Figas no Jornal de Notícias

Figas no Jornal de Notícias
Aquando da entrevista ao JN nos seus 120 anos.

Poder

Pensamento do Conde:
O poder não reside em quem pensa que manda mas sim em quem desobedece.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Criança

Hei-de cair no destino,
talvez de olhos fechados,
talvez com olhos de menino
nunca antes acordados.

Ao cair no destino,
e no seu colo entregue,
pedirei, com olhos de menino,
que menino me carregue.

E se acordar deste sonho,
na translúcida névoa da esperança,
então,
não tenha eu o pesadelo medonho
de deixar de ser criança.
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Autor: Silvino Taveira M. Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar

1 comentário:

Marcolino Duarte Osorio disse...

Estimado Figas,

Foi com imensa alegria que, ao entrar, hoje, neste teu cantinho de belas poesias, que deparei com o merecido elogio, tecido pelos donos de um dos Jornais mais antigos, e democráticos, de Portugal na edição comemorativa dos 120 anos de existência do Jornal de Notícias. Os meus sinceros parabéns!

No fim de semana, que concidiu com a comemoração do Dia de Todos os Pais, estive aí no Porto e a convite das minhas filhas, que ainda estão de luto carregado pela morte da sua Mãe.

O meu neto mais velhito, está triste como nunca o havia visto, pois ele e esta avó, a minha ex-mulher, eram, além de muito chegados, o encanto um do outro!

Evidentemente que, apesar de estarmos divorciados há longos anos, nunca deixei de a respeitar e de a louvar, não só como um ser humano pleno de afectos, mas também porque foi uma Mãe, uma Esposa, e uma Profissional, de excelentes qualidades humanas, esmerada, sempre presente, no quotidiano de todos aqueles que tiveram p privilégio de a conhecer pessoalmente, quiçá conviver dia-a-dia com a sua personalidade humanizadora!

Parece impossivel, ter-me entristecido, até às lágrimas, quando soube da sua morte inesperada, mas o certo é que isso me aconteceu.

Sempre que me posso deslocar ao Porto, quer em passeio, quer para estar com as minhas filhas e meus netinhos, visito sempre a sua última morada, em sinal de muito respeito, além de reconhecido agradecimento, muito intimo, por ter feito parte integrante do meu passado, durante 31 anos!

Caro Figas, desejo-te que continues a poetar, como só tu o sabes fazer!

Um abraço deste teu amigo de Lisboa,

Marcolino