Figas no Jornal de Notícias

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Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

sábado, 16 de janeiro de 2010

EVOLUÇÃO PARA O SOCIALISMO
Descansem que não vou fazer uma dissertação científica sobre a evolução dos povos para o socialismo. Apenas uma divaga~ção sobre eventuais caminhos civilizacionais.
Para começar, parto do antes e depois da Revolução Francesa e da Industrial. A primeira porque deu voos aos povos para uma maior participação na discussão da “cousa pública”, a segunda porque alterou a origem da riqueza humana!
Durante milénios a riqueza de cada um assentava nos hectares de terra possuídos, na sua exploração, sendo para tal facto necessário empregar milhões de braços! Só que, depois da Revolução Industrial, com a chegada da máquina a vapor e da electricidade, o homem deixou de estar dependente da produção dos bens da terra para depender dos produtos feitos pela máquina e com eles aceleradamente enriquecer!
As subsequentes guerras civis europeias, na emersão das Cidades Estados para identidades nacionais, assim como as perseguições religiosas ou crises de fome, (a crise da batata na Irlanda) levaram a milhões de pessoas em demanda do novo mundo; as Américas!
Uma vez chegados, a fartura era tanta, tanta era a vastidão dos horizontes, que fácil se tornou roubar terras a quem as tinha nas terras dos bizontes. Sabe-se que na Guerra de Cessação, Lincoln atraíu para as fileiras do Norte milhares de alistados alemães, vindos da guerra civil, promentendo (se vitorioso, o que veio a acontecer) muitos hectares de terras aos soldados, para o assentamento das suas famílias. Depois foi o subsequente desenvenvolvimento que a milhões tornou fácil o “veni, vidi, vici” de César!

Os EUA, assim como os países da América do Sul, tornaram-se grandes paraísos das árvores das patacas, tendo originado que originais consciências comunais dos povos, delas previamente imbuídos, rapidamente desaparecessem!

Antes da Revolução Industrial os povos viviam e estavam habituados a viver em pequenas comunidades, à divisão e partilha de tarfeas comuns, a que todos estavam obrigados. Tudo isso, foi-se diluindo à medida que se ia descobrindo que, enfim livre, um homem podia viver sem precisar dos outros ou para com eles ter obrigações, tanto morais como materiais!

Até recentemente, compreendeu-se a razão do espírito americano do “enriquece ou deixa enriqueceer”.
Só que, com a evolução da sociedade; tanto a nível industrial como social, a terra deixou de ocupar tantos braços, sendo estes substituídos pelas máquinas. Está-se a chegar, novamente, a um novo espírito comunitário, ou seja: é preciso ocupar todos os braços, dar-lhes uma tarefa.
Tal só é possível com mais e melhor Estado, que cuide duma harmoniosa política social para todos; o tal socialismo democrático!

Na agricultura faz-se o pousio das terras para que re refaçam do desgaste, só que no frenesim da sociedade consumista ninguém quer parar as máquinas produtivas, que dispensam braços!
Mas, acontece que os braços também tem barrigas que precisam de alimento! Daí que, para evitar graves convulsões, a necessidade de politicas sociais para quem não tem trabalho, tanto na terra como nas máquinas, embora haja resistência dos contribuintes, mas não há outro caminho.

É nesta sequência, porque não há mais terras para distribuir nem mais necessiade de máquinas para produzir, que se chega ao ponto do aparecimento dum Barack Obama, para pagar saúde a quem não pode e puxar as orelhas aos “fats cats”, ou até mesmo um Lula, que no seu primeiro mandato era que cada brasileiro tivesse o seu café da manhã. Vejam só! Outro socialista!

O actual sistema produtivo, sempre imbuído de objectivos e metas a atingir, tem de afinar a sintonia entre quem produz e quem consome.

Das duas uma: ou se afina o número de máquinas para produção básica necessária aos consumidores ou se reduz o número destes, o que já está a acontecer nas sociedades industrializadas, porque uma vez que meteram a mulher no sistema, esta não tem capacidade simultânea de trabalhar e de procriar filhos para aumentar a população, em número suficiente para aumentar a população do país. Seria necessário cada casal ter três filhos.

Olhando às condições sociais-laborais tal não é possível. Se querem consumidores a juzante há que cuidar de políticas deles criadores a montante!

Quando se vê um pobre, há que decidir; ajudá-lo a enriquecer, para se tornar um consumidor, ou deixá-lo morrer para não consumir.....a sociedade!

Não se esqueçam que os braços também tem barriga e quando não há pão todos ralham e ninguém tem razão!
A evolução tende para a tal Aldeia Global, onde todos terão lugar, todos direitos e obrigações, sem que uns ganhem milhões e outros só tostões!
É que já não há mais terras para descobrir, não mais índios para roubar!
Há apenas que saber evoluir para partilhar: o tal socialismo democrático, para pagar saúde a quem não pode e dar trabalho a quem precisa ou na sua falta encher-lhe a barriga! O tal socialismo democrático. Não há outro caminho. O globo é uma aldeia global! Nas aldeias o trabalho é comunal!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

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