Nada é como dantes!
Com a crise, o povo já não faz funerais de arromba como dantes!
Agora, são como as bodas dos casamentos; com simples lanchezinhos ou cada convidado levando seu farnel, para comer enquanto passeia no Jardim Zoológico! É tudo poupadinho, E ninguém mexe no “pão” do noivo, que é só prá noiva, que, também devido à crise, não tem dinheiro para adquirir o certificado de qualidade europeia, segundo a norma ISO 901!
Mas, falando de funerais, estes dias, soube do falecimento dum conhecido meu, que era muito amigo de dar nas vistas, sempre com um BMW,s e Mercedes usados parecendo novos, mas, volta e meia, parados na berma por falta de gasolina! Quando dava boleia, o pessoal reparava que a “gasosa” estava sempre no quarto final ou já na reserva! De vez em quando apanhava um lorpa, que pagava meio depósito! Enfim, era amigo de gastar o que não tinha ou era dos outros!
Quando me deram a notícia do seu infausto passamento, repliquei:
-“Mas, eu de nada soube! Compro o Notícias, todos os dias. Consulto, sempre, a lista dos “embarcados” (sim, porque somos um país de marinheiros) e não vi foto nem nome! De certeza que foi um funeral de luxo. Imagino. Que pena não ter visto!”
-“Não. Estás enganado”, disse meu amigo, continuando:
-“Ele estava completamente teso! Nem ele tinha dinheiro para o funeral nem a segurança social”
-“Então, qual foi a solução”
-“Coitado! Foi sozinho, a pé, cheio de fé em dar com o caminho pró cemitério. Conseguiu! Quando lá chegou, cansado, deitou-se, até hoje! Até ao dia de, outra vez, ficar teso! Quer dizer: de pé! Ele foi sempre um homem de fé!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
sábado, 9 de fevereiro de 2013
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