figas- É acusado, enquanto dirigente da Liga de Futebol Profissional de exercer o magistério de influência junto dos árbitros e outras instâncias.
Major-Não senhor. O que acontece, sendo eu uma pessoa muito simpática e afável, é as pessoas gostarem de me agradar. Nada mais. Não tenho culpa de ser assim.

Figas-O senhor gosta de impor a sua autoridade, do género do “sabe com quem está a falar?” Acha-se acima da lei?
Major-Quem? Eu? Não. Repare que eu até estou a correr o risco de ir dentro!
Logo não sou mais que os outros?

Figas.- Gosta do xadrês?
Major.- (aqui o Major sorriu)) Não. Gosto mais de peões em carne e osso.

Figas.-Nas últimas eleições,ficou por esclarecer a desistência de um eleito na sua lista, que deu lugar a que uma sua filha entrasse para vereadora! Não acha pouco ético, numa República haver uma gestão camarária tipo familiar, a adivinhar uma sucessão monárquica?
Major.-Não sou eu que faço as leis. Se é permitido, não sei por que razão não hei-de ter o aconchego familiar nas decisões difíceis, com a maior transparência, que tenho que tomar! Aliás, nós convivemos muito e aproveitamos para discutir os assuntos em família.

Figas.- Depois de ter abandonado o Boavista e de o ter entregue a seu filho, que deu no que deu, caso não possa recandidatar-se à Câmara pensa propor sua filha?
Major: Nem sempre os filhos saem ao Pais. Realmente, meu filho não deu conta do recado, mas tal não significa que um dos meus não saia a mim.

Figas.-Acha que o caso do “Apito Dourado”, que levou à sua condenação com pena suspensa, o vai afectar na sua recandidatura?
Major- Como sabe, meti recurso da sentença. Estou tranquilo, porque já depois de acusado, nas últimas eleições os Gondomarenses até reforçaram a maioria de vereadores e deputados. Pode ser que até, no próximo acto eleitoral, sejam eliminados os representantes da oposição. Só dão chatices.

Figas- Explique por que é que o senhor foi capaz de fazer a Sede da Liga, em sete meses, mas ainda não fez uma Sede para a Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, a única das doze do Concelho instalada num apartamento alugado, que nem mastro tem para içar uma bandeira!
Major-Peço o direito de reserva para não responder. Não é por ser terra de comunistas e socialistas, mas há razões que a razão desconhece!

Figas-O Dr. Marques Mendes, enquanto líder do P.S.D, retirou-lhe confiança política, porque achou que o seu comportamento não era ético em termos políticos. Porém, a seguir o senhor ganhou as eleições, com maioria reforçada!
Major-Sim. Ele enganou-se. Percebe pouco de política. Perdi a confiança dele, mas continuo a ter a dos Gondomarenses. O Dr. Marques Mendes é que foi corrido do da presidência do partido! Está fora da política! Eu ainda cá estou! Quantos são? Quantos são? (risadas)

Figas- É amigo do Dr. João Jardim. Já o visitou e passou férias com ele. Aprendeu alguma coisa com ele?
Major-Trocámos experiências! Claro que alguns dos seus truques, aplicados numa região autónoma, podem ser aplicados a nível concelhio!

Figa-Considera-se um seu clone do Dr. João Jardim?
Major- Não. Nós somos únicos. Irrepetíveis.

Figas-Embora o metro ainda não tenha chegado, o senhor pôs Gondomar no mapa e reivindica ter feito obra em Gondomar. Acha que será recordado pela obra que fez ou pelos trabalhos que deu à justiça?
Major- Eu fiz obra. Quanto à justiça, confio na justiça dos Gondomarenses. Repare que, como já lhe disse, mesmo já depois de acusado, até me reforçaram a maioria. Isso diz tudo.

Figas-Na sua idade, e com a sua experiência, acha que dava um bom comissário europeu?
Major-De comissões tenho experiência. Mas, quando acabar a minha carreira política, talvez vá para as Ilhas Cayman! Talvez convide o meu amigo João Jardim.
Tenho lá uns investimentozinhos. Além do mais, estão no Pacífico. Aqui está a ficar tudo muito turbulento! Muito agitado!

Figas- É visto em quase todas as procissões no Concelho!
É um dever institucional ou é mesmo um crente?
Major-Apesar de ter a consciência tranquila, é um bom exercício físico. Em ritmo lento, próprio para a minha idade. O Povo gosta. Cai bem.

Figas- Acha que já merece uma estátua em Gondomar?
Major-Não. Porque sou um homem de baixa estatura e nela nunca conseguiriam ver a grandeza da minha alma e colocá-la em estátua.
Depois, um dia, poderia me acontecer como ao Sadam.
Sou muito modesto. Gosto de passar despercebido"
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Autor deste sonho; ficção:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

domingo, 21 de setembro de 2008

Quando o mar bate na rocha!..


Acordo
ainda na cama logo fico fora de mim!

Sinto a brisa do mar
o mexer dos mexilhões,
as máquinas de barbear junto às velas d'estai
que das quilhas saem!

Ainda sem abrir a janela sinto-me feliz.

Batem à porta,
entra o sol,
é um drogado,
pede esmola para a dose,
perco a pose,
fecho a porta.

Fico dentro de casa,
mas fora de mim!

A droga fica lá fora,
a pedir esmola!

Oiço o mar.
É tão difícil nele navegar
..e sonhar!

Cai a noite,
regresso a dentro de mim.

Oiço os gritos dos mexilhões,
é o mar a bater na rocha!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
-"poema" feito em 21/09/2008
Gondomar/Portugal

 
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Gato sapato com a rata




versos em resposta ao poema "Gato Matreiro" de Lita Moniz, publicado na "Usina de Letras" secção de poesia.

Se eu fosse gato
brincava com o rato
fazia dele gato sapato
mas coitado do rato
seria chato
o melhor seria comê-lo
com dignidade
num prato
isso seria se eu fosse gato
cmo não sou
brinco com meu amor
antes de o comer
que é como faz o rato
com sua rata
sem a presença do gato.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

Valentim com a cotação em baixa!

Assim como a cotação das acções de capital estão a descer nas principais bolsas mundiais, também as acções políticas da Câmara de Gondomar estão a descer na cotação da bolsa da opinião pública, sendo o principal acionista, o mais prejudicado, evidenciando já sinais de pré-falência, sem que apareça alguém a injectar capital significativo de confiança!

Realmente, Valentim Loureiro pôs Gondomar no mapa, mas nem sempre pelas melhores razões, sendo ele próprio uma mancha negra de referência, por não ser exemplo de mais valia para o exercício dum cargo político ao serviço da rez-pública!

Agora, saiu a notícia que a Câmara servia de banco ao vice de Valentim, para pagamentos ao Gondomar S.C., sendo este caso mais um a acrescentar, negativamente, ao rol de ilegalidades cometidas por quem devia ter um mínimo de ética? Será que Valentim virá, com a esperteza saloia, dizer que não sabia de nada? O seu vice não era apenas um pau mandado?

Por falar em ética, se a tivessem, tanto o Presidente como o Vice já se teriam demitido e nem Valentim teria a desfaçatez, a lata, de anunciar que se vai recandidatar!
Mas, como não tem vergonha, vai estando no cadeirão e ganhando uns milhares mensais, e de recurso em recurso, lá vai vendendo o peixe de inocente.
Porém, o preço do seu peixe está a cair na cotação lota! Só se espera que Gondomar se mostre farto de tanta batota! Mas em Gondomar, terra de nabos, nunca se sabe!
É que nas últimas eleições, já ele estava metido na embrulhada do Apito Dourado e na Quinta do Ambrósio, mas os Gondomarenses reforçaram-lhe a maioria, Ai estes Gondomarenses, que não saem a mim, que descendo de Margarida de Vilhena, a quem esta terra foi doada, para ser honrada, não vilipendiada.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

-Então como vais, Tio Sam?
Estou a ficar pôdre! É que tenho d eparar d'encher o odre!
Preciso que guardem as costas!












QUESTÃO DE POSSE
Quando há pouco me disseram
Que meu amor com outro viram
Quizeram pôr-me louco
Mas tal não conseguiram

Ele com outro pode andar
Por camindo errado
Porque passos certos do seu andar
São os que o trazem pra meu lado

Quando meu amor com outro acham
E logo isso me vêm dizer
Em compreendo bem a intenção

Nunca na cabeça encaixam
Que nunca de ninguém se pode ser
Quando doutro é o coração.
..............xxxxxxxxxxxxxxxx...................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
11/08/2008

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Colo de Pito; lugar para descanso

 


Para quem muito fala
e com língua se cansa
há um sítio onde se cala
e sua língua descansa!

Nota do Autor:
Colo de Pito fica entre Lamego e Castro Daire.

Eu já lá passei e....andei!

Atenção que é um sítio muito pedregoso!
É preciso levar bom calçado,
porque pode cair-se de...queixos
entre,
ora deixa cá ver...
ah, já sei;
seixos!
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Caixas de esmolas para o tratamento do J.M.S e apêndices!

 

 


Esmolas para o tratamento do JMS e seus apêncies!

Como sabem,
o JMS anda a tratar-se da sua maledicência
contra Portuagl os Portugueses.
Ele reconhece que é um português degenerado,
mas procura regenerar-se!

Como ele bateu à minha porta,
eu não me fiz rogado,
e como sou especialista em aturar malucos aceitei,
(qualquer dia até abro um manicómio)
durantes uns tempos,
aplicar-lhe uns tratamentos de choque.

Ele tem esperneado um pouco,
porém já se vêem os resultados.
Já está mais manso!
PARABÉNS!

Todavia,
se eu não levo honorários
pelas minha letraterapia,
já os remédios que necessita de tomar são caros,
por exemplo:

Raspas de sovacos de grilo,
Sucos intestinais de crocodilo,
Salada de aranhhas viúvas negras com olhos de rãs.

Mistura-se as raspas e as aranhas,
depois rega-se com suco intestinal crocodiliano
e vai a marinar durante uns dez minutos,
deixa-se arrefecer e bebe-se imediato dum só trago!

Além destes remádios há outros,
mas são segredo profissional

Ora, como os remédios são caros
e têm que ser importados da China,
que como sabem ganhou muitas medalhas
devido aos seus atletas terem tomado estes dopings naturais.

Estou confiante,
que a após aí um mês de tratamento,
o JMS ficará capaz de dançar num pé só!

Assim, para custear as despesas,
e como o JMS, é um pobre diabo a precisar de ajuda,
várias caixas de esmolas estão espalhadas
pelas capelas portugueses(nós demos para Timor, então por que não ajudar o JMS?)
Agradece-se a boa colaboração de todos.
Regularmente, seus amigos, entre eles o Bostaneles e pontos nos is vêm buascar a massa!
Não estranhem as caixas estarem amarradas, porque o JMS desconfia de alguns portugueses, descontentes com este atrevimento, fossem capazes de levar as caixas para casa!
Nota final. Aos crentes, pede-se nas suas orações,
que peçam pelo sucesso da cura do JMS
God bless the fools!
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OS BOIS EMIGRARAM!

 


Os bois que puxavam este carro emigraram!

Foram puxar para a América,
cultivaram e cultivaram-se
e até aprenderam a zurrar
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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Trilogia asinina; JMS e IS que USA

 


JMS, USA E PONTOS NOS IS
apanhados no México
numa clínica de recuperação mental
da doença de dizerem mal de Portugal
e dos Portugueses (portugastite)
mas continuam a enviar as suas remessas
na esperança de que o Mundo acredite
que a América é o Paraíso na Terra

Passam os dias junto à estrada
a caminho das pirâmides
na expectativa de que os passantes
lhes façam festinhas terapêuticas
como complemento do meu tratamento
que lhes estou a aplicar, grátis
pois como sabem os States estão em crise
e como estão quase tesos
fazem os tratamentos na terra dos Pesos
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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Desculpem. Tenho que tratar do JMS. Volto já





É que ele está doente, e eu estou a tentar dar-lhe uma letraterapia!

Agora, dou-lhe uma dose de cavalo
e este comentário:

Quando o JMS tiver a cabeça mais desinfectada, não atraírá as moscas,
como este cavalo!
 

O cão JMS antes de obrar


Reparem olhar inteligente.
Por isso,
não admira que produza bela obra literária!

Todavia,
nem todos os cães estão à janela.
A explicaçõa é simples;
Gostam de obrar do alto!
Enfim, manias
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Obra literária do JMS

 

Eu, embora suficientemente educado para apreciar uma boa lagosta ao mesmo nível duma boa sardinha assada, e sentindo-me bem vestido com ganga ou dentro duma jaqueta de cerimónia, quando sou atacado tento compreender donde bem o ataque e o seu grau cultural.
Assim, no subsequente estudo à "obra literária" do J.M.S, acho, por bem, ilustrar a beleza dos seus textos literários com esta imagem, que dá a perfeita noção da estética do seu estilo!

Além do mais,
acho que ainda merece
este acrescento literário:

Diz que nasceu em Portugal,
mas
felizmente que não vive cá,
foi prÁmérica cheirar mal
e juntar-se à merda que lá há.

Este JMS amaricano,
engana-se muitas vezes
volta e meia tem o engano
de usar a boca para as fezes!
....xxxxxxxxx.........
Nota do Figas:
Este J.M.S. é um triste,
sem lugar nos hospitaís psiquiátricos,
é um inimputável à solta,
pois
imaginem
até usa os bois do Figas
sem sua autorização,
mas em fim,
God Bless JMS
porque eu dou-lhe a merda que merece!
...........xxxxxxxxxx..........
As fotos que eu uso no meu blog
são de minha autoria!
Mas como a malta dos states,
-"país de liberdade"-
está habituada a roubar o que é dos outros,
faz isto com a maior à vontade!

Oh God,
bless JMS
and give him
the bullsheet that deserves.
Please don't forget.
By my side
I do my best.

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Em busca dos sonhos

 


Caminha junto ao mar
vê as as ondas.

Sente o vento
sente-se feliz em cada momento?

Quase já corcunda
caminha em liberdade
não tem o subsídio
só a caridade!

Na mochila
leva fragâncias de momentos vividos
segue em frente
curvado
em busca d'outros
repetidos.

Não tarda a chegar o sol poente
a noite o vai embrulhar
de manhã
com nova aurora
vê-se muitos
pela vida curvada
a caminhar junto ao mar!

Vêem as ondas
sentem o vento!

Sentem-se felizes
em cada momento
no Algarve
num fim de tarde?
................xxxxxxxxxxxxxxx...............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-Portugal
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AH GRANDES BOIS


 


Estes bois
que vedes
a fazer turismo
pelo asfalto
vós não os "merecerdes"
pois conversaram os dois
e num acto de heroísmo
resolveram de Portugal dar o salto!
Talvez a caminho da América,
talvez de França,
mas
reparai vão cheios de esperança
na sua caminhada épica!

Ah grandes bois!
..........xxxxxxxxxxx............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Tempo é um caminho de ferro!

 
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O Tempo é um caminho de ferro!

Começou com quatro estações
desenvolveu-se
criou muitas mais para pessoas e animais
agora
até tem T.G.V.
não pára em todas as estações
e está
sempre a mudar de horários!

Tem uma administração
que quase que não se vê
não dá para reclamar
é só como o Tempo
a mandar como manda a C.P.
com ricos salários!

Quando muito
apenas se pode rezar
para que o Tempo esteja
a tempo
com o próprio tempo
em cada estação
como deve
porque
assim como anda
ninguém o percebe!
.............xxxxxxxxxx.............
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
 
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sábado, 6 de setembro de 2008

Alquimista




Queria ser alquimista
do nada
transformar significados incongruentes
ver que na escuridão brilha o sol
sentir que a tempestade é vento a espreguiçar-se
que o mar é apenas urina dos deuses
aonde homens juntam fezes!

Queria ser alquimista
não do chumbo em ouro
mas do mar de merda
em reflexo do céu azul!

Ai
se eu fosse alquimista
mas a realidade mete-se-me pelos olhos adentro
só vejo azul nos sonhos
de olhos abertos
só vejo merda a todo o momento!

Ai
se eu fosse alquimista
bastaria um sopro
um suspiro
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Autpr: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Um sopro um suspiro (poesia magmática)

UM SOPRO UM SUSPIRO

Um sopro estremece a diáfana quietude da Esperança
que almeja
por um suspiro emergente
da serenidade do desejo
focado na imponderabilidade do acontecer
que
a acontecer
acabariam com as convulsões das divisões
e levariam à centrípeta união do sopro com o suspiro
que como uma arma
nada vale se não der um tiros.

Então
atiremos para o diáfano lago da tranquilidade
que precisa de ondas
para a oxigenização molecular!

Um sopro.
Um suspiro.
Os dois num só tiro.
................xxxx...................
Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

TERROR E AMOR!

A noite é noite
simplesmente
vestida de negro
de sombras!

Àrvores
vales e montes escondem-se
fecham-se!

Meus passos
guiados por um carreiro pedregoso
entram cada vez mais fundo
no desconhecido abismo!

Nada vejo
mas sinto o mato lateral
que alto e espinhoso me roça as pernas
balizando minha cautelosa marcha
contra qualquer passada falseada.

Arrepiantes pios de mocho ecoam
lânguidamente fúnebres
por entre as árvores!

Sigo tacteando o carreiro
pelo meio da floresta.

É noite de lua nova
o terreno desce
em declive acentuado.

Minha alma
fremente
sente a tragédia
de quem vai para mortal cova.

Continuo
devagar
a descer
firmando os calcanhares em cada passada.

O vento zumbe e silva
oiço o ranger das árvores e das pinhas
que se despreendem
uma passou-me
de raspão por uma orelha!

Escuto um barulho
serão vozes?
não
é água que corre!

Chego à margem do pequeno riacho
os choupos vergam-se sobre o leito
em furiosas vénias
a corrente é invernosa
arrastam pedras
que rolam
e batem de margem a margem!

Ali fiquei
especado
como numa paragem de transporte!

Como atravessar aquele líquido muro
forte e ruidoso
a caminho duma longínqua e mansa planície?

Talvez que
o pequeno riacho
à luz do dia fosse mais manso
mas
àquela hora
às duas da madrugada
ali estava eu
petrificado
como alma penada
de regresso da casa da minha namorada!

Noite de tempestade
já relampejava
trovões já se ouviam!

De repente
num clarão dum relâmpago
vi árvores refulgentes
em formas de gente
pura ilusão
todavia
sinto mais um aperto no coração
vou engolindo em seco
com tanta água à vista
mas atravessar é preciso.

Com o vento
cada vez mais forte
mais os choupos se vergam!

Entre um clarão
vejo onde ponho os pés
sobre uma pedra
na água mais saliente.

Enquanto não vem outro relâmpgo
fico ali
empoleirado
no meio da corrente
imaginando-me um Neptuno fluvial!

Por ali
o caminho era metade
mais perto
mas quase que não compensava.

Por todo o lado
parecia ver almas do outro mundo
os quartos de horas batiam nas torres das igrejas
e aquela noite de Inverno
que já mais forte trovejava e chovia
me parecia uma amostra do Inferno!

A noite era mais densa
tensa
num contínuo e impenetrável muro
de escuridão absoluta!

De repente
quase que de sopetão
surge um vulto em sentido oposto
seria uma sombra
com pernas?
não
era um ser humano
um homem!!!
afinal
não estava só!

No momento do cruzamento
senti-me acompanhado por mil companhias!

Noite era só noite
mas aquele outro ser
era já para mim um sol
era a luz do dia!
salvámo-nos
o trovão não abafou nossa voz.

Ambos seguimos a caminho de casa
também ele
talvez
de regresso da namorada
com o coração quente
ou em brasa
que resistia à chuva
que nos fustigava o corpo e a mente!

Finalmente cheguei à estrada
para trás ficaram a floeresta
o matagal
reino de almas penadas
associadas ao Mal

O pio dos mochos já não os ouvia!

Por mim
já passavam carros
com faróis incandescentes
e eu já via gente.

Eu seguia
a pé
minha viagem
só a tempestade me acompanhava
e com ela cheguei a casa
todo molhado e encharcado!

Deitei-me
ainda acordado ouvia o roncar do trovão
mas
agora o temporal já estava fora
mas eu sofria
por dentro de meu coração.

Tinha chegado da namorada
mas todo o terror
toda a água da tempestade
não tinham apagado a marca do meu amor
que é uma chama
um fogo
que em mim
neste resto da noite
ainda arde!

Nenhum terror mata o amor!
Boa noite.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Nota do autor: Este texto foi publicado no
Jornal de Notícias em 2 de Abril de 1995,
página 429

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Três da vida airada



Três portugueses progressistas, emigrados na América, escolhendo noiva!
Em Portugal viviam como macambúzios.
Foram para os States, com uma mão atrás e outra à frente!
Agora, estão bem na vida!
Já tem bolsos para meter as mãos e coçar "fruta", enquanto observam a candidata Miss a "Lasca";
mulher virgem e pura!
Reparem na sua candura!
Consta que se nenhum destes portugueses a escolherem para sua mulher, o MacCain
é capaz de a nomear sua Vice. Veremos!
O único problema, nestes tempos de crise, é que ela é de grande sustento e gasta muito aos cem!
Ou então já está grávida!


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TARDE DO CEDO

TARDE DO CEDO

A tarde é cedo,
não tarda que tarde
vento quedo
e fogueira que arde!

A noite é cedo,
estrelas no alto,
a aurora,
da noite com medo
dela deu o salto!

Cedo é manhã,
o Sol se levanta,
com ele muito se faz,
e no final talvez a janta!

Mas,
no final de tarde
ainda muito se amanha
e na noite talvez a fogueira,
que depois de ardida,
só cinza se apanha!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)