Poema podre
Oiço palavras,
Que rasgam o silêncio do ar puro
E são seus algozes,
Que o violam,
Que lembram prendas
Em ruidosos embrulhos,
Comparo-os a entulhos,
a vazios odres
Ou a nozes,
Que quando abertas são podres!
Oiço palavras no ar,
Que devia ser papel,
Apenas para palavras de amor e paz embrulhar,
Mas não!
No ar anda toda a poluição,
Nele comparo palavras a vazios odres
Ou a nozes,
Que são podres quando as abro!
Perante isto,
Um poeta também se enerva
Também pode ser maroto
E dizer, num suspiro:
-”Não resisto.
Merda para o ar que respiro
E para a palavra quioto;
Palavra vazia
como vazio odre,
Como noz,
Que quando aberta.......
é podre!
Oiço palavras no ar,
como vazios odres,
como nozes....
podres!
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Autor deste original inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Sócio da Sociedade Portuguesa de Autores
Gondomar
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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