Figas no Jornal de Notícias

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Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mais Poder aos Estados

Mais poder dos Estados!

Aí está, como não podia deixar de ser, o reforço da intervenção dos Estados numa economida pseudo-liberal. Digo pseudo, porque se fosse verdadeiramente liberal sofria as consequências dos seus actos! Por que é que não deixam a iniciativa privada sofrer as consequências? Se é por causa das consequências sociais, então os Estados foram os responsáveis de a situação financeira ter chegado a este ponto. Agora é o aqui del-Rei!

Quer queiramos ou não, aos problemas globais deve-se responder com soluções globais, que nunca virão dos interesses privados, mas sim da concertação entre Estados, a quem compete ter um visão global das situações. A Liberdadeé um bem sempre reivindicado por cada indivíduo, porém o seu mais que provado egoísmo leva à intervenção do colectivo, que zela pelo interesse comun, limitando o interesse de cada unidade!

A experiência diz-nos que se deixarmos ao critério individual o uso dum bem ou o gasto dum produto, logo se instala a indisciplina e o egoísmo duma minoria, em prejuízo dos interesses da maioria.

Desde que o Homem é Homem, este logo viu que a sua vida estava limitada e subordinada às condições ambientais, e a sua sobrevivência dentro das condições naturais impostas. Mesmo nesses recuados tempos, a disputa da pesca, da caça, dos pastos e das águas, levava a muitas guerras e desentendimentos, na busca da maior harmonia possível.

Se pegarmos no exemplo relgioso, verifica-se que há expressões comuns dos crentes em vários Deuses; Deus, Alá, Jeová, Buda, que vivem em Igrejas, Mesquitas, Sinagogas e Pagodes. Elas são: “ Deus assim quer”, ” Deus assim o quis” “Deus é Grande” “Foi a vontade de Deus”, “São os desígnios divinos”etc. etc.
Ora, sendo assim, os crentes vivem apenas uma autonomia dentro duma vontade suprema! É assim para as almas. Para os corpos, a sua socialização e comportamentos sociais, são determinados pelos Estados, (separados das igrejas) que impõem leis e regras para ser cumpridas.

A actual caminhada para globalização, com o derrubar de fronteiras, com o comércio livre, circulação de pessoas e bens, em cada vez maiores espaços, leva à necessidade de regras comuns a eles aplicáveis. Aos acordos já conseguidos no âmbito da OMC e Ambiente, a actual crise financeira, iniciada na América, e rapidamente propagada a outros continentes, já está a levar ao reconhecimento da necessidade duma resposta global aos globais problemas, já se verificando as reuniões entre os Estados principalmente afectados, para uma acção comum, com regras que visam evitar a plena derrocada da economia liberal, que levou à falência do sistema financeiro, embora os seus famosos gestores tenham sido principescamente recompensados e sem que, agora, lhes aconteça nada!
Deviam ser presos durante uns anos, ficarem sem nada e viverem apenas do rendimento mínimo. Proponho eu.

Num futuro próximo, o grupo do G8 e do BRIC, têm de caminhar rapidamente para políticas comuns nos diversos domínios críticos para a Humanidade: Ambiente, Energia, Recursos Hídricos, Pescas, Política Agrícola, Saúde e Sistema Financeiro.
Estas são áreas que, que infalívelmente, têm de estar sob alçada dos Estados e nunca sob a cupidez dos interesses privados, que, como é sabido, só têm o interese no lucro imediato, não no bem estar social!

Torna-se evidente a necessidade de refrear a tendecial predominância da economia sobre as políticas que afectem o bem geral. A política deve predominar sobre todas as áreas principais da economia e a ela impor-se, claramente.
A história mostra que se passou de absolutismos para a participação democrática do povo em alguns Estados, embora estes, numa primeira fase, fechados sobre si mesmos, mas lentamente foram-se abrindo e a outros agregados para políticas comuns, de mútuo interesse.

Os cidadãos de cada nação estão a ganhar uma consciência mais universal e tendem a perceber que não podem decidir sózinhos sobre matérias que afectem terceiros.
A Democracia, que alguém disse ser o sistema mais perfeito dos imperfeitos conhecidos, será uma prática universal, e o voto do cidadão contará para um governo mundial, não só para a sua nação (reduzida a uma pequena unidade do sistema).

Deixará de haver emigrantes e imigrantes, porque o sentido territorial desaparecerá.
Apenas haverá fluxos migratórios! Aliás, como desde sempre, as populações deslocar-se-ão para onde ocorram factores que proporcionem a sua sobrevivência.
Ninguém se desloca para o deserto, em busca de fartura d’água.

No plano religioso, também muito há a fazer para o entendimento entre todos os Deuses, para que deixem de dar o mau exemplo de andarem à “batatada”!
Afinal, Deus não é só um? Embora cada um tenha o seu!
Para quê tantos dueses se o Céu é só um?

No meio disto tudo, na alhada em que estamos metidos, resta-nos a expressão “Deus assim quer”. Mas qual Deus?
Bem precisamos dum Deus único que una, e um Governo Global que governe!
Ah, a a Liberdade? Mas qual Liberdade?

Vá lá, toca a pagar a Deus o que é de Deus; o Dízimo, e ao Estado o que é do Estado; Impostos. O Estado tira mas dá alguma coisa; as regalias sociais, por exemplo.
Já Deus, há séculos que, através dos seus representantes, recebe as “oferendas”, mas há séculos que não deixa cair Maná do céu! Estará esquecido? Nestes tempos de crise era bem preciso.

Deus, dizem que está em todo o lado, já o Estado, cada vez mais nos vigia por vídeo-vigilância, por GPS, por radares, por escutas, etc.

Não tarda que cada bebé, após nascimento, logo no corpo receba um chip do Governo, para controlo social futuro! Na alma, ele já vem com um chip de Deus. Dizem!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Rua das Bocas, 880
4510-204 S.Pedro da Cova
Gondomar

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