Poema grávido
Deitado, na escuridão do quarto,
Olhos grávidos da luz do dia!
Ao lado d’outros olhos,
Já fechados,
Espero dar à luz
A saudade de momentos passados!
Quando acordo,
A aurora lava-me do parto,
Donde parto para outra gravidez
Doutro dia, para encher,
Na escuridão, dum quarto fechado,
De alegria, da claridade de mais um dia passado,
Que vira saudade!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
sábado, 5 de janeiro de 2013
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