Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Migrações

Migrações! Os povos, desde sempre migraram na Terra. Não é de admirar, pois que também a Terra não é fixa e migra para pontos diferentes no infinito. No início do século xv, historiadores calculam que a população portuguesa pouco ultrapassava o milhão e meio, e Cristóvão Colombo calculou que metade morreu durante os descobrimentos! Espantoso, que apenas uns milhares de portugueses, embarcados na busca de novas oportunidades buscaram por melhor vida! As especiarias, à época, chegavam à Europa via estreito do Bósforo, onde Constantinopla imperava, cobrando direitos de passagem, que cessaram com a queda da cidade de às mãos do sultão Maomé ll, em 29 de Maio de 1453, com a ajuda da então moderna artilharia húngara, que viu recusada seus serviços pelo Imperador Constantino XI, último do Império Bizantino. Com a queda de Constantinopla, e com a gulosice do Sultão, que aumentou em sete vezes as portagens sobre a passagem das mercadorias de e para a Ásia. Assim, tornou-se evidente que seria vantajoso descobrir alternativa para a importação das especiarias. Ora, aqui surgiu o nosso Infante D. Henrique, que olhando o mar à sua frente, e numa perspetiva de bom negócio, iniciou a busca, por mar, para chegar à Índia. Depois de consumada a descoberta e o negócio estar em velocidade de cruzeiro, com os Armazéns da India, em Lisboa, a servirem de abastecedores das cortes europeias a do norte da Europa tornou Portugal numa importante nação europeia, mesmo mundial! O negócio era de tal modo vantajoso, que aos armadores bastava salvar uma nau em cada dez, carregada de especiarias, para ser um bom negócio! Ora, Portugal, nessa altura quase que se despovoou, tanto para a necessária provisão de marinheiros nos navios, assim como para guarnecer diversas fortalezas e feitorias, situadas na rota de passagem dos portugueses para as trocas comerciais. Também, a nível interno, digamos pan-europeu, os povos deslocavam-se na sazonalidade dos trabalhos agrícolas; trabalhos nas sementeiras e nas colheitas. Hodiernamente, observa-se transumância industrial, migrando os povos à procura de trabalho, para onde ele existe. Por tudo isto, não é de admirar que o processo milenar migratório cesse, porque há sempre quem ofereça trabalho e que dele precise. Se, antigamente, levas de gente deslocava-se duma província para outra, com dias de marcha, e lá ficava uma temporada, agora, em duas ou três horas de avião arranja-se onde se ganhar pão! Não é muito curial exigir que os Governos, quais senhores de reinos, deem trabalho e pão toda a gente, porque o trabalho só é dado na medida em que é preciso! E se acham que é negativo o Governo incitar à emigração, não é nada de anormal, porque já antes se fazia o mesmo sem ninguém mandar. Eu próprio também já fui emigrante. Mais importante do quer ser feliz na terra onde se nasceu e se quer viver é sentir-se feliz na terra onde se está, que dá pão e paz para se viver! Ficar? Emigrar? Depende. É um calhar. Uma coisa é certa; os nossos antepassados deixaram muitas portas abertas para o Português brilhar! ………….xxxxxxxxxxxx…………….. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar

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