Uma verdade, num azulejo de Toledo

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> UMA VERDADE - NUM AZULEJO DE TOLEDO
> //(VER ANEXO)//
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> /A SOCIEDADE É ASSIM:/
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> /O POBRE TRABALHA/
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> /O RICO EXPLORA-O/
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> /O SOLDADO DEFENDE OS DOIS/
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> /O CONTRIBUINTE PAGA PELOS TRÊS/
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> /O VAGABUNDO DESCANSA PELOS QUATRO/
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> /O BÊBADO BEBE PELOS CINCO/
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> /O BANQUEIRO ESFOLA OS SEIS/
>
> /O ADVOGADO ENGANA OS SETE/
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> /O MÉDICO MATA OS OITO/
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> /O COVEIRO ENTERRA OS NOVE/
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> /O POLÍTICO VIVE DOS DEZ/”

Agora, o Figas acha que:
os poetas qualquer artista deve ter a arte de:

1º-Encantar o pobre que trabalha.
2º-Obter patrocínios do rico.
3º-Glorificar as batalhas dos soldaddos.
4º-Convencer os contribuintes a contribuirem para a arte.
5º-Fazer odes, de alto valor poético, à vagabundice,
6º-Enaltecer as castas, para garantia de bebedeiras de boa qualiade,
7º-Elogiar os banqueiros e promovê-los mecenas!
8º-Dizer mal dos advogados. Para fingidores bastam os poetas!
9º-Não ligar aos médicos. Devem morrer, como nós, rodeados de remeédios!
10º-Os coveiros; arquelógios falhados!
Em vez de encontaram corpos antigos enterram os novos!
11º-Os políticos merecem o nosso maior respeito.
São pessoas sérias que metem contra a sua vontade!
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Silvino Figueiredo
Gondomar