Acordo
ainda na cama logo fico fora de mim!
Sinto a brisa do mar
o mexer dos mexilhões,
as máquinas de barbear junto às velas d'estai
que das quilhas saem!
Ainda sem abrir a janela sinto-me feliz.
Batem à porta,
entra o sol,
é um drogado,
pede esmola para a dose,
perco a pose,
fecho a porta.
Fico dentro de casa,
mas fora de mim!
A droga fica lá fora,
a pedir esmola!
Oiço o mar.
É tão difícil nele navegar
..e sonhar!
Cai a noite,
regresso a dentro de mim.
Oiço os gritos dos mexilhões,
é o mar a bater na rocha!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
-"poema" feito em 21/09/2008
Gondomar/Portugal
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