Procurei,
procurei
até que achei um calhau poético!
Logo que o vi,
vi que a poesia morava ali,
embora não estivesse à vista!
Moisés,
nele não tinha escrito Altamiras
nem Foz Coas,
mas pressenti que ,
ali,
daquele calhau poético,
podiam sair poesias,
das boas!
Peguei numa marreta,
foi à marretada que
dum calhau ia tirando poesia lascada,
escondida em cada lasca,
enquanto me lembrava que
os esquimós também a faziam no Alasca
na neve gelada!
Num humano frenesim
desfiz o calhau poético,
e por vezes,
em cada pancada,
saltava um verso eléctrico,
um electrão de inspiração!
Cada poema, em cada lasca,
é poesia em forma de lança
que penetra em cada poeta!
Guardei os poemas das lascas,
mas vou mostrando
alguma poesia de pedra lascada!
Agora,
só tenho a esperança
de encontrar um outro calhau poético,
mas com faces bem polidas,
onde um escriba
dum qualquer deus da poesia,
diga da poesia
e qual a sua medida
Que seja um querer régio
e quem fora dos seus mandamentos
seja um sacrlilégio.
Entratanto,
eu vou partindo calhaus às lascas,
fazendo poesia de pedra lascada,
e de vez em quando mergulho no mar poético
e apanho umas ostras!
De quando vez lá sai-me uma pérola poética!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figuiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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