Nova Câmara de Gondomar na Foz da Sousa.
“Brasília foi construída (as obras começaram em novembro de 1956, depois de Juscelino sancionar a lei nº 2.874) a fim de ser a nova capital do Brasil. A idéia era transferir a capital do Rio de Janeiro para o interior do país. Ao transladar a capital para o interior, o governo pretendia povoar aquela região.” (da net)
Há muito que defendo que o novo e há muito necessário edifício da Câmara Municipal de Gondomar devia ser na freguesia denominada Foz do Sousa, na área onde está a atual junta. Que ficaria mais equidistante a todos os Gondomarenses.
Acontece que os nossos políticos tendem a governar para o imediato e não querem assumir o combate contra interesses instalados, com o chavão de governar é para as pessoas e como tal onde há muitas pessoas, não se preocupando num desenvolvimento mais homogêneo do território que administrado, prejudicando o desenvolvimento homogêneo do todo e só beneficiando uma parte. O governar para o imediato é satisfazer áreas da concentração eleitoral, central, gerando maior caos urbanístico e viário! Claro que candidato à Câmara, que diga que fará o novo edifício da Câmara na freguesia da Foz do Sousa arrisca-se a não ter o apoio dos 41.364 eleitores de Rio-Tinto, porque o egoísmo de cada um é querer Esquadra, Tribunal, Posto de Saúde, Finanças, a Câmara, tudo à porta, borrifando-se para outros Gondomarenses, os de Melres, por exemplo, que tenham de percorrer 30km para vir à sua Câmara, enquanto que, um dos argumentos dos separatistas rio-tintenses, (antes da construção da Via da Conduta) para puxarem a sardinha à sua brasa de Rio-Tinto a Concelho, alegavam que percorrer 4km até à Câmara era muito longe! Imaginem.
Devem considerar-me um louco, por pugnar pela construção da nova Câmara de Gondomar na Sousa. Não admira, porque também a resistência foi grande quando, o Presidente Juscelino Kubitschek, decretou, de acordo com a Constituição Brasil, que a capital fosse no interior, visando interior do mesmo. Foi em Brasília, a duas horas do Rio. Quando visitei Brasília, nos anos 80, ainda apanhei muita polémica de descontentamento por tal ousadia! No Rio de Janeiro, de onde se transferiram, a partir da década de 60, serviços governamentais e embaixadas, é que era o bem bom!
Porém, passados poucos anos, deu logo para perceber a mais valia que foi a nova capital ser novo centro de desenvolvimento a partir do interior, visando o desejado maior desenvolvimento do todo e não só do litoral! Salvaguardando as devidas diferenças, acontece caso o mesmo em Gondomar, como o desenvolvimento concentrado nas freguesias urbanas encostadas, ou quase, ao Porto; Valbom, S.Cosme, Rio-Tinto e Baguim, sendo o resto quase só paisagem! O total dos eleitores das quatro freguesias (das doze que compõem Gondomar), totalizam 88.019 eleitores, representado 62% do total dos 14.0599 eleitores Gondomarense, inscritos em 2009.
A Câmara, sedeada na Foz de Sousa, seria um novo polo dinamizador do Concelho, com rápido e desafogado acesso ao Porto, completando a o tráfego da D. Miguel! Assim, a marginal do Douro, com curvas e mais curvas, não serve o desenvolvimento Gondomarense. Ainda me lembro, no início da década de, 50 do século passado, da inauguração, pelo General Craveiro Lopes, da ponte sobre o Rio Sousa. Desde então, a marginal parou no tempo, com os barcos-hotel rio acima no Douro e Gondomar a vê-los passar!
Até hoje, nunca li nem ouvi nenhum executivo camarário exigir ou a reivindicar a transformação da marginal do Douro, ao longo dos 30kms de margem gondomarense, numa boa via rápida, de molde a proporcionar melhor e mais rápido acesso às freguesias do Alto- Concelho; Covelo, Medas e Melres. É mais que tempo de avançar com essa premente necessidade, pois que não é só por barco que se pode aproveitar a âncora do turismo que é o Rio Douro, pois urgente se torna criar pontos de suporte, via terrestre, ao longo das margens Gondomarenses, que para se possa de usufruir de várias valências ao dispor dos futuros e cada vez mais turistas do Douro, nacionais ou internacionais.
Câmara na Sousa, já.
Via Rápida, já!
Abaixo as curvas, já!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
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