DA MEMÓRIA DO QUE SOMOS
Fui menino,
dez reis de gente!
Devagar, devagarinho,
fui crescendo,
com leitinho do presente,
e,
cada passo dado
me preparou para o futuro
e foi fazendo meu passado!
Fortaleci minhas raízes,
engrossei meu tronco, dei frutos,
tornei outros felizes!
Da memória do que sou
conservo algo que tenho sido,
e a qualquer lado que vou,
levo o passado comigo!
levo o homem menino,
levo o homem criança,
levo o timorato,
levo o forte e o fraco,
levo o inocente e o esperto
levo a esperança
e sinto-me duna e grão d’areia no deserto!
Espanto-me com o tudo fora de mim!
sinto-me rajada de tempestade,
raio de claridade,
sinto-me em silêncio ou em toque de clarim!
Sinto-me de alguém glória,
mas não perguntem da memória,
ainda não me entendo,
só vós,
que me vêdes,
que me lêdes
é que tentais perceber o que vou sendo!
Eu ainda estou no presente,
o futuro ainda me espera,
até que chegue, finalmente, o:
“Figas já não é...
já era!”
Talvez aqui comece a história
da minha memória.
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
(Silvino Taveira Machado Figueiredo)
Gondomar-PORTUGAL 25/03/2008
segunda-feira, 14 de julho de 2008
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