Quedo-me a lucubrar!
Quedo-me,
Quedo-me no meu lucubrar,
Sem encontrar lucubramento
Que que me tire do meu quedar!
Vejo, ao redor de mim,
Volteando,
Quem muito não se queda!
Fico lucubrando
Se procura grande perda!
Bem sei que a Terra gira
E nós com ela girando,
Quem não se queda dança o vira,
Quem quedo fica olhando!
É verdade,
É questão de fé;
Todos nós vamos girando,
Mas, quando dela exorbitando
Todos querem o céu,
Nem que seja a pé!
Entretando,
Vou lucubarndo.
Quão longe, a lucubrar, se pode chegar!
Para o Céu não vou,
Só se alguém me levar!
E lá, pode-se lucubrar?
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Autor: Silvino Taviera Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Sócio 15727 da SPA.
Gondomar
segunda-feira, 26 de abril de 2010
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