VIGÍLIA

VIGÍLIA

Estou de vigília,
adivinho-lhe seu florir,
sua alvura!

Por alturas de Janeiro
seu florir primeiro!

Quando uma aparece
logo me parece
que o frio de Janeiro aquece!

Depois outra e outras,
como toucada de noiva!

Ali fica ela,
mostrando sua virgindade no meu jardim,
depois vai-se despindo,
pétala a pétala,
eu imagino que para mim!

Como gosto de ti,
minha magnólia branca!

Tu sabes que tua beleza
e teu toucado d'alvura me espanta!

Enquanto estiveres no meu jardim,
prometo,
far-te-ei poemas assim.

E mesmo que tuas pétalas,
já caídas no chão,
aquecem sempre o Janeiro
do meu coração!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL