RIO DE ESPELHOS QUEBRADOS!
Ai rio, que só o és às vezes e ribeira nem sempre!
Ai rio, que guerreiros tingiram-te com sangue de gente!
Ai rio, que bárbaros de construção de ti se acercaram,
te conspurcaram
e te poluiram!
mas agora, que és rio só às vezes e ribeira nem sempre,
há gente que finge que és um grande nilo
e sobre ti derrama lágrimas de crocodilo!
Ai rio, que só o és às vezes e ribeira nem sempre!
Que queres, novamente, ser água pura corrente
e dar de beber à gente, como antigamente,
mas não,
sobre ti ainda batalham hordas dos bárbaros da construção
e partem teus espelhos,
onde em tempos de antanho se reflectia o luar,
mas agora és vergonha de Gondomar,
de grande tamanho!
Para seres assim,
Para estares assim tão conspurcado,
Prefiro que deixes de ser rio só às vezes e ribeira nem sempre,
E que sejas esgoto entubado,
Ou então, que exércitos da poluição se retirem
E que o luar volte na tua água limpa a brilhar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
quarta-feira, 24 de março de 2010
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