Figas no Jornal de Notícias

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Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Oremos ou Euremos?

Oremos ou Euremos?!


A Igreja, finalmente, numa manifestação de cooperação e solidariedade com as dificuldades do Governo em diminuir o défice, e atendendo que Deus está em todo o lado e em toda a parte, porque Omnipotente, Omnipresente e Omnisciente, está apensar, seriamente, em tomar a seguinte medida:

Dispensar os crentes de irem a Catedrais, Igrejas e Capelas, vigorando esta medida até ao final de 2013,

As vantagens que resultariam desta medida são as seguintes:

1ºVantagens ambientais:

Menos poluição do ar devido ao menor consumo de combustíveis nas deslocações.

Menos gastos de roupas e calçado.

Menos perfumes, menos adereços e terços!

2ºVantagens económicas:

Dispensa de deitar moedas nas bandejas para santos e santinhas, que aguentam, perfeitamente, o jejum até 2013, por isso é que são santos! Todavia, em caso de necessidade podem recorrer à ajuda do Banco Alimentar Celestial!

3ºVantagens auditivas:

Dispensados de ouvir sermões (é cá cada um!) homilias e outras prédicas periféricas!

4ºVantagens espirituais.

Atendendo que muitos dizem que só um Deus, mas cada um tem o seu, cada crente terá a oportunidade de, no recato do lar, com Ele falar e ter assistência espiritual personalizada, sem interferência de terceiros.

5ºResultados globais. Os ganhos desta medida fortaleceria o escudo resistente dos crentes ao assalto do saque do Gaspar, (folgando do da Igreja) dando mais força para o mandar bugiar. Todavia, para que o Gaspar ficasse impressionado, com tal bondade, os lucros obtidos na dispensa de gastos religiosos seriam entregues ao Gaspar, que ficaria impressionadíssimo com tanta caridade! E quem sabe, não meteria uma cunha no Vaticano, para que o Cardeal atingisse a Santidade! Além do mais, seria um ato apostólico de evangelização junto daqueles troikianos protestantes. Estou mesmo a ver a Merkel a vir a Fátima, dar quatro voltas à capela, de joelhos!

Por fim, a Igreja, compromete-se a continuar a usar a sempre velha expressão “ Oremos”, mas nunca, nunca “Euremos”, que é o que muitas vezes acontece!

Em troca, o Governo compromete-se de nos serviços religiosos essenciais; casamentos, batizados, funerais e missas do sétimo dia não aplicar o IVA nem exigir fatura ou recibo.

Entretanto, aproveitando a eventual diminuição de serviços a prestar, a Igreja vai aproveitar este período para se adaptar à modernidade, e deixar de, também, imitar o Governo no:

“Olha pró que digo, não pró que faço”

Oremos, dizem uns.

Euremos, dizem outros.

Em que fiquemos?

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Autor:Silvino Taveira Machado Figueiredo

Gondomar

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