A busca
Muitas vezes me perco,
Muito tempo me procuro,
E nunca sei o sítio certo:
Se no claro ou no escuro!
Tempo de procura que gasto
É sempre um tempo perdido,
Pois nunca encontro o rasto
Do eu, de mim desaparecido!
E à noite, quando me deito,
Eu durmo, tranquilamente!
Com meu eu fora do leito!
Quando surge um novo raiar,
A nova claridade me encanta
Para continuar a me procuar!
Há gente que já sabe quem é
Eu ainda não sei o que sou
Continuo a me procurar, a pé,
Passo a passo longe eu vou!
No final, quando me encontrar,
Será um outro a me procurar!
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Autor: Silvino T. M.Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
sábado, 20 de novembro de 2010
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