Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

POR SUA MÃO

POR SUA MÃO

Já cá estava feito o leito,
O leite,
O alimento,
A água e o vento,
A lei do mais forte;
Do corpo ou da mente,
da vida e da morte!

Já cá estava a Natureza!

Só me foi necessário nascer,
Para ver,
Para tudo admirar,
E sentir a falta de jeito para andar,
Depois comecei a estragar,
E muito do que antes estava feito
Modifiquei e deixei d’outro jeito!
Chamam a isso “desenvolvimento”!
Embora digam que Deus fez o mundo perfeito,
E o Homem o esteja sempre a alterar,
A modificar,
Até que,
Finalmente,
Fique desfeito”

Depois dirão:
“Foi a vontade de Deus”.

O Homem nunca reconhece o mal que faz
.....por sua mão!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL

Galinheiro pôdre!..

É tanta a falsificação,
tantos produtos adulterados,
que até chego a ter a impressão
de que os Portugueses
também são falsicados!

O Governo adultera políticas,
os contribuintes alteram impostos,
músicos falsificam música pimba,
e lavradores falsificam vinhos
e...até ginja!

Já pensava Gil Vicente
Eça e Guerra Junqueiro,
este país é país de gente
que faz dele um galinheiro,
onde,
logo que haja ovos,
logo correm
para ver quem os rouba primeiro,
e os ladrões,
de moral tão pôdre,
de moral tão porcos,
vendem-nos todos como bons,
mesmo sabendo que chocos!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL

POEMA ANTI-CIÚME

POEMA ANTI-CIÚME
Ainda há pouco me disseram
Que meu amor com outro viram,
Quiseram trornar-me louco
E por pouco não conseguiram

Ele com outro pode andar
E andar por caminho errado,
Pois passos certos do seu andar
Trazem-no sempre pra meu lado

Qaundo com outro amor o acham
E logo me vem dizer
Eu compreendo a razão,
É que na cabeça não encaixam
Que um amor não pode ser d’outro
Quando d’outro é o coração!
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Autor deste original:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Verão, bom gelado!

VERÃO; BOM GELADO!

Verão,
Tempo de férias,
Tempo de viagens,
Tempo de navegar por paisagens,
Corações buscando amores quentes,
Corpos comendo gelados;
Andando de calções,
De mini-saias,
Captando o olhar,
Tomando banhos em praias,
Ou deitados em areias,
Despertos sentidos
Lendo livros,
Vendo belezas a passar,

Mas,
Quando o Verão acaba,
Quando tudo é acabado,
A sensação que nos esmaga
É que foi bom
Como a sensação de se comer um bom gelado
Equanto durou!

E quando chega o Inverno,
Que saudades daquele calor do Inferno!

Aí,
O que consola a gente
É um bom chocolate...quente!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL

segunda-feira, 14 de julho de 2008

SEM PICOS

As rosas são flores,
que cheiram bem,
são como os amores,
perdoam-se os picos que têm.
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Autor: Silvino Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)

CADA SÍLABA CANTA AMOR

CADA SÍLABA CANTA AMOR

Cada sílaba canta amor
Nas palavras que te digo,
Sussurro-as,
Com ardor,
Amorosas a teu ouvido.

Amor,
Amo-te e.....pronto!
Poucas palavras dizem tudo!
O amor torna-me tão tonto,
Que quando te amo
Fico mudo!

Se o amor tem só duas síllabas,
É compensado na acção
Pelo trabalho das barrigas!

Três sílabas tem coração,
Que,calado, (as d’amor) diz repetidas,
Com muito amor, muita paixão!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar

DA MEMÓRIA DO QUE SOMOS

DA MEMÓRIA DO QUE SOMOS
Fui menino,
dez reis de gente!
Devagar, devagarinho,
fui crescendo,
com leitinho do presente,
e,
cada passo dado
me preparou para o futuro
e foi fazendo meu passado!

Fortaleci minhas raízes,
engrossei meu tronco, dei frutos,
tornei outros felizes!

Da memória do que sou
conservo algo que tenho sido,
e a qualquer lado que vou,
levo o passado comigo!
levo o homem menino,
levo o homem criança,
levo o timorato,
levo o forte e o fraco,
levo o inocente e o esperto
levo a esperança
e sinto-me duna e grão d’areia no deserto!

Espanto-me com o tudo fora de mim!
sinto-me rajada de tempestade,
raio de claridade,
sinto-me em silêncio ou em toque de clarim!

Sinto-me de alguém glória,
mas não perguntem da memória,
ainda não me entendo,
só vós,
que me vêdes,
que me lêdes
é que tentais perceber o que vou sendo!

Eu ainda estou no presente,
o futuro ainda me espera,
até que chegue, finalmente, o:
“Figas já não é...
já era!”
Talvez aqui comece a história
da minha memória.
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
(Silvino Taveira Machado Figueiredo)
Gondomar-PORTUGAL 25/03/2008

domingo, 13 de julho de 2008

PORTO, BOM PORTO!

PORTO, BOM PORTO

Porto, meu Porto,
não vivo na tua terra
nem de ti sou natural,
mas sei quanto tua alma encerra
da alma de Portugal.

Agora,
quando te visito,
sinto-te triste,
mais vazio,
mais sombrio no teu velho casario
debruçado sobre teu rio,
que te deu teu ser,
que te fez prosperar,
mas,
agora,
eis que muitos de ti fogem
e já não querem em ti morar,
de ti vão embora!

Cada vez mais tens menos gente,
mas tu,
meu Porto,
mereces renascer do ventre do teu rio,
pode ser até com menos povo,
mas que seja Gente que por ti se sente
e contigo renasça de novo.

Teu rio espera teu novo navegar
para saíres do teu porto,
do teu cais,
e levares,
bem longe,
o nome do teu bom Porto,
muito além mar.

Rio já tens,
só te faltam arrais.

És um porto mui antigo,
que deu nome a Portugal,
que de ti precisa renascido.

Tu és património mundial!
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
(Silvino Taveira Machado Figueiredo)
Gondomar

POEMA DA ESPIGA!

POEMA DA ESPIGA!

Eu num ano fiz um filho,
Que só noutro ano nasceu!
Só quem comeu grãos de meu milho
É que de mim fruto deu!

O homem tem sua bolsa,
Onde guarda sua semente,
E em terra de mulher a solta
Para nascer nova gente!

Cada homem tem espiga,
Mas cuidado deve ter
Se a der a uma rapariga,

Não vá ela a querer meter
Toda inteira na barriga
Sem primeiro a comer!
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque

sábado, 12 de julho de 2008

POEMA AQUÁTICO

POEMA AQUÁTICO
As mulheres usam belas saias,
Que cobrem barrigas redondas,
E podem dar à luz nas praias
Sob as águas de salsas ondas!

Em cada hospital uma piscina,
Como maternidade aquática,
À luz virão meninos e meninas
Feitos em danças terráqueas!

Nascer-se debaixo d’água
Pode ser a salvação da nação,
Para não vermos a mágoa
Que pelas barbas água nos dão!

Mas, se os homens nascem das saias,
Debaixo d’água ou em terra para viver,
Não faltam em Portugal belas praias
Para amor, seco ou molhado, se fazer!