POETA BARALHADO
Cair de tarde
Fim de dia
Quantos mortos na estrada
Quanta gente soterrada
Quantas greves
Quantas manifestações para as diárias precisões?
E eu
Armado em poeta
Com alguma hipocrisia
Num final de tarde
Num entardecer
Poesia a querer fazer!
Mas as acções não sobem ao céu do Capitalismo
E há o perigo da extinção dos mecenas
E aumento de penas!
Neste quadro
O poeta fica baralhado
O poema estragado
O poeta vai protestar
Por num fim de tarde
Num entardecer
Por poesia não poder fazer
Quando em Portugal muitas casas estão arder!
A solução?
Um milagre,
Mas bem cedo
Não esperar pelo fim de tarde
É que depois vem a noite!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
terça-feira, 19 de outubro de 2010
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