Figas no Jornal de Notícias

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Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Unir, não dividir.

UNIR, NÃO DIVIDIR
Nos actos comemorativos dos 15 anos da elevação de Rio-Tinto a cidade, o repórter chama a atenção para a ausência de representantes da Câmara, assim como realça que todas as forças políticas são a favor de Rio-Tinto a Concelho! Lindo! Poético! Comovedor!
Como Gondomarense, não como S. Cosmense ou Sampedrense, não aceito a concrectização de tal ideia. Porquê?

1º Porque o facto de Rio-Tinto ter sido Concelho durante sete meses no ano de 1867 não colhe. Tanto mais que nesse período o Concelho de Rio-Tinto englobava as paróquias de Águas-Santas, Covêlo, S. Pedro da Cova, Gondomar, Valbom, Alfena e Valongo!

Será que Valongo e Valbom e Gondomar (agora cidades) voltariam a pertencer a Rio-Tinto? Não brinquemos.

Se é para brincar, além de Rio-Tinto, proponho Gondomar, Fânzeres e Valbom, como um conceolho, outro com S. Pedro da Cova, Foz do Sousa e Jovim,, outro com Covêlo, Medas e Melres e dou, de borla, a Freguesia da Lomba a Gaia!

2º-O movimento de criação de Concelhos teve em Portugal uma dinâmica de altos e baixos! Em meados do século XIX, o número de Concelhos ultrapassou os 700!
Rio-Tinto, Gondomar e Valongo na época tanto eram Concelhos como deixavam de ser! Campanhã também já pertenceu a Gondomar! Já agora, Portugal também já foi de muitos povos! Não esquecer que o fundador de Gondomar era visigodo! O tal rei Gundemaro, a quem lhe dão um quelho como honra! Imaginem, agora, que os Godos e Visigodos e até os mouros reivindicassem antigas terras! Sria bonito.

Não se esqueçam que o Mundo pula e avança.

Passando à modernidade, ao tempo de globalização e de concentração a todos os níveis, não faz sentido em dividir, mas sim unir.
Não é com divisões que se aumenta a unidade!

A administração dum territórtio não deve enfermar de espíritos clubistas, mas sim racionais e lógicos, que favoreçam desenvolvimentos, não atrasos! Caminha-se para a continentalização dos espaços e não para regionalismos bacocos!

3-ºActualmente, a nível político, tanto PS como PSD reconhecem que é preciso fazer nova reforma administrativa do território, pois que metade das 4260 freguesias tem menos de 1000 (dez freguesias até têm menos de cem eleitores) e 36 Concelhos tem menos de 5000.
Isto tem alguma piada? Claro que ninguem quer deixar de ser Presidente e deixar de ter um Volvo ou um Mercedes como carro oficial a representar um Concelho liliputiano!
Eu penso e sou adepto que se deve caminhar para criação de unidades administrativas das grandes áreas metropolitanas. Os actuais concelhos que as compõem fariam o papel das actuais freguesias! Claro que se poupava nos cargos políticos (presidentes, vereadores, assessores, deputados e nos serviços duplicados. Haveria só um planeamento e uma política para a região.
Claro que esta mudança, dentro do nosso espírito de portugal dos pequeninos, e cada um a querer reinar no seu quintalzinho, isto é praticamente impossível, porque ninguém quer abdicar de reinar e quem não reina ainda quer mais retalhar!

O exemplo do recém criado Concelho da Trofa é bem uma amostra do desencanto para os trofenses e mais um ônus para terceiros! Imaginem que, em onze anos após a elevação a Concelho, a dívida já ascende a 64 milhões de euros; 1700 de dívida a cada trofense! Não brinquemos à criação de Concelhos.

Tenhamos a coragem de os reduzir o número de Freguesias e Concelhos. As sinergias ganhas propulsionariam a progresso estrutural sócio-económico cultural de Portugal. Não adianta pedir a redução da despesa pública e a redução do funcionalismo senão reduzirmos a máquina da potência da máquina administraiva.
Defender o contrário é defender a mesquinhez e demonstrar miopia em relação ao futuro da globalização e da concentração de espaços e de organizações, tanto económicas como políticas.

Felizmente que o Movimento de Rio-Tinto a Concelho, democraticamente tem-se apresentado a sufrágio e tem vindo a perder força, passando de de 3 deputados para 2, o que revela que o povo não alinha nas vantagens acenadas!
É um balão que tende a esvaziar-se. Ainda bem! Já passou a euforia!
Estava a ver que qualquer dia a minha rua seria uma Freguesia!
Unir é o caminho, não dividir.

Se Portugal entrou na Europa, para mais beneficiar com a unidade dum Continente, qual a vantagem de Rio-Tinto sair de Gondomar? Nenhuma.
Eu, que sou contra a falta d´ética das políticas de Valentim, apoio-o quando no âmbito do seu cargo diz não a tal pretensão. A ele talvez lhe interesse, porque quer ter um grande coração de Gondomar na carteira, a mim não, quero ter inetiro e não me importa que inteiro entre numa única unidade administrativa da região metropolitna do Porto! Unir, não dividir.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

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