Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sonhar é fácil



Nos jogos políticos, raramente se joga com o pragmatismo das situações, que exigem soluções concretas, baseadas na exequidade prática das mesmas e não apoiadas por emoções irracionais. Este intróito apenas serve para recordar um exemplo no auge de criar "novos" concelhos em Portugal, que era o que estava a dar! A continuar, talvez se chegasse, outra vez, aos mais de setecentos concelhos existentes antes da reforma, no século, XIX, por mouzinho da Silveira, que reduziu o seu número para os quase actuais 308. Baseados nos factos, de algumas terras terem sido, fugazmente, concelhos, caso de Rio-Tinto, que nem um ano gozou desse estatuto, alguns promotores de tachos, acharam ocasião azada para tentarem a sua sorte. No processo reivindicativo de Rio-Tinto voltar a ser concelho, baseado na tal efémera experiência, o que ressalta, em democarcia, é que tal reivindicação foi aprovada por unanimidade em 1 de Marcço de 1996 na Assembleia de Freguesia. Espantoso é não ter havido nem uma única voz dissonante, que fizesse ver a futilidade de tal reivindicação, já que na altura, todos os sinais eram para uma diminuição da máquina administrativa do território e não a multiplicação dos municípios e o correspondente aumento de despesa.
Como costumo guardar alguns jornais, estes dias, ao precisar de papel para a ignição duma fogueira, deparei-me com este exemplar de "o jornal de RIO-TINTO", editado pela Junta, no tempo em Carlos Pires era presidente. Quinze anos quase passados, criado o Movimento por Rio-Tinto a Concelho, que foi enchendo e subindo, mas que agora está a perder altura e  o masi provável é arder , devido à corrente fria para a formação de concelhos. Pessoalmente, eu acabava com todos os concelhos da área metropolitano do Porto, ficando as actuais Câmaras a fazerem o papel de Juntas e estas transformadas em clones das lojas do cidadão. Curioso, é que, agora, na perspectiva da redução do número de freguesias, a Assembleia Municipal de Gondoamr, também por unanimidade, achou que tudo está bem como está e que não há necessidade da redução do seu número de freguesias no concelho de Gondomar. Estes políticos são uns cómicos! Só obrigados ou empurrados é que dão saltos para a frente! Claro que pensam que todos ficam bem na fotografia, pois que, sempre podem dizer:

-"A gente não queria mas o Governo quer e a Troika manda"

Pois é. Lá terá que ser.
Deixem-se de bairrismo saloios!

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