Figas no Jornal de Notícias

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Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dissolução da Câmara dos Deputados



Dissolução da Câmara dos Deputados.
D. Miguel restabelece o absolutismo

“Honrado Duque de Cadaval, primo e amigo. Eu, o infante regente em nome de el-rei, vos envio muito saudar, como àquele que muito amo e prezo. Por decreto da data de hoje fui servido, em nome de el-rei, usar da atribuição do poder moderador no título V, cap. I, artº 74.º$ 4 da Carta constitucional, e dissolver a Câmara dos deputados. O que vos comunico que façais presente à Câmara dos dignos pares, de que sois presidente, a fim de que assim o fique entendendo, como lhe cumpre."

Escrito no Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, aos 13 dias de Março de 1828.”

In História da Gurra Civiil, de Luíz Soriano, tomo II, pág. 223.
Assina, com sêlo, D. Miguel, infante regente.

Aqui está a “rica prenda” de que Gondomar se orgulha de lhe dedicar vinte e um arruamentos com seu nome!

Já imaginaram a Assembleia da República receber ordem dum “divino iluminado” destes, que traiu seu irmão e tentou impôr o absolutismo em Portugal, originando uma guerra civil?

Em todo o país não há concelho com tanto miguelismo como em Gondomar! Infelizmente, logo após a vinda do Major para Gondomar, tive uma reunião com ele, para lhe expor a situação e a pouca honra que era para Gondomar, em democracia, honrar quem dela queria ser carrasco, sugerindo que seu nome fosse retirado das ruas do Concelho.
Infelizmente, o Major é um homem (vim a constatar mais tarde) mais virado para os negócios, tanto mais que a determinada altura da audiência, presenciada pela Drª Clotilde, perguntou-me quem tinha sido D.Miguel! Logo ali fiquei elucidado do género do homem que tinha à minha frente. Percebia muito de futebol, mas quanto a Cultura, estávamos conversados! Dispenso-me de mais comentários.
Porém, se acho que nada dignifica Gondomar honrar quem queria calar quem em nome do povo falava, hoje saio em defesa de D. Miguel, para que seu nome esteja bem visível, para vergonha de todos nós, e não desaparecido pela ferrugem, mas sim pela vontade dos democratas. Basta de Miguelismo. Retirem as placas com seu nome ou, entretanto, dêem-lhe brilho, para que não aconteça como estas placas toponímicas, da Travessa de D. Miguel, em S. Pedro da Cova. Uma, num extremo, está cheia de ferrugem e caminha para a inilegibilidade, enquanto noutro extremo o nome de D. Miguel já foi “comido pela ferrugem! Agora, da placa emergem tímidas flores, como que dando paz à sua alma! Já agora, placas ferrugentes não faltam por aí! Para quando a sua uniformização e não umas de mármore, muitas destas partidas, e outras em chapa, muitas destas ferrugentas! Bem sei que não dá tantos votos como um concerto do Tony ou uma ida à Malafaia!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

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