Corpo; altar da dor e da saudade!
Quando alguém parte;
foi fogo
que de seu corpo sua alma levou!
ficando só alicerces, como altar,
no corpo de quem ficou,
onde arde a dor da saudade,
mas, com a argamassa da dor
e com pincéis procure a beleza da côr
para pintar novo interior,
nova paisagem,
onde, com claridade
sobressaia o amor
por quem partiu de viagem.
Nos corpos que ficam,
ficam como altar,
onde a dor, como fogo lavra
tentando que, dos alicerces,
a vida lavre como lavrava;
a melhor homenagem,
a quem partiu de eterna viagem,
que onde quer que esteja
na vida de quem ficou se reveja!
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)Gondomar
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
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