Sóis que se levantaram,
Subiram ao meio-dia,
Luz que deles reflectia
mentes iluminaram.
Andaram de mão em mão:
-“Olha. Veio no jornal!.
Era alegria da publicação
Num diário de Portugal!
Foram muitos anos de poesia,
Mas tudo que começa acaba,
Nem sempre durou a alegria,
Que à tristeza deu chegada!
Não mais raios do luar
Nem suspiros do coração,
Não mais terras a louvar
Nem ais de lamentação!
Tiraram aos poetas papel
Duma página de jornal,
Eram como pingos de mel
Do alimento espiritual.
Os poetas não têm azedume;
Pois serem abandonados
É prática do costume!
Resta-lhes, como sempre,
Sós ou acompanhados,
Livres, irem em frente!
Poetas agradecem ao JN
Os poemas publicados,
Embora quem, ao leme,
Com seu poder, ordene
Doravante dispensados!
Quem sabe, se um dia
Volte a brilhar a poesia
Um dia por semana.
Ela anda sempre por aí,
Como anda o Santana!
Sóis continuam a nascer
Em cada poema escrito!
Por cada um sol poente
Há sempre um nascente
E poesia no infinito!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
domingo, 12 de julho de 2009
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