Figas no Jornal de Notícias

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Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

domingo, 7 de junho de 2009

Paguem aos eleitores

Em 21/10/1999 escrevi e foi oublicado na imprensa local o seguinta artigo:

"O Homem está, cada vez mais, mais materialista! Está rareando o espírito de servir sem interesse!
Fiquei de "boca aberta", quando, como delegado (independente) do PS a uma secção de voto, soube que os elementos que compunham as mesas eleitorais eram remunerados com mais de seis mil escudos, cada! Todavia, os delegados nada recebiam! Bonito!
Não acho correcto, porque os partidos devem ter, entre os seus militantes, quem deva dar o exemplo de servir, gratuitamente, o acto mais nobre num regime democrático: o de votar.

Nas subsequentes conversas, tidas com vários elementos partidários, apercebi-me que: se, antes, havia dificuldade em arranjar elementos para as mesas, agora, até já se guerreiam e alguns ficam zangados por terem sido preteridos- "é que são seis contos bons de ganhar", dizia alguém.
"Que democracia é esta: em que os da mesa recebem, mas os delegados não?", pensei!.

Realmente, parece que ainda estamos na república das bananas! Porque uns comeram-nas e os outros escorregam nas cascas!

Eu já tinha tido esta ideia, porém nunca a tinha vertido para o papel, como proposta visando a diminuição da abstenção do Povo nos actos eleitorais, porém, ao verificar a grande percentagem de abstenção, aqui vai a minha a proposta:

Já que pagam aos membros das mesas eleitorais, já que os eleitos vão comer de "bons tachos" durante quatro anos, proponho que se remunere, simbolicamente, cada eleitor, com um senha de mil escudos para o almoço ou para o lanche, em cada acto eleitoral.

Seriam, mais ou menos, uns sete milhões de contos gastos para combater a insuficiência ética de participação democrática, mas compensava!
O Povo ia votar e depois, ia para a patuscada!

Se já pagam aos que estão nas mesas, sentados, podiam dar algum aos eleitores, para petiscarem de pé, aos balcões encostados!
De certeza que as eleições seriam mais alegres; com os comes e bebes!"

Hoje, só acrescento que não concordo com o voto obrigatório, porque a abstenção seria maior na revolta do voto em branco ou nulo. Acho sim, que num sistema capitalista, já que os eleitores são juízes que ditam sentenças e, como sabemos, estes são remunerados, os eleitores, também juízes, deveriam ser remunerados.

Afinal, após o votos, os eleitos começam lgo a "mamar", mas que é que antes dão aos eleitores? Só promessas. Num sistema capitalista os votos também devem ser vendidos (não com electrodomésticos) mas postos em leilão. Por que não criar uma Bolsa de Votos?

Os Partidos poderiam fazer OPA,s, mas nada de Off-Shores. Quem desse mais levava os votos, mas tinham que dar bons dividendos durante o mandato. Esta ideia poderia dar lugar a uma nova actividade comercial; a de Corretores de Votos. Esta coisa de votar de borla, só para outros engordare, tem de acabar e passar à história. Num sistema capitalista, onde só impera o interesse do capital, vender o voto também será normal!

Já agora, adaptando a fórmula de Lavoisier: Tudo se compra, tudo se vende, nada se dá. Paguem aos eleitores. Já.

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